The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends escrita por Black


Capítulo 129
Entre a Liberdade e uma Torre


Notas iniciais do capítulo

New chapter! Espero que gostem e boa leitura!



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– Protego Horribillis! – O feitiço que impediu a Maldição da Morte lançada por Gothel contra Ariana saiu, inesperadamente, da varinha de Anna, que se encontrava precariamente erguida pelo braço trêmulo da ruiva.

Gothel pareceu se irritar, mas não fez nada de imediato, enquanto que Rapunzel correu até Ariana e começou a retirar os destroços do candelabro de cima da mãe.

Ariana estava realmente bastante machucada, mas não era nada que lhe pudesse tirar a vida, o que deixou Rapunzel aliviada por um momento que durou apenas um segundo, pois logo em seguida, a risada de Gothel lembrou-a da presença da mesma.

– Quer dizer que tem tanto medo de mim que sequer conseguiu defender sua mãe e sua priminha teve que fazer isso para você? – Gothel riu debochadamente.

Rapunzel então levantou o olhar para fitar a mulher que tanto lhe fizera mal, que a separara de seus pais assim que ela nasceu, e não pôde deixar de ainda sentir medo dela. Ela ainda a aterrorizada, ainda lhe tirava o sono, ainda lhe visitava em seus pesadelos.

A morena ficou paralisada em seu lugar sob o olhar da mulher. Seu corpo tremia involuntariamente e ela arfava enquanto suava frio. O que mais queria no mundo era sair dali. Fugir e nunca mais chegar perto de Gothel, mas sequer conseguia se mexer.

– Com medo? – Gothel arqueou uma sobrancelha e abriu um sorriso maldoso enquanto andava a passos vagarosos para onde Rapunzel estava com a mãe desmaiada.

– Corra. – Anna pediu enquanto precariamente se levantava apoiando-se na maca onde estivera deitada, mas a morena parecia que não a estava escutando.

Toda a atenção de Rapunzel estava centrada na mulher que agora caminhava lentamente até ela.

Já próxima ao suficiente da morena, Gothel parou de andar e se inclinou para frente, segurando o queixo da garota de modo que pudesse força-la a olhá-la.

– Patética. – Disse com o rosto sério, sem qualquer humor, como se falasse uma realidade incontestável. – É isso que você é. Patética. – Repetiu, mas desta vez, começou a rir, provocando ainda mais tremores na ex-loira.

– Já chega! Expelliarmus! – Anna se manifestou, apontando a varinha para Gothel e lhe lançando o feitiço.

– Protego. – Gothel se defendeu sem se desviar de sua posição, apenas levantando sua varinha alto o suficiente e também olhar para que pudesse mirar a ruiva que agora lhe atacava.

Anna estava se esforçando mais do que deveria, uma vez que seu estado de saúde não era dos melhores, e começou a tossir. Colocou a mão sobre a boca e quando a retirou, viu que algumas gotas de sangue lhe manchavam a pele palidamente doentia. Mesmo assim, insistiu na batalha.

– Estupefaça! – Tentou mais uma vez, mas novamente Gothel se protegeu com um feitiço Protego não verbal.

– Até agora a ruiva está sendo um problema maior que você. – Gothel jogou Rapunzel para o chão, onde a morena se encolheu ainda tremendo, e virou-se para Anna, que ainda estava apoiada na maca para se manter de pé, visivelmente fraca demais para fazê-lo sozinha. – Parece que Úrsula ainda fez um bom estrago. – Comentou com desinteresse antes de mais uma vez apontar a varinha para a loira. – Crucio!

Sem ter tempo para se defender, Anna caiu no chão, gritando e se debatendo como nunca antes havia feito.

– Anna... – Rapunzel não conseguiu fazer sua voz sair mais alta e tampouco pôde se levantar de sua posição. Estava completamente paralisada pelo medo que tinha da mulher que agora torturava sua prima mais nova com uma Maldição Cruciatus.

Gothel então fez uma pausa na Maldição, deixando Anna completamente imóvel no chão, e soltou uma gargalhada ruidosa, claramente satisfeita com a dor e o medo que era capaz de causar em alguém, mais especificamente, na família Gryffindor, o que incluía Anna e Rapunzel.

– Nunca pensei que seria tão fácil. – Gothel declarou, começando a andar, passando por Rapunzel e indo em direção a Anna, que continuava caída no chão, imóvel, mas ainda consciente. – Mas acho que não devia ficar tão admirada. – Tirou uma mecha de cabelo negro que caía por sua testa. – Vejamos... – Fingiu analisar. – Aqui estão Ariana, Rapunzel e Anna. Qual eu devo matar primeiro? – Perguntou-se, mas sua voz simplesmente pingava sarcasmo e um sorriso apareceu em seus lábios.

Os olhos de Rapunzel se arregalaram com o choque. Gothel realmente mataria todos se não fosse detida e ela era a única que podia fazer isso, mas simplesmente não conseguia.

– Rapunzel... – Escutou a voz de Anna chamando-a, baixa e roucamente. – Você tem que detê-la. – A ruiva pediu, ainda não conseguindo se mover no chão.

