Evolução- Interativa escrita por dark dame


Capítulo 5
Ônibus e imãs


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês, bem mais cedo do que eu esperava, mas melhor ainda. Se der tempo talvez eu poste mais um cap essa semana( percebam a presença da palavra TALVEZ nessa frase).
É isso, espero que gostem



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Russia,

– Vênus! Vamos logo!- gritava uma das garota do time de handball de Vênus- É pra hoje!

Vênus Petrov estava parada do lado de fora do ônibus, pronta para entrar, parou e jogou a mochila para a garora.

– Dois minutos- ela falou e se virou correndo de volta para casa.

Sua mãe estava parada na porta e a recebeu com um abraço.

– Você não deveria estar no ônibus?- ela perguntou, esmagada pelo abraço da filha- Olha que eles saem sem você.

– Deveria, mas eles podem esperar eu me despedir.

– Seu pai ainda não chegou.

– Isso elas não podem esperar, também, eu não estava contando muito com isso.

Sua mãe desviou o olhar por um momento e então sorriu, obvio que ela não estava contando com sua presença, ele quase nunca estava presente.

– Lembrou de tudo?

– Claro mãe.

– Escova de dentes?

– Sim.

– Documentos?

A busina a interrompeu antes mesmo de começar a falar, Vênus se virou e começou a correr.

–Tchau mãe!- ela gritou.

– Lembrou dos documentos?- a mãe gritou.

– Sim, não se preocupe!

Segundos depois de entrar no ônibus ele começou seu caminho até Moscou, o campeonato de handball estava no começo, mas seu time já tinha ganhado todos os jogos que já tinham jogado.

Uma música alta ressoava dentro do ônibus, o motorista gritava para que desligassem, mas a garota que tinha ligado a música só aumentava o volume, no fundo outras garotas trocavam fofocas e conversavam, três garotas tinham levado o mesmo tipo de chiclets e elas brigavam para saber de quem erao pacote, Vênus estava sentada num dos bancos com as pernas no banco ao seu lado, estava quase ligando a musica no fone de ouvido quando alguém a chamou.

– Petrov!- a voz vinha da frente do ônibus- Petrov! Cadê você!

– O quê?- Vênus se levantou procurando a dona da voz, seus olhos pararam quando viu Asha McCoy, ela era a garota mais alta do time e segurava um pacote de chiclets próximo ao teto do ônibus enquanto duas outras garotas pulavam tentando pega-lo.

– Você vai ser a juíza.

– O quê? Juíza do que?

Asha jogou o pacote de chiclets para ela.

– Eu trouxe esses chiclets, mas essas coisas ficam dizendo que é delas e que eu peguei.

– As três trouxeram, cada uma, um pacote de chiclets iguais?

Elas assentiram.

– E todas acham que esse é o seu?

Elas assentiram novamente.

– E ninguém nem chegou a pensar em olhar nas suas coisas se tem um pacote de chiclets faltando?

Elas assentiram novamente e as duas menores se viraram para olhar suas próprias mochilas, Asha esticou a mão indicando que era para ela jogar os chiclets de volta. Vênus abriu o pacote, pegou alguns chiclets e depois o jogou de volta a Asha, ela reclamou um pouco mas se virou sentando-se, Vênus tambem se snetou e ligou a musica em seu celular colocando os fones nos ouvidos. Puxou o casaco que usava para ele alcançar o final de suas costas e deixou os pés balançando no corredor enquanto cantarolava a melodia que saia de seus fones.

Alguns minutos depois viu a maioria das garotas passando correndo por seu banco, indo para a frente do ônibus, ela tirou os fones do ouvido, interrompendo a musica, para poder ver o que acontecia, mas antes de poder se levantar a terra tremeu, o ônibus tremeu e tudo começou a dar voltas, o veículo capotou e ela rolava dentro do ônibus, batendo no teto e nas janelas, ela ouvia todas as garotas gritando na frente do ônibus quando todas as janelas quebraram simultaneamente, uma mochila voou em sua direção e ela a agarrou buscando qualquer apoio, mesmo que a mochila não ajudasse muito.

O ônibus parou de repente, sem nenhum aviso e Vênus foi arremessada por uma das janelas. Ela atingiu o rio Moscovo, que ficava quase do lado da estrada, suas costas arderam com o impacto e ela afundou, logo tudo ficou preto.

***

Portugal,

Magnus seguia a mãe pelos corredores do laboratório onde ela trabalhava em seu projeto sobre polos magnéticos e metais. Era o dia de um experimento muito importante, no qual ela tinha trabalhado por muito tempo.

– Querido, o experimento já está para começar, você pode ir a sala ao lado e falar que a luz irá falhar um pouco?- sua mãe perguntou com a voz doe fazendo a última revisão na maquina.

– Claro, mãe- ele responde já saindo para a sala vizinha.

Ele bate na porta e um homem com um jaleco igual ao da mãe a abre, deixando espaço para que ele entre, a sala tem uma estante cheia de vasos de flores, havia mais vasos espalhados pela sala e em uma mesa uma garota olhava por um microscópio.

