Gallifrey's Song. escrita por Time Lady


Capítulo 15
15.


Notas iniciais do capítulo

Queria dizer uma coisa: Bem vindos novos leitores! Obrigada por favoritarem e acompanharem a história. Fico muito grata com isso. Mais do que as visualizações, os favoritos, os comentários, são mais importantes pra mim. Porque assim, posso me aproximar de vocês. Comentem bastante, para que eu possa a cada capítulo agradar mais e mais vocês. Obrigada por lerem e estarem acompanhando. Leio todos os comentários com carinho e alguns que não respondo, peço desculpas. As vezes não tenho tempo e/ou esqueço. Mas são todos importantes e fico muito agradecida, de verdade. Se não fossem vocês, a fic teria "morrido" a muito tempo. Se continuarmos desse jeito, com mais comentários e mais gente acompanhando, Gallifrey's Song chega facilmente aos 30, 40 capitulos. Hahahaha. Porque a aventura nunca para, não é mesmo? Um beijo, sweeties.



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– Acho que aterrizou.

Doctor levantou os olhos. Ainda estava com Rose Tyler nos braços. Tinha adormecido, porém seus olhos continuavam inchados e seu rosto ainda estava molhado por causa das lágrimas.

River com certeza tinha retardado o processo de viagem de tempo e espaço da Tardis. Pelo menos dessa vez. Nunca sua velha máquina do tempo demoraria tanto tempo (A ponto de alguém dormir! Doctor se sentiria ofendido com isso em outras ocasiões) para sua aterrizagem.

Tentou ajeitar Rose no banco da Tardis da maneira mais confortável que pôde e olhou diretamente para o berço de Barry.

Desejaria que seus olhos ardessem em fogo no momento em que o viu. O próprio berço. O berço que lhe pertencera agora era de Barry, e seu filho não estava ali.

Se aproximou em passos lentos do berço e passou os dedos pela madeira. As primeiras galáxias que viu fora daquele berço. As primeiras galáxias de Barry.

Examinou o berço por um longo tempo antes de decidir sair da Tardis. Alguém estava a sua espera e ele odiava esperar, não podia fazer com que esperasse por ele também.

Assim que saiu da Tardis, percebeu que ela estava dentro de uma casa, aterrizada ao lado da geladeira.

– Oh, finalmente. Você sempre se atrasa.

Escutou uma voz. A porta da geladeira se fechou e Doctor viu um garota ruiva segurando uma bandeja nas mãos.

– Hmmm, desculpe.

– Esse seu topete te deixa com um ar mais rebelde, menos comportado e chato. - Ela fez um biquinho. - Gostei. Tirou aquela gravata borboleta. Ótimo isso também. Sinceramente, eu achava meio fora de moda. Mesmo pra você.

A garota ruiva foi andando pela cozinha, aparentava estar fazendo a janta. Um rapaz apareceu na porta e vestia roupas de hospital.

– Rory!

Ela exclamou e lançou-se para os braços do rapaz. Se beijaram brevemente.

Doctor tossiu.

– Você é Amelia!

Ela fez uma careta.

– Atualmente, Amy. Você não perde uma oportunidade para me chamar de Amelia.

Rory levantou as sobrancelhas.

– Ele é o Doctor?

Amy fez que sim com a cabeça enquanto passava por ele com uma luva e ia direto para o forno.

– Tipo, você sabe, O Doctor?

– Sim, Rory. O Doctor. Nosso Doctor.

– Mas ele está sem...

Rory fez um gesto indicando a gravata borboleta.

– É. - Amy respondeu. - Bem melhor assim, não acha?

Doctor estava ficando incomodado.

– River Song me mandou aqui.

– É claro que mandou. - Amy riu. - Vamos conversar após o jantar.

Doctor trocou um olhar com Rory, que deu de ombros. Amy observava os dois.

– Agora vá chamar Rose, anda anda!

Ela estava com um pano de prato nas mãos, espantando Doctor da cozinha para Tardis.

– Ok.

Levantou as mãos e tratou de entrar novamente na Tardis.

Rose ainda estava adormecida, um de seus braços pendia para fora do banco. Ele se agachou na frente dela e suspirou. Passou os dedos pelo rosto dela e a chamou baixinho.

Parecia que estava despertando de um sonho. Estava com Barry, mas logo o perdia... Um sonho ruim. Mas quando acordou e seu momento grogue passou, Rose percebeu que não era só um sonho ruim. Era a realidade das coisas. Tudo estava fora do lugar. E talvez seja ela quem teria armado esse circo todo.

Mesmo depois de abrir os olhos, Doctor ainda continuava passando a mão em seu rosto. Mas nada poderia acalmá-la agora. Barry havia sumido.

