Faça-me Acreditar escrita por Mary N Braga


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, o capítulo está definitivamente grande, mas eu espero que gostem. Recebemos um review já no prólogo! Olha que feliz! Falo lá embaixo sobre isso (é assim que eu vou fazer, se tiver alguém para citar é lá embaixo!).
Enfim, esperoooo que gosteeeeemmmm!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/488757/chapter/2

Peguei meu casaco e as chaves e saí de casa. Depois que tranquei a porta, me virei e olhei em volta. O clima estava úmido e chovia, como sempre. Mas eu estava atrasada, não podia ficar olhando a paisagem que era sempre a mesma aqui em Forks. Então fui andando depressa para a escola - Forks High School.

Diferentemente da paisagem, hoje a escola estava diferente. Por causa dos cinco alunos novos. Uma família, que segundo boatos, vinha de algum lugar do Alasca, e o pai era médico. Todos estavam ansiosos para conhecê-los.

Não havia sinal dos alunos novos até a hora do almoço. Eles só chegaram naquele horário. Demorei para vê-los, já que nunca presto atenção em nada ao meu redor e sempre sento sozinha. Mas quando os vi, eles me pareceram muito familiares.

Todos eram pálidos, tinham olhos escuros - completamente negros - e olheiras fundas. A cor dos cabelos variava.

Então, enquanto eu os observava, em minha cabeça ouve um estalo e eu de repente entendi por que eles eram familiares para mim.

Isso não podia estar acontecendo. Não podia. Não acho que eu suportaria se estivesse...

Então comecei a analisar melhor cada um deles. Da parte mais fácil à mais dolorosa.

Eram três rapazes e duas meninas. Havia uma garota loira, e ela era simplesmente maravilhosa. Seus cabelos dourados caiam como ondas às suas costas. Havia um rapaz olhando para ela. Ele era alto e extremamente musculoso. Tinha cabelos castanho-escuros, quase pretos. Um dos outros garotos era loiro, com leves mechas cor de mel. Perto dele havia uma garota de cabelos pretos e curtos, com pontas para todos os lados. Era baixinha e parecia uma fada. Foi muito ruim - muito doloroso - olhar para ela. Mas eu sabia que a garota não era nem de longe o maior dos problemas. Então me enchi de coragem - ou tentei me encher - e olhei o último garoto.

Ele tinha os cabelos cor de bronze despenteados, mas ainda assim parecia ter saído de um comercial de gel para cabelo. Seu rosto era mais juvenil que o dos outros.

Depois de olhá-lo uma onda de emoções me assaltou - dor, tristeza, raiva. Dor e tristeza por causa das más lembranças que aquela família me causava. Raiva porque nada mais conseguia me lembrar daquilo, mas eles sim. Minha raiva chegava a ser homicida, e eu não aguentava ficar ali. Então me levantei bruscamente saí do refeitório, ignorando os olhares das pessoas sobre mim e fui para a aula de biologia.

Sentei-me em minha típica cadeira, na única mesa em que só uma pessoa se sentava, sem um parceiro de laboratório. Acho que ninguém queria se sentar com uma pessoa anti-social como eu. Sentei de cabeça baixa como sempre, sem olhar par ninguém. Quando o sinal tocou eu ouvi a cadeira ao meu lado ser arrastada. Olhei para o lado e vi o professor - Sr. Banner - pedindo ao meu novo parceiro de laboratório que se sentasse ao meu lado.

– Srta. Swan, este é seu novo colega de laboratório, Sr. Edward Cullen - ele disse, apontando para o garoto com o cabelo cor de bronze.

Não. Não podia ser.

Ele se sentou ao meu lado sem dizer uma única palavra, e percebi que ele estava tremendo um pouco. Tentou ficar afastado de mim o máximo que sua cadeira permitia, e franzia o nariz como se sentisse um cheiro extremamente ruim.

Não me dei ao trabalho de me cheirar. Sabia que não estava fedendo.

Ele olhava para mim com ódio assassino e, em vez de desviar o olhar e me esconder como eu geralmente fazia, sustentei o olhar, tentando mostrar minha aversão e meu nojo por ele, apesar de saber que eram sentimentos injustos.

