Depois de mais de 3 horas de gritos Draco caiu na inconsciência.

Com um feitiço de levitação o carreguei ate meus aposentos - já que mesmo como diretora da sonserina eu não posso subir para o dormitório masculino - o deitei em minha cama, conjurei uma roupa limpa – trouxa. Se ele queria se mostrar diferente melhor começar por ai - pra ele e deixei no criado mudo e por cima coloquei um bilhete com os dizeres:

Tome um banho e se troque. Não quero reclamações por causa da roupa só vista.

Se precisar de ajuda com algo chame Pok e peça ajuda a ela.

Você esta nas masmorras então ninguém te vera deixando meus aposentos.

PS: Vá direto para a cadeira ao lado da minha na mesa dos professores, você deixou de ser um aluno de Hogwarts a partir do momento que aceitou seu destino de aprendiz.

M.G.

Dando mais uma olhada nele enquanto ele dormia pensei no porque sentia um carinho tão especial assim por aquele garoto, eu deveria odia-lo por ser um maldito Malfoy, mas simplesmente não conseguia. Fechei a porta com o Maximo de cuidado possível e aparatei na cabana do Canadá dada a mim por Dumbledore, ele estava acordado em seu quadro, como se soubesse que eu chegaria.

– Então encontrou seu aprendiz em Malfoy. – disse ele com aquele inesquecível sorrisinho de quem planejava algo.

– me lembre de cobrir seu quadro em minha sala particular quando eu voltar Alvo. – falei subindo as escadas.

– Sabe que ele pode ser seu Silas, não? – disse ele rindo me fazendo voltar à atenção a ele

– O que quer dizer? – perguntei

– Você pode ser ou tentar ser boa Mady, mas sabemos que você deixaria ou ate ajudaria aqueles alunos se fosse qualquer outro Malfoy. E mesmo se fosse decisão dos deuses você diria não, e não permitiria que ele se tornasse seu aprendiz – disse ele tirando seus oclinhos e os limpando – Você sente que ele tem algo de diferente, algo que te prende a ele. – disse me fitando.

– Velho tolo e prepotente – grunhiu voltando a subir – tinha de ser Griffinorio – gritei já na porta de meu quarto.

Deitei na cama e demorei mais do que esperava para dormir, pensando no que aquele velhote havia dito.

(...)

Acordei cedo, tomei um banho e coloquei uma roupa confortável, um vestido laguinho preto de renda, uma meia calça e tênis all-star, prendi meu cabelo em um coque desleixado, e aparatei na sala de Minerva.

– Mady. Bom dia. – disse ela

– Bom dia Minnie. Venho dizer que encontrei meu aprendiz desta vida. Você conhece as regras, não? – perguntei e ela assentiu – seu nome todos irão descobrir juntos. – ela assentiu e juntas caminhamos ate o grande salão.

Hogwarts como se já soubesse, havia colocado ao meu lado direito uma cadeira onde todos olhavam com curiosidade. Minnie chamou a atenção de todos.

– Atenção, a senhorita Grindelwald tem algo a dizer. – falou ela

– Na verdade, tenho varias coisas a dizer, - falei caminhando mais a frente – mas comecemos com o mais importante. Eu encontrei meu mais novo aprendiz esta noite. – falei e vários murmúrios começaram no salão – todos que conhecem minha historia, sabem o que significa isso. Então dêem boa sorte ao novo aprendiz de “encarnação”, Draco Malfoy – falei e todos me encararam incrédulos ate mesmo os professores.

Neste momento as portas se abriram e revelaram um Malfoy com cabelos molhados e bagunçados uma calça jeans preta, um coturno marrom e uma camisa gola “V” preta. Ele veio andando majestoso como um verdadeiro aprendiz Grindelwald - não sei porque não usei a frase orgulhoso como um Malfoy, acho que é porque odeio vê-lo como um – Ele estava lindo... Fez um aceno com a cabeça cumprimentando a mim e minerva e se postou ao meu lado direito. – pela primeira vez nesses dias aqui vi ele com orgulho de usar uma blusa de manga curta.

