Who Will Save Your Soul? escrita por Beatrix Kiddo


Capítulo 3
Edward


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que perderam um tempinho lendo e deixando um comentário no capítulo passado *-*
Espero que gostem! :)



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A chuva caía fria lá fora. As gotinhas de água batiam contra o vidro do carro, fazendo caminhos tortuosos por onde escorriam, até atingirem o asfalto molhado e se perderem para sempre. Confirmando as minhas expectativas, o trânsito fluía tranquilo e sem maiores contratempos. Havia poucos carros na estrada, mesmo no percurso em que era necessário pegar uma parte da rodovia. Renesmee estava sentada no banco do carona, o qual ela tinha recostado o máximo possível. Seus pés apoiavam-se no estofado do banco, da mesma maneira preguiçosa que Bella tinha o hábito de fazer. O rádio estava ligado em uma estação qualquer e enchia o interior do carro com música enquanto eu dirigia pelas ruas estreitas de Mystic Falls.

Nós havíamos nos mudado há uma semana para esta cidade, mas só agora éramos oficialmente cidadãos do município. Carlisle tinha conseguido um emprego no pequeno hospital da cidade e nós estávamos finalmente matriculados na única escola do lugar. Era meio irônico parar para pensar em como a nossa vida parecia seguir um ciclo que nunca se alterava.

Logo após a fatídica morte de Bella nos mudamos para a Antártida, o mais longe possível a fim de preservar a Nessie de eventuais perigos. Os lobos de La Push deixaram bem claro que não éramos mais bem vindos em Forks e que deveríamos partir o quanto antes. Nós nunca tivemos problemas enquanto o tratado esteve de pé, mas depois que Bella morreu, Jacob ficou enlouquecido pela dor e seus companheiros de alcateia foram solidários a ele. Jacob usou o ódio que nutria por mim e minha família para desfazer o acordo firmado há muitos anos com o patriarca do clã Black. Na verdade, o maior motivo para ele nos querer longe era Nessie. Ele a culpava por todo o sofrimento que foi infligido à Bella e por toda a dor que a morte dela ocasionou a ele e a Charlie. Os lobos também temiam que Renesmee fosse alguma criatura perigosa, pois não havia notícias de no que resultaria o nascimento de um híbrido de vampiro e humano. Para mim não era uma ideia de todo má ser morto, mas eu não poderia me deixar guiar por pensamentos egoístas, minha família já havia sofrido o suficiente com as minhas escolhas infelizes.

Ficamos um pouco na Antártida, até Nessie atingir a forma adulta, depois nos mudamos para vários lugares diferentes, até chegarmos ao Estado da Virgínia, na minúscula Mystic Falls. A cidade trazia muitas semelhanças com Forks, mais até do que eu gostaria. Aqui era perceptível que a população era bem mais ligada em antigas tradições. Era muito comum encontrar guirlandas de filipêndulas nas portas das residências ou verbena misturada em água eou escondida em joias e bijuterias. Fiquei meio apreensivo no início, mas Alice não viu nada que pudesse nos prejudicar, então optamos por permanecer por aqui.

Às vezes era deprimente pensar em como a imortalidade podia ser tediosa. Era a enésima vez que eu frequentaria o ensino médio e isso era um pesadelo. Nessie pensava exatamente como eu e soltava um gemido de frustração a cada vez que ouvia falar de escola. Mas não tínhamos muita escolha, quanto mais cedo começamos num lugar, mais tempo continuaremos nele.

Fiz a volta na rotatória e finalmente avistei o prédio da única escola de Mystic Falls. Meus irmãos seguiam logo atrás de mim. Eu dirigia um Mercedez, razão pela qual chamava a atenção a cada nova esquina ultrapassada. O estacionamento estava relativamente vazio e não tive dificuldades para encontrar uma vaga. Renesmee retirou o cinto e saltou para fora assim que parei o carro. Fiz o mesmo, colocando o casaco logo que deixei o interior do veículo. Ainda que eu não sentisse frio, precisava manter as aparências. Uma rajada de vento soprou forte contra nós, fazendo com que os cabelos de Nessie se espalhassem como uma cortina de fios acobreados.

Passamos na secretaria para buscar os horários das aulas e vimos tudo se repetir. Os alunos nos olhavam com curiosidade e admiração. Sussurros, suspiros, gemidos e pensamentos obscenos em relação a mim e à minha família.

“Humanos conseguem ser tão previsíveis às vezes” - Dei um suspiro de cansaço. Alice riu e deu um tapinha em minhas costas.

“Fica tranquilo irmão, não vai ser diferente das outras vezes” – Murmurou minha irmã mais nova. Eu não sabia se aquilo era para me animar ou me deixar mais desanimado.

