The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends escrita por Black


Capítulo 49
A Princesa Perdida


Notas iniciais do capítulo

Shippers se preparem!
Espero que gostem do capítulo e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/489913/chapter/49

– Acharam? – Merida perguntou.

Era começo de manhã e todos estavam reunidos perto da árvore que havia à beira do lago nos Campos de Hogwarts. Estavam extremamente cansados e com olheiras depois de passarem a noite inteira procurando a amiga em Hogsmeade.

– Não. – Todos responderam juntos.

– Onde foi que aquela loira se meteu? – Jack se perguntou.

Tão cansado estava, o albino acabou por adormecer em pé e cair por cima de Elsa, fazendo-a cair no chão.

– Alguém me ajuda? – Elsa pediu com o rosto vermelho.

Soluço, Elena e Alice puxaram Jack pelos braços e o retiraram de cima da loira. Anna ajudou a irmã a se levantar. Merida deu uma tapa na cara do albino, que o fez acordar.

– Ei! – Ele exclamou.

– “Ei” digo eu. – Merida resmungou. – Você adormece do nada e ainda cai por cima da Elsa.

– Eu fiz o que?! – Ele quase gritou, ficando vermelho.

– Você me ouviu. – Merida suspirou. – Mas não é disso que temos que falar agora.

– Ela tem razão. – Mirana concordou. – Temos que achar a Rapunzel. E rápido.

Os demais concordaram e se espalharam, voltando a procurar em Hogwarts, afinal, ela podia ter voltado.

Rapunzel acordou pela manhã ouvindo um grito de Eugene. Ao se levantar, se deparou com ele sendo puxado por um cavalo branco pelo pé. A loira foi até os dois e puxou Flynn, conseguindo afastá-lo do cavalo, que ficou apenas com a bota do ladrão.

Ainda com a bota de Flynn na boca, Maximmus começou a avançar para o ladrão até que Rapunzel se pôs entre os dois.

– Calma, rapaz. Calma. – Rapunzel tentou acalmar o furioso cavalo. – Isso aí. – Disse quando Maximmus ficou quieto. – Agora sente. – Rapunzel pediu.

O cavalo relutou e se abaixou apenas um pouco, não se sentando como ela pediu.

– Sente. – A loira ordenou.

Dessa vez, Maximmus obedeceu, apesar de ter sido a contragosto.

– Agora, largue a bota. – Rapunzel pediu, mas o cavalo não soltou a bota de Eugene. – Largue a bota. – Disse novamente e dessa vez ele deixou a bota do ladrão cair no chão. Rapunzel sorriu e se aproximou. – Você é um menino muito legal. – Disse, acariciando o cavalo. – Você está cansado de perseguir esse malvado por aí? – Perguntou e o cavalo fez que sim com a cabeça. – Ninguém te dá valor, não é? – A loira abraçou o cavalo.

– Pare com isso. – Flynn disse. – Ele é um cavalo mal.

– Ele é uma gracinha. Não é verdade... Maximmus?

– Você só pode estar de brincadeira. – Eugene respondeu, chamando a atenção do cavalo.

– Olhe, - Rapunzel chamou a atenção de Maximmus novamente para si. – Hoje é o dia mais importante da minha vida e eu queria que você não o levasse preso hoje. – Ajudou Flynn a levantar. – Só por 24 horas e então pode ir atrás dele o quanto você quiser.

Flynn suspirou e estendeu a mão para o cavalo, que olhou para o outro lado.

– E hoje é dia do meu aniversário. – Rapunzel sorriu. – Para sua informação.

Ainda insatisfeito, Maximmus estendeu a pata para o ladrão, que a apertou. Estando resolvidos, os três rumaram para Hogwarts.

A loira surpreendeu-se ao notar que tudo estava extremamente diferente do habitual. Nos Campos de Hogwarts, havia bandeiras roxas com sóis amarelos em toda parte, vários estudantes e professores andavam por ali conversando alegremente, além de algo semelhante a uma feira.

