Vida Difícil escrita por PrisTchonga


Capítulo 23
Capítulo 23 -Conversando com o meu "eu interior"


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Dizem que para se conhecer por completo é necessário meditar e estar em comunhão com seu eu interior.

Eu acho isso uma completa babozeira. Até porque não consigo ficar com meu "eu interior" um instante se quer, e duvido que alguem consiga.

O meu "eu interior" é hiper chato. Sempre fazendo perguntas sobre tudo que quero esquecer, deletar e nunca mais pensar. Parece uma coisa, é só tentar entrar em contato que ele começa a perturbar:

"-Escolha um dos dois, é necessário, não engane seu coração, eles merecem saber qual foi a sua escolha."

Aí começa a discusão...

–Eu sei, eu sei! Mas é tão difícil. E depois como "nós" ficamos? Ele vai me odiar. Não quero que isso aconteça, eu ainda gosto dele... Pode parecer que sou uma idiota mas... Sabe, com ele me sinto protegida. Eu sei que ele não é o que aparenta ser, eu ainda lembro de como nós erámos. E "você" melhor do que ninguém sabe.

Foi o namoro mais longo que já tivemos, ele é especial e fez a diferença, os momentos que passamos juntos foram únicos e que sem ele eu não seria metade do que sou hoje.

"-Calma, aí você está exagerando! Tá certo que ele foi um fofo enquanto vocês namoravam, mas depois que vocês terminaram, foi um idiota e não te respeitou em nenhum momento.Tá certo, você vai vir com..."


–Ele é intolerante a derrotas e contrariações. Você sabe que ele fica um pouco "revoltado" quando acontece uma das opções anteriores, imagine as duas juntas? Eu sei que ninguém gosta de perder e muito menos de ser contrariado,mas, ele apenas tem um pouco mais de "ódio no coração".


"-Então, vai que ele decide dar um "rumo" para todo esse ódio no coração?"

–Não, ele nunca bateria em mim e você sabe disso. Se em 6 meses ele não fez nem menção de levantar a mão pra me bater, não seria agora que isso iria acontecer. Eu sei muito bem do que ele é capaz.

"-Será? Não pareceu que você sabia exatamente do que ele era capaz de fazer quando, o mesmo, te ameaçou no corredor... E depois quando caiu na porrada com o Fernando... E muito menos quando lhe fez terror psicológico, você sabe que ele é mestre nesse jogo... E você sempre cai, não adianta eu lembrar você finge que mão me ouve ou se faz de inconciente, só pode ser."

– Ai, não enche, eu aqui tentando esquecer e você me lembrando a todo instante... Ele é um ator e sabe atuar muito melhor do que os da malhação, eu sei...

"-Vai que, ele encenou com você esse tempo todo?"

–Não, ele não seria capaz... Será? Um dia ainda pergunto isso.

"–Na lata? Duvido? Você não tem toda essa coragem."

–Se estivermos discutindo, falo mesmo, de cabeça quente falo até o que não devo...

"-É verdade!"

–Flávia? Posso falar com você? -Uma voz reconfortante me tirou do transe.

–O que foi? Não está vendo que estou descançando?- Falei, sem me dar o trabalho de abrir os olhos e muito menos de levantar da cadeira, acochoada, da biblioteca.

–Não seja chata. Quero te contar o que está acontecendo lá fora...

–Ta conta... Estou ouvindo!

–São os garotos...

–Que garotos? - Falei abrindo os olhos para tentar me acostumar com a luz forte.

–O Luis e o Fernando, né!? Quem mais seriam?

– Ah, para o que tem eles Milena? Não vai me dizer que eles...

– É eles estão prestes a brigar, acho melhor você vir comigo.

–To começando a ficar irritada com isso, que palhaçada.

"Será que eles não conseguem conversar como pessoas civilizadas?"

–Parece que não!

–Oi, falou alguma coisa?

–Não, só pensei alto mesmo...

Levantei e sentindo o coração disparar pelo simples fato de que provavelmente iria ver sangue novamente.Milena percebendo meu desespero, resolveu tentar me acalmar...

– Calma, eles estão apenas discutindo. O Lipe e o Pablo estão lá eles não irão deixar que o pior aconteça com certeza!

Saimos porta a fora, andando rapidamente. Como se estivessémos apertadas para ir ao banheiro.

Parece que foi combinado mas assim que viramos a direita, não mais andávamos, praticamente corríamos pelo extenso corredor interno.

– Milena onde eles estão?

– Perguntei com a voz entrecortada, pela falta de costume relacionada a prática de exercíocis diários...

"Que vexame... Vergonhoso!"

– Eles estão na sala do almoxarifado...

– Ué, na sala do almoxarifado? Como foram parar lá?

– Sei lá... Eu apenas liguei para o Pablo que me avisou sobre isso...

–Calma aí. Você não chegou a ver a situação?

–Não amiga, mas no sms o Pablo pediu pra eu te chamar porque a situação estava começando a sair do controle...

"Eita o bagulho tá sério, se prepara, se prepara porque lá vem chumbo grosso..."

– Você está me deixando nervosa. - Falei quase se ar.

–Não, calma tudo vai dar certo pode ter certeza!

"Ai, porque não chega nunca?"

Alguns minutos depois, finalmente chegamos.

– Quer entrar primeiro? -Perguntou Milena.

– Eu não to escutando nada... -Falei ao me aproximar da porta. - Calma deixa eu recuperar o fôlego...

" Pra que? Você vai perde-lo novamente..."

Respirei fundo e seguerei a maçaneta apenas como apoio.

"Vamos lá eu te ajudo... É um é dois é três e... Já!"



***




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Notas finais do capítulo

Deixei com um gostinho de quero mais mesmo! Não me matem, ela continua em breve!



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