Lágrimas escrita por Felipe Melo


Capítulo 17
Capitulo 17 - Alana


Notas iniciais do capítulo

Oie Gente demorei né? Além da história estar toda escrita, eu tive muitas provas e química e matemática não se dão muito bem comigo. Bom agora tive um tempo livre e aqui esta... desculpe a demora.... prometo que vou agilizar e postar os proximos que já estao prontos em breve... Beijão e espero que gostem...



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Capitulo Dezessete

Alana

Acordei assustada. Os sonhos haviam voltado. Tentei dispersá-lo para poder voltar a dormir, - mas isso não acontecia. Alguma coisa estava errada. Geliel não estava bem. Mas por outro lado, - ás vezes era a saudade em que me encontrava. Hoje completava uma semana que não o via. Talvez seja isso.

Os lençóis estavam suados. Fiz uma careta. Parecia uma criança de quatro anos, - que fazia xixi na cama. Minha sorte é que não chegara nesse estágio tão louco. Acaso chegasse, - acho que iria rir muito. Mas não sabia como dispersar esses efeitos colaterais. Eram sonhos. Não necessariamente uma realidade.

Fiquei tanto tempo sem dormir, que para mim a noite já era dia. Peguei meu Iphone e digitei uma mensagem para Miguel. Ele também estava sumido. Depois de meu acidente, - tínhamos nos tornado meio que amigos. Não se esquecendo, - claro do beijo roubado. Aquilo ainda me atormentava, - mas não podia pensar muito nisso. Caso contrário ficaria louca. E louca era um sinônimo bonito para Vee. Não para mim.

Esperei e já dera quinze minutos. Nada. Nem ao menos um Oi. Desanimei. Vai ver todos estavam dormindo. Claro que todos estão dormindo. Ele não tem sonhos malucos como você. Você é anormal. Não lembra?

Tentei dormir. Amanhã seria um fim de semana antes das olimpíadas de natação. Por alguma razão eu estava ansiosa. Meus sentidos diziam que alguma coisa iria acontecer. Eu poderia não saber o quê, - mas iria. Concentrei-me em prados verdejantes e lugares bonitos. E logo peguei no sono novamente.

Sirena

Diana a proibira de patrulhar Alana. Sirena entendia que era para não dar muita bandeira. Mas isso a machucava. Alana corria perigo todos os dias, se não fosse por ela, ou os amigos, - ela estaria morta. Quanto mais pelos fios de trevas que vira outra noite. Isso era terrível. Porque Diana não entendia?

– Está brava comigo? – disse Diana pela quinta vez.

Sirena não respondeu. Não estava necessariamente brava, - mas se sentia inválida. O livro principal havia sumido. Como elas agora poderiam fazer com que Alana não fosse para as trevas? Isso era péssimo. Teriam que achar outro jeito? Mas como? O tempo era curto. Ela completaria dezessete em menos de um mês. E a profecia feita era que antes dessa data ela tinha que tomar uma decisão. Ou morrer, - ou trevas ou luz. Isso causaria um desequilíbrio. Mas eram umas das opções. Não existiam meios termos.

– Não estou brava – disse Sirena – estou preocupada.

– Eu entendo – disse Diana – mas precisamos nos reservar agora. Todos seus inimigos acham que você morreu. Menos sua mãe. Tenho certeza que no fundo ela sabe que você está viva.

Sirena sorriu. Sua mãe sempre fora intuitiva. Muito sábia. Sylvia parecia inocente, mas não era. Como ela tinha saudades de casa!

– Tenho saudade de tudo o que já fui um dia Diana.

Diana sorriu. Sirena sentia falta de quando as sereias eram unidas. Fora Lisandra quem trouxera o mal. Fora ela que dispersara sua raça. Uma lágrima brotou, mas ela não deixou Diana ver.

– Você não precisa esperar por muito tempo. Alana logo descobrirá.

– Mas e se ela morrer? – ela não conseguia pensar nisso. Sua voz saiu em um ganido de dor e desespero.

– Estamos trabalhando juntas para que isso não aconteça. Não apresse as coisas. Até os Deuses parecem cooperar. Acalme-se.

Depois da repentina conversa com a amiga, ela se sentiu mais calma. Alana saberia se defender. Sem contar que ela era cercada de proteções. Ela não tinha que se preocupar. Sentou-se em uma pedra em formato de cabeça de macaco, e começou a olhar o mar. As barreiras iam dos corais as margens fechadas. Pelo menos ali, ela podia pensar.

O sol quase não aparecia mais. Talvez pelos efeitos de Alana, seus poderes estavam crescendo muito rápido. Sirena tentou relembrar as palavras da profecia antiga, mas sabia que apenas o livro desaparecido o tinha. Ela começou então a pensar em como seria a vida com sua filha e mãe. Pensou em Joseph e em muitos momentos que havia passado. Tudo parecia muito distante.

Ela viu um raio cortar os céus. Poseidon costumava dizer que quando os raios atingiam o mar com toda força, era Zeus se zangando mais uma vez por ele ser o melhor. Sirena riu com essa comparação. Todos falavam do senhor dos céus como se ele fosse um monstro, mas ele com certeza não eram. Apenas ela sabia o que ele tinha feito para salvar sua filha. Ela rezava e agradecia todas as noites. Por mais que Diana não gostasse, ele indiretamente a ajudara a sobreviver. Como em um gesto de agradecimento ou não, uma das sereias mais belas se ajoelhou e agradeceu intensamente a Zeus.

