As Melhores Coisas Da Vida escrita por mybdns


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Mais um capítulo novinho pra vocês! E desde já agradeço aos reviews! Vocês são uns amores ♥ Um beijinho, May.



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Quarta feira, na aula de História, a Sra. Milman, uma velhinha de setenta e poucos anos que foi para um campo de concentração Nazista com dois anos de idade e viveu lá até o término da Guerra, sorteou duplas para responder algumas questões sobre Guerra Fria. Para o meu grande azar, minha dupla era o Jacob. Fui caminhando lentamente para perto da mesa dele, puxei uma cadeira e ele não falou nada. Só ficou me olhando com aquela cara de deboche e isso me deixou irritada.

– Você sabe a resposta de alguma questão? – perguntei.

– O que você acha? – perguntou cruzando os braços.

– Tudo bem. – eu peguei uma folha e comecei a responder sozinha.

– Vai fazer tudo sozinha mesmo?

– Você me disse que não sabia.

– Não disse nada. Eu faço a última.

– E as outras cinco você deixa por minha conta? Muito justo, não acha? – ironizei.

– Nossa como você é insuportável, Rosalie.

– Nossa como você é mal educado, Jacob.

– Deveria ter acostumado já.

– Você nunca foi assim. E sabe de uma coisa? Ninguém tem culpa do que você está passando. Ninguém tem culpa do seu irmão ter se matado. Porque você desconta sua raiva nos outros?

– Não vou ficar escutando isso. – ele disse se levantando.

– Sente-se ai. Eu não terminei de falar com você. Eu gosto de você, Jacob. Me preocupo com você.

– Se preocupa de verdade? Então faça-me um favor: cuide da sua vida e me deixe em paz.

– Seu grosso. – eu disse, um pouco alto. Todos da sala pararam e olharam em nossa direção. Jacob saiu da sala sem avisar a professora.

– O que deu nesse garoto? – ela perguntou.

– Nada, Sra. Milman.

– Você quer fazer sozinha, Rosalie? Pode se juntar com uma dupla, se quiser. – ela sugeriu.

– Não, eu faço sozinha.

– Sente-se aqui, Rose. – disse Bella, que fazia o trabalho com Emmett.

– Obrigada, Bells. – eu agradeci e me juntei a eles.

– Foi você mesma quem falou aquilo tudo para o Jake? – perguntou Bella.

– Você ouviu?

– Todo mundo ouviu. Muita gente queria falar umas poucas e boas para o Black. Só você teve coragem.

– Por quê?

– As pessoas têm medo dele. Ele anda por ai, com aquele cigarro nojento na boca, com aquela calça jeans velha e desbotada, com jaqueta de couro, andando para baixo e para cima naquela moto. Ele virou um bad boy.

– Eu prometi pra mim mesma que, de hoje em diante, só me importarei com pessoas que valem a pena.

– É a melhor coisa a fazer, amiga. – ela sorriu e nós fizemos nosso trabalho. A próxima aula era Educação Física, então fui logo para o vestiário com as meninas para trocar de roupa.

– Tomara que o Sr. Cahill pegue leve hoje. Minhas pernas ainda doem por causa da aula da semana passada. – reclamou Bella.

– Bella, todo mundo sabe que você tem dois pés esquerdos e não sabe nem andar direito, quem dirá correr. A gente entende. – brincou Zafrina.

– Nossa, como você é engraçada. – ironizou.

Nós andamos para a quadra, onde os meninos já se aqueciam. Vi a rede de vôlei estendida e suspirei. Eu odiava jogar vôlei. Eu até gostava de educação física, gostava de me exercitar. Mais vôlei não.

– Vamos meninas! Deixem de moleza. Edward, Tyler, escolham os times. – ele mandou. Os meninos escolheram os times e eu fiquei por último, como sempre. Cai no time de Tyler. Fiquei no fundo para não atrapalhar o jogo. No último ponto do último set, a idiota da Jane Volturi sacou bem em cima de mim. Ela era baixinha, mas tinha muita força. Não consegui defender e a bola foi flutuando por toda a quadra até atingir meu rosto. Eu cai na hora e fiquei no chão, meio atordoada.

– Srtª Cullen? – chamou o professor. – tudo bem?

– Hã?

– Rose! Para de dar vexame! Foi só uma bolada. – disse Edward abaixando-se perto de mim.

– Espero que a próxima atinja seu saco. – eu disse baixo.

