The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends escrita por Black


Capítulo 48
Cabelos Encantados


Notas iniciais do capítulo

Capítulo grande!
Espero que gostem e boa leitura!
PS.: Nessa Fic, quais são os pares que vocês querem para os dez?



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– O que está fazendo aqui, loirinha? – Flynn lançou a ela seu melhor sorriso conquistador.

– Não funciona mais, Flynn. – Rapunzel revirou os olhos. – Já me acostumei.

– Não custa tentar, não é? – Ele suspirou. – Mas, afinal de contas, o que você está fazendo no meio da Floresta Proibida?

– Eu me perdi. – A loira respondeu. Não era por aquilo que ela estava ali, mas tinha que confessar que já não sabia mais voltar para o castelo.

– Então, por que me amarrou? – Ele se mexeu desconfortável na cadeira, ainda preso a ela pelos longos cabelos dourados.

– Porque eu quero fazer um acordo com você. – Ela propôs.

– E que acordo seria esse? – Ryder arqueou uma sobrancelha.

– Quero que você me leve de volta a Hogwarts. – Ela pediu.

Ele pareceu pensar por alguns segundos, mas logo balançou a cabeça em negação.

– Não vai rolar. – Respondeu. – Digamos que Hogwarts e eu não estamos em um momento de muita simpatia.

– Ora, por favor, Flynn. – Ela insistiu.

– Não. – Ele balançou a cabeça novamente. Logo depois, se deu conta de algo. – Afinal, onde está minha mochila? – Olhou em volta, procurando-a, mas não encontrando nada além de árvores.

– Ah, sua mochila. – Rapunzel sorriu com seu trunfo. – Eu escondi. E não vou devolver a não ser que você me leve a Hogwarts.

– Então esse é o seu acordo? – Flynn arqueou uma sobrancelha. – Eu te levo a Hogwarts e você me dá minha mochila?

– Isso mesmo. – Ela riu. – E você sabe que eu cumpro minhas promessas. Além do mais... – Ela se aproximou dele e segurou seu rosto, olhando-o nos olhos. – Você pode retirar cada árvore dessa floresta, mas se eu não o ajudar você nunca irá encontrar sua preciosa mochila. – Disse isso e se afastou.

– Tudo bem, eu te levo lá. – Ele deu de ombros.

– Legal! – Ela riu e deu alguns pulinhos.

Assim, ela o desamarrou e o rapaz levantou-se de sua cadeira. Logo, os dois começaram a andar pela floresta.

Gothel estava andando aflita pelos corredores. Já havia ido a todos os lugares que sua filha gostava de frequentar, mas não a encontrara. Assim, decidiu falar com os amigos da loira.

Por sorte, encontrou-os conversando nos Campos de Hogwarts, próximos ao lago. A mulher não tardou em se aproximar.

– Pois não? – Elena perguntou ao notar a aproximação da mãe de sua amiga.

– Vocês viram a Rapunzel? – Gothel questionou.

– Não a vi o dia inteiro. – Jack deu de ombros e se encostou à árvore.

– Também não. – Elsa prosseguiu.

– Eu não vi. – Jacky levantou os braços como se estivesse se rendendo.

– Não olhem para mim. – Merida deitou-se na grama e colocou o braço por cima dos olhos.

– Nem para mim. – Soluço falou.

– Ela realmente andou meio ausente. – Mirana disse pensativa.

– Eu passei o dia com a Mirana e como ela não viu... – Alice respondeu e deixou a frase inacabada, subentendida.

– Eu também não vi. – Anna falou.

– Sinto muito, mas eu também não. – Elena declarou.

Gothel assentiu e se afastou dali, ainda procurando a loira. Assim que ela saiu, os nove amigos ali se entreolharam.

– Onde acham que ela foi? – Jacky arqueou uma sobrancelha.

– Não tenho ideia. – Anna respondeu. – Não deveríamos procurar?

– Por enquanto não. – Elena franziu o cenho. – Rapunzel é responsável. Ingênua, mas responsável. Ela não faria nada estúpido. De qualquer forma, se ela não estiver nesse castelo em uma hora, iremos procurá-la.

Todos fizeram que sim com a cabeça e passaram mais algum tempo em silêncio, até que fosse um certo albino a quebrá-lo.

– Vocês já notaram que são sempre as Gêmeas Gryffindor que tomam as decisões por nós? – Jack riu.

