A Dimensão dos Sonhos. escrita por Pakalia


Capítulo 28
A décima primeira montanha.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa!! Como vcs estão?



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–Finalmente nada. Gritou Vitor nervoso. Todos haviam se esquecido de um porém antes de se sentirem aliviados, teriam que escalar a montanha.

–Fica quieto e sobe. Gritou Carol abaixo dele. Ela também tinha os braços doendo e as pernas cansadas mas sabia que era agora ou nunca.

Eles subiam lentamente e pacientemente a montanha por conta de sua altura elevada, Alexandre ia à frente, com Fernanda atrás dele, em seguida vinham Miguel, Gabi, Vitor, Carol, Lucas, Kelly, Pedro e Duda, todos estavam cansados, suados e estressados, mas o único que deixava esses humores desagradáveis se exporem era Vitor.

Os leõezinhos por conta de suas poderosas garras ( já formadas totalmente) conseguiam escalar com mais facilidade e já estavam bem mais avançados na altura dos que os garotos, a escalada passou sem mais contratempos exceto uma discussão ou outra do Vitor com a Carol.

Quando finalmente chegaram ao topo da montanha, já era noite e a visão estava totalmente turva do que ela possuía então os amigos resolveram acampar, Akasha e Peter dormiram ao redor de Fernanda naquela noite, todos estavam ansiosos e nervosos pela aventura do dia seguinte.

Quando os primeiros raios de sol levantaram no horizonte, Fernanda se levantou e examinou local ao seu redor, um vale grande com grama verde escura e pouquíssimas árvores,três ou quatro no máximo, ela se aproximou das árvores e percebeu que elas faziam um cerco, na primeira árvore estava escrito um C, na segunda , outro C, na terceira tinha um G e na quarta um M, estavam velhos e quase imperceptíveis, mas ainda demonstravam encanto e beleza, ela pensou por um instante: C,C,G,M? O que tem em comum?

–Caminho para a coroa de Genevive! Fernanda virou assustada para trás e deu de cara com uma sonolenta Gabi esfregando os olhos e bocejando – Que foi?

–Você já acordou? Fernanda se aproximou da amiga.

–É difícil dormir quando um Alexandre inquieto fica se mexendo ao meu lado tentando ter uma visão melhor da minha amiga que me acordou... Ela diz irônica.

Fernanda dá um risinho sarcástico:

–Admite você só estava curiosa, pensa que não te conheço?

Gabi deu outra bocejada e sorriu:

–Ok, admito. As duas riram.

–Mas voltando as iniciais, o que você disse?

–Caminho para a Coroa de Genevive Montique, C,C,G,M, e considerando que os carvalhos estão naquela direção – Ela apontou para o seu norte e o sul de Fernanda – Provavelmente a coroa estará lá.

Fernanda virou e voltou com os olhos para a amiga impressionada:

–Quando você virou o gênio das palavras e da geografia e esqueceu de me contar?

–Quando você contou sobre as plantas para Alexandre e esqueceu de me contar. Gabi fez outra cara magoada.

–Quem falou meu nome. Alexandre apareceu feito mágica atrás de Gabi e essa pulou de susto:

–isso é modo de se intrometer na conversa dos outros? Ela perguntou.

–Quando ouço meu nome é sim...

Os dois começaram uma discussão acirrada de disputa e Fernanda simplesmente observava e ria dos seus dois amigos:

–Vamos parar com isso gente?

Os dois cruzaram os braços e voltaram para Fernanda,ela sorriu e apontou para os outros amigos:

–Vamos chamá los e continuar a busca.

Eles assentiram e meia hora depois todos estavam entre as árvores procurando algum lugar para começar a busca, Akasha e Peter subiram em uma pedra e um em cima do outro para apertarem uma pedra solta, uma outra pedra se moveu e deu passagem para uma caverna subterrânea, Fernanda pegou Akasha e Peter no colo e murmurou beijando a cabeça dos dois:

–Obrigada anjinhos. Como resposta eles ronronaram e se esticaram no colo de Fer que riu dos brincalhões leões.

Quando Fer os soltou, eles começaram a correr para dentro da caverna, Fernanda pegou suas coisas, chamou os seus amigos e começou a correr atrás deles, a caverna era escura iluminada por poucas tochas acessas, Fernanda corria guiada pelo som que as patinhas dos leões faziam ao pisarem no chão pedregoso, derrepente ela sente mãos a prenderem e se desespera, logo percebe que se trata de Alexandre, ele fez sinal de silêncio para ela e apontou um pouco adiante, alguns passos mais para frente uma cobra venenosa balançava o rabo e sibilava para Fernanda, ele murmurou:

–Mais alguns passos e ela teria te picado.

–Obrigada. Ela murmurou.

