A Dimensão dos Sonhos. escrita por Pakalia


Capítulo 26
Os leõezinhos de Genevive


Notas iniciais do capítulo

Oiii! Domingo novo, capítulo novo, espero que gostem lindos!! Desculpe pela precariedade de notas, gastei todos os meus neurônios fazendo uma última nota para uma fanfic que acabei de acabar, quem sabe Domingo que vem! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/489297/chapter/26

Fer andava com passos confiantes guiando todos até sentir um puxão forte na pele do braço esquerdo, uma planta carnívora havia envolvido seu braço e o apertava liberando seu sangue, Fernanda estreitou os olhos ao olhar para a planta e murmurou mal abrindo os lábios:

–Sahukara. A planta derrepente parou o movimento, recolheu seu caule e em seguida desapareceu em um piscar olhos como mágica, Alexandre sorriu e pegou delicadamente o braço esquerdo de Fernanda:

–Melhor usar o feitiço de cura. Ela olhou para ele com ternura e dúvida nos olhos:

–Será que funciona em corpos não vegetais?

Alexandre deu de ombros:

–Não custa tentar, não acho que conseguiria me concentrar com seu braço sangrando, pensaria que você estaria sentindo dor e isso eu nunca admitiria. Ela riu:

–Mas que príncipe encantado eu tenho para me proteger não é Alex?Eles riram juntos mas depois ela disse ainda sorrindo:

–Vou tentar – Fechando os olhos murmurou – Terranto.

O braço brilhou por um instante e logo depois estava com pele macia, branca e leve como se nada tivesse acontecido, Alexandre assentiu:

–Bem melhor, quando vai contar sobre os feitiços para eles?Ele apontou para o meio da mata onde os amigos deles ainda tentavam atravessar uma árvore.

–Quero esperar o momento certo e sei que ele ainda não chegou, haja naturalmente, eles ainda não repararam em nada porque ainda estão rastejando entre a vegetação.

–Como sabe que ainda não chegou?

–Simplesmente sei, confie em mim.

Dois minutos depois, um monte de cabelos, pele e vestidos apareceu na frente de Alexandre e Fernanda:

–O que perdemos? Gabi e Miguel perguntaram ao mesmo tempo.

–Nada. Alexandre e Fernanda riram e quando Carol chegou acompanhada de Vitor logo atrás perguntou:

–Me responde uma coisa Fer:Como você consegue ficar perfeita enquanto anda nessa selva? Nem a Duda consegue isso e olha que ela sabe se cuidar mesmo não se importando.

Fernanda riu e deu de ombros:

–Eu não fico pensando que cada planta que rela em mim vai me matar que nem vocês. Simples assim.

Carol mostrou a língua e franziu o nariz se mostrando indignada com a resposta da amiga mas logo se deixou levar de volta a normalidade, quando todos estavam de volta juntos, Fernanda e Alexandre seguiram pelo caminho aberto até Kelly parar inesperadamente:

–Ouvi alguma coisa.

–Não é nada Kelly, vamos continue andando. Lucas dava leves empurrões na loira mas ela não se mexia.

–Eu juro que ouvi alguma coisa, não estou brincando, parece um leve rugido.

Fernanda aguçou os ouvidos e fechou os olhos quando se concentrou conseguiu ouvir alguma coisa mas para ela não passava do vento .

–É o vento Kelly. Respondeu Fernanda à amiga

–Não, não é, isso é algum animal, está sofrendo, eu consigo sentir.

–Mas se nem a Fer, que é a escolhida consegue sentir, como você pode Kelly? Miguel tentou convencer a loira, mas não adiantou muita coisa.

–Fer – Kelly olhou para a amiga – Se concentra, eu juro, to ouvindo alguma coisa.

Fernanda suspirou mas pela amiga, fechou os olhos e esqueceu que todos estavam a sua volta, uma leoa branca apareceu, mas logo depois desapareceu, um leão também branco apareceu na sua frente, seus olhos estavam pálidos mas tinham leves vestígios de vida, ele apontou sua grande cabeça para o lado esquerdo de Fer e ela olhou ,conseguiu ouvir um choro muito alto e doloroso e enxergou um par de leõezinhos, uma fêmea e um macho brancos...