– Já. – Anna, Mirana, Alice, Soluço, Merida e Jacky responderam ao mesmo tempo.

– Afinal, qual de vocês é a herdeira do Reino de Arendelle? – Mirana olhou para as gêmeas, que até aquele momento haviam se mantido caladas.

– Elena. – Elsa sorriu.

– Nós duas. – A morena corrigiu. – Conversei com papai e ele concordou.

– Sério? – A loira virou-se para ela.

– Rainha Elsa de Arendelle. – Elena sorriu.

A loira imediatamente a abraçou e todos ali sorriram. Com o momento raro de descontração de Elsa, todos haviam quase se esquecido que Rapunzel estava desaparecida. Quase.

– Onde estamos indo? – Rapunzel questionou após algum tempo de caminhada.

– Temos que comer algo, não acha? – Flynn sorriu com algum pensamento que tivera. – Fique tranquila. O lugar que estou lhe levando é bem legal. Afinal, não seria uma boa ideia assustá-la e fazê-la desistir dessa excursão, não é? – Flynn parou de andar ao avistar o Vilarejo de Hogsmeade, e nele, um lugar com uma placa. – Ali está! O Patinho Feio. É um lugar bem bacana.

– Gosto de Patinhos, sabe? – Rapunzel sorriu.

Às vezes a loira conseguia ser mais ingênua do que um bebê. Flynn sabia disso e quase se sentiu culpado pelo que estava fazendo. Quase.

– Que legal! – O rapaz falou enquanto os dois se dirigiam ao estabelecimento. Assim que entraram, Flynn falou. – Garçom, por favor, sua melhor mesa.

Rapunzel ficou aterrorizada com o interior daquele lugar. O nome até poderia ser inocente e enganar algumas pessoas, mas lá dentro era escuro e sujo, com vários bruxos insensíveis e aparentemente perigosos. O tipo de lugar que a loira desejaria nunca visitar, e Flynn sabia disso.

Rapidamente Rapunzel pegou sua varinha e a apontou para todas a s direções. Flynn colocou uma mão em suas costas e foi empurrando-a para dentro. Já no meio do lugar, Rapunzel se acuou num canto de parede. Ryder se aproximou dela.

– Você não está muito bem loirinha. – O rapaz declarou. – Eu poderia apenas lhe dar as direções para ir para Hogwarts. Não seria melhor? – Começou a puxá-la para a saída. – Esse lugar aqui é dos melhores. E se você não segurou a onda, então é melhor voltar para a sua turma lá em Hogwarts. Eu lhe dou as direções e você vai soz... – Quando estavam para sair, a porta foi bruscamente fechada por um homem que tinha facilmente três vezes o tamanho de Flynn.

Em sua mão, estava um cartaz de procurado, que para o azar de Ryder, trazia seu rosto.

– É você? – O grandalhão perguntou.

Flynn retirou o dedo do homem de cima de onde seu nariz deveria estar desenhado. Não estava nada parecido com o normal.

– Por que será que ninguém nunca acerta o meu nariz?! – Ele resmungou.

– É ele sim. – Um homem com um gancho no lugar de uma das mãos se aproximou. – Você – Apontou para um homem que estava atrás de si. – Vá a Hogwarts e chame os Guardas de Corona. Essa recompensa vai me render um gancho novinho em folha.

Logo, todos começaram a brigar e puxar Flynn de um lado para o outro, querendo ficar com a recompensa. Rapunzel pegou sua varinha e fez várias faíscas vermelhas, que chamaram a atenção dos valentões.

– Soltem! Soltem agora! – A loira gritou. – Eu não sei como voltar e preciso dele para me levar para Hogwarts porque eu tenho amigos lá que são o maior sonho da minha vida! Tenha sensibilidade. Vocês nunca tiveram um sonho na vida?

“Gancho” virou-se para ela e se aproximou com sua varinha e gancho. Quando chegou bem perto da menina, apontou a varinha para o menor homem ali e lançou um feitiço. Imediatamente o pobre rapaz começou a tocar.

Sou malvado e violento. – Inexplicavelmente, Gancho começou a cantar. – Meu riso é tão rosnento. As minhas mãos tem marcas bem a vista. – Guiou a loira até um palco onde havia um velho piano. – Apesar de ser marmanjo, do meu jeito e do meu gancho. – Sentou-se e começou a tocar piano. – Meu sonho sempre foi ser pianista. – Mesmo tendo apenas uma mão e um gancho, ele tocava muito bem. – Imaginem eu no palco tocando Mozart. Martelando as teclas bem assim. Meu dote, na verdade, é a minha habilidade. Pois lá no fundo um sonho eu tenho sim.

