A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, gente. PARA O MUNDO! Pedro Braz, meu amor, que recomendação foi aquela? Não, sério, eu chorei lendo. Sem mentira, sem exagero. Sua palavras arrancaram lágrimas dos meus olhos. Sinceramente, não me sinto digna nem da metade daquelas palavras. Você é um amor! Meu fan? Ai meu Deus, meu coraçãozinho não aguenta. Eu só tenho a agradecer. Estender a história até 300 ou 400 capítulos? Hum... Quem sabe haha De verdade, eu não sei o que dizer além de muito obrigada. Sei que minhas palavras não chegaram nem aos pés das suas. Me desculpe por isso. De qualquer forma, capítulo SUPER dedicado a você, o primeiro leitor masculino que se manisfestou. Vou te amar pra sempre haha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/490814/chapter/22

– Como assim ela te beijou? - Sarah gritou - Eu não caio nessa desculpa não, Scott. Se você não quisesse, você teria arrumado um jeito de impedir. Teria empurrado ela, socado a cara dela, sido abduzido, teria viajado pra Nárnia, mas não teria deixado ela te beijar! - terminou a frase berrando.

– Está tudo bem por aqui? - era a mãe da Sarah. Estamos no quarto de Sarah.

Quando eu mandei a mensagem dizendo que precisava falar com ela, e disse qual era o assunto, Sarah ordenou que eu fosse imediatamente para a sua casa. E aqui estou eu.

– Está sim, mãe. Estamos só… discutindo a relação.

– Ah, bem. Sei que não tenho nada a ver com isso, mas, se ele te traiu, é porque não gosta tanto assim de você.

– A senhora não está ajudando. - murmurei.

– Só estou dizendo a verdade, rapaz. - ela disse com uma voz doce e um pequeno sorriso no rosto - Eu sei que, às vezes, é difícil para vocês, homens, enxergarem que não gostam de verdade de alguém. Mas eu tenho experiência no ramo. - piscou o olho, sorriu uma última vez e saiu.

– Ela, definitivamente, não está ajudando. - disse depois que ela se foi.

– Talvez ela esteja certa.

– Não, Sarah. você não entende. - é hora de começar o fingimento– Eu nunca senti nada igual por alguém, nem mesmo pela Ruby. E, mesmo que tenha sido algo diferente, Ruby é só mais um caso do passado.

– E pelo beijo vemos que não é um passado tão distante assim.

– Sarah, me escuta. Eu… eu… - não acredito que vou dizer isso– eu amo a Alysson. - depois dessa, não sei como meu nariz não cresceu.

Sei que não é certo mentir assim para Sarah, mas eu preciso da ajuda dela. Quero me livrar logo dessa aposta, porque, depois do que o Peter fez no acampamento, não duvido que ele possa fazer pior.

Sarah ficou sem falar nada por um tempo.

– Nossa. Eu não… - suspirou - Scott, eu sinto muito, mas não sei se posso acreditar nisso. E, mesmo que acreditasse, não saberia como te ajudar com a Alysson. Se ela viu o beijo como você disse que viu, para reconquistá-la vai ser mais difícil do que da primeira vez. - Me joguei na cama de Sarah, frustrado demais para sequer pedir permissão para tal.

Ah, Ruby. Péssima hora para você reaparecer.

Escola. O último lugar onde eu queria estar. Mas também é o único lugar onde posso encontrar Alysson. Então, é lá onde eu vou estar daqui a 10 min.

– Anda logo, Anthony! - gritei.

– Já vou! - grito de volta.

Ele só resolve se atrasar quando eu preciso chegar cedo. É impressionante!

– O que você fez dessa vez? - perguntou passando pela porta da frente, onde eu já estava o esperando.

– Por que acha que eu fiz alguma coisa?

– Você está indo mais cedo para a escola. - o olhei sem entender - Isso só acontece quando faz alguma besteira.

– Eu sou inocente. - garanti.

Fomos o resto do caminho em silêncio. Anthony está dirigindo, e para que o caminho não seja tão entediante como geralmente é, ponho meus fones. Aperto o play e ouço a última música que ouvi: close your eyes. Tenho escutado bastante essa música. Eu nunca gostei muito de Michael Bublé, mas, não sei, não é tão ruim quanto eu julgava. Chegamos mais cedo, claro. Quero ver se consigo falar com a Alysson antes da aula.

