As Melhores Coisas Da Vida escrita por mybdns


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novíssimo pra vocês. Espero que gostem e obrigada pelos reviews! Beijos, May.



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Já na escola, vi Edward e Bella conversando no corredor. Fiquei de longe, pois não queria atrapalhar. Senti alguém atrás de mim e me virei.

– Nossa Emmett! Que susto.

– Eu sinto. Escutando a conversa dos outros?

– Tentando escutar.

– Isso é muito feio, mocinha.

– Se você soubesse o que está se passando...

– Se quiser me contar...

– Não Será preciso. Mais cedo ou mais tarde você vai saber.

– Tudo bem. Tem alguma coisa pra fazer hoje?

– Acho que não.

– Então vamos comer uma pizza? Lá em Seattle?

– Hum... Tudo bem. – sorri.

– Ótimo. Passo na sua casa às sete.

– Vou esperar.

–Agora eu preciso ir para o treino. Até mais tarde.

– Até mais tarde, Emmett. – ele se virou e logo depois, Edward e Bella caminharam até mim, de mãos dadas.

– Nós nos resolvemos, Rose. – comunicou Bella.

– Não sabem como fico aliviada.

– Vamos passar por isso juntos. Vamos ter nosso bebê e vamos criá-lo. – disse Edward, com determinação.

– Só que tem uma coisa...

– Já sabemos o que você vai dizer. Temos que contar para os nosso pais. Vamos fazer um jantar na nossa casa e queremos que nos ajude. – disse Edward.

– Eu ajudo. O que eu tenho que fazer?

– A comida. – ela sorriu.

– Isso não será problema. Vocês se encarregam de avisar os pais da Bella?

– Eu faço isso. – disse Bella.

– E que horas vai ser esse jantar?

– Às oito.

– Vou preparar tudo. – sorri e fui procurar Emmett. Tinha que desmarcar meu compromisso com ele. Fui para o campo e o vi. – Emmett! – chamei.

– Oi Rose. – ele disse vindo em minha direção. Estava com uma regata cinza que deixava seus músculos à mostra. Eu sabia que Emmett era forte, mas não tinha idéia de que ele era tão forte assim. – algum problema?

– Ah, não! É que não vai dar pra eu ir para Seattle com você. Problemas familiares.

– Ah! É uma pena. Fica pra próxima então. – ele disse e eu senti um tom de desapontamento em sua voz.

– McCarty! Vai ficar de papo furado ou vai vir treinar? – gritou James.

– Já estou indo.

– Não vou tomar seu tempo. Até mais.

– Até. – ele se virou e correu até o time e eu voltei para a aula. De tarde, fui para o supermercado com o carro de Edward e fiz compras para o jantar. Papai e mamãe chegaram do hospital às seis.

– Nossa! Que cheiro bom, Rose! – mamãe elogiou.

– Está bom mesmo. – papai concordou.

– Obrigada.

– Vamos ter visitas?

– Vamos sim, mãe. O Sr. e a Sra. Swan vão vir para o jantar.

– Ah, sério? E você tomou conta de tudo?

– Sim.

– Ótimo. – disse mamãe. Onde está o seu irmão, falando nisso?

– Está lá em cima, com a Bella.

– Ok.

Papai me olhava com uma cara de desconfiado. Esperou mamãe subir para tomar banho para me perguntar o que estava acontecendo.

– O que está acontecendo, Rosalie?

– Nada papai. É só um jantar.

– O que o seu irmão aprontou desta vez?

– Quem vai ter que contar é ele.

– Posso esperar pelo pior?

– Hum... Mais ou menos.

– Tudo bem. Vou abrir um vinho.

– Acho melhor não se embebedar.

– Você tem razão. Vou tomar banho. – ele subiu e eu continuei o jantar. Os pais de Bella chegaram às sete e meia.

– Não entendo a razão deste jantar. Onde está minha filha? – perguntou Charlie.

