Between Space and Ocean escrita por Anwar Pike


Capítulo 4
Capitulo III


Notas iniciais do capítulo

Demora imperdoavel, eu sei, mas espero que me desculpem, e que aproveitem o capitulo! :D Nao ficou bom como esperava, mas estou me esforçando no proximo.



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Durante o voo, a madrugada se transformando em dia.

O vento pressionou seus rostos e suas bochechas moveram-se levemente. A sereia esperava que a morte não viesse, enquanto tentava acostumar sua mente com os acontecimentos estranhos que presenciara.

Por mais que tentasse usar logica para explicar o que acontecera, esse não era se ponto forte.

Ela girou os rosto alguns centímetros, na direção do centro da cidade.

Oh, não.

Uma explosão saudou seus olhos e a fez desviar o olhar. Então, enfim, a guerra começara.

A resolução e desejo de encontrar esse objeto que salvaria a todos se intensificou em seu peito e ela voltou seus olhos a frente, decidida.

Os outros dois na prancha, assim como Jim, manobraram e se dirigiram agora aos portões laterais da cidade.

Mais uma queda de tirar o folego, a sereia pensou consigo.

Enquanto voavam, Jim tentava manter-se concentrado no caminho a frente.

O que era esse objeto afinal?

Sua atenção foi drenada subitamente para a realidade com o grito aflito de Ariel.

– Jim, cuidado!

Ele freou a prancha no momento em que a ponta estava perigosamente próxima do solo.

Eles agora haviam saído da área da cidade espacial, e o ar frio da noite fez seus pelos se arrepiarem com um estranho pressentimento.

Abaixo de si, estendiam-se as águas escuras do império das sereias. Jim sentiu Ariel apertar seus braços mais firmes a seu redor, como se estivesse com medo de ser puxada para dentro do oceano.

Ele ficou sem jeito, mas continuou olhando para frente, afinal, não podia distrair-se mais uma vez.

– Estamos perto agora. – A voz de um dos homens soou mais a frente. Vitor era o nome dele. Tinha um aspecto rude e cruel, que assustava a sereia.

As pranchas inclinaram-se graciosas e pousaram em um píer que ligava brevemente a terra e o mar.

Esperando por eles, duas garotas estavam em pé, uma delas com os braços cruzados.

A outra, apesar de mostrar um sorriso simpático, olhava para trás do ombro a todo momento, nervosa.

– Bem, já era hora. – A de braços cruzados resmungou saindo das sombras. Tinha cabelos longos, cor de chocolate, um rosto delicado, apesar da expressão impaciente.

– Ruby. – Vitor cumprimentou, contrariado.

A ruiva olhava de um para outro se perguntando de onde vinha tanta animosidade.

Jim acenou rapidamente para as duas. A outra garota, com a postura reta se adiantou e apertou a mãos de todos com entusiasmo.

– Mulan? – Ariel perguntou perplexa.

– Ariel? Oh, o que faz aqui? – A garota de cabelos negros perguntou surpresa. E então se recompôs. – É ótimo te ver de novo.

As duas garotas se abraçaram, recebendo olhares curiosos de Miguel e Ruby.

A sereia conhecia a pirata guerreira á muitos anos, mas fazia meses que não a via, depois de ela ter partido em uma expedição ao território dos lobos.

A morena fez menção de iniciar uma animada conversa, mas foi interrompida por Aurora, que já se transformara novamente, pousando no chão de madeira.

– Vejo que já fizeram suas apresentações. Precisamos partir agora, os... – Mas suas palavras foram abafadas pelo estrondo de um canhão perigosamente próximo.

Eles se viraram imediatamente, direcionando seus olhos ao local em que ouviram a explosão.

Ariel tapou a boca com as mãos ao ver a fumaça negra desprendendo-se de um ponto não muito distante de onde estavam.

– Eles já...já começaram a se atacar?

– Temo que sim. – Aurora respondeu seria. – Agora, vou explicar a vocês exatamente o que precisam fazer ok?

Os jovens assentiram, tentando enxergar o rosto de Aurora na escuridão.

– A busca de vocês é por uma esfera, que aparentemente possui propriedades tecnológicas e magicas, que vai por um fim as guerras de uma vez por todas.

Ao notar o olhar descrente de Ariel, ela continuou.

– Vocês sereias, deveriam crer mais em magia, mas não á culpo por desconfiar de coisas tecnológicas. Vocês terão de passar pelos quatro territórios dentro do império dos lobos, a esfera vai estar no centro. – Ela suspirou pesadamente. – Será perigoso, mas como podem ver, é a única chance de salvarmos essa dimensão.

Miguel, o loiro, estremeceu seguido por Mulan, que engoliu em seco.