Saio do carro sem esperar por Anthony e vou até a árvore em que Alysson costuma ler antes e depois das aulas. Ouvi alguém gritar meu nome… James talvez. Mas não liguei. Tenho que resolver as coisas com Alysson o mais rápido possível. Meu tempo está se esgotando. Esse é o meu último mês. Estou literalmente com os dias contados. A encontrei lá, sozinha como sempre, apenas com o livro como companhia.

– Alysson. - chamei. Ela ergueu o olhar, com o desprezo estampado no rosto.

– O que você quer?

– Não faz assim, Aly. - me sentei ao seu lado.

– Alysson pra você. E seja breve, está atrapalhando a minha leitura. - suspirei.

– Você sabe que eu já tive algo com a Ruby.

– Agora você vai me falar das garotas com quem ficou.

– Não. Alysson, eu já tive algo com ela. Mas foi há muito tempo atrás. Eu não sinto mais nada pela Ruby e eu não voltaria com ela por nada nesse mundo. - ela nem sequer olha para mim. Parece que sua mão é mais interessante - Aly, eu gosto de você.

– Não dá, Scott. Eu não consigo acreditar em você. - finalmente voltou sua atenção para mim - Você beijou outra. Não serão algumas palavras que vão me fazer esquecer disso, e muito menos perdoar.

– Alysson, não é possível que, depois de tudo que aconteceu entre nós, você não vai acreditar em nenhuma palavra que eu disser. Eu mereço ao menos um voto de confiança.

– Confiança? Não é como se alguém tivesse me contado, Scott. Eu vi vocês se beijando. E eu não sou como essas aí, que você pega na hora que quer. - ela não está gritando, mas o tom da sua voz exala raiva.

– Mas o que aconteceu no acampamento…

– O que aconteceu no acampamento, fica no acampamento. Não foi nada além de… Como você chama? Curtição? Isso. - o sinal tocou nesse exato momento - Agora, se me dá licença, eu tenho aula.

Me levantei do chão, pronto para seguir para sala.

Alysson Cooper, você está me deixando louco.

Está na cara que eu não vou conseguir nada no improviso, nem só com palavras. Alysson só vai se render com um algo a mais. Ela não é garota de simplicidades, apesar de ter uma beleza simples e delicada. Não precisa ser algo extraordinário, nem extravagante. Apenas algo além de meras palavras, que para ela já não tem nenhum significado. Não depois das minhas falhas atitudes.

Já percebi que, um pedido de desculpas para Alysson, não pode ser qualquer coisa. Os detalhes que importam para ela. E eu acho que já sei o que vou fazer. Só não pode ser agora. Não tenho o que preciso. No momento, tudo o que eu posso fazer é correr para sala de aula, porque já estou mais do que atrasado, e esperar o fim das aulas.

– Scott! - fui chamado. Parei de correr ainda no portão da entrada.

– O que? - perguntei o mais educadamente que minha irritação permitiu. Me virei e me deparei com o sorriso sinistro de Peter. Bufei - O que foi agora?

– Vim saber como está o andamento da segunda parte do acordo. Algum progresso? - não respondi - Vai dizer que ela ainda não te desculpou por aquele beijo?! Ah, Scott. Você está enferrujado, meu amigo.

– Eu já disse que não vai rolar nada mais do que beijos e um encontro com a Alysson.

– Ainda não entendeu quem está no controle da situação?

– Acha que eu tenho medo de apanhar de novo? - ri exageradamente alto.

– Não. Não acho. Mas, eu estava pensando: será que você se importaria se o Anthony apanhasse no seu lugar? Ou quem sabe o Zac? Ou melhor ainda: a Sarah!

– Você não teria…

– Coragem? Vai pagar para ver?

– O Ethan não deixaria você fazer nada com ela. - apelei para a única “arma” que me veio a cabeça.

– E você acha que o Ethan realmente se importa com ela? Scott, você sabe porque o Ethan estava com a Sarah? - eu não disse nada. Eu não sei e, devo confessar, tenho medo de saber - É melhor você se apressar, Scott. O tempo está acabando.