– Edward, leve sua irmã para a enfermaria. – disse o professor.

– Ok, professor. – Edward me ajudou a levantar e nós fomos para a enfermaria.

– O que houve com ela? – perguntou a enfermeira, que era uma bela mulher de cabelos bem pretos e traços indígenas.

– Ela levou uma bolada na cara. Nada de mais. – Edward disse.

– Nada de mais porque não foi com você, não é mesmo? – ela debochou. – deixe-me ver isso aqui... – ela olhou para o galo na minha testa e colocou gelo.

– Minha cabeça está doendo. – informei.

– Vou te dar um analgésico. – ela pegou um comprimido e me deu. – fique deitada um pouco, tudo bem? Só para a tontura passar. Você pode voltar pra aula. – disse virando-se para Edward.

– Ok. Depois eu volto pra ver como você está. – ele disse me dando um beijo na bochecha.

– Seu namorado é meio marrento, mas se preocupa com você, hein? Além de ser bem bonito.

– Ele não é meu namorado. – disse dando risada. – ele é meu irmão.

– Nossa! E não é que vocês se parecem mesmo? São gêmeos, não são?

– Sim. Nasci cinco minutos depois dele. E você, é nova por aqui?

– Sim. A outra enfermeira foi diagnosticada com linfoma e eu a estou substituindo.

– Nossa, que droga.

– É. O câncer é uma droga mesmo.

– Meus pais são oncologistas. Eles contam cada história! É de dar pena.

– É uma doença terrível. Ela vai acabando com as pessoas aos poucos e chega um determinado ponto que os médicos não podem fazer nada. É triste.

– É mesmo. – concordei.

– Vou até a sua sala pra dizer que você ficará aqui mais um pouco, tudo bem?

– Tudo. A propósito, como é o seu nome?

– Sue. Me chamo Sue.

– Sou Rosalie.

– É um prazer. – ela saiu e eu fiquei lá sozinha.

– Posso entrar? – disse Emmett, logo em seguida batendo na porta.

– Claro. – sorri.

– Como você está? – ele perguntou, se sentando numa cadeira.

– Estou bem, obrigada por se preocupar.

– Eu sei que ela fez de propósito. Eu a vi combinando com aquela outra, Victoria é o nome dela? Aquela ruiva?

– Ah, é ela mesmo. Elas adoram provocar os outros.

– Mais você está bem mesmo? Parece um pouco atordoada ainda.

– Ah, na verdade, estou mesmo. Mais já vai passar.

– Que bom.

– O que está fazendo fora da sala, rapazinho? – perguntou Sue a Emmett quando voltou.

– Eu só queria ver como ela estava. Já estou voltando. Fique bem, ok? – ele sorriu pra mim e foi para sala.

– Nossa, você está rodeada de belos rapazes, hein?

– Ele é só meu amigo.

– Só um amigo? Eu vi o jeito que ele te olha, Rosalie. Não são olhos de amigo.

– Ele acabou de entrar no colégio. Nem o conheço direito.

– Se eu fosse você, tratava logo de conhecê-lo melhor, antes que outra entre na sua frente.

– Ok. – balancei a cabeça e logo Bella chegou à enfermaria também. Estava com enjôo e tontura.

– O que você comeu, menina? – ela perguntou.

– Não sei. Acho que foram os bolinhos de chocolate que minha mãe fez para o café.

– Você vai vê-la constantemente aqui. Ela vive mais na enfermaria do que na sala de aula. – zombei.

– Como você é engraçada, cunhadinha.

– É a única coisa que ela sabe dizer.

– Toma um remédio. E vê se não exagera na comida, hein? – ela sorriu e Bella tomou o remédio.

– Obrigada. Vou voltar pra aula. – ela disse.

– Acho que também vou. Já me sinto bem melhor. Obrigada, Sue.

– Não foi nada, Rosalie. Se cuida, hein? – Bella e eu fomos para a sala e assistimos ao restante das aulas. No sábado, fui ao shopping com a minha mãe, aproveitando que ela estava de folga. Fazia muito tempo que não saíamos juntas e eu fiquei feliz por ter este tempo com ela.

– Como está o colégio? – ela perguntou, enquanto experimentava um belo sapato azul.

– Vai bem.

– Você gostou do sapato?

– É lindo. Mais você já tem muitos sapatos, não acha?

– Acho. Mais este é para uma ocasião especial.