– Ela já vai descer, Sr. Swan. – respondi. – o senhor quer vinho?

– Oh, não obrigado.

– Eu aceito, meu bem. – disse papai. Peguei a garrafa e o servi.

– Com licença. – eu pedi e fui lá para cima. Bati na porta do quarto de Edward e ele abriu. – vocês não vão descer?

– Estamos morrendo de medo, Rose. – disse Bella.

– Vocês vão ter que encarar isso. Não podem se esconder dentro deste quarto pra sempre. Eu estarei aqui, do lado dos dois. Se precisarem segurar na minha mão, podem segurar. O que vocês não podem é se esconder. Tomem coragem, desçam lá e contem tudo. – os dois se levantaram e seguraram um na mão do outro. – boa sorte.

Eles desceram e ficaram em pé por alguns minutos. Bella apertava a mão de Edward com força e ele parecia estar tremendo.

– E então, podemos jantar? – perguntou mamãe.

– Antes, eles têm que contar uma coisa. – eu disse tentando dar um empurrão.

– Ah, é? O que foi? – perguntou papai cruzando os braços.

– Nós... – começou Bella.

– Nós o quê, Isabella? – disse Charlie.

– A Bella está grávida. – disse Edward, por fim.

– E você diz isso com esta naturalidade? Quantas vezes eu disse a vocês para tomarem cuidado? – disse papai, um pouco alterado.

– Carlisle, por favor.

– Por favor o quê, Esme? Esses dois são uns irresponsáveis!

– Pelo amor de Deus, vocês são duas crianças! Como vão criar outra criança? – disse mamãe., chorando.

– Mãe? Você está quieta. – disse Bella a Renée.

– Eu estou quieta porque eu já sabia. – ela disse, com serenidade. Parecia ser a pessoa mais calma daquela sala.

– Como assim você já sabia?

– Eu encontrei o teste nas suas coisas. Faz uma semana, mais ou menos.

– E você não me contou por quê?

– Estava esperando ela contar, Charlie.

– O que vocês pensam em fazer? Não têm um emprego, não terminaram a escola. E a universidade? – perguntou papai.

– Fomos hoje procurar um emprego, pai. A Alice precisava de dois assistentes para a galeria, então contratou nós dois. Vou vender o carro. – disse Edward.

– Não vai ser fácil. – disse mamãe.

– Nós sabemos, Sra. Cullen.

– Como vocês são irresponsáveis, meu Deus! Bella eu conversei tanto com você... – suspirou Esme.

– Vocês são duas crianças! – repetiu mamãe.

– Hei! Gente. - comecei. – todos nós sabemos que eles não foram responsáveis, mas dêem um voto de confiança a eles. Agora vão ter que encarar a realidade e crescer. Pode acontecer com todo mundo! Mamãe? A vovó não engravidou de você quando tinha dezesseis? Então!

– A Rose tem razão. – concordou papai. – não vamos abandonar vocês. Pelo menos eu não vou.

– Muito menos eu. – disse mamãe.

– Nós também, não é Charlie?

– Claro, claro.

– Nós amamos vocês. Não vamos deixá-los na rua. – disse mamãe. – vem cá, me dêem um abraço. – mamãe se levantou e abraçou os dois.

– Gente, eu odeio ter que acabar com este momento lindo em família, mas a comida está esfriando. – eu disse e eles deram risada. Fomos para a sala de jantar e comemos, todos juntos e pude perceber um sentimento de alívio em Edward e Bella.

No sábado, estava em casa com Bella e Edward. Papai e mamãe haviam ido à um Congresso em Nova York. Fui para a cozinha pegar um refrigerante e quando voltei, os dois estavam se agarrando no sofá.

– Pelo amor de Deus! Vocês não conseguem ficar sem se agarrar um minuto?

– Foi mal, irmãzinha. Vamos lá pra cima, Bella? – ele deu um risinho malicioso e ela levantou.