E a conversa acabou aí. Ele seguiu para sala e eu fiquei por aqui mesmo, parado no mesmo lugar, olhando para a mesma direção. Já perdi boa parte da primeira aula. Não vou perder muita coisa se entrar só na segunda aula. Me sentei em um dos bancos na parte de fora da escola e fiquei pensando. O dia está no nublado. Deve ser para combinar com a minha situação deprimente.

Não sei quanto tempo se passou, resolvi me levantar e ir embora. Não estou com cabeça para assistir às aulas. Não, tenho problemas demais para resolver, e não são dilemas estúpidos de adolescentes. Quem diria que uma aposta idiota daria nisso.

Fui para a praça. Geralmente, minha primeira opção seria a sorveteria, mas lá tem outro problema. Não estou com paciência para olhar para Ruby no momento. De qualquer forma, daqui a alguns minutos, ou horas, serei obrigado pelos circunstâncias a ir a sorveteria novamente. Na verdade, caramba, eu já estou atrasado. A aula acabou há quase 1h. Levantei do banco da praça e saí correndo em direção a sorveteria.

Pelo amor de Deus, me diz que aqui vende pote grande de sorvete. - falei com o atendente da sorveteria.

– Scott. - Ruby parou em minha frente com um sorriso nível coringa.

– Não estou com tempo pra você agora, Ruby.

– Tudo bem. Então… - não a deixei terminar a frase e saí do estabelecimento.

Corri para uma floricultura que tem aqui perto. Eu sempre passo por ela quando vou para a escola. Comprei o que tinha que comprar e corri para a confeitaria que eu tomo café de vez em quando. Comprei tudo da forma que eu me lembro e fui para o meu destino final. Olhei o histórico de mensagens com o Anthony e vi o endereço de Alysson. Fui a pé mesmo, como estou até agora, correndo como se não tivesse amanhã. Estava tudo indo muito tempo, até a vida resolver me pregar uma peça: começou a chover. Só pode ser brincadeira. Peguei um casaco com capuz que eu sempre carrego na mochila, e vesti. Continuei correndo. A casa da Alysson é um pouco distante da escola.

Quando já estou quase morrendo por falta de ar, chego no endereço indicado. Parei um frente a uma casa branca e bege, que não chega a ser gigante, mas é bem maior que a minha. Não esperei que minha respiração se estabilizasse. Passei belo imenso jardim em frente a casa e toquei a campainha. Ouvi o “ding-dong” soar por toda casa, e então a porta da frente foi aberta, revelando uma Alysson de moletom e calça de algodão, descalça e com o cabelo preso num coque. Viu o que eu disse? Beleza simples.

– Scott?

– Eu mesmo. - disse ainda ofegando da corrida.

Meu Deus, você está todo molhado. - me observou por um tempo. Parecia pensar em alguma coisa - O que você está fazendo aqui? - perguntou.

– Vim falar com você. - ela suspirou - Eu não acredito que vou fazer isso. - murmurou para si mesma - Entra. - abriu espaço para que eu passasse.

Entrei e parei no hall de entrada. Ela passou por mim e se jogou no sofá, onde, provavelmente, estava antes.

– O banheiro é a terceira porta à direita no corredor. - indicou a direção com o dedo - Tem toalhas no armário.

E para lá eu fui. Terceira porta à direita. O banheiro não é pequeno, mas também não é tão grande. Tirei o casaco e a camisa molhada. A mochila eu deixei num canto da sala. O sorvete e as outras coisas ficaram em cima da mesa, e eu torcendo para que ela não mexa. Achei uma toalha no armário, onde Alysson disse que teria, e saí do banheiro secando os cabelos.

– Tudo bem. Já pode falar o que quer. - ela disse quando cheguei na sala. Percebi que ela não conseguiu ignorar o fato de eu estar sem camisa, apesar de já ter visto. Achei engraçado, claro. A expressão que ela sumiu foi ilária - Qual é a graça? - me segurei para não fazer nenhuma piada.

– Nada. Não é nada. Bom - andei a té a mesa e peguei as coisas -, tenho algumas coisas para a senhorita em troca do meu perdão. - ela levantou e caminhou até mim, mantendo uma distância segura– Rosa branca. - lhe ofereci com delicadeza e cavalheirismo, curvando levemente o tronco em sinal de “reverência”.