– Achou Barry?

Os olhos cheios de esperança de Rose machucaram Doctor. Ele teve que esperar um minuto antes de balançar a cabeça e abaixar os olhos, fitando seus próprios pés.

Rose estava prestes a chorar, mas segurou a mão dele em seu rosto e engoliu o choro. Precisava ser mais forte do que emocional agora.

– Como vamos achá-lo?

– Não faço ideia. - Doctor coçou as têmporas. - Não tenho mais certeza de nada. E são tantas coisas pra resolver...

Ele precisava se concentrar. Nada tirava da mente de Doctor que tudo aquilo era consequência de seus próprios atos, de suas próprias escolhas. Tinha que pagar um preço por deixar a vida de um Senhor do Tempo para ser pai. Era esse o preço. Não ser mais pai. E estar confuso, mais do que jamais esteve.

– Droga. - Voltou a dizer. - Estou ficando velho.

Rose tocou o rosto dele. Por mais que fossem diferentes, estavam juntos nessa. Sempre estiveram, mas agora era pessoal. Era mais do que salvar o mundo. Era salvar seu filho. De quem quer que seja.

Doctor apertou a mão dela em seu rosto. Era bom sentir o calor humano que vinha dela. Antes que sua mente pudesse vagar, ele se lembrou que tinham um compromisso fora da Tardis.

– Venha. Acho que alguém pode nos ajudar.

Amy ficou fascinada com Rose. Tentava fazê-la rir o tempo todo, em meio a uma grande tristeza. O jantar todo fora assim, até terminarem e Amy e Rory tirarem a mesa. Rose lançou um olhar duvidoso a Doctor, o mesmo esticou as mãos e pegou as dela.

– Bom, - começou Amy. - vamos ao que interessa.

Rory estava em pé com as mãos nos ombros de Amy. Parecia seu protetor. Tinha os olhos cansados, mas ainda sim apaixonados por aquela ruiva de uma aparência que transbordava hiperatividade e confiança de si mesma.

Amy juntou as mãos e começou a falar.

– River o mandou, eu sei. Você vai passar por isso Doctor. Encontrar todo mundo que viu naquele vídeo desnecessário.

– Qual vídeo? - Rose perguntou, olhando para Doctor.

– Ohh, ela não sabe. - Disse Amy.

– Depois nós falamos sobre isso, Rose. - Ele apertou a mão dela. - Prossiga, Amelia.

– É... Pois é, você vai ver todo mundo. River foi só a primeira. Não sei exatamente a ordem, mas verá todos nós. Já entendeu essa parte, é...

Rory apertou os ombros de Amy. Seja lá o que sairia da boca dela agora, seria importante.

– Seu filho foi roubado não foi?

Rose se ajeitou na cadeira, mas não falou nada.

– Eu sei pelo que está passando Rose, eu também perdi o meu bebê. Não perdi, na verdade. Não foi descuido meu. Como você, me tiraram o meu bebê quando ele era tão pequeno...

Amy esticou a mão e colocou por cima da mão de Rose, que ainda estava grudada na mão de Doctor.

– O que quero dizer é que, ele só pegou o caminho mais longo.

– Foi o que River disse... - Doctor disse. – Qual o intuito em fazer com que a Tardis me faça encontrar com todos vocês?

– No fim, você vai achar quem deve achar, Doctor.

– Vocês nunca falam coisa com coisa. - Doctor bateu na mesa.

Amy, Rory e até mesmo Rose deram um pulo.

Doctor entrou batendo o pé dentro da Tardis. Amy olhou compreensiva para Rose que encarava a mesa, sem nenhuma reação.

Por fim, ela levantou em silêncio e caminhou até a Tardis. Antes dela abrir a porta, se virou e procurou Amy para agradecer o jantar. Eram tempos difíceis, mas uma boa educação sempre era bem vinda.

Amy voltou pra cozinha correndo com um pequeno boneco de pano do tamanho da sua mão e entregou para Rose.

Rose encarou o boneco. Era em forma de lobo. Voltou o olhar para Amy, que sorriu e apertou o boneco em sua mão. Elas se abraçaram.

– Só queria dizer que eu sei realmente o que você está passando. Aguente firme. Vai passar. Eu te prometo.

Rose concordou com a cabeça e entrou na Tardis. Antes de fechar a porta, a última imagem que viu foi Rory abraçar Amy e beijar o topo de sua cabeça.

Ela apertou o boneco de pano em formato de lobo contra o peito e se permitiu a chorar.

Depois de secar as lágrimas do rosto, ergueu o boneco e percebeu que ele tinha letras minúsculas gravadas na lateral de sua perna esquerda.

"Barry voltará. Eu prometo."


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