A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem está aqui. Não, amoras, não é uma ilusão. Drama Queen está postando mais cedo. Eu até tentei postar mais cedo, mas acontecera alguns imprevistos que me impediram de terminar o capítulo mais cedo. Enfim, aqui está. Espero que gostem. Boa leitura!



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Hoje, dia 31 de março, finalmente nos livramos da escravidão. Estamos no ônibus voltando para casa. Depois disso, teremos uns dois ou três dias de descanso. Eu acho pouco. Ficamos 30 dias trabalhando duro. Certo que tivemos alguns dias de “férias”, mas mesmo assim. Muito trabalho baças… Sem contar que ficar fora de casa cansa, mesmo que você fique o tempo todo sem fazer nada.

De qualquer forma, a viagem foi bem tranquila, por incrível que pareça. Ninguém gritando, ninguém cantando, ninguém dançando, nem subindo pelas paredes. Algumas pessoas até estão dormindo. Eu estou com meus fones de ouvido, ouvindo minha playlist do Imagine Dragons, com a cabeça encostada na janela, pensando em… nada. Minha cabeça está totalmente vazia. E eu, sinceramente, prefiro assim.

Sem perceber, acabo adormecendo.

Quando chegamos, fui acordado pelo grito de liberdade. O ônibus está uma zorra. Quando as portas se abriram, todo mundo começou a subir me cima de todo mundo pra conseguir sair logo. Eu esperei calmamente sentado no meu banco, olhando pela janela o prédio do Colégio Wenderouth. Quando a maioria havia saído, levantei do meu banco e andei lentamente até a porta. Já fora do ônibus, peguei minha mala, que por acaso era a última que faltava ser pega. Entrei no carro da tia Sally, que está sendo dirigido por Dylan. Anthony já está no banco da frente, então me sentei atrás.

– Oi, Scott. - disse Anthony - Quanto tempo.

– Anthony, ficamos 30 dias presos no mesmo acampamento olhando um para a cara do outro. - eu disse - Como assim “quanto tempo”?

– Só quero dizer que você ficou bastante ocupado nesses últimos dias. - eu ia responder, mas fui interrompido.

– As mocinhas já vão começar? Não dá pra esperar chegar em casa pelo menos? - foi Dylan que falou.

– Eu estou quieto. Seu irmão que está fazendo drama.

– Não estou fazendo drama.

– Ah, não. Eu é que estou. - ironizei

– Estou relatando fatos. E o fato é que você tem ficado mais com meninas, do que com seus amigos.

– Isso são ciúmes, Anthony? - perguntei com um ar divertido.

– Está me estranhando, Scott? Eu sou homem. Longe de mim sentir ciúme de outro homem.

– Não é o que está parecendo.

– Ei, ei! - Dylan gritou - Deixem pra discutir a relação quando estiverem no quarto do casal. - nos calamos - Ótimo! Bem melhor assim.

Fomos em silêncio até em casa. Quando chegamos, peguei minha mala e fui direto para meu quarto. E qual foi a primeira coisa que eu fiz? Se você disse “dormir”, acertou.

Abri os olhos, piscando algumas vezes para deixar a visão mais nítida. Olhei pela janela. Já está escuro. Peguei meu celular, que estava debaixo do meu travesseiro, e olhei a hora: 23:17h. Eu podia ter dormido até amanhã. Eu não me importaria. Fui verificar as mensagens, ainda deitado na cama. Não me atrevo a levantar daqui ainda hoje. Eu tinha 4 mensagens não lidas:

Alysson não para de falar de você - Sarah” (13:20h)

É sério. Eu vou arrancar a língua dela fora - Sarah” (13:44h)

Desculpa, Scott, mas os beijos da Alysson não serão tão bons quanto antes - Sarah”(13:57h)

Alysson está pensando em terminar com Kyle. Pensa no que eu te falei - L” (14:00h)

“L”? Seria Lilyan? Faria sentido. Não estou com cabeça para pensar nisso agora. Estou com fome. Eu até poderia comer, mas… Ah, estou com preguiça de levantar da cama. Acabei por adormecer de novo.

Senti alguma coisa macia batendo na minha cara de forma bruta.

– Scott! Scott! Cara, acorda. - alguém gritava. Abri os olhos meio desesperado.

– Vai se ferrar, Dylan. - falei, talvez baixo demais, e me virei para o outro lado, cobrindo meu rosto com o cobertor. Esse idiota estava me batendo com um travesseiro.