– Minha flor favorita.

– Por causa do Presidente Snow, de Jogos Vorazes. - ela sorriu - Bolo de limão, por causa do verde e da acidez. - um sorriso maior - E, claro, sorvete de Kiwi. Ainda não sei porque você gosta disso.

– Não. - disse incrédula.

– Sim. - ela estendeu a mão para pegar, mas eu desviei - Estou perdoado?

– Se você me dar o sorvete, talvez.

– Então, estamos num empasse. Eu só te dou o sorvete se estiver perdoado.

– Você acha que eu vou perdoar um beijo por causa de um sorvete? - disse com as mãos na cintura.

– Eu esperava que sim. - imitei o seu gesto. Ficamos nos encarando por um tempo. Ergui a sobrancelha e ela também o fez. Num bote, ela tentou pegar o pote de sorvete, mas eu desviei.

– Tudo bem, tudo bem. Está perdoado. Agora passa o pote pra cá. - abri um sorriso vencedor e lhe entreguei o pote, mas não sem roubar um beijo rápido, e ela não pareceu se importar.

– Que tal um filme?

– Eu pedi o sorvete não você. Ele fica, você vai.

– Pensei que estivesse perdoado.

– E está. Mas você é muito volúvel para o meu gosto. - se jogou no sofá com o pote de sorvete na mão. Me sentei ao seu lado.

– Aly, eu mudei. Acredite em mim quando digo que aquele beijo não foi nada. E eu juro que não vai acontecer de novo, nem com a Ruby, nem com ninguém.

– Ninguém?

– Ninguém que não seja você.

Me aproximei, deixando apenas alguns centímetros entre nós. A olhei, como se pedisse permissão. Alysson, em resposta, agarrou minha nuca e selou nossos lábios num beijo calmo, que logo se tornou desesperado e sedento. A deitei lentamente no sofá, ainda a beijando. Isso me fez lembrar de Peter. Não posso fazer isso com a Alysson, por mais que eu queira. De qualquer forma, eu não consigo parar. É como se meu corpo agisse por si só, em sintonia com o dela. Então, outra coisa me vem a cabeça e eu separo nosso lábios.

– Alysson. Seu pai.

– Não está em casa. - e me puxa novamente para o beijo.

Quem não está em casa?– essas 5 palavras me fizeram saber que eu não sairia vivo dessa casa.

– Pai?

– Não. John Lenon.

Ai caramba. - sussurrei e saí de cima da Alysson quase que imediatamente.

– Posso saber o que o cidadão estava fazendo em cima da minha filha, sem camisa, no meu sofá? - Sr. Cooper perguntou e, como podem imaginar, não está feliz.

– Ele é… meu... namorado. - Alysson mentiu, com muito custo.

– E isso, por acaso, o dá o direito de te tocar, ou sequer chegar perto de você?

– Anh… por acaso, sim. - ela respondeu. Eu permaneci calado. Minha situação já está ruim o bastante.

– Ah, sério? Mas eu digo que, por acaso, não. - seu pai rebateu - E você? O que ainda está fazendo parado aí? Saia já da minha casa! - gritou. Não exitei em pegar minha mochila e sair. Minha roupa ainda está lá, em seu banheiro. Quem se importa que está chovendo? - Você manchado comigo, Scott Miller. - o ouvi gritar quando fechei a porta.

Bom, pelo menos evoluímos. Agora eu só preciso saber o que eu vou fazer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Treta, reconciliação, mais treta e, olha só aquilo ali. Mais treta ainda. Meus amores, Scott está enrolado até o pescoço dessa vez. O que vocês acharam do Peter ter se mostrado mais estúpido e covarde do que já é? Acham que a Aly agiu certo perdoando o Scott? Digam tudooo. Quero saber a opinião de vocês. Não sei porque, pela primeira vez na história da humanidade, eu não sei o que dizer nas notas finais. Eu estou sem palavras haha Sério. Então vou parar de falar.
PS.: Lembrando que vou ficar sem postar capítulos extras por um tempo, por motivos de psicológico destruído e volta às aulas. Ah e eu tenho uma vida. Descobri isso hoje haha Ok, não teve graça.
Beijos de amora :*