As Melhores Coisas Da Vida escrita por mybdns


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá gatas! Obrigada pelos reviews! Estou muito feliz por estarem gostando! Mais um capítulo pra vocês. Beijos.



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Eu não queria me levantar pra ir à escola na segunda feira. Eu estava com vergonha do Emmett pelo que aconteceu sábado, mas mesmo assim, eu fui. Dei graças por seus horários não coincidirem com os meus. Na hora do almoço, fui até a enfermaria para conversar com Sue e pedir uma ajuda.

– Oi Sue. Está ocupada?

– Claro que não, menina. Entre, por favor. Precisa de um analgésico?

– Não. Pra falar a verdade, eu preciso conversar.

– Estou escutando.

– Sabe, no sábado eu sai com o Emmett.

– O grandão daquele dia? Você realmente sabe seguir um conselho, hein? – ela riu.

– Foi legal, eu fui até a casa dele, nós assistimos a um filme muito triste e depois fomos à floresta. Você precisa ver como é bonita a cidade vista de lá.

– E ele te beijou?

– Não.

– Sério? Ele não tentou fazer nada? Nenhum beijinho?

– Não.

– Ok. E o que houve em seguida?

– Ele me levou pra casa e me deu um beijo na bochecha. Só que o babaca do meu irmão viu e fez o maior escândalo.

– Seu irmão está com ciúmes, não está?

– Sim, mas ele nunca agiu desta maneira.

– Porque provavelmente nunca nenhum menino se aproximou de você desta maneira.

– Só um, mas isso quando tínhamos treze anos. Depois disso nunca mais eu...

– Saiu com nenhum cara. Rose, você é uma garota especial e seu irmão está preocupado.

– Não precisa se preocupar, nós só somos amigos.

– Amizade pode se transformar em amor.

– O Emmett não é igual aos outros garotos. Ele não é, como posso dizer, apressado. Meu irmão no lugar dele, já teria tentado me levar pra cama.

– Ele também é especial. Eu vejo doçura nos olhos dele. Meninos como ele precisam ter certeza do que querem para avançar, tentar algo mais sério. Ele quer saber se você é a mulher certa e se ele é o homem certo pra você.

– Sério?

– Sim. Meu marido é assim. Ele não me deu o primeiro beijo antes de ter certeza do que queria.

– Nossa!

– Dê tempo ao tempo, Rose. Se vocês forem feitos um para o outro, mais cedo ou mais tarde vai acontecer.

– Você ainda acredita em almas gêmeas e essas coisas?

– Claro. Eu acredito que cada pessoa deste mundo tenha uma alma gêmea. E algumas passam a vida inteira e não a encontram.

– Obrigada, Sue. Precisava conversar com alguém.

– Quando precisar estou aqui.

– Muito obrigada, mais uma vez. – quando estava saindo da enfermaria, trombei em Emmett. Quase cai pra trás, mas ele segurou meu braço com força.

– Você precisa olhar pra onde anda. – ele debochou.

– Eu estava distraída.

– Você ta legal?

– Estou por quê?

– Você está saindo da enfermaria...

– Ah, não. Eu só estava conversando com a Sue.

– Que bom. E ai, gostou do Radiohead? - perguntou enquanto caminhávamos.

– Nossa! E como gostei! Com certeza, é uma das minhas bandas favoritas agora.

– E quais são as outras?

– Hum... Muse, Coldplay, U2... The Killers.

– Eu adoro Muse. – comentou.

– Eu gosto de Beatles também. E da Aretha Franklin, Barbra Streisand, Whitney Houston, Michael Jackson.

– Nossa! Você me impressiona cada dia mais.

– Eu?

– Sim. Não é qualquer garota da sua idade que gosta de Aretha Franklin e da Barbra Streisand.

– Influências da minha avó. Ela era cantora da Broadway.

– Sério?