– Vocês juram que vão fazer isso comigo aqui? Não sou obrigada a ouvir os gritos dela.

– Hei! Eu não sou escandalosa.

– Não, imagina. – ironizei.

– Tá bem. Vamos lá pra casa, Ed. Meus pais saíram com uns amigos. Podemos ficar à vontade.

– Adorei a idéia. – ele disse. – você vai ficar bem sozinha?

– Eu sempre fico. – deu um risinho amarelo e eles foram embora. Eu gostava de ficar sozinha, mas não o tempo inteiro. Queria ter alguém para conversar, na verdade, não precisamos conversar. Eu só queria alguém pra ficar em silêncio, mas junto comigo. Liguei a TV e estava passando Vestida Para Casar, que eu adorava, mas a campainha logo em seguida. Levantei-me irritada e fui ver quem era. – Emmett? – ele estava lá, parado na porta da minha casa, com uma caixa de pizza e um sorriso lindo na boca olhando pra mim.

– Boa noite, senhorita. – ele disse. – tem companhia pra essa noite?

– Não. – disse abaixando a cabeça.

– Agora tem. Se me deixar entrar, é claro.

– Entre, por favor. O que te trás aqui?

– Eu estava inquieto em casa. Meus pais e minhas irmãs viajaram e eu ao gosto de ficar sozinho muito tempo. E contando que você me deu o bolo uns dias atrás... Eu trouxe a pizza até você!

– Então temos uma coisa em comum, pois também odeio ficar sozinha muito tempo. E eu não te dei o bolo no outro dia, eu só precisava resolver assuntos familiares. Sente-se. Vou colocar isso lá na cozinha. – peguei a caixa de pizza e coloquei-a em cima da mesa da cozinha.

– Vestida para casar? Esse filme é tão... – ele falou, fazendo cara feia.

– Tão o quê? De mulherzinha?

– Exatamente.

– Ah, vocês homens não entendem nada. Vocês poderiam ser um pouquinho mais românticos, sabia?

– Eu sou romântico, só que esse filme é muito meloso. Eu gosto de ação.

– Hum, sei. – disse cruzando os braços. – vamos assistir outro filme.

– Qual?

– Hum, não sei. Meu irmão gosta muito de filmes de terror. Escolha um que eu vou pegar as pizzas e refrigerante. – fui para a cozinha e ele ficou escolhendo os filmes. Voltei e ele já havia colocado um no DVD.

– Prontinho, moça.

– Qual você escolheu?

– Evocando Espíritos.

– Não tive coragem de assistir. – eu disse me sentando.

– Não se preocupe, não tem nada de mais. – ele deu um sorriso torto e pegou um pedaço de pizza. O filme começou e eu não me assustei tanto, mas a medida que os eventos sobrenaturais começaram a acontecer eu tive vontade de correr lá pra cima e me esconder debaixo das cobertas. Emmett morria de dar risada do meu jeito quando eu me assustava e eu fiquei brava com ele.

– Pare de rir de mim, seu idiota.

– Ah, qual é Rose? Nem é tão assustador assim.

– Não imagina.

– Já está acabando.

– Que ótimo. – fiquei quieta por alguns segundos e depois, levei outro susto. Sem pensar, eu agarrei no braço de Emmett e me escondi atrás dele. Nunca tinha percebido como ele era cheiroso. – ah, me desculpe, eu... – disse saindo detrás dele, morrendo de vergonha.

– Tudo bem. Você é uma medrosa mesmo. Pode vir mais perto se quiser. Prometo de proteger. – ele riu.

– Há há. Engraçadinho. Só vou pra perto de você porque eu estou morrendo de medo e toda hora que eu olho pra janela eu tenho a impressão de que tem um vulto me olhando. – cheguei mais perto dele e coloquei uma almofada no colo.

– Você sabia que este filme é baseado em fatos reais?

– Sério? Só pra piorar a situação.