– Qual?

– Hoje seu pai e eu comemoramos vinte anos de casados. Ele vai me levar para jantar. Preciso estar bonita e bem vestida.

– Não precisa fazer muito esforço para ficar bonita, mãe. Até fantasiada de Barney você ficaria bonita.

– Que exagero. – ela riu. – vou levar este.

Ela foi para o caixa e eu a esperei do lado de fora. Enquanto olhava numa vitrine um bonito vestido, senti alguém tocar minhas costas. Me virei assustada e vi Emmett de mão dada com uma garotinha.

– Oi. Que surpresa te encontrar aqui. – ele disse.

– Pois é.

– Esta é a minha irmãzinha, Claire. Diga oi, Claire.

– Oi. – ela disse timidamente.

– Oi. Você é linda sabia?

– Como você se chama? – ela perguntou.

– Eu me chamo Rosalie, se quiser, pode me chamar de Rose.

– Então, o que faz aqui?

– Vim passar uma tarde com a minha mãe. E você?

– Ela queria assistir Meu Malvado Favorito e ir ao Mc Donald’s.

– Podemos ir, filha? – perguntou-me mamãe, ao sair da loja. – quem é este?

– Ah, mãe este é o Emmett, um amigo da escola. – apresentei.

– Prazer. Sou Esme. – ela disse estendendo a mão.

– O prazer é meu, Sra. Cullen.

– E esta mocinha?

– Esta é Claire, minha irmã.

– Oi. – ela disse.

– Oi. – mamãe respondeu.

– Temos que ir, não é mesmo, Claire? Então, tchau Rose. Até mais, Sra. Cullen.

– Até, Emmett. – disse mamãe.

– Tchau, Emmett.

– Rosalie? Você quer assistir a um filme comigo? Hoje à noite?

Eu parei e arregalei os olhos. Emmett McCarty estava me convidando pra sair? E na frente da minha mãe? Eu não podia acreditar.

– Hum... – eu olhei pra minha mãe e ela fez um discreto aceno positivo com a cabeça. – tudo bem.

– Excelente. – ele me deu seu endereço e nós trocamos nossos números de celular. Nos despedimos mais uma vez e mamãe e eu continuamos a andar.

– Ele é um gato, filha.

– Mãe... – disse um tanto impaciente.

– Ele é bem decido, hein? Te convidou pra sair na minha frente... Gostei dele. Ele é educado, atencioso, tem um sorriso maravilhoso, além de ser lindo, como eu já disse. Você merece um namorado assim.

– Mamãe! Como você precipita as coisas! Só vamos assistir a um filme! Não vamos nos casar.

– Ok. Mais estou animada. Você está na idade de conhecer rapazes, de namorar, sair... Seu primeiro namoro foi tão frustrado que nunca mais arrumou outro.

– Mãe... Não quero falar sobre o Jacob.

– Como quiser. Você precisa de uma roupa nova? Um vestido talvez? Uma saia?

– Vou assistir a um filme. Quero estar confortável. Vou de calça jeans mesmo.

– Tudo bem. – ela suspirou. – vamos comer alguma coisa que eu estou morrendo de fome. – nós fomos para a praça de alimentação e comemos. Voltamos pra casa por volta das cinco. Papai e Edward estavam assistindo a um jogo de basquete.

– Chegaram cedo, hein? – ironizou Edward.

– Como foram de compras?

– Bem pai. – eu subi para o meu quarto e tomei um banho. Vesti uma calça jeans, uma blusa xadrez e um all star branco. Mamãe e papai estavam prontos para comemorar o aniversário de casamento e Edward também iria sair.

– Onde você vai, Rose? – perguntou papai.

– Assistir a um filme.

– Hum.

– E com quem você vai, posso saber? – perguntou Edward, cruzando os braços.

– Não te interessa.

– Nem comecem, ok? – brigou papai.

– Se comportem. – disse mamãe. – boa sorte. – ela disse em meu ouvido.

– Obrigada.

Fui andando para a casa de Emmett. Cheguei no horário marcado, às oito. Bati na porta uma vez e ele atendeu.

– Nossa, como você é pontual.

– Sempre.

– Entre, por favor. – eu entrei em sua bela sala e o cheiro de pipoca invadiu minhas narinas. – fique à vontade.

– Bonita sua casa. – disse olhando em volta. A casa era realmente bonita. A sala era enorme e muito bem decorada.