– Sim. Ela me ensinou a gostar. Quando eu ia pra Nova York, na casa dela, nós duas ficávamos o dia inteiro ouvindo este tipo de música. Ela me ensinou a tocar piano.

– Você é uma garota muito culta, hein?

– Na verdade, sou bem influenciada.

– E o seu irmão?

– Ele gosta do 50 Cent. – ri.

– Legal. – ironizou. – e o que houve com ela?

– Morreu uns três anos atrás. Ela teve um AVC.

– Eu sinto.

– Tudo bem. Tenho que ir pra aula. A gente se encontra por ai. – sorri.

– Ok. – ele sorriu de volta e foi para o outro lado. À tarde, no Clube do Livro, tive uma surpresa ao vê-lo na sala.

– O que está fazendo aqui? – eu perguntei, sentando-me ao seu lado.

– Eu precisava fazer uma eletiva.

– Você gosta de ler?

– Mais ou menos.

– E porque diabos está aqui? – eu ri.

– Nenhuma outra eletiva me chamou a atenção.

– Tudo bem, então.

– Eu te disse que vou entrar para o time de futebol?

– Não! Isso é ótimo! Fico feliz por você.

– Fiz um teste pra quarterback com o treinador Dwyer. Ele disse que eu tenho futuro.

– Que ótimo, Emmett! Estou feliz por você. E estou triste por ter que disputar a vaga de titular com o meu irmão.

– É eu sei. Já fui apresentado ao time.

– Você tem sorte.

– Demais. – paramos de conversar quando a Srtª Angell entrou na sala. Ela era uma mulher de trinta e poucos anos, que tinha longos cabelos loiros, olhos caramelados e um corpo esguio. Era uma bela mulher e os garotos sempre a paqueravam.

– Boa tarde. Imagino que vocês leram O Diário de Anne Frank. Então, o que acharam?

– Triste. – comentou Sophia, uma menina do primeiro ano.

Nós comentamos o livro e demos nossa opinião a respeito da Guerra e de tudo o que houve naquela época tão negra para a história mundial. Na hora da saída, Emmett me ofereceu uma carona e eu aceitei.

– Seu irmão ainda quer me bater, não quer?

– O que acha? Não ligue pra ele. Ele é um babaca. E perderia feio pra você.

– Vou tentar conversar com ele. Pra dizer que não sou um maníaco estuprador e psicopata. E que não farei nada de mal com você.

– Ele é idiota. Vai perder seu tempo. – eu disse enquanto ele estacionava na frente de casa. Meu pai estava cortando a grama e quando viu o carro parou o que estava fazendo.

– Eu devo descer e me apresentar?

– Seria legal. Pra ele não ficar me enchendo de perguntas.

– Tudo bem. – nós descemos do carro e andamos até papai.

– Oi pai.

– Oi princesa.

– Olá, Sr. Cullen. Sou Emmett. – ele se apresentou estendendo a mão.

– Muito prazer meu rapaz. Sou Carlisle. De onde estão vindo, Rose?

– Da escola, pai.

– Hum. – papai cruzou os braços e ficou parado, olhando para Emmett.

– Rose, eu preciso levar minha irmãzinha no ballett.

– Tudo bem. Até amanhã.

– Até amanhã. Foi um prazer, Sr. Cullen.

– O prazer é meu. – Emmett entrou no carro e foi embora. – ele é o seu...

– Amigo. Meu amigo.

– Entendi. – papai ligou a máquina e continuou o seu serviço eu entrei em casa. Mamãe estava na cozinha preparando alguma coisa.

– Mamãe? – disse indo para a cozinha. – nossa! O cheiro está ótimo.

– Oi meu bem. Estou preparando o jantar. Adivinhe quem está na cidade? – ela me perguntou animada.

– Não faço a mínima idéia.

– Sua prima! Alice.

– Sério? Pensei que ela voltasse de lua de mel só daqui uma semana.

– Eles quiseram voltar pra cidade logo.

– O Jasper vem junto?

– Claro. Estou preparando aquele espaguete que ela tanto gosta.

