Perdidos escrita por Mariii


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Ouçam: Coldplay - Magic - https://www.youtube.com/watch?v=1PvBc2TOpE4

E sejam felizes! hahahahaha



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– Sherlock

Depois desses dias com Molly eu devia ter desconfiado que ela nunca deixaria as provocações por isso mesmo. Ela se vingou de mim todas às vezes que aprontei com ela. Se tivesse pensado sobre isso, eu não teria me sentado na frente dela em uma mesa. Foi meu erro número um.

O erro número dois foi que segurei apenas um dos pés dela, deixando o outro livre para explorar um novo território. Não tive como não soltá-la, fui pego de surpresa.

Tentei segurá-la de novo quando ela me beijou, mas ela fugiu, mesmo quando eu a ameacei. Só tive a opção de persegui-la. E quando eu a pegasse não responderia por mim.

Chegamos até a mesa de jantar e nos encaramos sobre ela. Molly ria, estava divertindo-se. Eu também, não posso negar. Disse que arrancaria a roupa dela e vi que ela balançou. Era verdade, eu faria mesmo. E bem nessa hora a luz acabou. Um ótimo momento para imprevistos desse tipo.

Molly foi mais esperta do que eu, aproveitou-se do momento e correu. Eu a segui por algum tempo. Então, uma ideia me passou pela cabeça. Tinha visto alguns dias atrás algumas velas na dispensa, assim como isqueiros. Desviei meu caminho e fui até lá. Eu podia ser romântico quando queria, mesmo que ninguém acreditasse nisso. Tateando, achei o que queria e consegui voltar para o quarto. Arrumei tudo em tempo recorde, logo Molly chegaria até aqui. Ouvi a voz dela me chamando e sai do quarto. Ela não percebeu quando passou por mim e eu a segui silenciosamente. Chamou por mim mais uma vez e quase que eu dei risada. Ela estava com medo.

Com a luz passando por baixo da porta consegui ver o contorno de Molly. Quando ela estava quase abrindo, eu a agarrei. Dessa vez conseguiria surpreendê-la, porque ela gritou. Muito. Até ver que era eu e não um monstro, então começou a se acalmar.

Será que ela está estremecendo de susto ou por que eu estou beijando seu pescoço?

Abro a porta e ela solta o ar. E sei que consegui surpreendê-la, finalmente. De um modo bom dessa vez.

Molly se vira para mim. Ainda que estejamos à meia luz, vejo tantas coisas passando por seus olhos. E mesmo sabendo o que sentimos um pelo outro, me surpreendo. Desejo poder enxergá-la melhor nesse momento. Aliás, desejo muitas coisas nesse quarto.

Observo ela erguer a mão e acariciar meu rosto. Fecho meus olhos por alguns instantes e quando os abro sei que devem estar faiscando, porque é como eu me sinto internamente. Não consigo aguentar mais. Preciso de Molly tanto quanto preciso de ar.

Encosto minha cabeça na dela, ainda olhando em seus olhos e seguro seu rosto. Minha respiração começa a falhar. Eu quero fazê-la feliz. Mais do que qualquer coisa. Por que ninguém nunca me contou como era estar apaixonado? Por que eu sempre resisti tanto a isso?

Deslizo minha mão pelo cabelo dela, chegando a sua cintura e puxando-a para mim. Minha outra mão traça o caminho de seus lábios. Eu quero que ela nunca mais se esqueça dessa noite.

Ela me olha, esperando pelo o que eu faria. Aproximo lentamente meus lábios dos dela. Não a beijo, só deixo que nossas bocas se encostem, fazendo movimentos suaves. Nossos narizes se tocam e sorrimos quando eu brinco com isso.

O beijo começa suave e ela se agarra em meu pescoço. Cada toque dela chama meu corpo ainda mais. É como se eu não pertencesse mais a mim mesmo. Agora, pertenço a ela e meu corpo reivindica isso.

Eu me movo, levando-a até a cama e a deito. Olho-a deitada por alguns segundos. Seus olhos brilham pra mim. A minha camiseta em seu corpo me deixa pior, muito pior do que o dia que ela usou a camisola.

A minha maior satisfação é ver que ela me quer tanto quanto eu a quero. Por que... Por que nunca me contaram o que ter o amor retribuído faz com as pessoas? Por que eu tinha tanto medo disso? Tantas coisas que eu não sabia. Tantas coisas que eu precisava aprender. E agora eu sabia que era com Molly e só com ela que eu teria tudo isso. Só Molly poderia me proporcionar esses sentimentos.

Deito-me sobre ela, beijando-a. Ela se agarra em meus cabelos. Como ela sabia o que isso causava em mim? Molly me conhecia melhor que eu mesmo. E Eu precisava dela. E precisava agora.

Me virei, deixando que ela ficasse por cima de mim. Nossas mãos correm o corpo um do outro, percorrendo caminhos inexplorados. Ela senta-se sobre minhas pernas e eu me ergo, minhas mãos segurando sua cintura e as dela em meu pescoço. Nos olhamos por um longo período, não precisamos de palavras. Tudo que precisamos dizer é dito em silêncio.

Molly quebra a distância entre nós e me beija. Ela aumenta o ritmo do beijo, suas mãos saem do meu pescoço e descem por meu corpo. Eu estremeço quando ela passa pela minha barriga. Ela se afasta de mim o suficiente para tirar minha camiseta e volta a me beijar, não antes de passar os lábios por meu pescoço. Suas mãos agora descem por minhas costas e ela passa levemente as unhas pelo caminho. É a vez das minhas mãos se agarrarem à camiseta que ela usa e deixá-la livre desse incômodo. O ar escapa dos meus pulmões quando vejo as peças vermelhas que ela usa. E ela sorri quando vê minha reação.

– Escolhi pensando em você.

Meu corpo esquenta ainda mais e por um momento penso se é possível que a febre tenha voltado. Não consigo responder, não tenho o que dizer. Essa mulher está me enlouquecendo a níveis extremos. E eu já não me reconheço ao seu lado.

Eu a deito de novo, ficando sobre ela. Minhas mãos percorrem toda a extensão de seu corpo. Das suas pernas até seus ombros. Ela chama baixinho por mim em meio a sua respiração ofegante enquanto exploro seu corpo com minha boca.

Enquanto eu viver nunca serei completo novamente se não tiver Molly em meus braços. Eu a amo. Profundamente.


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Notas finais do capítulo

Amanhã tem mais! :D