Give Me A Sign escrita por Thally Bradbury


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oieeee.
Está aqui mais um capítulo.
Queria agradecer a Larissa Odair por comentar.
Boa leitura!!



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Acordo em uma cama, em um quarto com paredes brancas. Tem uma agulha no meu braço, ligado a um saquinho de soro. Me pergunto como fui parar ali? Então me lembro de tudo. Da ligação, da notícia, a espera interminável, a explicação do médico sobre o estado de saúde de Steven, e depois tudo apagou.

Não me lembro quando começou, mas só percebo que estou chorando quando uma enfermeira, de idade já avançada, entra no quarto e me olha com pena.

–Como está se sentindo, querida? - pergunta a senhora docemente, e isso me conforta um pouco.

–Tá doendo. Está doendo muito. - respondo anda chorando.

–Onde?

–Aqui. - coloco a mão em meu coração. - Eu estou com medo. Eu não quero perder Steven. Ele é a minha família, eu só tenho ele e ele só tem a mim. Eu preciso dele. - digo desesperada.

– Fique calma, querida. Vou chamar o médico. - e dizendo isso ela sai do quarto, me deixando sozinha com meus pensamentos.

O que será de mim se Steven se for. Eu não vou conseguir aquentar. Ele está comigo desde sempre. Sou apenas dois anos mais nova que ele, mas ele sempre cuidou de mim. Quando ele chegou ao orfanato ele não falava muito, ficava sempre no dormitório ou no jardim olhando para o nada. Ele estia falta da família. Quando a irmã Jude, morreu devido a uma doença, eu sofri muito, porque eu via nela a mãe que eu nunca tive. Depois do enterro, eu estava debaixo de uma arvore, chorando, quando Steven se sentou ao meu lado e segurou a minha mão. Disse que ela agora era um anjo que cuidaria de mim lá do céu. Depois daquele dia nós nunca mais nos separamos. Hoje, eu com 26 e Steven com 28 anos, moramos juntos em um apartamento em Nova York. Eu sou colunista de uma revista famosa de moda e ele arquiteto. Ele é tão jovem para partir. Ele não pode me deixar.

Alguns minutos se passam quando o Dr. Phillip entra no quarto, a enfermeira logo atrás com um copo em uma das mãos. Antes que ele fale alguma coisa eu falo:

–Doutor, eu quero vê-lo. Eu preciso ver como ele está. -digo desesperada. A enfermeira vem até mim e me entrega a água e uma pílula.

–É um calmante.

–Obrigada. - agradeço e coloco a pílula na boca e bebo um pouco de água. Então o médico começa a falar:

–Ele foi levado para um quarto na UTI, e ficará lá por um tempo. Normalmente não deixamos ninguém entrar, mas para te deixar mais calma eu vou te levar lá, por alguns minutos, ok? - assinto com a cabeça. - Mas antes vamos cuidar de você. Como está se sentindo? Sente alguma dor ou tonteira?

–Estou com dor de cabeça e meu estomago está um pouco embrulhado.

–A dor de cabeça provavelmente é devido ao desmaio, o embrulho no estomago... pode ser pelo nervosismo ou até mesmo pela dor de cabeça. Bom de qualquer forma nós colhemos um pouco do seu sangue, quando estava desacordada, e mandamos para o laboratório. É de praxe do hospital. Até mesmo nos casos mais simples, como um desmaio. O resultado sai em três dias. - ele em analisa por alguns e depois volta afalar - Bom, vou verificar se está tudo certo para te levar para a UTI. -e dizendo isso ele sai do quarto me deixando sozinha com a enfermeira.

–Eu tenho que voltar ao trabalho, mas se precisar de alguma coisa é só apertar esse botão que eu venho. - sorri gentilmente me mostrando um botão ao lado da cama. Ela se vira para sair do quarto.

–Espera. - digo antes que ela chegue até a porta. - Qual é seu nome?