– Tragam a esfera e entreguem a Brayan. – A jovem colocou uma das mãos na testa e fechou os olhos por alguns segundos. – E depois, bem, veremos.

O medo repentino nas palavras da moça fez um calafrio percorrer a espinha de Ariel, mas ela resolveu ignora-lo.

Jim, que estava ao lado da ruiva sentiu o coração acelerar.

– Vão, não há mais tempo. – Aurora disse, movendo as mãos a frente de si.

Rapidamente, cada um subiu em uma das pranchas, e se dirigiram para terra firme. No horizonte, o sol despontava, clareando vagarosa e preguiçosamente o céu, sem se dar conta da guerra que presenciaria ao elevar-se por completo.

A garota parada no píer suspirou e transformou-se novamente, voando em direção a cidade espacial.

As pranchas tomaram velocidade flutuando e afastando-se do cais, enquanto seus pilotos concentravam-se em controlar o metal abaixo de si.

O que parecia estar tendo mais dificuldade era Victor, que tentava desesperadamente manter a prancha em linha reta ao mesmo tempo que sentia as unhas compridas de Ruby em suas costelas, apertando-as.

Ela provavelmente o insultaria se não estivesse preocupada em manter-se equilibrada.

Ao redor deles, o ar se tornou perceptivelmente mais quente, ao se aproximarem da terra.

Ariel mordeu os lábios ao lembrar-se do ataque dos lobos alguns dias antes. E se eles atacassem novamente? Não poderia correr para o oceano, não depois de haver se aliado á um espacial.

– Droga. – Ela sussurrou, audível somente ao garoto de cabelos rebeldes a sua frente.

Ele virou-se por um segundo para encarar as faces coradas dela. Um sorriso curvou seus lábios sem que notasse.

– O que? – Ela perguntou mais vermelha ainda. Jim apenas sacudiu a cabeça levemente e virou-se para frente.

– Ei, pessoal, vamos pousar ali esta bem?! – Miguel gritou seu dedo indicando uma área mais afastada da orla da praia. Era uma espécie de caverna aberta, rodeada por seis ou sete rochas de grande tamanho.

Um ótimo refugio, pensou Ariel.

Todos se direcionaram para o local apontado pelo loiro. Ao sentir o leve impacto de metal contra a areia, Mulan desceu tremula.

Espero nunca mais ter que voar nessa coisa, ela pensou consigo, tentando controlar a respiração ofegante.

As outras duas desceram também, observando com divertimento a situação da jovem de olhos puxados.

Ruby, a morena de cabelos ondulados se afastou um pouco, farejando o ar.

– Parece que estamos seguros por agora, não detectei nenhum lobo na área. – Sua voz estava seria assim como a expressão em seu rosto.

– Ótimo, então vamos ao mapa. – Miguel, com um tom alegre se ajoelhou na areia, ignorando o olhar nada amigável de Mulan. – Bem, o território dos lobos é dividido em quatro partes. Cada uma tem uma característica única e, para o nosso azar, perigosa.

Ao notar a confusão nos rostos dos presentes, ele voltou a explicar.

– O primeiro território, logo além dessas areias, na parte leste da ilha, há uma área onde os ventos são absurdamente fortes. Furacões e ciclones são comuns e rotineiros. – ele ergueu os olhos do mapa, mordendo de leve os lábios. – Nossa missão é atravessar todos esses territórios, ate chegarmos á localização da esfera.

– Mas, se os ventos são tão fortes, como é que vamos atravessar?

– Isso eu creio que podemos resolver. – Uma voz profunda, atemporal se intrometeu.

Sem conter a surpresa, todos se viraram bruscamente na direção da voz.

Um forma, ainda que indistinta se aproximou, afastando-se das sombras ocultadoras de uma das rochas.

Uma loba, de pelo negro e prata, olhos verdes como esmeraldas e presas arreganhadas em algo que se assemelhava grotescamente a um sorriso, caminhava, colocando uma pata após a outra sobre a areia clara.

Ruby parecia estar prestes a ter um ataque de pânico, tanta era sua surpresa. Seus olhos estavam arregalados e a boca abria-se e fechava seguidas vezes, embora nenhuma palavra fosse pronunciada.

Vitor notou isso, e mesmo sem poder explicar a súbita sensação ruim que sentiu no estomago, ele se deu conta de que não confiava na Loba que ficava mais próxima a cada segundo.

– Quem é você? – Jim perguntou, as sobrancelhas cerradas. Ao parecer, o homem mais velho não era o único desconfiado, afinal de contas.

– Sou Kara. Eu vim com uma mensagem para vocês. E um presente.

ΩΩΩ


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Notas finais do capítulo

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