Quando chegamos ao corredor, o movimento de alunos era bem maior e a chateação também. Às vezes ouvir pensamentos era um saco.

Minha primeira aula era de Italiano. Eu, Rosalie, Jasper e Emmett estávamos no último ano e Nessie e Alice estavam no segundo ano. Cada um foi para uma sala e nos veríamos apenas na hora do intervalo.

Quando fui em direção à minha sala, um pouco antes de chegar topei com um cara alto e de porte forte. Ele me encarou na hora em que nos esbarramos. Seus olhos eram muito azuis e não mostraram qualquer cortesia. Ele trazia alguns livros nas mãos que certamente teriam ido ao chão com o impacto, mas em uma velocidade inumana conseguiu tirá-los da rota de colisão, fazendo que apenas nossos corpos se esbarrassem brevemente. Se eu não tivesse uma visão perfeita, com certeza não teria conseguido enxergar o movimento rápido que ele fez. Não sei se ele percebeu que eu pude ver o acontecido, mas se percebeu, não pareceu se importar. Após o pequeno contato, seus olhos azuis, que traziam um brilho sombrio e desafiador, miraram os meus por um mínimo intervalo de segundos. Não sei o que ele encontrou, pois um segundo depois já tinha tomado seu caminho. Ele não se desculpou, apenas murmurou muito baixo algo como “olhe por onde anda idiota”.

De onde surgiu esse cara?” – Consegui ouvir sua mente dizer. Fiquei atento ao fato de que em momento algum ele deu importância a minha temperatura corporal ou a rigidez do meu braço. Fiquei alguns instantes parado onde estava apenas olhando o estranho se afastar. Parecia que eu não era o único que tinha segredos por aqui. Senti um arrepio ao pensar em Renesmee, talvez pudesse ser alguma criatura enviada pelos Volturi para capturar ou fazer algum mal a minha filha. Era pouco provável, mas mesmo assim não deixava de ser suspeito. Alice não havia visto nada, mas eu não poderia arriscar. Aquele cara estava longe de ser humano e também não parecia ser um vampiro.

“Hey, tá perdido?” – Estava tão distraído que sequer notei a garota loira e sorridente parada a meu lado. Passei a mão nos cabelos, totalmente sem graça ao ler os pensamentos dela.

“Own, que cara gato! Não sabia que seria tão bom ter alunos novatos”

Se eu tivesse um pouco mais de juízo, evitaria qualquer tipo de aproximação com humanos. No entanto, agora já era um pouco tarde para ignorar a menina.

“Não, só pensei ter esquecido alguma coisa no carro” – Disse a primeira besteira que me veio à cabeça. Dei um sorriso para tentar ser simpático. Pareceu fazer efeito, pois o coração da humana aumentou subitamente suas palpitações.

“Que sorriso! OMG!”

“ Você deve ser Edward Cullen, certo?” – Olhei para ela assustado. Eu tinha visto em seus pensamentos que a nossa chegada já era esperada, mas eu precisava disfarçar.

“Como sabe?”

Ela deu de ombros.

“ Todos estávamos esperando por vocês. O Dr. Cullen é bem famoso por essas bandas”.

“Ah sim” – Respondi.

“Famoso pela capacidade adotar filhos bonitos, claro” – Sua mente gritou.

Eu queria fugir daquela situação inesperada o quanto antes, então dei dois passos para frente, torcendo para que seu cérebro limitado entendesse a deixa.

“ Er... eu já vou indo então” – Sua face mostrou um relapso de incredulidade ,que depois fora substituído por uma máscara de solicitude.

“Quer que eu te acompanhe? Para o caso de você se perder. – Fez um biquinho manhoso. Quase tive uma crise de asco. Cara, isso não poderia estar acontecendo comigo.

“Não precisa, de verdade”.

“Ok, te vejo depois então, Edward” – Disse sensualmente, enquanto eu seguia na direção oposta à dela. A entonação com que ela pronunciou meu nome fez com que uma careta automática se formasse em meu rosto.

“Ah, eu sou Caroline.” – Ouvi sua voz seguida de passos rápidos, ela veio correndo até mim. Antes que ela conseguisse tocar em meu braço, virei o corpo e impedi que sua mão me segurasse. No primeiro momento ela recuou, seu coração bateu um pouco mais rápido e suas pupilas se dilataram. Eu a tinha assustado. Sua mente não era tão irracional quanto eu pensei, afinal ela tinha instinto de sobrevivência. Mas logo depois seu sorriso, que julguei ser uma tentativa de me seduzir, já estava a postos.

Humanos são criaturas estúpidas.

“Sou Caroline Forbes. Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa mesmo, pode me procurar! Uma amiga, conselheira, um ombro pra chorar... pode contar comigo, tá?” – Sorri amarelo, fingindo não entender a duplicidade de sentidos da frase e nem o fato de ela estar se jogando descaradamente pra cima de mim.