– Vai ficar uma delícia. – Alice era filha do irmão da mamãe. Ele e a esposa haviam morrido em um acidente de carro quando ela ainda era bebê, então meus pais a criaram. Ela era quatro anos mais velha que eu, mas éramos muito próximas. Quando ela se casou com Jasper, que era detetive da polícia local, me senti sozinha. Eu podia contar tudo pra ela. Me dava sempre os melhores conselhos e me ajudava em tudo.

– Quer me ajudar?

– Posso tomar um banho primeiro?

– Claro. A propósito, eu vi com quem você chegou hoje. – ela deu uma piscada e sorriu.

– Mãe, não viaja, por favor.

– Porque não? Eu gostei dele. É um rapaz muito gentil.

– Ele é só meu amigo, está bem?

– Como quiser. – ela continuou o que estava fazendo e eu subi para o meu quarto. Antes, passei na frente do quarto de Edward e ele parecia preocupado.

– O que foi, Ed?

– Nada. Me deixe em paz.

– Nossa! Como você é grosso.

– Foi mal. Posso conversar com você?

– Pode. – eu fiquei parada na porta esperando ele começar.

– Dá pra você entrar e fechar a porta?

– Ah, ok. – eu entrei e fechei a porta. Me sentei ao seu lado, na cama e ele parecia estar chorando. – Edward, você está chorando?

– Claro que não, idiota.

– Ah, está sim. O que aconteceu? Está triste porque o Emmett entrou para o time? – provoquei.

– Óbvio que eu não me importo com aquele babaca.

– Então o que você tem?

– É a Bella.

– O que tem ela? Te deu um pé na bunda?

– Não Rose. Ela acha que está...

– Está o que, me diz!

– Ela acha que está grávida. – ele disse e abaixou a cabeça. Eu fiquei sem reação.

– Eu não acredito, Ed.

– Eu deveria ter ouvido os conselhos do papai.

– Um filho não é tão ruim assim.

– Quando se tem dezessete anos é. Eu não quero ser pai! Minha vida vai acabar! Eu quero ir para a universidade, Rose, quero ter um futuro.

– Deveria ter pensado nisso antes, Ed. Eu sinto muito, mas é a verdade.

– O que eu vou fazer? Eu não trabalho nem ela! Como vamos sustentar esta criança?

– Chegou a hora de crescer, Edward. – eu passei a mão em seu cabelo e saí do quarto, e deixei-o sozinho para pensar. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde, isso iria acabar acontecendo. Edward e Bella eram muito irresponsáveis. Não pensavam nas conseqüências de seus atos e com certeza, quase nunca se preveniam. Eu só estava com medo de quando os pais dela e os nossos soubessem disso. Tomei um banho e desci para ajudar minha mãe, antes passei no quarto de Edwrad, mas ele estava dormindo. As sete em ponto, Alice e Jasper chegaram.

– Oi família! – disse Alice, saltitando pela sala.

– Alice! Jasper! Que saudades! Como foram de viagem? – perguntou mamãe, abraçando-os.

– Foi ótima, tia. Eu nunca pensei que seria tão legal viajar para a Índia. Eu comprei tanta coisa! Você tem que ver!

– Olá, querida. – disse papai abraçando-a e em seguida, apertando a mão de Jasper.

– Oi tio. Estava com saudades. – ela sorriu.

– Nós também.

– Rose! Como você está bonita!

– Ah, você é que está, Alice.

– Parece diferente... Vejo um brilho nesses seus olhos... Quem é o cara?

– Não tem ninguém.

– Depois você me conta, então. E o Edward? Onde está?

– Ele pegou no sono. Estava cansado. – eu disse.

– Ah, depois falamos com ele então.

– A Alice está elétrica. Ela tomou tanto café no avião! – disse Jasper. – está falando mais do que de costume.

– Claro que não! Impressão sua, meu bem. – ela sorriu. – hum.. sinto cheiro daquele espaguete que eu gosto...

