Give Me A Sign escrita por Thally Bradbury


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/490413/chapter/3

Hoje faz duas semanas desde o acidente. Duas semanas que Steven está naquele hospital, deitado naquela cama sem se mexer. Duas semanas que estou sem meu amor.

Durante essas semanas eu não fui trabalhar. Apenas liguei para o meu chefe e lhe expliquei a situação, ele concordou que eu não estava em condições de trabalhar e me deu alguns dias de folga. Ele colocou o estagiário no meu ligar. Um garoto muito simpático e esforçado que já estava mais que preparado para assumir esse posto.

Ontem, quando fui ao hospital visitar Steven, Dr. Phillip me disse que hoje o levariam para outro quarto, onde é permitido acompanhante. Finalmente ele está fora da UTI. Dr. Phillip também me disse que a situação dele é estável, mas ninguém sabe quando ele vai acordar.

A alguns dias, quando meus exames chegaram, tive uma notícia maravilhosa, mas que me deixou com um pouco de medo.

Flashback on:

Quando cheguei ao hospital, Dr. Phillip me informou que meus exames estavam prontos e me entregou um envelope. Sem exitar eu o abro, afinal é só um exame de rotina que o hospital exige dos pacientes e eu nem precisava ter feito. Quando abro eu travo no lugar com as palavras que eu li. Mas a que mais me chamou a atenção foi a palavra POSITIVO .

–O q-que significa isso? - pergunto, mesmo já sabendo a resposta, e entrego o envelope ao doutor. Eu sei o que essa palavra significa, mas estou tão chocada que preciso ouvir isso de alguém para poder acreditar.

Ele me olha interrogativo mas sorri quando vê o que está escrito no papel.

–Ora, veja só, você está grávida. - diz sorrindo.

Foi pior do que eu pensei. O que eu estou sentindo? Não sei dizer. É um misto de alegria e medo. O que farei agora? Logo agora que Steven está em uma situação tão grave? Será que vou conseguir? Será que serei uma boa mãe? Eu não sei o que é ser mãe, afinal eu nunca tive uma. Não sei se consigo sem Steven ao meu lado.

Flashback off.

Apesar de todo esse medo de não ser uma boa mãe, sinto que já amo esse serzinho que cresce em meu ventre. Eu preciso ser forte. Preciso ser forte por Steven e preciso ser mais forte ainda pelo meu filho, porque ele depende de mim.

***

Caminho ao lado do Dr. Phillip por um corredor gigante com paredes brancas. Há muitas pessoas no corredor devido ao horário de visitas. Entre eles há médicos; enfermeiros; famílias e amigos dos pacientes, alguns segurando flores ou balões desejando melhoras, esperando para entrar no quarto; e um ou dois pacientes entrando ou saindo de seus quartos.

Mais cedo, quando cheguei aqui, fui a recepção perguntar pelo Dr. Phillip, mas o mesmo se encontrava lá preenchendo alguns prontuários de alguns pacientes. Quando me viu sorriu para mim e pediu que esperasse até que ele terminasse o que estava fazendo. Enquanto isso fiquei conversando com Vick que tinha se tornado uma boa amiga. Ficamos conversando sobre o bebê, se estou me alimentando bem, me dando dicas de como cuidar de um bebê, etc.. Disse que estava me alimentando na medida que os enjoos deixavam. Eu acho que é um pouco cedo para receber dicas de como ser mãe, mas com Steven nesse estado, sem previsão de quando vai acordar, nunca se sabe. Foi bom me distrair um pouco, falar de coisas que não me fazem querer chorar. Quando o doutor terminou pediu para que eu o seguisse, e assim o fiz.

Paramos em frente a uma porta com o número 174 gravado.

–Bom, é aqui. - diz apontando para a porta - Eu tenho mais alguns pacientes para atender, mas se precisar de algo pode chamar uma das enfermeiras. - faz uma pausa e olha no relógio em seu pulso. - O horário de visitas acaba em 20 min., então quando passarem no quarto você fala que é acompanhante e eles te deixam ficar. - ele sorri - tenho que ir. Até mais.

–Obrigada doutor. - ele se vira e vai embora.

Entro no quarto e o que vejo não é muito diferente do que eu vi na UTI. Ele está deitado na cama, ainda com os gessos e a mascara de oxigênio, mas os ferimentos já cicatrizaram e os hematomas já não estão mais lá. Me aproximo e sento em uma cadeira ao lado de sua cama. Dou um beijo em seu rosto e seguro sua mão.

–Oi meu amor. Eu tenho uma notícia para te dar. - dizem que quando uma pessoa está em coma ela escuta. Quando perguntei isso ao Dr. Phillip ele disse que é verdade e que faz bem ao paciente ouvir a voz das pessoas que o amam e saber que estão ali. Não consigo segurar as lágrimas e choro. Estou feliz e triste ao mesmo tempo. - Estou grávida. Nós vamos ter um bebê, meu amor. Você sempre sonhou em ser pai, e agora que seu sonho se realizou você está aqui. Por favor, volta para mim. Volta para gente.

Dói muito vê-lo assim. Ele que sempre foi tão forte, sempre com uma saúde de ferro. E agora está assim debilitado, frágil.

Deito a cabeça na cama, ao lado da sua, e fico pensando pensando em tudo que passamos juntos. De como descobri que o amava. Sempre senti amor por ele, mas pensava que era amor de irmão. Descobri que não era quando o vi beijando uma garota na escola, quando eu tinha doze anos. Eu fiquei arrasada e me afastei dele, mas não consegui ficar longe dele por muito tempo.

Sou tirada de minhas lembranças com alguém batendo na porta.

–Entra. - digo. Estou muito cansada para levantar. Eu parei de tomar os soníferos porque achei que poderia ser prejudicial para o bebê, mas não consigo dormir direito a noite, sempre tenho pesadelos e todos eles é sobre perder Steven, e as vezes até o nosso filho.

–Senhorita, o horário de visitas acabou. - diz uma enfermeira colocando somente a cabeça para dentro do quarto.

–Eu sou acompanhante dele.

–Ah, sim. Só assine isso por favor. - disse me entregando uma prancheta e uma caneta. - É o controle de acompanhantes. - sorri quando termino. - Obrigada e desculpe atrapalhar.

–Tudo bem. - sorrio. Ou pelo menos tento. Ela sorri complacente e se retira. Volto a deitar minha cabeça na cama e continuo pensando no passado. Quando eu tinha quinze anos ele se declarou para mim. Foi um dos dias mais felizes da minha vida, saber que ele me amava como eu o amava. Nesse dia começamos a namorar e oito anos depois, bastante tempo eu sei, ele me pediu em casamento. Foi lindo. Já estamos noivos a três anos, então quando ele acordar eu quero parar de enrolar e casar logo. Nossas carreias estão no auge, nós temos casa, temos dinheiro, nós temos tudo. E agora com uma bebê a caminho.

Sou vencida pelo cansaço e durmo ali mesmo, sentada segurando a mãe de Steven e com a cabeça ao lado da sua, lembrando de quando ele me pediu em casamento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fantasminha apareçam. Comentem, por favor. Dez leitores e só uma comenta. :(
Se tiver algum erro me avisem.

O próximo capítulo é um Bônus. Se comentarem eu posto mais rápido.

Bjsss..