Fernanda abriu os olhos mas não falou nada, seguiu pela direção contrária, ela ouvia os passos e os gritos de seus amigos a chamando mas ela não parou nem diminuiu a velocidade, ela escorregou por debaixo de um arbusto e foi parar em uma campina, a grama era verde clara e o sol iluminava o canteiro com uma luz fraca mas maravilhosa, Fer começou a andar e aguçou os ouvidos de novo, conseguiu ouvir o choro mais alto, correu na direção do som e olhou para trás, seus amigos tinham acabado de atravessar o cercado e olhavam em todas as direções, ela continuou correndo e parou em frente a outro arbusto, agachou ao seu lado e começou a revirar as plantas, encontrou alguma coisa macia mas molhada e a puxou para fora do arbusto, ela olhava para aquela dupla juntinha quase mortos com o pelo totalmente branco manchado com vermelho, ela sentiu uma lágrima escorregar pelo seu rosto mesmo sabendo que eles ainda não estavam mortos, sentiu uma mão em seu ombro:

–O que foi? Porque saiu correndo? Gabi olhava para ela aparentemente calma mas seus olhos traiam seu rosto, seus olhos demonstravam preocupação,raiva e dúvida.

Fernanda enxugou as lágrimas e se levantou, mostrou o que segurava na mão para a amiga e essa colocou a mão na boca chocada, quando levantou o rosto para Fernanda, seus olhos estavam inundados e faltavam pouco para transbordarem:

–Dois leõezinhos?! Eles estão... Ela não conseguiu terminar a frase mas Fernanda sabia o que ela queria dizer. Negou:

–Não, só estão machucados, vamos, preciso de ajuda para cuidar deles. As duas seguiram para a campina onde todos estavam procurando Fernanda, todos olharam para a dupla ao mesmo tempo com expressões confusas menos Kelly, ela tinha uma expressão dolorosa e triste no rosto, chegou perto da amiga e retirou o macho dos braços manchados da garota.

Ao olharem para as figuras praticamente vermelhas, os olhares confusos foram substituídos por surpresa e depois dor, Fernanda sentou no meio da campina e tirou a mochila das costas, o animalzinho em seu colo respirava com dificuldade e tentava sem sucesso abrir os olhos inchados, Gabi se sentou ao lado da miga e perguntou pegando a bolsa de Fer e a sua:

–Do que precisa?

Depois de analisar aquele minúsculo corpo, Fernanda olhou em volta buscando apoio encontrou o olhar de Alexandre e na hora soube o que as estrelinhas em seu olhar demonstravam:

–Nada – Ela respirou fundo e olhou para a leoazinha – Terranto.

O corpo rosa brilhou no colo de Fernanda e quando reapareceu estava branco, sem nenhum corte, nenhum ferimento, a respiração tinha se normalizado e os batimentos cardíacos, antes fraquíssimos, agora batiam em sintonia, o animalzinho abriu os olhos, azuis como o céu.

A pequena leoa tentou se levantar mas caiu no colo de Fernanda, ela olhou com ternura para o animalzinho e depois olhou para todos a sua volta, como ela imaginava estavam surpresos:

–C como você fez isso? Duda gaguejava e ainda custava acreditar fixando o olhar na leoazinha que caía sem firmeza.

Fer suspirou e respondeu com a voz mais calma que conseguiu arrumar:

–Vou explicar, mas antes, melhor eu cuidar do leãozinho, ele ainda corre perigo de vida. Ela se levantou e foi até Kelly que tinha o corpo do leãozinho no braço, Fer pegou delicadamente o animal dos braços da amiga e murmurou:

–Terranto – O processo se repetiu e o leãozinho curado abriu os olhos, dessa vez cor de cobre, ele se livrou dos braços de Fernanda e foi correndo para a irmãzinha, depois de observar os leõezinhos brincando por um instante, Fer virou para os amigos e sentando na grama disse:

–Alex pode me ajudar a explicar melhor?

–Peraí, o Alex sabia dessa história e eu não? Gabi fez bico – Magoei.

Fernanda riu fracamente e disse com o mesmo bico da amiga:

–Não queria te deixar de fora gatinha,mas o melhor que fiz foi deixar em segredo – Ela virou para Alexandre e apontou para ele – Ele só sabe porque acordou durante a noite e me pegou lendo o bilhete.

–Hum.Um coro murmurou se sentando na frente de Fer e Alex.

–Começa Fer... Alex disse cutucando a amiga.

–Bem para resumir, enquanto estive na montanha da Terra aprendi truques úteis.

–Úteis? Kelly murmurou pegando o leãozinho de novo no colo.

–É, até certo modo, para ser bem sincera não sei qual o limite de uso dessas plantas e nem sei se tem um limite mas podem ser bem utilizadas ou...

–Mal utilizadas, depende da pessoa que utiliza. Alexandre completou para Fernanda recebendo um olhar grato da amiga.

