Evolução- Interativa escrita por dark dame


Capítulo 6
Cores, James e James


Notas iniciais do capítulo

Hey,em primeiro lugar, esse é um capítulo bônus, pelas duas recomendações lindas que eu recebi, da Marina Mellark Valdez e do Dark Scorpion, muito obrigado aos dois, esse capítulo é para vocês, amo vocês, as duas recomendações foram perfeitas, e, sem brincadeira, a Marina mandou a recomendação e 24 minutos depois chegou a do Dark Scorpion, 24 minutos de diferença, eu fiquei muito feliz.
Espero que gostem.
P.S. Eu quero me desculpar com a Avicii, eu falei que a sua personagem ia aparecer nesse capítulo, mas eu percebi que eu tinha que fazer as coisas seguindo a liha do tempo.



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Suíça,

Alex estava pressionado entre sua mochila e o banco da frente do ônibus escolar, ele e sua turma tinham ido fazer uma excursão a algum museu naquele dia, mas aconteceu alguma coisa, ele não tinha muita certeza do que, mas o ônibus tinha virado para frente e ele acabou debaixo do banco da frente. Ele não podia sair pela frente por causa do banco tampando sua passagem e por trás tinha uma mochila e a gravidade indo contra ele. Com alguma dificuldade ele se esgueirou para cima, escalando o ônibus pelos bancos, calmo, como ele sempre era. Alguns de seus colegas estavam desacordados (pensou ele) e esparramados por todo o ônibus.

Quando alcançou uma janela que não tinha mais vidro ele resolveu sair por ela, pulou na rua e olhou em volta, todas as construções estavam em chamas, mas uma chamou sua atenção, além do vermelho das chamas ele via um vermelho diferente, uma cor familiar, mas quase não conseguia ouvir sua origem, um grito de socorro no meio das chamas, olhou mais atentamente para a origem do som, era um clube, logo na entrada, presa por uma tábua ou coisa assim, ainda um pouco distante das chamas, mas estas avançavam a cada vez mais rápido. Ele correu até a garota, que ao vê-lo expressou uma sensação de alívio, que se transformou em dúvida quando ele se aproximou mais.

–Quantos anos você tem?- ela perguntou, sua voz tinha um tom vermelho mais claro e desesperado.

Alex tinha sinestesia, via os sons, as cores sempre mudavam, dependendo da pessoa e de como era dito, naquele momento o vermelho das palavras da garota se misturava com as chamas e ele estava um pouco confuso.

– Dez- disse ele já tentando tira-la de lá.

A garota ainda estava confusa e em dúvida, mas tentou forçar o que a prendia para ter espaço para passar. A pilastra se deslocou minimamente e ela se esgueirou para fora na mesma hora.

Ela estava apoiando todo seu peso no lado direito, mas não parecia ter quebrado nada, os dois sairam dali segundos antes de tudo desabar.

– Obrigada- a voz da garota tinha mudado para um verde claro e ele sorriu.

Ele tinha que tomar folego depois daquilo, respirou fundo e pela primeira vez percebeu o quanto difícil estava de respirar, o ar parecia denso e irritava seu nariz e garganta.

Ela se virou e se aproximou de um dos carros que estavam na cratera que engolira o ônibus onde ele estava, o parabrisa estava quebrado e todos os pedaços de vidro tinham perfurado uma mulher no banco do motorista, um nó se formou em sua garganta e Alex não pode dizer nada, percebeu que era a mãe da garota, ele nunca tinha tido uma, mas sabia que era difícil perder alguém querido, só não sabia o quanto, as duas eram incrivelmente parecidas, o mesmo cabelo liso e castanho e os olhos numa cor de mel quase dourados, na verdade pode-se dizer que eles eram mesmo dourados.

–Como você se chama?- Alex falou para tentar tirar sua atenção da mulher do carro.

A garota se virou rápida, quase assustada, não esperava que falasse alguma coisa.

– Você ainda não disse como se chama- ele falou de novo.

– Claro- ela falou, também queria tirar sua atenção da mãe- Me chamo Kelly, e você?

– Alex.

Kelly se sentou no capô do carro da mãe, Alex não sabia o que fazer, então sentou-se ao seu lado.

***

Inglaterra,

Alexandra ainda estava presa embaixo dos escombros do prédio onde vivia há alguns anos, desde que seu namorado tinha morrido. Ela já não sentia mais dor no braço, a pequena abertura que não dixava que ela ficasse no escuro aumentava um pouco ao longo do tempo, Amelia, a garota dos pirulitos de cereja, estava ajudando, ela disse que estava comum outro garoto, James, mas ele tinha quebrado a perna, então não podia ajudar, elas não conversavam muito e Alex acabou cochilando.

Ela acordou sentindo uma dor no braço direito. Abriu os olhos e olhou para o braço, ele estava livre, mas doía muito, ela sabia que estava quebrado, o mais estranho é que o braço parecia estar se materializando, estava envolto em um tipo de névoa negra, que logo desapareceu quando seu braço se "materializou por completo". Com cuidado ela conseguiu se esgueirar para fora da bolha, gemendo de dor a cada movimento que fazia.

Do lado de fora o sol já começava a se por, na margem do monte de escombros um garoto de cerca de onze anos sentado ao lado de duas muletas, aquele deveria ser James, alguns metros a frente dele tinha a forma conhecida de Amy, ela olhava para frente pensativa, como se estivesse tendo um flashback, o que era um pouco estranho para a situação em que estavam, ter um flashback não ajudava muita coisa.

Ela seguiu até James com cuidado, tentando mover o braço o mínimo possível, tinha um sensação estranha na pele, algo quase parecido com a sensação de todo o seu corpo estivesse formigando, mas não era isso, era com certeza algo diferente. Assim que a ouviu chegar, James se levantou com uma perna e tentou ajuda-la, ela quase recusou a ajuda quando viu ele se equilibrando sobre a perna boa, mas pensou que seu braço devia estar doendo tanto quanto (ou mais) do que a perna do garoto e ela realmente precisava da ajuda. O garoto voltou a se sentar e ela sentou-se ao seu lado, observando Amy, ela simplesmente parada, olhando para o horizonte, ou qualquer outra coisa que estava naquela direção, mesmo assim, Alex achou que aquela era uma péssima hora para observar o horizonte ou qualquer outra coisa naquela direção.

Amy se moveu e inclinou-se levemente para o lado, a pouca luz do sol se pondo não permitiu que ela visse muito depois da garota, mas Alex viu que havia uma pessoa, também parada logo à frente de Amy, eles deviam estar conversando, então ela se virou e a pessoa a seguiu, ela conseguiu ver melhor a pessoa, era um homem, alto, pele clara, cabelos castanhos escuros, tinha um corpo atlético, mas não era musculoso, a camsa branca estava encardida e a blusa xadrez por cima estava levemente chamuscada, ele parecia cansado e trocava constantemente a mochila preta de ombro, era bem bonito, ela tinha que admitir. Ele pegou algo do bolso e colocou na boca, o que a fez lembrar do estoque de pirulitos de Amy.

Quando se aproximaram mais Amy parou, um pouco confusa de como Alex tinha chegado ali, e começou uma rápida apresentação.

–Alex, esse é James- ela disse apontando para o homem ao seu lado, o que deixou ela e James ( o de perna quebrada) confusos- James, esse é James.

Amy deixou os três processando a nova informação e Alex viu um pequeno sorriso surgindo no canto de sua boca.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem, favoritem, sigam o exemplo do Scorpion e da Marina.
Kissus
—D