A aula se arrastou, e eu já não aguentava mais ficar perto dele. Quando o sinal tocou eu já tinha colocado tudo dentro da mochila e me levantei de imediato, mas ele conseguiu ser mais rápido ainda.

Fui para a aula de educação física, onde o Treinador Clapp nos mandou jogar vôlei. Eu, obviamente, caí algumas vezes... E derrubei algumas pessoas... Nada fora do normal.

Quando a aula finalmente acabou, fui direto até a secretaria, falar com a senhora Cope, que trabalhava lá. Eu passava naquela bendita secretaria todos os dias para falar com ela, porque ela era muito simpática comigo, e eu não tinha muito com quem conversar.

Quando entrei naquela salinha apertada e quente, eu vi que ele estava lá. Edward Cullen. O garoto novo, com o cabelo cor de bronze da aula de biologia. Falando com a Sra. Cope. Eu rapidamente entendi o que ele falava, mas eu já sabia o que era mesmo antes de entender. Ele queria trocar o horário de biologia. Que ótimo...

E então, uma garota que não consegui identificar entrou na secretaria, trazendo um vento frio e forte, que espalho meus cabelos por meu rosto, e saiu logo em seguida.

Ele começou a tremer novamente e se virou muito levemente para mim. Ele se voltou novamente para a senhora Cope e disse com a voz apresada, fria, aveludada e saindo entre dentes:

– Deixa para lá então, estou vendo que é impossível, muito obrigado por sua ajuda - e saiu.

Eu fui andando lentamente até o balcão, onde estava a senhora Cope.

– Como foi o seu dia, querida? - ela me perguntou, parecendo feliz por me ver.

– Ótimo. - menti. Ela, obviamente, não acreditou. Talvez por quê ela me conhecesse muito bem. Ou talvez seja por quê eu sempre menti muito mal. Ou as duas coisas...

– Bella, eu sei que algo aconteceu, se não quiser falar tudo bem, mas gostaria que me dissesse. - ela disse com a voz baixa.

– Está tudo bem, não precisa se preocupar - eu assegurei, dando um sorriso que deveria ser confiante. - Até amanhã! - eu disse, e saí da secretaria.

Saí andando até em casa. Era uma caminhada longa, 3 Km. No caminho passei na casa dos Andersons. Fui entrando, já que, como sempre, a porta estava aberta.

– Oi Barty, oi Nora. E aí Alicia?! - cumprimentei todos.

– Oi Bella! - Alicia disse animada. Aquela menininha simplesmente me adorava - o que eu me sentia culpada em constatar, já que eu era a razão de ela morar com os avós. Alicia me abraçou, e tive que me curvar para retribuir o gesto, já que ela era uns trinta centímetros menor que eu.

– Como foi a escola Bella? - Nora perguntou em seu típico tom maternal.

– Soube que cinco alunos novos chegariam hoje. Você os viu? - Barty perguntou antes que eu respondesse à pergunta de Nora.

– Vi - respondi num tom duro que nunca usaria com aquele senhor que tanto cuidou de mim nos últimos cinco anos. Mas ele sabia que quando eu falava daquele jeito, algo estava errado, e era melhor não perguntar, e ele não o fez.

Não me demorei na casa deles, fui logo para a minha. Quando cheguei lá, Jacey já estava vindo em minha direção com uma garrafa de água na boca, como ela sempre faz, e abanou seu rabo de Pastor Alemão.

Jacey é o melhor cachorro do mundo. Desde que aquilo aconteceu, e só sobramos nós duas nessa casa, ela tem sido como um ser humano. Extremamente inteligente, consegue fazer coisas que nunca vi um animal fazer. Ela era simplesmente incrível; conseguia abrir o armário da cozinha e pegar o próprio saco de ração quando eu esquecia de dar comida à ela. Ela sempre conseguia me alegrar quando esse tipo de tristeza se instalava em mim.

Mas hoje nem ela nem ninguém seria capaz de tal proeza.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eeee então meu povo? O que acharam? Continuo? Paro? Blá-blá-blá...?!
Enfim, obrigada Sara Oliveira, pelo review no prólogo. Bjs para você sua linda!
Podem ser lindos que nem ela e deixar um review também?
— Mary.