Capítulo 9

                                       Nããããoooo!

                    Era o Fernando... Corri em sua direção.

              –Fernando não é o que você está pensando! – Ou será que era???

                    Ele simplesmente me ignorou, estava com raiva, olhava para o nada tentando evitar meus olhos. Isso me deixou nervosa.

               –Fernando, se você tivesse chegado mais perto teria ouvido que eu estava acabando com qualquer possibilidade de reatar com ele...– Dei uma pausa demorada tentando olhar em seus olhos, esperando que ele falaasse algo...sei lá, qualquer reação. Aquele silêncio e  sua falta de atitude me irritaram. –ELE ME AGARROU!?!?! –Gritei.

              –MAS VOCÊ RETRIBUIU!?!?! –Seus olhos encontraram os meus, eu podia ver ódio neles. Sua respiração era inconstante...Parecia que queria esmurrar algo. Foi assustador...Arregalei os olhos com sua reação e mais que depressa me recompus. 

              –Tá, calma...Você tá chorando? –Que fofo ele estava chorando...

                  Ele suspirou, –provavelmente se acalmando– limpando as lágriams com a parte posterior de uma das mão e o rosto mirando o chão–deveria estar com vergonha–, logo mudou de assunto:

             –Quer dizer que você confirma que retribuiu? –Falou ele, agora me encarando. Seus olhos estavam vermelhos e sua boca mais vermelha do que o normal...Lindooo.... 

             –Claro que não... Tá...Eu...Só... Haaan... Desculpa, é que é tudo muito recente, eu ainda não digeri essa situação. –Fui falando, uma angústia foi subindo e quase chorei.

                 Eu acho que ele percebeu  esse pequeno detalhe do quase choro,pois, se aproximou acariciando meu rosto.

             –E porque você aceitou namorar comigo? –Sussurou baixo em meu ouvido.

                 Exitada e confusa, meus pensamentos embolaram...

             –Você é lindo, inteligente e muito meigo. Que garota não gostaria de ser sua namorada? –Falei aos sussuros.

             –Poxa! Você está se superando! –Ele afastou apenas o rosto e foi o suficiente para eu abrir os olhos e cair na real; estava na rua e  não numa cama. Pude ver um sorriso em sua face confusa suavemente aparecendo. –Já pode parar de me deixar sem graça. –Continuou.

             –Nem acredito que falei isso... Eu também estou sem graça, mas por você vale a pena! –Nossa que cantada...Convenci ou não?

             –É sério, pode parar de me deixar sem graça. E não tenta me enrolar... Porque você ainda não abriu o jogo sobre o que realmente aconteceu ali no portão.

                  Hiii...E agora o que eu faço?

                                                               ***