Gallifrey's Song. escrita por Time Lady
Rose não mostrou para Doctor o boneco em forma de lobo. Também pegou o berço que ficava ali, em frente ao painel da Tardis, e escondeu. Não precisava que o berço te lembrasse que seu filho estava desaparecido.
A Tardis fez seu habitual barulho de aterrizagem.
"E lá vamos nós novamente." Pensou Doctor, quase entediado por passar por tantos lugares e não ter uma explicação para o sumiço de seu filho. Pelo menos Rose tinha parado de chorar, Amelia Pond tinha feito um bom trabalho. Isso ele admirava.
Abriu a porta da Tardis e assim que colocou o pé pro lado de fora, entrou num campo florido. Havia intervalos engraçados entre os diversos tipos de flores que tinha ali, e num espaço maior, tinha uma mulher ruiva e um senhor, sentados em cadeiras de praia, com um telescópio a frente.
Doctor e Rose se encararam. Ela deu de ombros, passando por Doctor e indo em direção aos dois estranhos.
– Com licença. - ela disse. - Podem nos dizer quem são vocês?
– Oh, mas eles já chegaram! - Exclamou o Senhor.
– Ah, claro vovô. Estavam perto o suficiente para aterrizagem quando os vimos pelo telescópio. - A mulher ruiva respondeu. - E você não ouviu o barulho da Tardis? Está precisando de alguns cotonetes...
– Olha, estamos procurando nosso filho... - Interrompeu Doctor.
– É claro que estão, Doctor! - Interveio a mulher ruiva. - Caso não se lembre, e não vou ficar chateada por isso, sou Donna. - Ela esticou a mão em direção a Doctor. - Noble. Donna Noble. Noble mesmo, é. E esse é o vovô, Wilfrey.
– Tudo bem, prazer em conhecê-los. Mas, poderiam me explicar o por que minha Tardis está fazendo viagens aleatórias sem o meu comando? E por que vocês, criaturas do meu futuro que, consequentemente, não é mais meu futuro estão fazendo nesses lugares pra onde a Tardis nos leva?
Donna Noble suspirou e olhou para seu avô. O mesmo fez um sinal positivo com a cabeça e ela se levantou da cadeira de praia.
– Esse lance todo de "criaturas do seu futuro que não é mais seu futuro" - Ela sinalizou as aspas com as mãos. - eu infelizmente não posso explicar, porque até eu mesma nunca entendi. - Deu de ombros. - Mas uma coisa eu te digo, Doctor... Essas viagens não são a toa. Foi tudo programado. Por que acha que quando você chega até nós, nós já sabemos quem é você?
– Poderíamos perguntar: Doctor quem? - Disse Wilfrey.
Donna riu.
– Ótima piada, vovô. - Virou-se pra bater a mão na dele.
– Quanto ao nosso filho? Por que o pegaram?
– Oh, Rose. Você é sempre tão doce. - Donna se aproximou de Rose, pegando as mãos dela. - Você vai ver seu filho em breve. Ele estará tão lindo que você mal vai acreditar! - Sorriu para Rose e apertou suas mãos. - Não desanime, e não deixe o pavor dominar você. Assim você está sendo ótima. Não perca o foco. Você vai encontrá-lo.
Doctor dirigiu-se a Wilfrey.
– Você não pode me dar informações mais concretas? Eu realmente estou ficando louco sem saber de nada.
– O que você quer saber, meu caro Doctor?
Ele deu um suspiro.
– Eu andei só, Wilfrey. Martha foi embora, mas as coisas já estavam ruins antes mesmo disso acontecer. Eu perdi Rose Tyler, e quando a tive de volta não pensei duas vezes em deixar que ela ficasse. Eu errei não indo atrás de quem a mandou. Preciso saber quem a enviou de volta e porquê, preciso saber algo sobre essa maldita profecia que ninguém nunca me conta nada, preciso saber o porque tudo isso está acontecendo, e acima de tudo, eu preciso saber onde está o meu filho.
Doctor olhou para o chão, ao terminar. Wilfrey levantou-se lentamente da cadeira e colocou a mão no ombro dele.
