Capítulo 8

                              Caramba! 

          –Ex?... Quer dizer, Luis!!?

          –Porque você estava com aquele cara? –Caramba ele perguntou de um jeito tão ameaçador.

          –Não é da sua conta! –Respondi tentando ser mais indiferante possível.

          –Nossa! Também não é para tanto. Pensei que você ainda gostasse de mim, afinal não faz nem um mês que nós terminamos. Quer disser,você...

              Nem deixei ele terminar...

          –Eu acho que você está equivocando-se. Porque se me lembro bem, foi você que me traiu e nosso namoro já é página virada.

          –Que isso gatinha... Ainda "tô" na tua. –Falou ele chegando ainda mais perto.

          –Mas eu "tô" na do Nando! –Pus a mão em seu peito e o afastei, ou melhor ele deixou ser afastado.

          –Ta falando daquele idiota!? –Debochou.

          –Quer saber? Não vou mais ficar aqui, me irritando e desperdiçando meu tempo com você! To em outra, vê se me esquece!

             Quando me virei, para entrar novamente na escola, vi Camylla nos espionando. Parecia que ela estava querendo fazer... Tipo uma mímica, apontava para fora que nem uma maluca, como se quisesse me mostrar alguma coisa. Nem tive tempo para entender sua mensagem, pois fui surpreendida por um braço musculoso provavelmente do Ex que foi me agarrando e me puxando... Quando vi, estava nos braços daquela pessoa que me tascou um beijo ardente e gostoso... Com certeza era ele.

            Tratei de me desvencilhar, numa moleza numa vontade de continuar...Nossa como tem pegada. Huuii!

         –Ta maluco? – Falei ainda desnorteada.

         –Eu sabia que você ainda não tinha me esquecido, ainda gosto de você, por favor, me dá uma chance? Prometo não te decepcionar novamente. Eu fui um idiota em não perceber o quanto você foi e é importante pra mim...

        –Desculpa, mas eu estou com o Nando, não vai dar. Quem faz uma, faz duas, faz três... Apesar de não ter te esquecido, perdi a confiança em você.

        –É sério, ainda não consigo me ver longe de você. –Disse pegando novamente o meu braço.

        –Pensasse duas vezes antes de ter me traindo. Agora é tarde. –Nossa dessa vez eu me superei.

        –Tudo bem, mas eu sou brasileiro e não desisto nunca!–Falou rindo.

          Soltei minha mão e dei-lhe um tchauzinho. Fiquei observando ele caminhar lentamente , quando chegou perto da esquina apontou pra trás a minha esquerda. –O colegio fica direita, a esquerda é a rua–Sorria igual a uma criança, parecia ter gostado do que vira.  

          Quando olho pro outro lado da rua... Que sensação horrível de traição...

                                                            ***