– Você é tão engraçada, Rose.

– Não sou não. – eu disse dando-lhe um tapa no braço.

– Isso doeu.

– Não doeu não. Nem sou tão forte assim.

– Falei isso só pra te deixar feliz. Não doeu nada. Nem senti.

– Como você é idiota! Me deixe assistir ao filme, ok?

– Agora você quer assistir? Não estava com medo?

– Eu estou com medo. Mais eu quero terminar de ver.

– Ok. – ele ficou quieto por segundos e depois começou a bater o pé. Vou ao banheiro. – ele disse.

– É a primeira porta à direita. – indiquei. Ele se levantou e foi ao banheiro. Estava muito concentrada no final do filme, então não percebi que ele estava atrás de mim. – que susto! – disse dando um pulo.

– Eu sabia que iria fazer isso! – ele disse gargalhando. – você é tão medrosa! – ele disse olhando pra mim. – Rose?

– O que foi, Emmett? – eu disse olhando-o. Apenas a luz da TV clareava a sala. Ele se aproximou e segurou meu rosto, com muita delicadeza.

– Eu já disse que você é linda?

– Na verdade... Não. – meu corpo tremia e meu coração estava acelerado.

– Estou dizendo agora então. Você é linda.

– Obrigada, Emmett. – sorri. Ele então, num movimento muito rápido, colou seus lábios nos meus. Não me afastei, não disse para que ele parasse com aquilo, eu só... Aceitei. Pensei em tudo o que Sue havia me dito e um milhão de coisas se passou pela minha cabeça. Coloquei minhas mãos em sua nuca e ele aprofundou o beijo. Paramos apenas quando o fôlego foi necessário. Ele olhou pra mim e deu sorriso torto. Aquele sorriso me deixou desconcertada. Olhei para baixo tentando disfarçar e ele levantou meu queixo.

– Deixe-me olhar seus olhos, moça.

– Emmett, eu...

– Não diga nada. Eu acho que fui rápido demais, não fui?

– Não, não é isso. Eu só não estava esperando.

– Tudo bem. Podemos ir devagar se quiser. Posso te dar um tempo.

– Obrigada. – sorri.

– Está ficando tarde. Eu vou embora. Até mais. – ele sorriu e me deu um beijo na bochecha. O acompanhei até a porta ele foi embora. Eu ainda estava tremendo. Eu não acreditava que ele havia feito isso, mas a grande verdade é que eu tinha gostado. E muito.

Fui para cama e não consegui dormir. Fiquei andando pela casa igual a um zumbi a noite inteira. Liguei o notebook, escutei Radiohead, assisti a um programa de culinária e depois um de investigação policial, mas nada do sono chegar. Edward apareceu por volta das três da manhã. Eu estava na cozinha comendo um pedaço da pizza que havia sobrado.

– Até que enfim, Edward!

– O que está fazendo acordada a essa hora?

– Não tive sono.

– Onde arrumou essa pizza? – ele disse pegando um pedaço.

– O Emmett trouxe. – não menti.

– Aquele cara esteve aqui, Rose? Ele te fez algum mal?

– Edward! Ele não é um estuprador maníaco! E você deve conhecê-lo antes de julgar. Ele é super legal e meu amigo!

– Não vou falar mais nada. Não diga que eu não avisei quando ele enjoar de você. Eu o vi com a Victoria ontem.

– Não me importo. O Emmett conversa com todo mundo. E ele não é minha propriedade.

– A Victoria é uma vadia. Fica de olho, ok? Vai perder seu homem. – ele riu.

– Ele não é meu homem, ele é meu amigo!

– Vamos ver até quando esta amizade vai durar. Agora eu vou lá pra cima, preciso descansar. – ele me deu um beijo na testa e subiu. Terminei de comer minha pizza e subi também. Deitei na cama e meus olhos se fecharam quase que instantaneamente. Só acordei de manhã.


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