Vida Difícil escrita por PrisTchonga


Capítulo 22
Capítulo 22 -Como isso foi acontecer?


Notas iniciais do capítulo

Ai, desmotivada a escrever... Vou fazer um final qualquer, só pra não prolongar mais a história... Espero que entenda minha unica leitora... kkkkkkkkkkkk



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“Não faz nenhum sentido, como eu pude chegar a... Quase sexo em um corredor e ainda mais com o Luis? O que está acontecendo comigo? Queria simplesmente enfiar minha cara no meu travesseiro e gritar. Como pude ser tão, tão... sei lá.”

–Flávia, o seu silêncio está me deixando nervoso. O que está rolando? Fala alguma coisa, você não é assim.

“Não, ele tem dupla personalidade, só pode ser. Não faz sentido ele muda muito rápido. Do garoto que era meu namorado para o agressivo. Este chega a ser irritante, confuso... Totalmente encantador... Como pode ser?”

Descíamos lentamente as escadas, eu preferia não olhar pra trás. Mais precisamente não olhar para ele. Porque aí me lembraria da grande idiotice que fiz impulsivamente. Fui tão promiscua, no momento me sinto suja, como uma atriz pornô.

Parecia não ter fim, a escadaria, meus pensamentos e aquele momento. Eu procurava por uma porta branca com a seguinte palavra: Enfermaria. Mas ela nunca chegava, já estava começando a achar que estávamos indo na a direção errada.

–Pode parar você não está bem! Fala alguma coisa sobre o que aconteceu.

–Me solta. -A mão gigante dele segurava meu antebraço vigorosamente. Seu aperto não me machucava, mas, parecia que ele não soltaria meu insignificante braço até que eu não lhe desse uma resposta.

–Não, aposto que se eu fizer você simplesmente vai virar as costas para mim.

–Você já me contou qual é o seu problema. Eu. Agora você quer saber qual é o meu problema?

–Conta. Estou esperando.

–Você e sua inconstância. –Falei puxando meu braço.

–Eu inconstante? Foi você quem terminou comigo, sem motivo, diga-se de passagem. E essa nova Flávia que quase fez sexo comigo no corredor eu não conhecia... Apesar de ter gostado! – Luis sorriu maliciosamente de lado.

–Não sei o que deu em mim, tá... E pode ter certeza de que nunca mais vai acontecer, pelo menos com você. E o papo do “você que terminou, comigo o nosso lindo namoro” não cola mais, valeu? Acho melhor trocar de CD porque ele está começando a ficar arranhado. Eu tenho a prova ainda comigo, nem eu sei o porquê de ter aquele e-mail de bosta, acho que eu gosto de olhar e ver o quanto você me fez sofrer, sabe? E nem assim eu aprendo a me dar valor... Acho que sou uma idiota mesmo...

–Não fala assim... Você ainda me ama... Isso que você esta sentido, o nome disso é amor... –Falou Luis se aproximando.

–Sai de perto de mim...

– Ok!

Continuamos descendo agora em completo silêncio... Nem meus pensamentos me incomodavam no momento... Tudo na paz, até...

–Eu tenho a impressão de que eu fui o último, a saber. Até porque, não passei e-mail nenhum. Não tinha nada na minha caixa de saída quando verifiquei...

–Tudo bem, terei o prazer de te enviar... Ou melhor, te trazer uma xerox para o caso de não ter vestígios dele em sua caixa de entrada, Sr. Fingido.

–Não estou fingindo nada, eu não terminaria com você por qualquer pessoa. Você é especial...

–Especialmente idiota só se for.

– Idiota, não apenas confusa. Você é maravilhosa e eu te amo mesmo com sua confusão. –Falou ele se aproximando novamente.

“Como negar que a aproximação dele me causava arreios?”

– Pode parar aí. –Sinalizei com uma das mãos. – E pode ter certeza eu já caí uma vez por deslize, mas, não vou cair novamente nesses joguinhos de sedução... Eu sou confusa sim e você sempre soube, mas, no momento a confusão não está me impedindo de ver quem realmente você é. Espero poder passar uma borracha no passado e me livrar de você... Das nossas lembranças... De tudo.

Ai que dor... Meu estômago está revirando. Acho que eu não queria ter dito isso, ainda não estou preparada pra tal ação. E acho...”

–Quer dizer que os nossos momentos foram lixo? É, porque, só faltou você dizer isso. Desculpa mesmo por ter feito você perder seu tempo comigo...

–Para de se fazer de vítima. Deixe de ser hipócrita. É disso que eu não gosto em você. Uma hora é aquele cara que eu sempre amei, gentil, engraçado e atencioso. Do nada você se transforma num rebelde sem causa, dá patada até no vento, agressivo até o ultimo fio de cabelo. Ah, mas não vamos deixar a ultima personalidade de fora... Essa parece ser a que você mais esconde. O Luis meigo, sensível e que se importa com o que eu digo.

–Mais eu sou isso e muito mais. Você me faz ficar assim! Eu estou tentando ser um cara melhor, mas eu sou humano e tenho meus medos, meus defeitos e minhas derrotas pessoais...