A leoazinha tinha sentado num canto meio abandonada, Fer a chamou para o seu colo, a leoazinha se alegrou e correu para o colo da nova amiga:

–Precisamos de um nome para você... Fer murmurou tentando pensar enquanto a leoa mordia se dedo com a gengiva totalmente sem dentes.

–O que você acha de Britney? Carol sugeriu e todos riram – Que foi?É um nome bem legal!

–E muito chamativo também... Vitor completou revirando os olhos – Precisamos de um mais leve e menos chamativo.

–Mayla? Gabi sugeriu.

–Peter. Kelly falou baixinho e todos viraram para ela:

–Peter é nome de menino gênia! Lucas arregalou os olhos mas logo perdeu toda a graça quando Kelly retrucou:

–A gênia aqui sou eu? Dããã, tava pensando em um nome para o leãozinho... O que vocês acham de Peter?

–Perfeito- Todos falaram e depois riram – Mas e para ela?

–O que vocês acham de Akasha? Duda sugeriu tímida – Lembro que vi esse nome na internet um dia enquanto pesquisava um trabalho de escola.

Fer assentiu e segurou a pequena leoa em frente ao seu rosto – Seu nome agora é Akasha, fofinha.

–E o seu é Peter bonitinho. Kelly fez a mesma coisa com o leãozinho que brincou com as pequenas garrinhas no ar tentando arranhar a cara de Kelly.

Após um momento de paz, todos se levantaram e voltaram para o meio da selva, Akasha ia no colo de Fernanda e Peter no colo de Kelly quando sentiram alguma coisa sair da vegetação do lado direito, Fer olhou e viu o macaquinho, ele sorria, mas não era um sorriso brincalhão, era um sorriso orgulhoso e triste ao mesmo tempo, ele desapareceu em meio a vegetação, Fernanda ia atrás dele, mas uma mão a segurou quando ela ia correr, ela virou para trás e viu Alexandre negando com a cabeça:

–Melhor não Fer, ele já cumpriu o seu papel...

–É, mas não consigo abandonar ele... É uma dor muito grande e...

–Eu sei, mas, melhor deixar ele ir, ele vai seguir o seu caminho.

Fernanda assentiu e continuou andando, depois de um momento de silêncio, Carol gritou:

–Ahhhh, tem uma planta enrolada no meu braço, ela ta apertando, socorro!

Fernanda virou o rosto e viu outra planta carnívora envolvendo o braço de Carol, ela puxava o braço mas a planta não soltava, Vitor e Gabi tentavam ajuda la mas sem resultado, Fernanda se aproximou correndo e disse com o olhar fixado na planta:

–Sahukara - A planta se desenrolou e desapareceu, o braço de Carol tinha as mesmas marcas do braço de Fernanda que disse ainda concentrada – Terranto.

O braço brilhou e a pele rosada voltou, Carol suspirou e olhou para a amiga agradecida, Fernanda deu de ombros e riu.

Eles passaram o resto do dia andando e quando começou a escurecer, eles encontraram outra campina, se ajeitaram lá por aquela noite e dormiram, Fernanda dormiu abraçada em Akasha enquanto Kelly dormia com o rosto no pelo macio de Peter.

Perto de seis da manhã quando o sol começou a apontar no horizonte,Alexandre levantou e organizou o saco de dormir na mochila, acabou se surpreendendo com um monte de pelos no seu nariz, Akasha tinha se levantado também e observava o garoto ajeitar as coisas bem debaixo do nariz dele, Alexandre riu e pegou a leoazinha no colo:

–Akasha, Akasha, só você mesmo para levantar em plena seis da manhã para me ver organizar coisas, sua animadinha.

Akasha começou a se mexer brincalhona como uma gatinha, indo para trás e para frente presas nas mãos de Alexandre, ele riu baixinho e a soltou no chão, percebeu uma coisa entre o seu pelo que não tinha reparado antes, algo parecido com um símbolo, era um M decorado, era mais rosado que o pelo se destacava,Alexandre estranhou e logo percebeu que Peter também tinha se levantado, pegando o leãozinho no colo, ele analisou seu pelo:

–Vamos ver se você tem a mesma marca de sua irmã...

Dito e Feito, Peter tinha um M igualzinho em seu pelo só que esse destacado em azul, havia alguma inscrição dentro do M, quase fechando os olhos para ler, Alexandre se surpreendeu e pegou Akasha no colo, a mesma inscrição estava no M, o ar pareceu faltar para Alexandre, no M estava escrito:

`` Propriedade de Genevive Montique, princesa, rainha, camponesa ´´


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Dimensão dos Sonhos." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.