Logo, todos ali começaram a cantar também:

Você tem sim, um sonho sim.

Afinal não sou tão rude e mal assim. - Gancho cantou também. – Eu, às vezes, causo dores, mas sou como esses sonhadores. – Apontou para os outros homens ali, que estavam dançando. – Como todo mundo um sonho eu tenho sim.

Outro começou a cantar:

Tenho marcas, cicatrizes, inchaços e varizes. E nem a minha cara é muito boa. Tenho dedos de montão, pescoço inchado e narigão. E ainda assim procuro uma pessoa. Imagine eu com uma linda moça. Dentro de um barquinho bem assim. Apesar de desordeiro, sou amante e não guerreiro. Pois lá no fundo um sonho eu tenho sim. Eu tenho sim, um sonho sim. E eu sei que um dia vou amar enfim. Apesar da cara horrível, minha alma é sensível. Como todo mundo, um sonho eu tenho sim.

­ Outro deles começou, cantando os sonhos dos outros.

– Thor queria e pode ser florista. Gunther é um bom decorador. Ulf adora mímica. Os doces do Átila são um primor. Um tricota. Outro roda. Outro faz teatro e moda.

Vladimir tem coleção de unicórnios. – Gancho cantou, apontando para o maior homem ali, que tinha em cada mão um pequenino unicórnio.

– Esse é o melhor aniversário de todos! – Rapunzel comemorou.

– É seu aniversário? – Gancho perguntou e a loira concordou com a cabeça. – Então vai ficar bem feliz à noite. Como o rei e a rainha estão na sua escola, soltarão as lanternas lá.

– Sério? – Rapunzel ficou iluminada.

– Sim. – Ele concordou. – Agora, se me der licença. – Foi até Flynn, que estava pendurado numa parede. – E você?

– O quê? – O garoto arqueou uma sobrancelha.

– Qual é o seu sonho? – Gancho perguntou.

– Lamento senhores. – Flynn sorriu. – Eu não sei cantar.

Todos ali apontaram as varinhas para ele. O rapaz foi solto e, numa mesa, começou a cantar:

Tenho sonhos, mas nem tanto. Mais simples, por enquanto. Morar em algum lugar ensolarado. Numa ilha no verão. Bronzeado e solteirão. Com pilhas de dinheiro ao meu lado.

Tendo se lembrado de um sonho antigo, dos tempos em que não estudava em Hogwarts e ficava presa na torre, Rapunzel se meteu na canção. Ela ficou em cima de uma mesa e levantou a mão, cantando.

– Eu tenho sim, um sonho sim. Que as lanternas flutuantes são para mim. Quanto mais se vão às horas, mais eu gosto aqui de fora. Eu sou igual. Um sonho eu tenho sim.

Mal sabia ela que sua mãe a estava observando pela janela. Logo todos lá dentro estavam cantando.

Você tem sim, um sonho sim. Vejam que afinal ninguém é tão ruim.

Foram interrompidos pelo homem que Gancho mandara para chamar os guardas.

– Encontrei os guardas! – Ele declarou.

Flynn e Rapunzel imediatamente se esconderam. Logo, o Capitão da Guarda entrou lá com alguns soldados.

– Cadê o Ryder? Cadê ele? – Foi perguntando enquanto os soldados vasculhavam o lugar.

Ainda escondido, Flynn levantou-se um pouco e pôde ver que seus “comparsas” haviam sido pegos pelos guardas e estavam ali. Definitivamente, ele estava encrencado.

Assustou-se quando viu um gancho à sua frente e ao olhar para o dono dele, viu que o homem lhe apontava uma saída.

– Vá lá. Viva seu sonho. – Gancho sorriu, olhando para a passagem secreta que os tiraria dali.

– Pode deixar. – Flynn respondeu.

– Seu sonho é podre. Eu estava falando com ela. – Gesticulou para Rapunzel.

Flynn revirou os olhos e entrou na passagem juntamente com a loira. Os dois começaram a correr quando notaram que estavam sendo perseguidos pelos guardas e por... Maximmus? Aquele cavalo definitivamente era persistente.

