Lágrimas escrita por Felipe Melo


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

- A cada capítulo me empolgo mais para escrever para vcs... Obrigado pelo apoio amigos... Luuh esse capítulo vai pra vocc... que me apoia e me faz rir com sua Jéssica em Maldição seu livro... Obrigado pelo apoio...



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Capitulo Seis

Finalmente a tempestade chegara. E junto com ela, minhas emoções estavam todas bagunçadas. Miguel mais uma vez arruinara o que eu sentia. Quase nos beijamos, e por fim ele desistira. Não pensava que amor machucava tanto assim.

Cansada de tanto chorar liguei para Vee, pelo menos ela me entenderia.

– Vee? – disse eu após ela atender.

– Baby – disse ela – vi que Miguel saiu da sua rua alguns minutos atrás cantando pneu. O que aconteceu?

Vee às vezes era tão sínica.

– Ele veio aqui – disse eu ficando nervosa – porque você passou meu endereço.

– Verdade – nossa como ela era cara de pau – e não me arrependo.

– Pois deveria sabia? – não estava me agüentando – ele começou com uns papos estranhos, daí o clima esquentou e quando íamos nos beijar, ele disse que não podia. Não podia Vee. Porque ele começou com isso então?

– Meu Deus do Céu – disse Vee – Calma honey. Preciso respirar um pouco. Meu Deus.

Passado uns vinte segundos ela conseguiu falar.

– Ele realmente me surpreendeu desta vez – disse ela.

– Para o bem ou mal?

– Ele te magoou certo? Então tenha certeza que estou do seu lado.

– Obrigada – disse eu quase chorando de novo.

– Você passou a gostar dele não é mesmo?

– Se eu pudesse mentir para você eu mentiria. Mas sim Vee eu gosto dele. Não sei por quê. Mas gosto.

– Entendo – disse ela – baby amanhã conversamos. Tenho que fazer meus trabalhos de espanhol.

– Okay – disse eu meio rabugenta.

E assim ela desligou. Vee me ouvia em tudo. Era boa conselheira. E eu me orgulhava disso. Podia não parecer, mas ela tinha juízo em sua cabeça. Era pouco mais tinha.

O dia já se despedia de nós. Mas ainda assim parecia noite. O céu estava escuro como breu. E eu sabia que tinha dormir. Estava tão cansada. Emocionalmente e fisicamente. ÈAlana sua vida está difícil. E se você não tomar cuidado vai acabar morrendo por Miguel. Logo afastei esse pensamento. Deus me livre! Eu ia dormir, antes que meus pensamentos me pregassem outra peça.

“Aonde vai Lisandra?”

Eu apenas o encarei perpetuamente. Tolo. Ele realmente achara que eu iria ficar com ele naquele fim de mundo? O que eu vinha fazer ali, já estava feito. Virei as costas e continuei andando, como tinha poder suficiente, continue na forma humana. Ainda tinha que encontrar uma mulher, e essa mulher, eu não gostava dela particularmente. Ela era sem graça. Eu não gostava dela, - e perto de mim ela era bem inferior.

O humano infelizmente não me deixou em paz. Claro, nós causávamos esse efeito nos homens.

– Não vá – disse ele se ajoelhando aos meus pés – eu preciso de você. Aqui você terá uma vida de rainha. Não irá lhe faltar nada.

Apenas ri. Uma gargalhada gostosa e cheia de indiferença. O que esse pobre coitado podia me oferecer? Ele é inútil. Apenas ajoelhei junto dele e sussurrei:

– Quero que você se jogue da mais alta ponte e se afogue porque perdeu meu amor – e assim como se tivesse levado uma pancada ele se aturdiu. E eu ri. Homens. Todos iguais.

– Mas é claro minha Deusa – e ele correu aldeia adentro.

“Menos um” – pensei eu.

Continue meu caminho até outra aldeia bem maior. Lá os humanos imprestáveis viviam da caça. Eu repugnara esses nojentos. Eles não sabiam a hora de parar. Apenas tentei ficar calma e fui encontrar a mulher que tanto ansiava.

– Não precisa ir tão longe Lisandra – disse a voz enjoativa e ao mesmo tempo doce – estou aqui.

– Vejo que você não mudou nada querida – disse eu – sobre o quê quer conversar.

– Sobre meu futuro. Quero ser libertada e viver um amor Lisandra. Quero conviver com minha família. Não quero ser o que estou destinada a ser.

Apenas a olhei furtivamente dando sinal para que prosseguisse.

– Eu pensei... Bem você é a segunda no comando depois da rainha. Queria que me concedesse essa liberdade. Tenho certeza que posso achar a profecia. Ela deve estar no lugar em que deixaram, na era dos Deuses.

Mas como ela era tola. Mesmo eu sendo bonita e sexy. Ela também era. Seus cabelos negros e compridos, pele branca e olhos azuis, fascinavam qualquer homem. Dentre nós, ela era uma das mais belas.

– Você sabe que essa decisão não cabe só a mim. Somos um conselho. Ninguém antes pediu isso.

– Eu aceito qualquer coisa. Mas quero ser normal Lisandra.

– Por acaso está repudiando sua espécie?

