My Immortal escrita por Alessandro Campos


Capítulo 6
We were born to die


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo. :(



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Alguns dias depois, Dumbledore chamou Harry em seu escritório no meio do dia. De longe, eu pude perceber que Harry ficara apreensivo, o que me deixou bem preocupado. Durante uma aula qualquer, mandei um bilhete para que Harry me encontrasse no banheiro do segundo andar assim que as aulas acabassem porque eu queria saber do que se tratava toda aquela ansiedade que ele aparentava sentir. Logo que a última aula acabou, sai em disparada ao banheiro do segundo andar e não demorou muito até que ele chegasse.

– E então? O que Dumbledore queria?

– Ele achou uma horcrux – ele parecia apreensivo.

– Sério? E aí? – me apoiei em uma pia.

– Ele precisa que eu vá com ele busca-la – ele passou a mão no rosto e suspirou.

– Isso não vai ser perigoso? – me aproximei dele e segurei em seu rosto.

– Não sei, provavelmente sim – ele suspirou de novo – mas eu preciso e quero fazer isso.

– Tudo bem – abaixei a cabeça – eu sei disso. Só quero que você tenha cuidado.

Ele me abraçou, me afagou em seu peito e começou a acariciar meu cabelo.

– Eu te amo. Te prometo que vou trazer essa horcrux são e salvo.

Eu congelei. Mal ouvi o resto da frase depois do “eu te amo”. Foi ali, no banheiro, em meio à toda aquela situação que ele decidiu dizer pela primeira vez. Era maravilhoso ouvir aquilo, mas de certa forma, aquilo me causava um tremendo aperto no coração. Mesmo que ele me prometesse aquilo com a melhor das intenções, aquilo não dependia somente dele. Com certeza haveria comensais protegendo a horcrux, ou armadilhas feitas com magia negra pesada. Era difícil demais imaginar Harry ferido por qualquer coisa que fosse.

Ou morto.

Ele ficou calado, talvez esperasse uma resposta. Respirei fundo e decidi falar:

– Eu também te amo. Amo mais do que você poderia imaginar. Não permitiria que nada lhe atinja, se pudesse. Me deixe ir com você.

Ele ficou pensativo por alguns segundos. Acredito que ele cogitou considerar isso.

– Não podemos. Dumbledore não sabe de nós ainda.

Não tive forças para falar, apenas assenti e o abracei com toda a força capaz de produzir com meus músculos.

A noite chegou e nos encontramos na torre de astronomia. Após nos despedirmos, me escondi abaixo do piso e o vi se encontrar com Dumbledore. Os dois desaparataram e eu fiquei ali, esperando que eles voltassem. Não sei para onde foram, o que fizeram, como fizeram, sei que aproximadamente uma hora e meia depois eles estavam de volta.

Mas eles não eram os únicos ali.

Um dos meus erros, talvez o pior deles. Sim, com certeza o pior deles. Se eu não tivesse esquecido disso e deixado passar, provavelmente você não estaria lendo isso. Quer dizer, em breve, você vai entender o porque de eu ter escrito tudo isso.

Caso você não lembre, para todos os efeitos, eu ainda era associado aos comensais e eu os estava ajudando com o a invasão de Hogwarts. Há um tempo atrás, eu estava consertando o Armário Sumidouro de Sala Precisa e simplesmente esqueci que ele estava lá, pronto para o uso e eu nem me atentei para esse detalhe. Me fiz de bobo o máximo que pude, mas não sabia que ele já estava em condições de uso. Posso dizer que não foi propriamente um esquecimento, mas foi um descuido muito grande não me certificar de que ele ainda não poderia ser usado.

Como sempre fora muito esperto, Dumbledore percebeu que não estavam sós e mandou que Harry se escondesse. Nos encontramos abaixo do piso da torre e o abracei com força. Beijei como se aquela pudesse ser a última vez que eu pudesse sentir os seus lábios quentes nos meus. Estava com medo de ser descoberto e que pudessem me matar. Eu definitivamente estava, de certa forma, me despedindo. Sai de lá e encontrei os comensais subindo as escadas e indo de encontro a Dumbledore. Não me recordo muito bem de todos que estavam presentes naquela noite, apenas de Bellatrix.

– Muito bem, Draco – disse Bellatrix – sem você nunca teríamos conseguido entrar nesse castelo.

– Boa noite a todos vocês – cumprimentou o diretor.

– Calado! – ordenou Bellatrix – Você vai morrer.

Eu estava nervoso e comecei a suar frio.

– Draco, o lorde foi claro quando disse que você teria que fazê-lo – sussurrou a bruxa, enquanto apontava minha varinha para Dumbledore.

Eu fechei meus olhos e procurei pensar no que poderia fazer para me livrar daquela situação.

– Draco, você sabe que não precisa fazer isso – comentou Dumbledore, numa tentativa desesperada de se salvar.

– Mas você não entende! – puxei minha blusa e expus a marca negra – ele me escolheu! Eu preciso fazer isso!

– Ele não vai conseguir! – comentou algum comensal.

De repente, Snape surgiu pela escada com a varinha apontada para mim.

– Hora, hora... olha só o que temos aqui – disse ele, apontando para Dumbledore.

– Snape, não faça isso...

AVADA KEDAVRA!

Uma luz verde surgiu e o que vi em seguida foi o corpo de Dumbledore caindo da torre de astronomia. Me senti culpado por não ter feito nada para evitar que aquilo acontecesse, mas eu estava de mãos atadas. Eram muitos riscos a serem assumidos se eu decidisse anunciar que “virei a casaca” justamente naquele momento.

Bellatrix conjurou a marca negra no céu e começou a destruir Hogwarts. Tive de acompanhar aquilo tudo como se achasse tão divertido quanto todos os outros que estavam ali.

Descemos até a casa de Hagrid, onde Bellatrix explodiu e pôs fogo.

– Ele confiou em você – gritava Harry, que vinha correndo com sua varinha apontada na direção de Snape.

Expelliarmus! – conjurou Harry, mas Snape defendeu-se e ricocheteou o feitiço.

Harry tentou novamente e nada.

Mais uma vez, ele tentou, mas Snape ricocheteou e fez o feitiço voltar para ele, derrubando Harry no chão. Assim que ele levantou, Harry conjurou o feitiço estuporante em Snape, mas ao mesmo tempo, Bellatrix lançou outro feitiço.

Avada Kedavra!


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Notas finais do capítulo

Siga para o epílogo.