Os dois acabaram na velha distribuidora de água de Hogsmeade. Rapunzel deu sua varinha a Flynn, que no momento estava sem a dele, e jogou seu cabelo e o usou com uma corda, indo para o outro lado.

Ryder começou a duelar com os guardas e acabou por vencê-los. Quando estava enfrentando Maximmus e prestes a perder para o cavalo, Rapunzel usou seu cabelo e o puxou. O cavalo deu coices em uma das colunas de sustentação para que formasse uma ponte, mas acabou provocando uma ruptura na barragem, que se desfez.

Fugindo da água, Rapunzel e Flynn acabaram numa caverna. Com a água subindo, a varinha da loira no chão e o escuro que não lhes permitia achar uma saída ou a varinha, eles não tinham muito que fazer. Numa tentativa, Flynn acabou por cortar a palma da mão.

– É minha culpa. – Rapunzel falou tristonha. – Mamãe tinha razão. Eu devia ter ficado em Hogwarts. Desculpe-me, Flynn. – A loira começou a chorar.

– Eugene. – Flynn falou.

– O que? – A loira olhou para ele.

– Meu nome de verdade é Eugene Fitzherbert. Eu mudei para Flynn Ryder antes de receber a carta de Hogwarts. Eu queria que você soubesse.

Ele estava lhe contando um segredo, então ela lhe contaria um que nem mesmo seus amigos sabiam.

– Meu cabelo mágico brilha quando eu começo a cantar. – A loira sorriu sem graça.

– O que? – Ele questionou confuso.

– Meu cabelo mágico brilha... – Ela teve uma ideia. – Quando eu começo a cantar! Brilha linda flor. Teu poder venceu. Traz de volta já o que uma vez foi meu...

A água subiu e os deixou completamente submersos. Para a surpresa de Flynn, os cabelos da loira começaram a brilhar, iluminando o lugar.

Mesmo estando surpreso, ele nadou um pouco mais para baixo e pegou a varinha da loira. Com seu último fôlego e com dificuldade por causa da água ele lançou o feitiço:

– Confringo.

– Acharam alguma coisa? – Jacky perguntou quando se reuniram novamente às portas do Grande Salão.

– Não. – Os outros oito responderam juntos.

– Onde mais ela pode ter ido? – Alice arqueou uma sobrancelha. – Já olhamos toda Hogwarts.

– Ela pode ter ido a Hogsmeade. – Mirana sugeriu. – Estamos no terceiro ano, temos permissão de ir.

– Mas a mãe dela nunca deixou. – Jack lembrou. – E não há nenhum passeio hoje.

– Quando minha mãe não me deixa fazer algo, eu simplesmente faço escondido dela. – Merida deu de ombros.

– Ela pode ter ido sem a mãe ver. – Soluço concordou.

– Então o que ainda estamos fazendo aqui? – Anna perguntou.

– Não podemos ir assim. – Elsa falou. – Ainda estamos no terceiro ano. Só podemos ir quando houver excursões.

– Já estamos no nosso terceiro ano em Hogwarts e não acho que regras sejam o que nós mais prezamos desde que entramos aqui. – Elena sorriu. – Vamos logo.

Os demais sorriram e começaram a bolar um plano para saírem do castelo sem serem vistos.

Já fora do rio em que haviam caído pelo buraco que Flynn fizera, os dois se deitaram cansados à margem do mesmo.

– O cabelo dela brilha. – Flynn ainda dizia sem acreditar.

– E ele não faz apenas isso. – A loira sorriu.

Flynn acabou por dar de cara com o pequenino camaleão de Rapunzel, Pascal, sorrindo para ele.

– Por que ele está sorrindo para mim? – Perguntou.

Já de noite, os dois conseguiram encontrar um lugar para acampar. Hogwarts não era muito longe dali, mas não era uma boa ideia aparecer à noite no castelo.

Rapunzel enrolou seu cabelo dourado na mão que Flynn/Eugene havia machucado.

– É estranho você estar amarrando seu cabelo mágico na minha mão machucada. – Ele declarou.

Brilha linda flor. Teu poder venceu. Traz de volta já o que uma vez foi meu. Cura o que se feriu. Salva o que se perdeu. Traz de volta já o que uma vez foi meu. Uma vez foi meu.

Depois que a loira parou de cantar e o cabelo parou de brilhar, Ryder tirou o cabelo de cima de sua mão. Ficou aterrorizado ao ver que estava curada. Estava prestes a gritar.

– Não se assuste. – Rapunzel pediu.