– Quando pretendia me contar do beijo?

– Você está parecendo uma garotinha. - murmurei - Espera - descobri minha cabeça e me virei para ele -, como você sabe do beijo?

– Conheço mais pessoas do que você imagina. - ele está sentado na cadeira da minha “mesa de estudos”, como a tia Sally chama.

– Bom, eu não pensei em te contar, para falar verdade.

– Ah, obrigado pelo consideração.

– Sem drama, por favor.

– Tudo bem, tudo bem. Minha mãe está te chamando pra tomar café.

Levantei da cama enquanto Dylan saía do quarto. Tomei um banho, fiz minhas higienes matinais, vesti uma bermuda e saí. Estou me sentindo bem disposto hoje. Dores? Nem sei mais o que é isso. Os machucados já estão quase todos fechados. Desci as escadas e encontrei todos sentados à mesa.

Graças a Deus! Achei que tivesse entrado em coma. - dramatizou tia Sally - Por que não falou comigo quando chegou ontem?

– Foi mal, tia. Estava muito cansado. - ela assentiu e voltamos a comer em silêncio. Peguei um copo de suco e levei a boca. Amo suco de laranja.

– Soube que está namorando, Scott. - tia Sally disse, me fazendo engasgar com o líquido.

– Eu? Namorada? - perguntei ainda meio engasgado.

– É. Anthony que disse. - foi a vez do tio Paul falar. Olhei para ele.

– Não é verdade? - eu, sinceramente, não sei o que ele quer com isso.

– Não. Não é. - eu respondi - Ele deve ter se enganado. Ela é só uma curtição. Nada sério.

– Devia tratar as mulheres com mais respeito. - tia Sally disse antes de dar um gole em seu suco.

– Eu a trato do jeito que ela me trata. Estamos num acordo silencioso. Um caso totalmente sem compromisso. - estou num acordo silencioso com uma garota imaginária.

Ninguém disse mais nada. Quando todos acabaram de comer, eu resolvi sair. Estou com saudade de um bom sorvete. Sim, eu vou ir a sorveteria da Ruby. Estou com saudades dessa loira também.

– Ruby Powell. - a cumprimentei.

– Scott. - ela disse sorrindo e me abraçou - Quanto tempo.

– Acampamento do colégio.

– Eu soube. Vai querer o de sempre?

– Por favor.

– Já volto. - piscou o olho e saiu. Me sentei na minha mesa habitual e logo ela estava de volta - Aqui está. - se sentou ao meu lado.

– Você não tem que trabalhar?

– Está cedo. Pouco movimento. - revirou os olhos.

– Tudo bem, então. Servida? - lhe ofereci o sorvete. Ela sorriu e comeu uma colherada.

– Scott. - ela me chamou.

– Hum? - murmurei de boca cheia.

– Sua boca está toda suja. - e começou a rir - Não mudou nada. Ainda parece uma criança comendo sorvete.

– Ah, eu… - antes que eu pudesse pensar em terminar a frase, Ruby Powell me interrompeu… com seus lábios.

Um beijo calma e ao mesmo tempo sedento. Saudade. Eu sentia saudade desses lábios. Não é a toa que Ruby foi a garota co quem eu fiquei mais tempo. Ruby é, além de tudo, encantadora, em todos os sentidos.

Separei nossos lábios, finalizando o beijo com selinhos. Ela sorriu, e eu não pude deixar de sorrir em resposta.

– Tenho que trabalhar agora. - se aproximou de mim. Pensei que ela fosse selar nossos lábios novamente, mas sua boca parou em minha bochecha. Então ficou claro que, agora, estávamos fechando o tal acordo silencioso.

Me levantei para sai do estabelecimento, quando vejo Alysson virar as costa e correr.

Mas que droga, Scott! Logo agora que as coisas estavam indo pelo caminho certo.

Eu sei, eu sei. Mas esse não é o momento para sermão.

Como é óbvio, comecei a correr atrás dela.Eu gritava seu nome, mas ela fingia não ouvir. Quando cheguei perto o bastante, segurei seu braço e a puxei. Chorando. Lilyan vai me matar. Foi a única coisa que consegui pensar.

– Aly, por que você…?

– Sabe, Scott. - ela me interrompeu - Você é sim um idiota completo. - e então se foi, mas eu não fui atrás dela dessa vez. Eu a deixei ir.