Rapunzel foi tirada de sua análise quando foi jogada no chão por alguém. Percebeu que era apenas Anna dando a sua versão de um abraço.

– Onde foi que você esteve? – A ruiva perguntou enquanto ajudava a loira a se levantar.

Rapunzel apontou para trás, para onde Flynn e Maximmus estavam brigando.

– Sabe que ele – Anna apontou para Flynn. – É um ladrão procurado e ele – Apontou para o cavalo. – É o cavalo desaparecido do Capitão da Guarda de Corona, não é?

– Sei sim. – Rapunzel afirmou com a cabeça, mas logo depois mudou de assunto. – Onde estão os outros?

– Jack provavelmente está desmaiando de sono por aí. – Anna respondeu e Rapunzel riu. – Ele até caiu em cima da Elsa hoje de manhã. – A loira riu ainda mais. – Merida e Soluço disseram que iriam procurar você nas masmorras, Elsa e Elena estão procurando você no sétimo andar, Mirana disse que iria ver se você estava no Salão Comunal da Lufa-Lufa, Alice e Jacky iriam me ajudar a procurar pelos Campos de Hogwarts, mas não sei onde elas estão.

– Não seria melhor avisá-los que você me achou? – Rapunzel sugeriu.

– É verdade. – Anna se tocou e pegou sua varinha. – Expecto Patronum! – Uma luz saiu da varinha da ruiva, formando uma ave parecida com uma fênix, que saiu voando por ali, procurando os amigos dela.

Em alguns minutos, todos estavam ali. Jacky ainda deu uma bronca em Rapunzel por ter sumido daquele jeito.

– E então? – Alice perguntou, alternando olhares entre Rapunzel, Flynn e Maximmus. Esses dois últimos haviam se aproximado do grupo. – Qual é o seu plano?

– Eu cuido disso depois. – A loira sorriu. – Por que não aproveitamos o festival agora?

Todos se entreolharam e concordaram. Espalharam-se para explorar a feira. Algumas pessoas tropeçavam nos longos cabelos loiros de Rapunzel, sendo assim, Flynn pediu para um grupinho de meninas do primeiro ano para arrumarem os cabelos dela. Quando acabaram, os cabelos de Rapunzel estavam arrumados numa trança cheia de flores.

Os dois passaram uma boa parte do tempo se escondendo dos guardas, sendo acobertados por alguns dos amigos de Rapunzel quando estavam por perto. Num de seus passeios por ali, a loira avistou uma enorme pintura da família real, que trazia também a princesa quando esta era bebê. Porém, logo depois, ela distraiu-se com alguns músicos que passavam por ali e começou a dançar.

Jacky, Jack, Elsa, Elena, Anna, Soluço, Merida, Mirana e Alice riram até que Rapunzel foi até eles e os puxou para dançar. Logo todos ali estavam dançando ao som de uma música animada. Jack puxou Elsa para dançar com ele. Andersen, que estava por perto, fez o mesmo com Elena. Dessa vez, Kristoff foi mais rápido e tirou Anna para dançar. Envergonhado, Soluço fez o mesmo com Merida. Hatter, ou Chapeleiro, já estava dançando com Alice. Valentim não teve problemas em levar Jacky para dançar. Hansel, por sua vez, acabou por levar Mirana. Com um gesto da mão, Rapunzel chamou Flynn, mas este apenas balançou a cabeça e continuou parado até que Maximmus o jogou para cima da loira.

Dançaram a tarde inteira e já era quase noite quando pararam.

– Para os barcos! – Ouviram a voz de alguém que não conheciam.

Logo, todos foram para os barcos que estavam no Lago, cada um com o par com a qual dançara anteriormente.

– Onde nós estamos indo? – Rapunzel perguntou enquanto Flynn remava para longe da costa do Lago.

– É o seu dia mais importante, então achei que merecia um lugar legal. – Eugene sorriu enquanto remava.