Fiz que sim com a cabeça e desapareci o mais rápido que pude daquele corredor. Finalmente cheguei à sala de Italiano. A professora, que já devia estar na casa dos cinquenta anos, me deu as boas vindas e apontou um lugar para que eu me sentasse. A sala estava bem vazia e só depois eu descobri que aquela não era uma matéria obrigatória. Enfim, a aula foi até legal e não tive qualquer problema.

Quando o sinal bateu para o intervalo, reuni os meus objetos e fui para o refeitório. Encontrei Renesmee apoiada na parede do corredor esperando por mim. Ela estava entediada e isso me fez sorrir.

“Como foi a aula?” – Perguntei, já sabendo a resposta.

“Chata” – Respondeu sem ânimo.

“Venha, você precisa comer” – Passei o braço por seus ombros e fui nos conduzindo para dentro do recinto. A menção da palavra comer fez com que arrepios passassem por seu corpo. Minha filha odiava alimentos humanos e eu entendia perfeitamente o porquê.

Assim que passamos pela porta, as atenções pareceram se voltar para nossas figuras. Renesmee abaixou a cabeça, constrangida. Meus irmãos já estavam lá e tinham escolhido uma mesa mais afastada. Nos sentamos com eles, sem que eu me preocupasse em pegar uma bandeja de comida, como havia sido feito por Rosalie, Emmett e Alice.

Renesmee tinha uma garrafinha de soda entre as mãos e brincava distraída com a tampinha.

“Como está sendo o primeiro dia de aula, Edward?” – Alice perguntou.

Olhei bem para sua cara e respondi sem qualquer humor.

“Normal e estranho. As pessoas desse lugar são realmente esquisitas.”

Emmett riu.

“Nós mal começamos e as garotas já estão dando em cima de você, Ed?” – Brincou. Renesmee riu e eu acabei rindo junto.

“Porque você disse que as pessoas aqui são estranhas?” – Jasper perguntou. Diferente dos outros, ele não estava muito confortável com a conversa.

“Não sei, encontrei um cara muito estranho no corredor. Nós acabamos nos esbarrando e ele conseguiu desviar os livros que eles carregava, tão rapidamente, que se eu não tivesse uma visão perfeita, não teria sido capaz de acompanhar”. – Alice franziu o cenho, pensando sobre o fato de ela não ter visto nada disso. Jasper comprimiu os lábios.

“ Você acha que ele era um vampiro?”

“Acho que não, pois eu consegui ouvir as batidas do coração dele. Mas definitivamente ele não é humano.”

Nossa mesa, que até pouco tempo era descontraída, tornou-se tensa. Trocamos olhares preocupados e logo depois olhamos para Renesmee, que se mantinha calada e alheia à conversa.

Ouvimos um barulho num lugar próximo e logo reconheci o cara estranho que eu havia visto no corredor. Ele estava sentado em uma mesa, junto a mais duas pessoas. Um garoto tão alto quanto ele, só que com cabelos mais claros e olhos puxados para o verde. E também havia uma garota, ela tinha a pele negra, cabelos cacheados na altura dos ombros e olhos cor de mel. Eles conversavam sobre o baile de primavera. A menina parecia empolgada com a ideia de que seriam as garotas quem convidariam os garotos. Em algum momento da conversa, entretanto, nossos olhares se cruzaram. Primeiro ele fechou a cara e logo depois abriu um sorriso provocador. Os outros que se sentavam com ele perceberam a tensão e olharam para nossa mesa também.

“Quem é ele, Damon?” – Perguntou o outro.

“Um idiota” – O moreno, que descobri se chamar Damon, respondeu.

Meus irmãos prestavam atenção no que estava se passando. Jasper fez a pergunta óbvia que estava na cabeça de todos.

“ É ele?”

“O próprio” – Respondi, sem nunca deixar de olhar pra lá.

Não sei quanto tempo se passou desde então. Eu não tinha a mínima pretensão de desviar os olhos, mas um barulho alto de porta sendo aberta me chamou a atenção para a entrada do refeitório.

Um garoto loiro alto e musculoso entrou acompanhado de uma garota bem mais baixa que ele. O rapaz era tão troncudo que a menina se escondia em seu abraço de urso. A única coisa que eu podia enxergar era que o cabelo dela era castanho, liso e muito comprido. O loiro olhou na direção da mesa de Damon e acenou.

“Alunos novos” – Ele murmurou para a garota.

O que me deixou sem fala, no entanto, foi ver o que se passava na mente do garoto loiro, da garota negra, do estranho de cabelos claros e de Damon. Era o rosto de Bella! Ou pelo menos, um rosto muito, mas muito parecido mesmo, exceto pelos olhos verdes que substituíam os cor de chocolate que eu tanto amava. Congelei com o que veio a seguir.