– Estou afirmando que quero amar. Nós não podemos amar. Nós matamos.

– Não me pediria isso se não estivesse envolvida com alguém. Está com alguém?

– Claro que Não! Eu só quero ser livre. Não prisioneira.

Poderia muito bem conceder seu desejo, mas não o faria. Ela tinha que sofrer. Desde que adentrara nosso mundo, eu era colocada de lado. Nas missões terrestres, mesmo eu sendo a segunda do reino, - a rainha me esquecia por causa dela. Essa infeliz. Como eu a odiava...

– Pois muito bem – disse eu – vamos ao conselho.

– Obrigada Lisandra – disse ela quase aos prantos – eu agradeço de toda a minha vida. Serei eternamente grata.

Mais uma vez o despertador me acordara. Eu realmente estava muito feliz por isso ter acontecido. Esses sonhos com certeza me perturbariam todas as noites. Eu tinha decido essa noite que não contaria nada a ninguém sobre eles. Eles eram meus. E isso com certeza uma hora iam passar. Eu acreditava nisso, e não desistiria agora.

As lembranças sobre a tarde passada com Miguel O Chato ainda estavam em minha cabeça. Mas eu não pensaria mais nele. Ele era apenas um estorvo. Apenas uma vírgula no meu caminho. E se ele era a vírgula, eu seria seu ponto final. Um basta. Já não aguentava mais.

– Alana – disse vovó quase quando eu estava saindo – notei choros a noite passada. Aconteceu alguma coisa?

Opa! Sinal vermelho! Melhor não contar nada. Mostre a ela que você sabe se cuidar.

– Claro que não vó – disse eu – era apenas um vídeo na internet.

– Tem Certeza?

– Absoluta – dei-lhe um beijo e sai correndo para o colégio.

Hoje o sol resolvera aparecer por completo. Não havia sequer uma nuvem no céu. E eu hoje aproveitaria meu dia. Estava tirando o casaco de frio quando um BMW prata passou a poucos centímetros de mim.

– Mas que gata – disse o menino mais lindo que já vira na vida – você bem que poderia dar uma volta comigo.

– Não sou suas amiguinhas querido – e continuei andando.

Okay ele era lindo. Se tivesse uma escala entre Miguel e ele, não sei quem ganharia. Ele é louro, musculoso, olhos pretos como a noite, e lábios cheios e convidativos, meu coração palpitava feito batuque de escola de samba. Nossa! Eu estava ficando piruá. Nossa você estava aprendendo isso com Vee. Entrei na escola rindo de minha própria Piada.

– Ele é novo por aqui – disse Vee para mim no intervalo da segunda aula – o nome dele é Geliel.

– Esse nome existe? – eu tentei brincar para distrair o clima.

– Ele é o maior gato. Tem sotaque britânico que é uma loucura.

– Eu sei – disse eu – eu já o vi.

– Oi? – disse ela parada ao lado do meu armário – acho que você não me contou nada até agora.

– Eu apenas cruzei com o carro dele. E ele me lançou uma cantada bem ridícula e eu sai.

– Só isso? – disse ela apertando os olhos.

– Não eu gostei dele. Acho-o um gato também.

– Quem diria heim? – disse ela me empurrando com o braço – está se soltando, essa é minha menina.

Apenas sorri. Não sei por que estava mais ou menos bem, depois do fora que aconteceu ontem. Aquilo hoje nem me incomodava.

– Será? – disse eu rindo.

– Disso eu tenho certeza – e assim voltamos para aula.

Miguel não aparecera na escola hoje. Acho que ficou com muito remorso do que fizera ontem. Eu não liguei. Não daria esse gostinho á ele. Eu gostava dele. Mas ele me tratava como nada. E isso me machucava bastante.

– Você poderia me emprestar seu livro de inglês? – o sotaque britânico mais charmoso me tirou de meus devaneios.

– Claro. Pode pegar.

– Obrigado. Desculpe se não gostou da minha brincadeira hoje de manhã.

– Não foi nada – disse eu tentando parecer simpática – você é novo por aqui?

Típica conversinha. Oh Deus.

– Sou sim – ele agora mordia o lábio – morava em Londres. Mas meus pais se mudaram para cá.

– Gosta daqui? – isso era algo impossível.

– Não – disse ele rindo – não me leve a mal.

– Eu também não gosto – disse eu – é muito instável por aqui.

– Alana e Geliel. Por favor, sentem-se. Eu ainda estou na sala. Local de conversa é lá fora. Prestem atenção, por favor.

Ele deu um breve aceno e voltou ao seu lugar que é no fundo da sala. Eu sentei. Nossa que gato. Pensei na cara em que Miguel ficaria se os boatos começassem a rolar. Opa! Seria uma tragédia! Meu Deus! Ele ficaria furioso! Acho que essa tragédia era uma das que mais gostara em minha vida desde já. Estiquei os braços que já doíam de tanta ansiedade e pedi mentalmente a Deus que Geliel fosse diferente de Miguel.

“Cuidado” – pensei comigo mesma. Cuidado nada. Agora era eu quem dava as cartas. Custe o que custasse.


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Notas finais do capítulo

- Obrigado.. Comentem Amores... Beijos & Beijos..



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