Os dois foram para mais longe do que os outros barcos. Quando chegaram onde o ladrão planejara, já era noite. Os dois ficaram admirando a vista privilegiada do Castelo de Hogwarts.

– Tudo bem? – Flynn perguntou ao ver que Rapunzel ficara meio desanimada.

– Eu estou com medo. – A loira respondeu.

– Por quê? – Eugene questionou.

– Antes de vir para Hogwarts, eu sempre olhava pela janela da torre e sonhava com o que eu iria sentir quando visse aquelas luzes subindo no céu. E se não for do jeito que eu achei que seria?

– Vai ser sim. – Flynn respondeu.

– E se for? O que eu faço depois? – Ela olhou para ele.

– Acho que essa é a parte legal. – Ele falou. – Ter que encontrar um outro sonho.

Os dois ficaram ali, calados, até que viram milhares de luzes tomando o céu. As luzes se espalharam por todo lugar e cercaram o barco onde os dois estavam. Rapunzel estava maravilhada e quando se virou para Flynn viu que o rapaz estava segurando duas lanternas para que eles mesmos soltassem.

– Eu também tenho uma coisa para você. – Ela mostrou a mochila com a tiara. – Eu devia ter lhe dado antes, mas eu fiquei com medo. E quer saber? Eu não estou mais com medo. Você entende?

– Estou começando. – Ele respondeu, largando a mochila pelo barco.

Os dois sorriram um para o outro e cada um soltou sua lanterna. Flynn iria beijar a loira, mas avistou duas pessoas olhando-os do outro lado do lago. Eram os irmãos Stabbington.

– Está tudo bem? – Rapunzel seguiu seu olhar, mas os dois já não estavam mais ali.

– Sim. – Flynn confirmou.

Ele remou o barco até a margem do lago onde havia avistado os seus antigos comparsas. Saiu do barquinho e pegou a mochila.

– Me desculpe. – Ele disse. – Mas eu preciso resolver uma coisa.

– Tudo bem. – Rapunzel assentiu.

– Eu já volto. – Ele assegurou e saiu dali.

– Está tudo bem, Pascal. – Rapunzel tranquilizou o pequeno camaleão em seu ombro enquanto ambos viam Flynn se afastar.

A loira esperou algum tempo que lhe pareceu longo demais. Já estava perdendo as esperanças de que ele voltasse quando viu uma figura se aproximando pela névoa.

– Achei que tivesse fugido com a tiara e me deixado aqui. – A loira sorriu sem graça.

Não era possível ver quem se aproximava por causa da névoa que havia ali, mas Rapunzel percebeu que não era Eugene quando viu a figura dividir-se em duas. Eram os irmãos Stabbington.

– Pois é. – Um deles confirmou quando se aproximaram o bastante para ela vê-los.

– O que? – Ela questionou quase sem acreditar. – Não. Impossível.

– É só olhar. – Ele apontou para um barco que se distanciava.

Dali ela pôde ver a silhueta de Flynn no barco, dirigindo-o para longe dali.

– Eugene? – Ela não quis acreditar. – Eugene!

– Uma troca bem justa. – Um dos irmãos Stabbington declarou. – Uma tiara pela garota de cabelos mágicos. Diga-me – Tirou a varinha do bolso da calça. – Quanto acha que alguém pagaria para ser jovem e saudável para sempre?

Rapunzel assustou-se e correu dali. A loira estava sem sua varinha. A havia deixado em Hogwarts com Anna. Ela correu até que sua trança ficou presa. Tentando se libertar, ela ouviu um barulho de feitiços e pessoas caindo no chão.

– Rapunzel? – Ouviu a voz de sua mãe.

– Mamãe? – A loira falou quase sem acreditar e voltou.

Quando se aproximou viu a mãe de pé com sua varinha e os irmãos Stabbington no chão, desacordados.

– Minha menina preciosa. – Gothel falou quando avistou a loira.

– Mamãe. – Rapunzel correu até ela e a abraçou.

– Você está bem? – Gothel perguntou, começando a examiná-la. – Se machucou?