–De nada. Ele murmurou de volta

Eles passaram silenciosamente e devagar em cima da cobra para não irritá la, assim como todos os outros fizeram.

Mais perigos se revelaram durante o trajeto, pedras soltas caíam onde há poucos segundos alguém havia passado, animais peçonhentos e perigosos sibilavam e voavam na direção deles, insetos os rodeavam,e o chão íngreme tornava a descida difícil e fatal, os meninos seguravam nas cinturas e nas mãos das meninas equilibrando as e se equilibrando, mesmo Akasha e Peter com suas garras penetradas no chão tinham dificuldade para andar e mais de uma vez ameaçaram escorregar deixando todos, principalmente as meninas em estado alerta com eles.

Quando o chão começou a ficar um pouco mais ereto, todos se acalmaram e pararam para respirar por alguns instantes, Akasha e Peter olhavam com preocupação para eles e para o alto da caverna com alerta no olhar, Fernanda se agachou e os acariciou, mas os leõezinhos não se acalmaram, Fernanda podia sentir o pelo eriçado e os músculos tensos, enquanto os olhinhos se mexiam em uma velocidade impressionante.

Poucos segundos depois, o chão começou a tremer e pedras desabaram lá de cima, pedras pequenas, grandes e gigantescas, Fernanda se sentiu encurralada e em seguida, algo bateu em sua cabeça e ela desmaiou, a última coisa que ouviu foi alguém chamando seu nome em seguida cai na escuridão.

*

Fernanda abriu os olhos lentamente, a luz de alguma coisa ao seu redor lhe incomodava e ela voltou a fechá los rapidamente,sua cabeça doía e latejava de forma insuportável, parecia ter sido nocauteada, ela virou lentamente o corpo dolorido e abriu novamente devagar os olhos para se acostumar com a luminosidade, uma sombra tapou a luz e ela sentiu mãos suaves lhe acariciarem o rosto e em seguida lhe darem algo molhado e refrescante na boca, água, mais,mais, ela precisava de mais,mais lhe foi dado e ela bebeu com ardor, logo sentiu a energia retornar, algo ronronou ao seu lado e ela abriu os olhos, Akasha e Peter estavam deitados em cima dela e brilhavam, provavelmente lhe curando da dor que sentia, a sombra em volta da pessoa que lhe ajudou foi se desfazendo e ela pode ver o rosto preocupado,carinhoso e protetor de Alexandre, ela devia saber, seu amigo nunca a deixaria morrer, ela tinha tanto a lhe agradecer mas na hora só saiu isso:

–Onde estou?

Fernanda viu Alexandre suspirar olhar para os dois lados e em seguida sussurrar:

–Não sei.

–O que aconteceu?

–O chão começou a tremer, pedras caíram do alto da caverna e uma lhe acertou na cabeça, você desmaiou, Akasha e Peter me guiaram até aqui, trouxe você comigo, uma pedra caiu na entrada, não temos escolha senão seguir em frente.

Fernanda derrepente levantou:

–Peraí! Estamos presos?!

Alexandre assentiu e apontou para a antiga entrada da caverna, estava totalmente coberta por uma pedra gigante, Fernanda olhou assustada para a pedra e em um segundo de lembrança perguntou com medo da resposta:

–E o pessoal? Gabi,Carol,Duda,Kelly,Miguel,Vitor,Lucas e Pedro estão bem?

Alexandre baixou a cabeça:

–Não sei, a confusão se formou quando as pedras começaram a cair,perdi todos os outros de vista, não sei se estão bem ou se sequer estão...Ele não completou a frase mas Fernanda sabia o que ele ia dizer, lágrimas rolaram de seus olhos enquanto a ideia de seus amigos estarem...Mortos lhe consumiu.

Alexandre a puxou para seu colo, ele queria lhe dar conforto, falar que todos estavam bem, que estavam são e salvos, mas nem ele tinha certeza sobre isso, a poeira se levantou muito rapidamente e os barulhos de vozes e passos foram totalmente apagados pelo barulho das pedras,não havia certeza de nada.

Fernanda amoleceu no colo de Alexandre por alguns minutos mas em seguida se levantou e enxugando as lágrimas apontou para a imensidão sem fim do outro lado da entrada:

–Vamos Alex, quanto mais andarmos mais cedo chegaremos até nossos amigos.

–Mas Fer...

–Sei dos perigos Alex – Ela baixou os olhos – Mas prefiro ter pensamentos positivos, só assim conseguiremos realizar esse objetivo.

Alexandre quis protestar contra a resolução da amiga, mas não tinha argumento bom o bastante para o olhar de determinação que Fernanda lhe lançava, então sem escolha, pegou as mochilas ao lado da fogueira e seguiu ao lado de Fernanda.


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