Miguel

Miguel sabia que Alana estava chateada. Como ele queria abraçá-la e dizer que tudo isso iria passar. Mas ele não podia. Chegaria o momento em que ela iria escolher. E ele e ela jamais poderiam ficar juntos. Eram de universos diferentes. Como poderia ao menos se amar?

– O que você tem? – perguntou Sara Marques.

Sara Marques. Ele não se envolvera com ela para pirraçar Alana, mas de certo modo, ela fora um grande refugio em meios aos seus problemas. Ele jamais a beijara com verdadeiro sentimento, o quanto sonhava em beijar Alana. Por isso na maioria das vezes, não respondia as perguntas dela, - e era o mais frio possível.

– Está pensando nela de novo? – disse ela com aquela típica voz de garota patricinha que ele odiava. – Você ao menos pensa em mim?

Ele não respondeu, mas encarou Sara para que ela talvez tentasse compreender. Mas não. Ela não entenderia. Foi ele que a seduziu. E ele não a poderia introduzir ela em seu mundo.

– Quer mesmo discutir isso? Ou vamos fingir que não aconteceu?

Ela bufou e ele sabia que as coisas não iam passar de hoje.

– Eu pensei que ao menos você poderia me amar. Em vez de ficar pensando naquela sem graça. Eu tenho muito mais para oferecer que ela.

Ela foi rápida e se jogou no colo de Miguel. Os dois arfavam rápidos e ele sabia que não poderia continuar com aquilo. Mas ao mesmo tempo ele tinha que parar de pensar em Alana, - não tinha? Ela o beijou intensamente. Ele apenas acompanhou o movimento de sua língua. Eles arfavam cada vez mais. Ela tirou a blusa, e ele tirou a camisa exibindo os músculos extremamente definidos, coisa que caras de academia também ficariam babando. Ele agora a queria. Ele a beijou e a jogou contra sua cama. Não havia ninguém em casa. Foi quando ao calor do momento que ele errou:

– Eu te amo Alana – houve um espasmo e os dois pararam subitamente.

– Você me chamou de sem graça?

Ela o jogou fora da cama o empurrando e as lágrimas começaram a pular de seu rosto. Miguel se sentiu mal com isso. Ele não tinha nada contra ela. Mas quem ele queria enganar? Ele amava Alana. Mas agora era o vilão. Porque magoara outra pessoa.

– Sara – disse ele com a voz embargada – me desculpe. Eu... Eu não quis... Olha podemos tentar...

– Não termina por favor – gritou ela – Eu sempre soube. Ela sempre chamou a atenção de todos os meninos. Mas talvez ela querendo se provar a melhor por ter as melhores notas nunca reparou. Eu a odeio. E agora odeio você também.

– Você tem inveja dela? Por quê?

– Você não é uma garota. E mesmo se fosse não iria entender. Ela é bonita Miguel. Boas notas. Cabelos lindos, olhos claros encantadores. Ela nunca percebeu que tem tudo para ser popular. A cada menino novo que chega, eu tenho que me esforçar para que ela não seja o centro das atenções.

Miguel realmente estava chocado. Ela tinha inveja de Alana. Sara na verdade era uma farsa. Ela tinha sentimentos.

– Não me cabe conversar isso com você – disse ela – estou indo embora. Não precisa me levar. Pego um táxi. E não temos mais nada. Fique a vontade para ir atrás da sem graça.

Ela saiu e bateu a porta com tanta força que ele achou que a casa fosse desmoronar. Ele agora estava livre? Não ele tinha que fazer outras coisas. Mas e Geliel? Ele a amava. Mas será que Alana o amava? Isso ele veriam. Mais uma vez ela teria que escolher.

Vee

Amanheceu na residência dos Alves. Vee odiava seu sobrenome. Ele tinha algo latino que ela amava, mas ao mesmo tempo era tão brega. Como isso é ridículo. Ela não estava com vontade de levantar. Mas ela sabe que precisava levantar. Hoje era fim de semana. E como sempre ela e Alana sairiam.

Não havia ninguém na casa dela. Os pais de Vee trabalhavam mais do que tiravam folga. Isso era bom. Mas ao mesmo tempo, chegava a ser ridículo. E aquelas coisas clichês de uma linda família saindo para comer piquenique aos sábados? Eca. Isso era realmente algo que jamais iria acontecer.

Ela não ia tomar café. Desde que terminara com Antony as coisas mudaram. Ela gostou realmente dele. Mas tinha esquecido que não entendia desse universo gay. Como os gays eram difíceis? Ela até pensou em arranjar outra pessoa gay. Mas seu coração ainda batia por Antony. Fazer o quê? Ela estava em um caso gay.

O celular tocou. Ela se assustou com o toque da Britney cantando: Criminal.

– Vee? – era Alana.

– Fale querida. Daqui a pouco passo ai.

– Vee eu achei um livro. Um livro estranho. Parece um diário.

– Nossa! Um Livro! Aff. De quem é?

– Do meu pai Vee. É um diário do tempo em que minha mãe estava viva.

Agora sim ela quase caiu da cadeira.

– Estou passando na sua casa daqui a quinze minutos.

– Melhor não Vee. Eu estou indo para sua. Minha avó não queria que eu procurasse isso. Estou chegando em vinte minutos.

Ela desligou o celular sabendo que a vida da amiga estava mudando para sempre.


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Notas finais do capítulo

- Beijos e me Desculpem pela demora.. mas está ae... Fuui



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