– Mamãe, como você...? – Rapunzel ia perguntar, mas foi interrompida.

– Eu estava tão preocupada com você que te segui. Foi aí que vi quando te atacaram. – Gothel respondeu e abraçou novamente a loira. – Vamos, querida. – Começou a puxar a loira para longe dali.

Gothel foi indo embora, mas Rapunzel ainda olhou mais uma vez o barco em que Flynn se distanciava e lágrimas apareceram em seus olhos. Ao virar-se novamente para a mãe, viu-a de braços abertos e correu para ela, abraçando-a.

– Você tinha razão, mamãe. – Rapunzel chorou. – Tinha razão sobre tudo o que disse.

– Eu sei disso, querida. – Gothel respondeu, levando a filha para longe dali. – Eu sei disso.

Já era de manhã quando todos se reuniram à margem do lago depois de se divertirem na feira a noite inteira. Elena notou Jack com o braço nos ombros de Elsa e alternou olhares entre os dois.

– Vocês dois, por acaso, estão...

– Namorando? – Jack perguntou. – Sim.

A boca de Anna se escancarou quando ouviu a resposta de Jack e, assim como Elena, ela olhou para Elsa.

– Sério? – A ruiva ainda estava com a boca escancarada.

– É. – Elsa sorriu envergonhada.

– Parabéns, maninha. – Elena sorriu e abraçou a loira, que retribuiu.

– Parece que ontem foi o dia dos casais. – Andersen falou e se aproximou de Elena. – Elena também aceitou meu pedido.

– Está brincando? – Elsa olhou para a morena, que sorriu.

– Isso mesmo que você ouviu. – Elena confirmou.

– Ao que parece, todos tivemos a mesma ideia ontem. – Hansel sorriu e se aproximou de Mirana.

– Acho que sim. – Hatter concordou e pegou a mão de Alice.

– Só sobramos nós. – Merida sorriu, colocando uma mão no ombro de Anna e a outra no ombro de Jacky.

– Fale por você. – Jacky sorriu e pegou a mão de Valentim.

– Então só sobramos nós. – Anna colocou uma mão no ombro de Merida e a outra no ombro de Soluço.

– Acho que sim. – Os dois confirmaram.

– E quanto à Rapunzel e Flynn? – Alice arqueou uma sobrancelha.

Todos ali deram de ombros, mas foram interrompidos por Hans, que se aproximou correndo dali.

– Souberam da notícia? – Perguntou.

– Que notícia? – Kristoff questionou.

– Pegaram o Ryder. – Hans respondeu. – Ele vai ser levado para Azkaban hoje.

Todos ali se entreolharam e correram para o castelo.

Rapunzel estava na cama em que Gothel estava dormindo em Hogwarts enquanto sua mãe retirava as flores de seu cabelo, desfazendo a trança.

– Pronto. – A mulher declarou. – Vamos apenas esquecer. – Ela se levantou e começou a sair dali. – Agora vá se lavar para poder tomar sua sopa. – Parou à porta, olhando desanimadamente para a filha tristonha. – Eu tentei de verdade, Rapunzel. Tentei avisar o que você encontraria lá fora. O mundo é cruel, egoísta e sombrio. Qualquer sinal de alegria que ele encontra, ele destrói. – Disse isso e saiu dali.

Assim que a mãe saiu, Rapunzel viu a pequena bandeira roxa com um sol amarelo que Eugene havia lhe comprado no dia anterior. Com Pascal perto de si, a loira se deitou na cama e ficou olhando para o teto.

Ali havia várias pinturas, iguais às que ela fazia em casa. Ela se levantou e olhou mais atentamente. Várias lembranças invadiram sua mente.

Um móbile de sol girando acima dela e o Rei e a Rainha de Corona olhando-a com alegria. A imagem da pintura da princesa perdida que vira na feira e a tiara.

Com esse lapso de memória, ela caiu no chão.

– Sou a Princesa Perdida. – Falou baixinho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?