– Agora um segundo “comunicado”. Ontem à noite encontrei dois garotos da Griffinoria e um da Corvinal, agredindo meu aprendiz – falei e um “O” coletivo foi ouvido seguido de exclamações – Eu vi no mesmo momento a vergonha que Godric e Rowenna devem estar sentindo, porque descobri o quanto um Corvinal pode ser um imbecil, e o quanto um Griffinorio pode ser um mestiço covarde! – gritei e todos abaixaram a cabeça – E aprendi o quanto um sonserino, ex-comensal pode ser humilde e abaixar a cabeça para apanhar só por querer mostrar que quer mudar. – disse voltando ao normal – Não aceitarei que alguém volte a tratar Draco assim, ele merece o mesmo respeito que vocês dão a mim. Mas se alguém fizer algo, saibam que eu como guardiã das maldiçoes imperdoáveis estou dando a ele total liberdade para usá-las em quem lhe tratar da mesma forma que esses imundos trataram. – terminei e todos me olhavam assustados ou incrédulos. Voltei-me e me sentei ao lado de Minnie e Draco veio ao meu lado com seu habitual sorriso malicioso. – não se ache muito Malfoy, ainda tem muito que aprender. – sussurrei em seu ouvido, e pude jurar que o vi se arrepiar, ele se curvou em direção ao meu ouvido e sussurrou de forma rouca.

– Não vejo a hora de começar a aprender. – disse ele me fazendo estremecer.

Deuses. Estou flertando com meu aprendiz. Isso não pode acontecer, tenho uma maldição para controlar... Mas... Ninguém esta falando de amor...

Fui tirada de meus devaneios por uma visão, um fleche do futuro.

Meus olhos foram clareando ate tudo ficar branco e a imagem do salão mudar para as ruas de Hogsmeed, no relógio do centro marcavam 9h da manha, ouvi um estrondo como de explosão e me virei para trás, vários bruxos encapuzados haviam explodido uma loja de logros, que reconheci como sendo daquela família de ruivos, e depois desaparecendo.

Voltei à realidade e todos me olhavam preocupados, olhei o relógio 8h30, me levantei correndo e nem me importei em quem ouviria.

– Minnie, chame os aurores, e os envie para Hogsmeet o mais rápido possível haverá um ataque lá às 9hs, protejam o castelo, pode ser uma distração. – disse

– quem ira atacar Mandy? – perguntou ela

– Comensais. – falei e todos estremeceram – Draco você vai comigo – disse ele se levantou e veio para meu lado – segure em meu braço, vamos aparatar – foi a ultima coisa que disse antes de desaparecer e aparecer em frente ao Olivaras.

Minutos depois cinco comensais aparataram em frente à gemialidades.

– Agora! – Gritei e juntos mandamos um estuperfaça jogando dois deles longe, quando nos viram lançaram um incendare que eu protegi com um protego, lançando um império fazendo um comensal atacar seu companheiro, enquanto Draco lançou um pretrificus totalus derrubando outro. Então os aurors chegaram.

– Demoraram, eu disse que era urgente. – rosnei

– perdão pela demora Srta Grindelwald. – disse o auror

– Estamos voltando, - e pegando a Mao de Draco aparatei no castelo. – vá descansar preciso falar com Minerva. – disse e ele assentiu

– Boa noite Mady. – disse ele se virando e saindo em direção a torre da sonserina.

Respirei fundo e caminhei ate a sala de Minnie.

– Mady, que bom que voltou – disse ela

– Ola, eu preciso de sua penseira. – comecei – Preciso saber o porquê comensais resolveram atacar.

Ela apontou o lugar onde a penseira estava, joguei a lembrança de um deles e mergulhei.

Eu estava em uma casa, uma mansão, não reconhecia, todos estavam encapuzados.

– Leastrange, porque nos chamou? – perguntou um deles

– Encontrei uma lembrança engarrafada escondida na antiga sala de nosso mestre. Parece que ele esperava morrer e sabia que a encontraríamos. – disse ele

– E o que tinha na lembrança. – perguntou outro

– Ele havia feito uma oitava Horcrux. – disse ele – e temos que encontrá-la.

Aquilo já bastou para que eu saísse de la. Voltei para a sala e Minnie me olhava com curiosidade.

– Eles encontraram um meio de trazê-lo de volta. – falei.

– Trazer quem de volta? – perguntou ela agora com um tom realmente preocupada.

– Voldemort. – disse num sussurro – eles descobriram a existência da oitava Horcrux.