– Você adivinhou. Só estávamos esperando vocês chegarem para jantarmos. Quer me ajudar com os pratos? – ela lhe perguntou.

– Claro que ajudo, tia.

– Rose, chame seu irmão, tudo bem?

– Claro, mãe. – subi para chamar Edward. – Ed? Vem jantar. A Alice e o Jasper chegaram.

– Eu não estou com fome, Rose.

– Você precisa comer.

– Já disse que não quero.

– Como quiser.

– Eu vou falar com a Bella. – ela se levantou e pegou as chaves do carro. Desceu sem falar com ninguém.

– O que deu nesse menino? – perguntou papai.

– O que houve, Rose?

– Não sei. – menti.

– Nós sentimos. Vocês sabem como é o Edward. – desculpou-se mamãe.

– Tudo bem, tia. Ele deve estar num dia ruim.

– Vamos jantar? Estou faminta. – eu disse e então fomos para a mesa de jantar. Conversamos bastante e vimos as fotos da lua de mel dos dois. Depois, eles foram para casa. Papai e mamãe iriam fazer plantão no hospital e eu fui dormir. Edward chegou por volta da uma hora da manhã e eu me levantei pra ver se ele estava bem.

– Ed? Você está bem? – eu perguntei batendo na porta do seu quarto.

– Me deixe em paz. – ele falou e eu logo percebi que estava bêbado.

– Ed, você está bêbado, não está?

– Não é da sua conta! – peguei a chave reserva e entrei.

– Edward! Você está péssimo!

– A Bella não quis abortar! Minha vida acabou.

– Eu não acredito que você sugeriu isso, Ed.

– É melhor pra nós dois.

– Olha aqui. De manhã a gente conversa, tudo bem? Você não tem condições agora. – dei-lhe um beijo na testa e fui para o meu quarto. Estava preocupada com Edward e principalmente com Bella.

De manhã bem cedo, levantei-me e fiz o café. Chamei Edward várias vezes, mas ele não respondeu. Meus pais iriam chegar logo e eu não queria que eles o vissem daquele jeito, então dei um jeito de despertá-lo. Peguei um copo com água e joguei na cara dele.

– Porque você fez isso?

– Pra você acordar. Não quero que o papai e a mamãe o vejam assim.

– Eu quero ficar na cama.

– Vai ficar ai se escondendo das suas responsabilidades, Edward Cullen? Você vai ter que deixar de ser um moleque mimado, Ed. Tem que virar um homem. Você vai ter um filho.

– Nossos pais vão me deserdar! Eu estou fodido.

– Eles não vão deixar de falar com você por causa disso, Ed. Só vão te dar uma puta bronca. E eu estarei aqui. Estamos juntos nessa. – disse segurando a mão dele.

– É sério? Sabe, Rose eu nunca fui muito legal com você. E de uns tempos pra cá, eu estou sendo um tremendo babaca. Você é a minha irmãzinha. Você é uma garota especial e eu não vou deixar nenhum marmanjo te magoar... Como eu faço com as meninas com quem eu saio, digo, saía.

– Não precisa se preocupar, Ed. O Emmett não vai fazer nada comigo.

– Ele te olha como se quisesse arrancar suas roupas.

– Você está completamente enganado. Aquele dia que nós saímos ele sequer tentou me beijar.

– Ah, você está brincando com a minha cara? Que idiota! Será que ele é gay?

– Provavelmente não. Mais pare de falar sobre mim. O assunto principal aqui é o senhor. O que pretende fazer?

– Vou conversar com a Bella de novo. Ela ficou magoada com a proposta do aborto. Vou tentar me desculpar.

– Faça isso. E faça logo.

– Obrigado por estar aqui, maninha.

– Eu sempre estarei, Edward. – abracei meu irmão com força. Há muito tempo não nos abraçávamos e ali, naquele momento eu senti que estávamos criando a cumplicidade que nunca tivemos.


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