–Bom, aí está aflorando novamente sua última personalidade. Dessa vez, mostrando seu lado ultrarromântico. É bom saber que uma vez ator sempre ator. Olha cuidado pra não perder o Luis verdadeiro no meio desses “Luíses”, tá bom. E outra cansei. Quer ir pra enfermaria, vai, se não quiser não enche o saco...

–Flávia, não estou te entendendo o que está acontecendo com você?

–Cansei, cansei de sempre me preocupar com você e sempre receber patada, isso cansa sabia Luis? Ou você achou que eu não fosse capaz de te falar tudo que eu sempre tive vontade?

–Estou tirando a conclusão de que eu te amei sozinho... Você nunca me amou? Nem um pouco, sequer?

“Putz, o nó novamente em minha garganta. Não, eu não vou chorar.”

– Amei sim Luis, até, mais que a mim. Mas você conseguiu fazer com que eu deixasse esse sentimento lá atrás junto com os nossos bons momentos. Você me fez sofrer.

“Lágrimas, malditas lágrimas.”

–Eu te amo. Eu te amo. E que parte do eu te amo e nunca terminaria com você, sem motivo você não entendeu?

Com os olhos encharcados, visualizei seus pés, desfocados, aproximando-se. Ele pôs a mão em meu queixo e levantou meu rosto.

Forcei-me a não olhar em seu rosto.

– Eu te amo. E eu falo bem alto para você ouvir, porque não tenho vergonha do meu sentimento. Choro e falo abertamente sobre o que sinto por você, porque te perder sem lutar, sem que você saiba exatamente o tamanho do amor que sinto por você é do que eu mais tenho medo.

“Eu me assustei, tenho que confessar, não me lembro dele ter falado assim tão abertamente e parecer tão sincero, antes, comigo como agora.”

Olhei para o seu rosto procurando ver verdade em seu olhar, ou sei lá, algo que me parecesse falso.

Vi lágrimas que me fizeram chorar. Palavras não saiam de minha boca, eu apenas conseguia demonstrar com expressões o que estava sentindo.

“Eu também te amo. Mas prefiro deixar as coisas como estão.”

– Consegue acreditar em mim agora?

Desabei em lágrimas.

“Não queria... Mas consigo.”

– Hei, não chora. Vem cá. -Luis me puxou para um abraço gostoso, caloroso sem maldade.

“Você não sabe o quanto é difícil para mim, gostar de você e ter que lidar com tudo que vem agregado em seu pacote. Doí. Doí muito.”

– Eu sei que sou inconstante, mas você foi a única pessoa que me entendeu; que ainda me entende. Por isso te amo tanto.

Bati em seu peito e o repreendi.

–Não mente. Nem eu sei se te entendo mais.

–Eu sei que você ainda gosta de mim com a mesma intensidade da qual eu gosto de você.

Tratei de me soltar do abraço e olhar bem em seu rosto.

–Eu te amo, mas, não consigo; alias não quero ficar na sua mão, como antes.

Mais lágrimas caíam de seus olhos e que logo foram limpas com as costas de sua mão.

–Eu sei, estou parecendo um gay aqui chorando na sua frente... Mas é que você disse agora o que eu sempre quis ouvir, de você. Nem quando estávamos juntos eu cheguei a ouvir um “Eu te amo” da sua boca...

É verdade, eu nunca havia dito “eu te amo” para ele. Sigo a risca a minha teoria de que quando essas palavrinhas são utilizadas de mais, você esquece o verdadeiro significado do sentimento”.

–É eu sei. Mas não adianta Luis, o machucado ainda não cicatrizou, eu vi você com outra garota no point e não adianta desmentir. Eu vi. Apesar de que você já tinha terminado comigo...

Minhas lágrimas secaram. E o rancor tomou conta de mim.

–Hã? Eu com outra garota no point? Essa é nova pra mim. Quando isso?

–Uma semana após você ter terminado comigo.

Dei-lhe as costas e desci as escadas deixando-o pra trás.

Parei alguns degraus abaixo:

– E aquela sua seninha com a Amanda?

– A Amanda? Ela estava cobrando um sentimento que eu simplesmente nego a qualquer uma que não seja você... Sim, eu fiquei com ela e me arrependo. Tive que aturar as neuroses dela por duas semanas... Até dar no que deu.

–E como você ainda tem a cara de pau de negar que estava com ela no Point?

–Mas eu não fiquei com ela no point... Ela me chamou pra conversar, lá... Como você estava estranha comigo achei que ela iria me dar um conselho feminino, sei lá... Aí ela me pediu pra ficar com ela, eu fiquei com o pé atrás... Ela não é bonita, nem legal. Mas eu estava disposto te esquecer, tentando virar a página.

Na saída ela voltou a falar comigo sobre o assunto, voltou a insistir... Quando eu te vi falando com o Fernando, não pensei duas vezes. Aceitei. Mas nada disso muda o que eu sinto por você...

“Ele me viu conversar com o Fernando? Como eu não o vi?”

–Já não me interessa nada... Quero pensar em tudo que aconteceu hoje, como uma página a ser virada, como você bem disse.

– Não, não faça isso. – Falou ele descendo os degraus... Não esqueça a minha confissão nem o que eu contei sobre o Fernando...

“O que ele contou mesmo sobre o Fernando?”


***



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Notas finais do capítulo

Obrigada!



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