– Eu não consigo. – A ex-loira lhe respondeu enquanto algumas lágrimas começavam a cair de seus olhos cor de esmeralda.

– Consegue sim. – Anna retrucou em um tom cada vez mais baixo, mais fraco, tornando mais difícil para Rapunzel ouvi-la. – Você tem medo dela porque não esqueceu tudo o que ela te fez, que, mesmo com tudo, foi ela quem lhe criou, mas Punzie, você não pode mais ficar se prendendo a isso. Precisa deixar o passado para trás. – Tossiu e algumas gotas de sangue mancharam o chão. – Deixe ir. – Disse isso e mais uma vez fechou os olhos, fraca demais para mantê-los abertos por um período de tempo mais longo.

– Anna. – Rapunzel a chamou, mas não obteve qualquer resposta por parte da ruiva, que respirava precariamente. – Anna! – Chamou mais uma vez, mas obteve o mesmo resultado da vez anterior.

– Que estúpido. – Gothel revirou os olhos, arrumando seus cabelos sem realmente parecer se importar com o que acontecia à sua volta. – Parece que matar a ruiva agora é o que dá menos trabalho. – Disse e mais uma vez começou a andar até Anna, apontando a varinha para a mesma.

Preciso fazer alguma coisa ou ela vai matar a Anna. Os pensamentos de Rapunzel gritavam para ela enquanto a morena permanecia trêmula no chão, sem se mexer. E ela não vai parar na Anna. Vai matar todos. Pensou com pesar e a imagem de todos os seus amigos lhe veio à mente.

Anna... Tão corajosa e impulsiva. Sempre alegre e com um humor que contagia qualquer um. “Hey, Punzie?” A voz da ruiva soou por sua mente.

Merida... Mal humorada, mas uma boa pessoa. Sempre disposta a tudo pelos amigos. Valente como ninguém. “Como é que vai, loira?” Por sua vez, também ouviu a voz da princesa de Highland.

Soluço... Calado e comportado, mas não mede esforços quando se trata de ajudar alguém, principalmente os amigos. Com certeza também muito inteligente. “Ah, olá, Rapunzel.” A voz tímida do castanho ressoou por seus ouvidos.

Jack... Gosta de uma boa confusão e é bastante brincalhão, mas protetor e realmente se importa com todos, os pões acima de sua própria vida. “Não seja tão chata, loirinha.” E então a voz de Jack.

Jacky... Dependendo da situação, pode ter uma personalidade mais calma ou uma completamente assassina, mas está sempre disposta a fazer o que for necessário pelo bem dos amigos. “Se cuida, loira.” A voz de Jacky.

Alice... Curiosa e impulsiva. Disposta a explorar como ninguém. Sempre ao lado dos amigos e faz qualquer coisa por eles. “Vamos conseguir, Rapunzel.” A voz forte e o tom decidido de Alice ecoaram por sua mente.

Mirana... A Rainha Branca. Não há realmente muita coisa a ser dita de uma pessoa tão boa e altruísta quanto ela. “Não tenha medo, afinal estamos todos do seu lado.” Quase pôde visualizar o sorriso sempre reconfortante em conjunto com o tom gentil que Mirana sempre emitia.

Elena... Extremamente protetora quando se trata de alguém que se importa, mas às vezes impulsiva e bastante competitiva. “Você sabe que pode contar comigo para o que precisar.” Inexplicavelmente, a voz daquela que sempre parecia ter respostas para tudo ecoou por seus ouvidos.

Elsa... Pode até ter tomado as decisões erradas algumas vezes, mas sempre teve as melhores intenções. Altruísta e capaz de desistir de tudo por quem se importa. “Acredite em si mesma como nós acreditamos.” A voz da Rainha das Neves se fez ouvir.

Com a lembrança dos amigos veio junto a coragem que Rapunzel precisava para enfrentar Gothel. A tremedeira do corpo da morena simplesmente parou e ela se levantou sem hesitar sequer uma vez.

Gothel ainda estava de costas, preparando-se para matar Anna, então Rapunzel ergueu sua varinha e apontou para ela:

– Estupefaça! – Gritou e a mulher foi jogada para frente, batendo violentamente contra uma das paredes do castelo.

Assim que finalmente percebeu a situação, Gothel olhou chocada para Rapunzel, jamais tendo esperado uma atitude como aquela por parte da ex-loira.

– O passado está no passado. – Rapunzel disse antes que a mulher pudesse lhe dizer alguma coisa. – Eu até gostaria de dizer que vou me sentir culpada, mas não é bem assim. – Fechou os olhos antes de proferir o feitiço seguinte. – Avada Kedavra!

Com o clarão de luz verde, a mulher ficou inerte no chão e os olhos vidrados não se centravam em nenhum ponto em particular. Estava morta.

Com isso, Rapunzel caiu sentada no chão, como se não tivesse mais forças para se manter de pé.

– Consegui. – O canto de seu lábio se ergueu em um semisorriso.


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Notas finais do capítulo

E então?
Ficou bom?