– Escute, Doctor. - Wilfrey começou. - Você vai encontrar seu filho. Não do jeito que esperava encontrá-lo, mas vai encontrar. Isso já aconteceu isso antes, no seu futuro que você escolheu não viver. Não fomos instruídos a te contar nada, mesmo sabendo de algumas coisas. Você vai descobrir sozinho. Você é tão esperto...
Wilfrey deu um soquinho no peito de Doctor.
– Posso te falar uma única coisa, Doctor.
– O que?
– Só mais uma vez. Não mais. Essa e mais uma viagem e você terá seu filho de volta, e a maioria das suas perguntas respondidas.
Donna adorava Rose. Já tinham se conhecido antes, no passado que o Doctor não vivera, e ela também tinha voltado do universo paralelo. Mas não desse jeito. Rose chamava Donna de "a mulher mais importante do mundo", o que era engraçado, porque nesse instante, quem era a mulher mais importante do mundo era ela, Rose Tyler. Mãe do grande Baron.
Donna tinha mais informações. Mas só estava ali para acalmar Rose, não para despertá-la. Ela era uma jovem sensível e não merecia ser assustada com histórias como: "Seu filho é o alien-humano mais importante do mundo inteiro".
Dessa vez foi uma viagem tranquila. Mas não ficaram muito. A Tardis já está fazendo seu baralho sozinha quando entraram dentro dela. Donna segurou a mão de Rose por um instante e a abraçou.
– Não esqueça quem você é. - Donna sussurrou em seu ouvido.
As coisas estavam fazendo menos sentido a cada lugar onde paravam.
Já dentro da Tardis, Rose suspirou e tratou de não se desesperar, não chorar. Se manter firme, como Donna tinha aconselhado.
– Muito bem, qual era o vídeo que a Amy falou? - Perguntou a Doctor, cruzando os braços na altura do peito.
Doctor sentou meio tenso no banco da Tardis e olhou para Rose, depois desviou o olhar para o chão.
– Quando estávamos na França...
Ele começou. E contou tudo a ela. Tudo mesmo. Não precisava esconder mais nada dela. Achava até desnecessário, estavam nessa juntos. Rose era mais que simplesmente sua companheira. Deixara de ser faz tempo. Havia se tornado a sua mulher, sua confidente.
A reação dela foi imediata. Como ele esperava.
– Por que não me contou?
– Eu não podia... Rose...
Ela parecia que ia chorar, saiu correndo em direção a cozinha da Tardis quando trombou com um estranho.
O queixo de Doctor caiu.
– Não...
– Olá. - O estranho disse.
– Não... O cara de gravata borboleta não! - Doctor disse.
O cara de gravata borboleta sorriu e arrumou a mesma.
– Quem é você? - Perguntou Rose.
– Minha cara Rose Tyler, eu sou o Doctor.
Rose olhou para o seu Doctor ainda sentado no banco da Tardis. Ele fez uma careta.
– Ele sou eu. - Balançou a cabeça. - Na minha décima primeira regeneração. - Suspirou. - O que faz aqui? - Foi tudo o que perguntou.
– Vim ajudá-lo a encontrar o pequeno Barry. Seu filho. - Silenciou-se por um momento, pensativo. - Ou seria nosso filho? - E fez um sinal abrangente.
Doctor simplesmente bateu a cabeça no painel de controle da Tardis incapaz de acreditar naquilo que estava vendo, enquanto Rose ainda buscava respostas que se encaixaram naquilo, principalmente para o cara de gravata borboleta em sua frente.
Era alto. Rose ergueu a cabeça para olhá-lo e ele sorriu e piscou para ela, dirigindo-se ao painel de controle da Tardis.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Fim de mais um capítulo, YAY! Barry Tyler is coming!
Queria comentar uma coisa com vocês... Decidi escrever uma original/romance. Vai se chamar Jean and Julian. Quando estiver pronta, posto o link pra vocês aqui.
Espero que quem goste de uma história onde tudo fica contra a protagonista, dê uma olhadinha haha. Obrigada por estarem sempre comigo. Um beijo e allons-y!
P.S.: Também estava pensando em renomear os capítulos. Em vez dos números, colocar nome neles. O que acham?