Milady das Trevas escrita por Spooky Nurse


Capítulo 4
Cap. 3 - Não ha como fugir do destino




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*1992 - 18 meses depois da internação

*12 anos e 10 meses

Minha vida era a mais monótona possível. No começo eles permitirão que eu saísse como os outros internos, passeasse pelas instalações e jardins. Todo dia Samanta voltava com um sedativo e mais remédios, ate que um dia eu pirei.

Fazia exato 1 ano que eu estava ali. Hoje seria meu aniversario de 12 anos, mas ao invez de presente recebi a pior noticia de minha vida.

Em uma manha todos começaram a me chamar de esquisita e me olhar estranho, com... medo, eu acho. Eu corri para o banheiro e ao me olhar no espelho vi o motivo, meus olhos estavam novamente azuis, eles estavam tão claros que chegariam facilmente ao branco.

Uma garota com talvez 3 anos a mais que eu entrou no banheiro no mesmo momento e ao me olhar começou a me chamar de estranha, de anormal, o ódio foi tomando conta de mim e eu só queria que ela parasse e fosse embora, então a expressão dela mudou para pavor e ela correu, sem entender nada me virei novamente para o espelho, no mesmo momento cambaleei para trás, meus olhos estavam negros totalmente negros, eu não sabia o que fazer fechei os olhos e abri varias vezes mais aquilo não sumia, então a garota voltou com Samanta e alguns seguranças, eles tentaram vir para cima de mim mas algo os impedia de se aproximar, era como uma barreira invisível em minha frente. Eu já estava me sentindo fraca então desmaiei.

acordei no dia seguinte no quarto. Samanta estava lá.

– Finalmente acordou. - falou ela

– O que quer? - perguntei já estressada por lembrar do dia anterior

– Acabo de receber uma ligação da funerária, sua mãe Joana foi encontrada morta ontem a tarde, suicídio. - disse ela como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Ela falou alguma coisa mas nesse momento eu já estava chorando tanto que eu não ouvia mais nada que ela dizia, não queria ouvir mais nada que ela dizia. Por mais ruim que ela fosse era minha mãe.

–... Madeleine pare! - ouvi Samanta gritando ao longe. levantei a cabeça para olhá-la e ela estava encostada na parede como se estivesse presa, um vento forte entrava pela janela e mesmo com o céu limpo trovoes ecoavam ao longe. Ao redor de Samanta um círculo de fogo começou a se formar. - Madeleine! Socorro! - gritou ela. eu queria parar, mas não conseguia. O fogo estava aumentando, então 3 seguranças entraram no quarto e mais uma vez senti a picada no braço e desmaiei.

Isso foi a exatos 6 meses, e desde então vivo trancada em uma cela acolchoada, - como a de manicômios - esperando um dia poder sair. Ja estou com 12 anos e 10 meses, logo chegara mais um aniversario meu presa neste lugar. Minha esperança de sair foi embora e agora meus olhos mantêm o azul acinzentado diariamente, nunca voltando ao natural.

– Abra a porta estamos entrando. - ouvi a voz de Samanta falando no corredor.

"Estranho, ela nunca aparece ou manda abrir a porta". – pensei

– Ola meu bem. - falou ela como seu tom irônico de sempre

– Fala. - disse a ela

– Esse senhor venho a sua procura e quer falar com você, se comporte, se não ja sabe. - falou ela saindo e fechando a porta me deixando encarando aquele senhor estranho com uma barba longa.

– Ola, sou o Professor Dumbledore, Alvo Dumbledore. - disse ele

– Ola, Sou Madeleine Masen, mas pode me chamar só de Mady. - falei voltando a me sentar na cama.

– Soube de sua historia, e de sua família. sinto muito. - disse ele, eu so dei de ombros, não gostava de falar deles. - E também ouvi dizer sobre seus "ataques".

– Não sei o motivo deles, mas quando fico nervosa, coisas estranhas acontecem. - falei, não sei o motivo mas não senti necessidade de mentir para ele.

– Coisas ruins também? - perguntou ele arqueando uma sobrancelha.

(nota: para quem não lembra Voldemort disse quase a mesma coisa pro Dumbledore, só que ele disse que coisas ruins acontecem, ela diz coisas estranhas).

