Lágrimas escrita por Felipe Melo


Capítulo 21
Capitulo 21 - Alana


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de agradecer aos meus amigos pelo apoio e força.. E também aos anjos que Deus colocou na minha vida... e a eles eu agradeço ... Tatiana minha leitora fiel.. eu agradeço o apoio e hoje te tenho como uma amiga querida mesmo sem nos conhecermos direito.. A Luana minha amiga também escritora aqui do Nyah.. eu agradeço a paciência e o carinho.. E a Bia Cardoso por permitir que eu não desistisse e me desse apoio... Obg Meus amores... Segundo Livro Vem Por ai.. aguardem... Bjos e Mto Obrigado..



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Capitulo Vinte e Um

Alana

Aquelas palavras foram como socos em mim. Filha? Quem era ela? Foi quando a névoa se dissipou que reconheci aquela aparência. Uma face doce e linda. Incrivelmente bela como essa mulher má na praia.

– MÃE – gritei eu e as lágrimas começaram a rolar.

Ela devia estar morta. Ao mesmo tempo era um misto de abraçá-la mas ao mesmo tempo era um misto de mentira e ódio. Ela havia mentido sobre sua morte. Quantas vezes eu havia chorado. Quantas vezes tinham festas dos dias mães e eu passava em casa sozinha?

– Alana – ela olhou para mim e lágrimas subiram em seus olhos – minha pequena. Como você está linda.

– Que fraternal – disse a tal Lisandra – mas veja Alana ela mentiu para você. Todos esses anos você pensou que ela estivesse morta.

Ajoelhei. Não agüentava mais aquela situação bizarra. Queria voltar para casa e comer chocolate à noite como fazia. Deitar no colo de vovó e assistir TV. Mas todos ali só sabiam mentir. Quantos mais mentiam para mim?

– Lisandra – disse minha mãe – pare. Sabe que não há chances de vencer.

– Ora – disse ela – sua filha é minha. Na verdade ela já me escolheu. Ela veio comigo para obter respostas. E você sabe que só eu posso dá-las.

– Ela veio com você porque você a enganou – gritou outra mulher bonita, mas com cara mais grosseira.

– Vejo que fez amigas – disse Lisandra – mas eu também fiz.

E de repente o capuz que estava naquela pessoa caiu. E ele se revelou um ser estranho. Um homem meio peixe grotesco. Com chifres e calda. Sua cara estava deformada. Não havia um formato certo. Senti vontade de vomitar.

– Apresento-lhes Minos – disse ela – o demônio marinho mais poderoso.

– Como pode? – gritou minha mãe – se rebaixar a esse nível?

Lisandra e nem Minos responderam, pelo contrário eles criaram uma ventania que abalou a todos na praia. Quando percebi estava sendo jogada contra uma rocha. Foi quando senti uma barreira me envolver. E quando vi minha mãe estava ao meu lado.

– Não tenha medo – sussurrou ela – vou te proteger dessa vez. Desculpe.

E enfim pude me levantar. Olhei o cenário e percebi que Lisandra continuava apontando o arpão só que dessa vez para minha mãe.

– Muito inteligente – disse ela – usar suas barreiras psíquicas para proteger sua filha. Mas você sabe que se eu atirar...

– O que acontece? – disse eu

– Isso é um arpão. O problema é que ele está enfeitiçado. Ele pode nos matar. Não causa danos a humanos. Mas a nos danos gigantescos.

Um arrepio me percorreu a espinha. Uma arma que parecia tão frágil com alcance que poderia nos matar.

– Más vamos ao que interessa – gritou Lisandra – Alana você precisa saber. Você carrega o mundo nas suas costas.

– Mentira – disse eu – todos aqui só sabe mentir.

– Não seja tola criança – disse o demônio marinho – você faz parte de uma profecia. A profecia diz que você é a sereia escolhida para trazer algo que nos foi tirado.

Olhei para a minha mãe com medo. Ela não disse nada. Podia aquilo ser verdade? Cerrei os punhos e soquei a areia.

–NÃO – gritei eu

– Alana – disse minha mãe – filha eu...

– Você é a pior – gritei eu – mentiu sobre sua morte.

– Eu só quis protegê-la...

– Mentiras e mais mentiras – gritei eu.