– Você deve ser o filho da dra. Maisha, qual seu nome mesmo?- o homem perguntou.

– Magnus...- ele começou, mas foi logo interrompido pelo homem.

– Olá Magnus, essa é minha filha, Ophidia.

A garota levantou os olhos do microscópio e olhou para ele sorrindo, ela tinha os cabelos ruivos ondulando sobre os ombros, exalava um ar de pureza e seu sorriso o deixou sem palavras por um instante.

– Olá- Ophidia falou, a voz doce e calma que quase o fez esquecer o por que de ele estar ali.

– Oi- ele falou, balançando a cabeça para sair de seus devaneios- Err. Eu só vim avisar que... minha mãe vai começar um experimento agora na sala do lado e talvez a luz falhe um pouco- ele terminou a frase gaguejando e se segurou para não sair dali correndo.

– Oh, - o pai de ophidia falou- tudo bem então.

Ele saiu da sala e correu para o laboratorio da mãe. Entrou sem prestar atenção na luz do lado de fora indicando que o experimento já tinha começado.

Assim que passou pela porta o chão tremeu, a grande maquina em sua frente começou a fazer um barulho estranho e brilhar como se fosse explodir, ele viu a mãe deixando a sala de segurança e correndo em sua direção. O chão tremeu mais e de repente, tudo desabou, antes mesmo da maquina explodir, e ele desmaiou.

Algum tempo depois, Magnus não sabia dizer quanto, ele acordou. Sua cabeça latejava e ele sentia um líquido escorrer por ela, lento e denso, quando passou a mão na sombrancelha acima do olho direito sentiu o sangue escorrer de um corte, provavelmente profundo. Pressionou a área para o sangramento, e olhou ao redor, a sala tinha desabado, provavelmente todo o complexo também, a mãe estava poucos metros a sua frente, um pedaço do teto a esmagava contra o chão, alguma coisa tinha tinha atingido sua cabeça, que estava aberta, o sangue ainda escorrendo por ela e o cérebro quase pulando para fora. Magnus virou a cabeça, seu estomago revirou ao olhar o corpo da mãe e ele quase não conseguia respirar.

O garoto luta para se levantar, tirando tudo que tinha caído sobre ele, todo o seu corpo doía, principalmente a cabeça, ele não conseguia se concentrar. Seguiu até a porta meio mancando. A porta estava emperrada e, enquanto tentava abrir, um pesamento lhe veio a cabeça: Ophidia. Forçou mais a porta, até que esta se moveu o bastante para que ele passasse. Mancou o mais rápido que conseguia para a sala ao lado.

Lá a porta estava escancarada, todos vasos tinham caído, formando um enorme monte de terra e plantas, ele não via Ophidia, mas seu pai estava lá, estirado no chão, com uma poça de sangue formada ao redor de seu corpo. Olhou em volta mais uma vez buscando pela garota, ele tinha certeza que não houve tempo para que ela saísse, seus olhos pararam no monte de terra e plantas no canto da sala e a cabeleira ruiva que saia dela e, principalmente, na mão pousada sobre os restos de um lírio. Mancou até lá e se pôs a cavar, logo alcançou o rosto de Ophidia, puxou-a com cuidado pelo ombro direito, mas parou assim que a garota encolheu-se de dor.

Suspirou aliviado por ela estar viva, mas esse alivio durou pouco quando ele viu um pedaço de um dos vasos enterrado no limite de seu pescoço com o ombro esquerdo, ele não sabia a profundidade do corte e fez o que pareceu mais sensato no momento, puxou o caco de seu ombro, lentamente.

Ophidia abriu os olhos assustada e gritando de dor. Magnus soltou o caco na mesma hora e se afastou. A garota levantou o braço direito, franzindo as sombrancelhas e cobriu o corte com a mão, o que não melhorou muito sua situação, visto que o pedaço do vaso ainda estava lá. Ela se arrastou e se levantou, mas não aguentou a dor e sentou, olhou em volta e viu o corpo de seu pai no chão.

***

Ophidia olhou ao redor, sabendo que aquele garoto, Magnus, estava encarando-a. Seu ombro doía e ela sentia o caco se movendo dentro dela a cada mínimo movimento. Então viu seu pai, ou melhor, seu corpo, o sangue ao seu redor já começava a secar. Ignorando toda a dor que sentia e se encolheu, abraçando os próprios joelhos e começou a chorar. As lágrimas escorriam por seu rosto e ela soluçava a cada meio segundo. Ouviu Magnus se arrastando pela sala e sentiu seu braço envolvendo-a, hesitou por um momento, mas logo estava apoiada com a cabeça contra seu peito, soluçando ainda mais alto e manchando sua camisa com sangue e lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, comentem, favoritem, gritem pela rua o quanto essa fic é boa (só pra constar, eu estou brincando ok?).
Kissus
—D



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