– não, ruins não, nunca cheguei a machucar ninguém, então é só coisas... estranhas. - respondi

– Bom eu, assim como você, também sei fazer coisas estranhas, e ensino outros como você a controlá-las. Gostaria que viesse comigo, para que eu pudesse ajudá-la. O que acha? - perguntou ele

"Bom, pior que esta não fica não é, pelo menos poderei sair daqui". - pensei

– Tudo bem, vou com você. - respondi. E ao olhar para o lado e encarar o espelho notei que pela primeira vez em muito tempo eu sorri - um sorriso pequeno, mas um sorriso - e ao reparar bem notei meus olhos voltando ao normal devagar.

– O senhor sabe porque meus olhos são assim? - perguntei olhando para ele.

– Sim, mas não se preocupe você entendera tudo que pode fazer, no momento certo. - respondeu ele com um sorriso maroto brincando em seu rosto. - Vou falar com o diretor agora não se preocupe, fique pronta, sairemos daqui ainda hoje. - falou ele indo em direção a porta. eu assenti levemente e ele saiu.

"É, uma nova vida me espera".– pensei enquanto arrumava meu antigo malão.

(..)

Um tempo depois de sair o Professor retornou e me retirou de lá, antes de sair pelo portão só pude distinguir o rosto alegre de Samanta.

Fomos caminhando para um parte distante dos portões do internato.

– Vou levá-la para uma cabana, sim, e para chegarmos mais rápido vamos aparatar, segure meu braço e se prepare a sensação nao é das melhores. - falou ele me estendendo o braço.

Segurei nele e no mesmo instante senti uma sensação estranha no estomago e um puxão no umbigo, quando abri os olhos estávamos em frente a uma casa um tanto diferente mas linda no meio de uma... Montanha!

– Onde estamos? - perguntei olhando ao redor.

– Na montanha mas bem escondida do Canada. - respondeu ele - voce ficará aqui ate atingir 13 anos, pois só ai sua magia estara completa e voce poderá entender tudo que se passa. Tudo bem? - perguntou ele

– Tudo, pelo menos aqui é melhor que o Internato. - respondi

– Venha, ninguém nunca lhe encontrara aqui, esta completamente protegida por magia. - arqueei a sobrancelha - essas coisas estranhas que conseguimos fazer se chama magia, somos o que chamam de bruxos. Nao se preocupe voce ira entender melhor, agora vamos entrar. - entramos na casa ela era simples e aconchegante e bem quente. - Alem de mim, voce e Pok, só entrara aqui qualquer coisa que seja ate mesmo um pássaro se voce convidar.

– Quem é Pok? - perguntei me sentando com ele no sofá

– Pok, será sua elfa domestica, ira fazer tudo para voce e ate mesmo companhia. - ele disse e no mesmo instante uma criaturinha surgiu na minha frente.

– é uma honrra para Pok servir a senhora. - diz ela

– Own, ela é tão lindinha. - falei olhando para ela.

"Só um pouco sujinha, mas darei um jeito nisso". - pensei

– Bom Espero que se sinta bem aqui, eu virei 1 vez na semana para ver como esta, mas tenho certeza que Pok cuidara bem de você, se quiser libertá-la depois basta dar isto a ela. - disse ele me entregando um vestidinho de criança.

– Mas o que isso quer dizer? - perguntei, mas quando olhei para o lado ele ja havia desaparecido. - Professor? - chamei, mas nada. dei de ombros. - Pok.

– Sim, senhora? - perguntou ela fazendo um reverencia

– É... não é por nada não mas, que tal você tomar um banho e me deixar te arrumar? - perguntei

– Claro senhora, como quiser. - falou ela desaparecendo e surgindo 5 min. depois totalmente limpa e com um lençol amarrado ao corpo.

– Isso é para você. - falei entregando o vestido a ela, que arregalou os olhos.

– A senhora esta libertando Pok? - perguntou ela. eu assenti com um sorriso no rosto. - Obrigado Senhora, Pok esta muito feliz por ser libertada, mais Pok que ficar com a senhora. - falou ela pegando o vestido e estralando os dedos colocou ele no corpo.

– Se é o que quer, claro que pode ficar mas como minha amiga, não criada. Por isso me chame de Mady. - falei estendendo a mao para ela

– Como a senho... Mandy quiser. - falou ela sorrindo e apertando minha mao.

"Pelo menos agora posso dizer que não estou mais sozinha"– pensei feliz

– Agora vamos pro meu quarto você vai me ajudar a me arrumar para dormir. - falei puxando ela para as escadas.


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