– Não fale besteiras – disse a mulher que estava com minha mãe – sua mãe apenas tentou salvá-la. A essa altura era para você estar morta.

– O que?

– Isso mesmo idiota – disse a mulher – ela te protegeu todos esses anos. Esses dois ais só queriam te matar. Ela te salvou.

Poderia ter sido verdade, mas algo estava errado. Alguma coisa não se encaixava. Levantei-me e recompus.

– Chega de discussão – disse Lisandra – vou atirar e você virá comigo Alana.

Quando ela estava prestes a tirar um gritou e um trovão ressoou e todos nós gritamos.

– Mãe – gritou uma voz conhecida – para.

Geliel estava na praia com mais seis homens atrás dele. Eles emanavam tal poder. Olhei a cena sem entender nada. Quem ele havia chamado de mãe?

– Ora veja – disse ela olhando com escárnio para Geliel – se não é meu filho duas caras.

Não pensei duas vezes e corri para o lado de Geliel. Mas os homens me seguravam na verdade me machucavam. Pequenos choques percorriam meus braços.

– GELIEL – gritei eu, mas ele apenas me olhou e continuou andando.

– Suas pragas marinhas – gritou minha mãe – soltem a minha filha...

– Nem pense em ir lá – gritou Lisandra – eu vou atirar em você.

Minha mãe permaneceu ali. Os choques se intensificavam em meus braços. Eu gritei de dor e minha mãe chorou. Geliel não olhou para trás.

– Mãe – disse ele – você pode desistir.

– Acha mesmo que tenho medo de você?

– De mim não tem que ter medo – disse ele rindo – mas do meu Senhor sim.

– Você deveria apoiar sua mãe – gritou o demônio.

– Apoiar uma mãe que me renegou? Por causa dela não entrei no mundo de Kianda.

– Você é igual a mim – disse ela – mentiu para a pessoa que ama.

Gritei de dor. Os choques estavam me matando. Meus braços queimavam. Parecia ferro em brasa.

– Tem razão – disse ele – mas a senhora já perdeu.

A cena a seguir foi um borrão. Os capangas de Geliel me largaram e logo estavam carbonizados atrás de mim. Quando percebi Geliel estava na minha frente.

– O que está fazendo? – gritei eu – vai se machucar.

– Se isso impedir que você morra – disse ele.

– O que? Não me diga que você...

– Sou um tritão – disse ele – e antes de te conhecer fui incumbido de te matar. Sabia tudo sobre você. Mas agora sei que eu te amo. Por isso disse que tinha viajar. Na verdade foi para descobrir como te ajudar.

Outro que mentiu para mim.

– Você sabia a verdade sobre mim esse tempo todo – gritei eu – e mentiu.

– Foi pra te proteger – disse ele – você tinha que descobrir sozinha. É o que diz a profecia.

Mas um relâmpago cortou os céus. As ondas estavam agitadas. Senti vontade de gritar. Mas não podia.

– Geliel – disse Lisandra – eu não hesitarei em atirar em você.

– Você é desumana – disse ele – mas não vou sair daqui.

Outra onda se quebrou na praia. Lisandra apontou para minha mãe e eu gritei. Mas ela mudou o rumo da flecha, quando Geliel pensou em sair ela mirou em mim e atirou. Eu gritei me preparando para a dor. Mas antes que eu pudesse perceber o que havia acontecido. Geliel estava ajoelhado.

– Não – gritei eu – Geliel... Não...

– Alana – disse ele – eu te...

E começou a jorrar sangue e logo seu corpo se despedaçou. Ele foi sumindo e sumindo até se tornar um desconhecido. Eu gritei de dor, e as ondas aumentavam na baia da praia.

– Alana – gritou minha mãe – se controle se não...

Mas eu não queria ouvir. Comecei a chorar feitou louca. E antes que eu pudesse me dar conta, a praia estava sendo inundada. Lisandra gritava e minha mãe recuava. Eu fiquei ali ajoelhada. E as ondas me cobriam. Por incrível que pareça deixei que elas me levassem. Eu havia criado aquilo?

O ar foi deixando meus pulmões. Talvez se eu não estivesse toda transformada eu não conseguiria respirar de baixo da água. Deixei que o ar fosse tomado dos meus pulmões. Talvez assim o mundo vivesse em paz.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura ... Bjos



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