– Ah, valeu. Minha mãe tem bom gosto.

– Olha só! Então você é a famosa Rosalie? – disse uma mulher alta, de cabelos bem pretos e olhos claros, saindo da cozinha. – sou Erika, mãe do Emmett.

– É um prazer, Sra. McCarty. – sorri.

– Sabe, eu estava tão ansiosa pra te conhecer... O Emmett fala em você o tempo inteiro.

– Mãe, por favor. – disse Emmett, um pouco envergonhado.

– Por quê? Você sabe que é verdade. – disse uma menina, descendo as escadas.

– Fica quietinha, Bree. Por favor. Não ligue pra elas. – ele disse virando-se para mim.

– Tudo bem. Você não disse que tinha outra irmã.

– Ah, é que ela é tão chata que não faço questão de lembrar.

– Bobo. Eu estava fazendo intercâmbio em Londres. Voltei semana passada. E desde então o único nome que eu escuto é Rosalie, Rosalie, Rosalie... – ela riu.

– Entendo. – disse abaixando a cabeça.

– Bree! Cale a sua boca, sim? – brigou Emmett.

– Querido, venha conhecer a namo... digo, amiga do Em. – ela chamou e um homem, também muito alto, de cabelos escuros e olhos castanhos surgiu nas escadas.

– Olá, mocinha. Sou Patrick, pai dele. É um prazer.

– O prazer é todo meu, Sr. McCarty.

– Emmett, você não disse que a Rosalie era tão bonita.

– Pai, você está a deixando com vergonha. – Emmett disse e era verdade.

– Tudo bem, Emmett. Obrigada pelo elogio. – agradeci.

– Vamos assistir nosso filme?

– A hora que você quiser.

– Vamos lá pra baixo. – ele me guiou até a enorme sala de cinema.

– Nossa, você tem uma sala de cinema em casa?

– Minha família e eu gostamos de passar nosso tempo juntos assistindo filmes.

– Legal. E qual você escolheu para nós assistirmos?

– Eu ainda não escolhi. Estava esperando você chegar.

– E quais são as opções? – ele me mostrou uma lista imensa de filmes e nós escolhemos Uma Prova De Amor. Já tinha ouvido falar deste filme, mas nunca tinha assistido. Quando terminou, eu tentei esconder o choro, mas não consegui.

– Rosalie? Você está bem? – Emmett perguntou acendendo as luzes.

– Não.

– É sério que você está chorando?

– São lágrimas de verdade.

– Deveríamos ter assistido Eu os declaro marido e... Larry. – ele riu.

– Pare de rir de mim. Eu sou chorona, choro vendo filmes, séries e lendo livros.

– Chorar é bom, Rosalie. É um sinal de que você sente alguma coisa.

– Você tem razão. – disse secando minhas lágrimas na blusa.

– Vamos passear um pouco. – nós fomos para a garagem e entramos em seu carro. Ele ligou o rádio e começou a tocar uma música que eu já tinha ouvido, mas não sabia quem cantava.

– Onde você está me levando, hein?

– Num lugar bem bonito. Aguarde.

– Olha, nem pense em tentar me seqüestrar. Eu lutei karatê quando era mais nova. – brinquei.

– Estou morrendo de medo.

– Hum. Não zombe de mim, Emmett. Eu sei me defender.

– Está bem, Rosalie. Não se preocupe que não irei te seqüestrar.

– Estou aliviada. A propósito, quem canta esta música?

– Você gostou?

– É linda.

– Ela se chama True Love Waits e é do Radiohead.

– Vão entrar na minha lista de bandas preferidas só por causa desta música.

– Você tem que ouvir as outras. Uma melhor que a outra. Abra o porta luvas, por favor. – ele pediu e eu abri. – vou te emprestar meu ipod. Tem todos os CDs do Radiohead nele.

– Sério?

– Claro, me devolva quando quiser.

– Obrigada. – coloquei o ipod em minha bolsa e sorri.

– Chegamos. – ele parou num lugar bem afastado da cidade, na floresta. Quando desci do carro, senti um pouco de medo. Estava muito escuro e eu não conseguia enxergar praticamente nada. Emmett chegou perto de mim com uma lanterna e pegou em minha mão. – não solta da minha mão, ok?

– Ah, não precisa falar duas vezes.

– Está com medo?

– O que você acha? Pode ter animais ferozes aqui.

– Relaxa. Eu venho sempre aqui.