–É Marie, querida. - ela sorri e eu retribuo, um pouco forçado, e ela sai do quarto.

***

–Quer mesmo fazer isso? - pergunta o Dr. Phillip quando paramos de frente a porta do quarto em que Steven está. Quando saímos do quarto que eu estava, seguimos para uma sala onde colocamos roupas esterilizadas, para impedir que Steven pegue alguma doença, agora que ele está com a imunidade muito baixa. Estou tentando controlar as lágrimas, mas não ser se consigo por mito tempo. Estou com medo do que posso ver lá dentro. Hesito por um segundo antes de acenar com a cabeça em concordância. Ele abre a porta e nós entramos.

A cena que vejo me quebra o coração. Steven está deitado em uma cama com fios por toda parte. Há fios em seus braços e peito e uma mascara de oxigênio em seu rosto sereno, apesar dos machucados. Ele está com a cabeça e tórax enfaixados, o braço e a perna esquerda estão engessados, o que me faz pensar que o outro carro bateu ao lado do dele. Começo a chorar desesperadamente. Corro até ele e delicadamente seguro sua mão direita e beijo.

–Meu amor. - digo chorando, abaixada ao lado de sua cama. - Não me deixe, por favor. Fica comigo, eu só tenho você. Você não pode me deixar sozinha, não faz isso comigo. Por favor volta pra mim. - só Deus sabe a dor que estou sentido agora. É como se estivessem cravando uma faca repedias vezes em meu coração. Dói demais.

Fico ali por mais alguns minutos, implorando para que ele seja forte, para que não me deixe, quando o médico, que eu nem tinha notado quando saiu do quarto, entra e fala:

–Senhoria, está na hora de ir. - me levanto e beijo sua mão.

–Eu te amo. - sussurro e sigo o médico até a porta.

Quando saímos ele fecha a porta. Tiramos as roupas de hospital e ele pede para que eu o siga até sua sala.

–Sente-se. - diz ele quando chegamos. Ele se senta em sua cadeira do outro lado da mesa e começa a escrever alguma coisa em um papel. Quando termina olha pra mim e me estrega o papel, olho sem entender e ele explica: - Quando estiver voltando para casa, passe em uma farmácia e compre esses remédios. São calmantes e soníferos, para te ajudar a descansar. - sorri gentil e eu fico agradecida - O Sr. Kripke irá permanecer por mais alguns dias na UTI, para ser monitorado melhor, e depois será transferido para um quarto que é permitido um acompanhante. Mas durante esses dias na UTI, se você quiser vê-lo, posso leva-la até lá. Mas terá que olhar através do vidro, já que é perigoso ficar entrando no quarto sem roupas esterilizadas, ele pode pegar alguma coisa, tudo bem?

–Tudo bem. - nos levantamos e vamos até a porta. - Obrigada. Por tudo que está fazendo por mim e por Steven. Obrigada mesmo.

–É o meu trabalho, senhorita, mas obrigado. - ele sorri e eu retribuo agradecida. - Atá mais. Se acontecer alguma coisa nós ligaremos para a senhorita.

–Obrigada. Até mais.

Saio do hospital e faço o que o Dr. Phillip falou. Vou a farmácia e compro os remédios que ele me receitou. Chego em casa e ligo para a empresa avisando que amanhã eu não vou trabalhar. Tomo um banho, visto uma roupa fresca e vou para a cozinha. Não estou com fome então só pego um copo de água para tomar o sonífero. Apos ter feito isso volto para o quarto, me deito e fico esperando a escuridão me tomar, pensando em como essa cama é grande sem meu amor aqui. Mas em nenhum momento após sair do hospital deixei de pensar em Steven e quando esse sofrimento irá acabar.


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Notas finais do capítulo

Eai gente, gostaram? Espero que sim.
Se gostaram deixem um comentário, e se não gostaram... deixem mesmo assim. Só pra eu saber a opinião de vocês.
Até o próximo capítulo. Vai ter um surpresa.
Bjsss...