Eu disse que 2 dias de descanso era pouco. Mas alguém me ouve? Não. Agora estamos aqui, mortos de cansaço no portão da escola. Sinceramente, eu não estava com nenhuma saudade dessa escola. Eu queria sair logo daquele acampamento? Sim. Mas eu não queria voltar para cá, não tendo que ficar horas sentado numa cadeira, tendo que ouvir professores que nos odeiam falar, falar e falar…

Enfim, lá fui eu para a sala de aula. Durante esses dias, eu não falei com a Alysson. Não me atrevi. Não depois daquele beijo com a Ruby. Seria muita cara-de-pau da minha parte. Não procurei falar com Sarah também, e muito menos com a Lilyan. Só saí uma vez com os caras para uma festa na casa de alguém, que eu nem sei se era homem ou mulher.

A professora de Ciências Sociais entrou na sala com sua habitual cara de poucos amigos. A aula começou. Eu tentei prestar atenção, mas minha cabeça teimava em chamar de volta para o beijo e para Alysson.

O sinal do intervalo tocou. Como sempre, todo mundo saiu da sala como se sua vida dependesse disse. Saí por último e fui deixado para trás. Ninguém me esperou. Os corredores mais silenciosos do que o normal. Cheguei no refeitório e… Caramba, que confusão! Não entendi bem o que está acontecendo. Só sei que é uma discussão.

– Quer saber, Kyle? - alguém gritou - Eu cansei de você, cansei das suas desculpas. Cansei! Acabou de vez e não tem mais volta. - eu reconheceria essa voz em qualquer lugar.

Logo Alysson saiu do meio da multidão e correu para o corredor. Lilyan estava certa, afinal. Eu não posso deixá-la ir dessa vez. Não depois de ela ter terminado com o Kyle. Esse término deve significar alguma coisa. Corri como nunca atrás dela. Não foi difícil encontrá-la. Alysson está sentada no chão, no meio do corredor, mas não está chorando.. Quando em viu, teve uma reação um tanto inesperada: bufou e revirou os olhos impaciente.

– Scott Miller. Exatamente quem eu queria ver agora. - eu posso estar enganado, mas notei uma pontada de ironia em sua voz.

– Aquilo foi… Vocês… Você terminou com ele? - perguntei finalmente.

– Você deve estar radiante, não é?!

– Para falar a verdade, sim. Estou mais do que radiante. - sorri. Isso soou gay, meu subconsciente avisou.

Obrigado. Estou ciente disso.

– Continua um idiota. - murmurou.

– Pensei que não fosse totalmente idiota.

– Eu achei que já tivéssemos esclarecido isso há alguns dias atrás.

– Olha, Aly. Aquilo…

– Não significou nada para você. Já ouvi esse discurso antes.

– Eu estou falando sério, Alysson. Foi ela que me beijou.

– Aham… E eu sou filha da Madona. - foi a minha vez de bufar. Me sentei ao lado dela no chão.

– Alysson, você terminou com o Kyle. Eu sei que isso tem a ver comigo.

– O mundo não gira ao seu redor, Scott. Eu não giro ao seu redor.

– De qualquer forma, você está solteira agora. - me levantei junto com ela - Nada te impede de aceitar aquele meu convite para o cinema.

– Olha, Scott, não é porque eu me livrei de um babaca que eu vou querer me prender a outro. - e saiu andando, como sempre faz. E eu fiquei parado no mesmo lugar, como um completo idiota que sou.

E voltamos a estaca zero.


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Notas finais do capítulo

Bem, capítulo curtinho, mas com tretas. E só está começando. Vamos lá: beijo Rucott (Ruby + Scott). Alguém aprova? O que acharam do Scott não ter rejeitado a Ruby? Reação da Alysson, foras que ela deu no Scott, briga Kysson e término. Opiniões, por favor.
Então, pessoas lindas, queria avisar que vou ficar um tempo sem escrever POV's extras. Minhas aulas vão começar semana que vem, e eu tenho me dedicado totalmente e somente a escrita durante todo esse mês, sem parar. E, gente, pode não parecer, mas isso cansa. Então, vou parar com os capítulos extras por alguns poucos capítulos, só até eu me acostumar de novo com o ritmo escolar (nem lembro mais como é a escola) e descansar um pouquinho. Mas se quiserem POV de algum personagem específico, deixem nos comentários que eu anoto direitinho. Já temos agendados um do Kyle, um da Alysson e um da Sarah.
Pretendo postar pelo menos dois capítulos essa semana. Não sei se consigo, mas vou tentar.
Bom, espero que entendam. Beijos de amora e até breve :*



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