– Não é nada. – Ele respondeu, encolhendo-se. – Eu só estou interessado no cabelo e nas propriedades mágicas que ele possui. Há quanto tempo você faz isso?

– Desde sempre, eu acho. – Rapunzel respondeu. – Mamãe falou que quando eu era pequena as pessoas tentavam cortar. Pegar o poder para si. Mas quando ele é cortado fica castanho e perde o poder. – Mostrou uma mecha castanha em meio à imensidão loira. – Um dom desses é melhor proteger.

– Então é por isso que nunca contou para ninguém? – Ele quis saber.

– Sim. – Ela confirmou. – Nem mesmo Jack, Jacky, Elena, Elsa, Anna, Merida, Mirana, Alice e Soluço sabem. E eles são meus melhores amigos. Mamãe disse que é melhor assim. Em Hogwarts ninguém sabe e em Corona, eu não saio da minha...

– Torre. – Eugene lembrou que, durante um dos Bailes de Natal em que a levara, ela havia comentado que morava numa torre.

Os dois ficaram se olhando por alguns segundos, antes que Flynn se sentisse envergonhado e se levantasse.

– Bem, eu vou pegar mais lenha para a fogueira. – Disse e saiu dali.

– Só para você saber. – Rapunzel disse quando Flynn estava se afastando. – Eu gosto muito mais de Eugene Fitzherbert do que de Flynn Ryder.

– Então você é a primeira. – Ele sorriu. – Mas obrigado. – Dito isso, saiu dali.

O silencio se instalou ali até que fosse quebrado por uma voz que Rapunzel conhecia bem e que não deveria estar ali.

– Achei que ele não iria sair. – Gothel falou.

– Mamãe? – Rapunzel se virou e encontrou sua mãe.

– Olá, querida. – Gothel sorriu.

– Mas eu não entendo. – Rapunzel se levantou. – Como me encontrou?

– Foi fácil. – Gothel abraçou a filha. – Foi só seguir o som da completa e absoluta traição e chegar até aqui.

– Vamos voltar para casa, Rapunzel. – Gothel declarou e começou a puxar a filha dali.

– Como assim casa? – A loira perguntou. – Não quis dizer Hogwarts?

– Não. – Gothel respondeu. – Eu tolerei deixá-la em Hogwarts enquanto me obedecesse. Vejo que não é mais o caso.

– Mas, mamãe. – Rapunzel tentou argumentar. – Eu tenho tantos amigos em Hogwarts, sou uma ótima estudante e tem o Flynn...

– Sim, um ladrão procurado. – Gothel a interrompeu. – Estou tão orgulhosa de você. – Falou com ironia. – Agora vamos. Não seja tolinha. Sua mãe sabe mais...

– Não! – Rapunzel a interrompeu. – Eu não vou voltar para casa. Eu tenho amigos em Hogwarts que são muito importantes para mim. E tem o Flynn. Eu gosto dele e acho que ele gosta de mim.

– Já sei o que é isso. – Gothel começou, escondendo sua irritação. – Rapunzel sabe mais. Rapunzel é tão madura agora. Uma moça de juízo. Rapunzel sabe mais. Se tem tanta certeza vá em frente e entregue isso. – Gothel mostrou a mochila que trazia a tiara que Eugene havia roubado.

– Como descobriu isso? – A loira se assustou.

– Isso aqui – Tirou a tiara da mochila. – É o único motivo de ele ter vindo aqui.

– Não é. – Rapunzel negou quando sua mãe lhe jogou a tiara.

– Ele vai sair correndo e sem hesitação. Se Rapunzel sabe mais. Se gosta desse tipo. Faça o teste. Vá atrás.

– Mamãe, espere! – Rapunzel chamou, mas Gothel continuou a se afastar.

Se ele mente, não lamente. Sua mãe sabe mais. – Disse isso e aparatou dali.

Quando Eugene voltou, Rapunzel escondeu a tiara. Ela iria lhe dar a tiara, mas antes tinha que ter certeza de que ele não iria abandoná-la quando a tivesse de volta.

Não muito longe dali, Gothel observava escondida juntamente com os irmãos Stabbington. Os dois estavam prontos para ir até os dois e atacá-los, mas Gothel os impediu.

– Paciência, garotos. – Ela disse. – Vingança é um prato que se come frio.


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Notas finais do capítulo

Está de bom tamanho?
Espero que sim.
O que acharam?
Comentem!