– Fazer o quê?

– Escute o som da natureza. Sinta o cheiro do mato. Isso aqui é vida.

Sorri e nós andamos mais ou menos uns quinze minutos, até chegarmos num morro, de onde dava pra ver a cidade.

– Nossa! – exclamei.

– É lindo, não é?

– E como!

– Sabia que você iria gostar. As garotas gostam dessas coisas.

– Você traz muitas meninas aqui?

– Na verdade, você é a primeira.

– Me sinto lisonjeada.

– É um lugar especial. Sempre que quero ficar sozinho, venho pra cá. – ele suspirou e ficou quieto. Olhei para a vista da cidade toda iluminada e senti uma paz interior que há tempos eu não sentia.

– A cidade parece tão quieta daqui, não é mesmo?

– Parece mesmo. – concordou. – sabe, Rose, agora é a hora que você descobre que eu sou um vampiro. – seu comentário me fez rir.

– Deixe de ser bobo. – disse dando-lhe um soco no braço. – sabe, acho que já está ficando tarde...

– Vamos embora. – nós nos levantamos e andamos de volta para o carro. Emmett me levou para casa. Ele desceu do carro e me acompanhou até a porta.

– Obrigada, Emmett. Me diverti muito.

– Eu também. Da próxima vez, nó assistimos a uma comédia, pra você não chorar.

– Próxima vez?

– Eu gostei de sair com você. Espero que aceite meus próximos convites.

– Vou pensar no seu caso. – sorri. – até segunda, Emmett.

– Até segunda, Rosalie. – ele me deu um beijo na bochecha e eu corei. Para o nosso azar, Edward estava na janela da sala, vendo tudo. Ele abriu a porta, visivelmente irritado.

– Ah, era com esse cara que você estava?

– E o que tem?

– Eu só vou dizer uma coisa pra você, Emmett: nunca mais coloque suas mãos em cima da minha irmã. Você está entendendo?

– Sua irmã é bem grandinha pra escolher com quem ela sai amigão.

– Edward, vai se ferrar! Olha o escândalo! – eu disse tentando afastá-lo do Emmett.

– Escândalo vai ser quando eu quebrar a cara deste idiota.

– Pode vir.

– Vocês não vão brigar aqui, né? Emmett, vai embora, por favor.

– É melhor mesmo. Até segunda, Rose.

– Se eu te ver perto dela outra vez, eu juro que quebro sua cara. – Emmett entrou no carro e acelerou. Entrei em casa vermelha de raiva.

– O que diabos deu em você, Edward?

– Eu não quero te ver com esse babaca, Rose.

– Você nunca fez o tipo irmão “super protetor.” Me poupe.

– Ele só quer brincar com você, Rosalie. Eu conheço este tipinho.

– Edward, eu vou te dizer uma coisa: nem todos os homens são como você.

– O quê?

– Você está surdo? Eu disse que nem todos os homens são como você.

– O que você quer insinuar? Que eu sou cafajeste?

– Nossa! Você entende tudo tão rápido! Talvez não seja tão burro quanto eu pensava.

– Eu não tenho culpa que faço sucesso com as mulheres, Rosalie.

– Você é desprezível, Edward. Você já magoou tantas garotas! E eu não quero que faça isso com a Bella.

– Eu a amo.

– Você a ama? Você ama a você mesmo, Edward. Só.

– Será que é tão difícil de acreditar?

– É.

– Tudo bem.

– E outra coisa: não se intrometa na minha vida. Eu saio com quem eu quero, na hora que eu bem entender.

– Eu não vou deixar aquele moleque magoar minha irmãzinha. Vou fazer um inferno na vida dele, você vai ver.

– Você conseguiu estragar minha noite, que até a hora que você apareceu, estava maravilhosa.

– Rose, você não... transou com esse cara, não é?

– Você ficou louco, Edward? O que você acha que eu sou, hein?

– Ufa. – ele suspirou e se sentou no sofá.

– Eu não posso acreditar que você pensou isso. – subi as escadas correndo e me tranquei no quarto. Eu não sabia o que estava se passando na cabeça do Edward. Ele nunca se importou comigo. Pelo menos nunca demonstrou isso. E agora ele está ai, todo preocupado e insuportável. Eu sinceramente não o entendia. Coloquei meu pijama e fui para debaixo das cobertas. Adormeci com o ipod do Emmett no ouvido.


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