“Cara, a primeira vampira míope da história, tenho certeza” – O loiro disse em tom de zombaria para a menina. “Bem que dizem que olho claro dá mais problema”. Damon riu tão alto que me perguntei se era culpa da minha audição muito desenvolvida, ou do fato de ele ter achado tanto graça naquilo a ponto de rir daquele jeito.

Então eles eram vampiros! Mas como isso era possível? A primeira vista, eles pareciam bem humanos. Olhei para os lados, só para ter a certeza de que meus irmãos estavam cientes da situação. Seriam enviados dos Volturi? Instintivamente, passei o braço pelos ombros de Nessie.

Pude ver um punho pequeno se chocando contra o ombro do grandão, que riu e puxou o braço da garota na direção da mesa de Damon. Quando finalmente o loiro libertou a menina de seus braços, ouvi um suspiro de choque e surpresa sair da boca de Alice. Emmett disse algo como “OMG” e Rosalie teve um acesso de tosse. Eu devo ter ficado com uma cara muito incrédula, pois senti a mão de Nessie apertando a minha com força.

“Não pode ser verdade” – Alice disse perplexa com a visão. A garota que acabara de se juntar a mesa que observávamos há poucos minutos atrás, era a mesma que eu havia visto na mente de todos que ali se sentavam. Era o mesmo rosto de Bella, o mesmo rosto com formato de coração que eu tinha visto desfalecer a mais de 30 anos. A mesma pele pálida, com aparência doentia, os mesmo lábios sem cor, a mesma cor de cabelo, ainda que os da garota a minha frente fossem mais compridos e lisos. Ela olhou pra nossa mesa, estreitou os olhos, como se tivesse alguma dificuldade para enxergar o que estava à sua frente. Não esboçou qualquer reação, virando-se para seus companheiros e conversando alguma coisa. Na hora me veio a frase que o loiro dissera “vampira míope”, talvez ela realmente não tenha nos visto, afinal.

O que me chamou a atenção, no entanto, foi a cor dos olhos dela. Não eram os olhos chocolates que eu esperava, mas sim olhos verdes, muito verdes. Talvez a única coisa que me fizesse lembrar que aquela não era Bella e crer que eu não estava sonhando.

Eles trocaram mais algumas palavras, mas minha mente já não conseguia se ligar a mais nada que não fosse na menina dos olhos verdes.

“Eles não param de olhar para a Eva, você quer dizer” – Damon falou com a voz modulada por precaução. A única coisa que eu absorvi, porém, foi o nome que ele a chamou.

Eva. Eva. Eva. Eva.

A garota se chamava Eva afinal de contas.

“Wow” – Emmett suspirou afetado.

Um garoto mais novo tocou Eva nos ombros e depois juntou-se a eles na mesa. Percebi que ele olhava fascinado para Renesmee, a qual apenas revirou os olhos. Minha filha também olhava para Eva com curiosidade. Suas emoções estavam bagunçadas, exatamente como seus pensamentos. Memórias passadas que ela tinha de Bella se misturavam com a visão de Eva. Seus olhos me encararam angustiados.

“ O que está acontecendo, papai?” - Eu gostaria de tranquilizá-la, mas eu não tinha uma resposta para sua pergunta e nem sabia se teria algum dia.

Uma rajada de vento entrou pela janela, fazendo com que os cabelos de Nessie fossem soprados. Eu estava muito atento às reações de Eva e quase não acreditei quando vi o efeito que o cheiro de Nessie teve sobre ela. Vi com nitidez as feições de seu rosto se alterando lentamente na medida em que ela inalava o aroma. Desde que eu tinha visto a morena de olhos verdes, havia me esquecido de que todos naquela mesa eram vampiros e que Nessie, por mais que fosse uma híbrida, tinha sangue correndo nas veias. E um sangue tão apetitoso quanto o de Bella.

Eva ficou inquieta, sua respiração estava absurdamente acelerada, fazendo seu peito subir e descer com rapidez. Seus olhos se fecharam e algumas veias salientes começaram a se formar em volta deles. Quando ela os abriu, as íris estavam tão rubras quanto os meus próprios já foram um dia. Ela olhou apenas para minha filha, daquele jeito ameaçador que um predador olha para sua caça. Nessie engoliu em seco e meus irmãos enrijeceram numa postura defensiva. Alguém chutou a cadeira em que ela se sentava e pareceu fazer algum efeito, pois ela balançou a cabeça atordoada.

Olhei para Jasper, pedindo para que ele fizesse alguma coisa para acalmá-la, mas ele tinha os olhos estreitos em dúvida e dor. As ondas de tranquilidade que ele enviava para Eva não estavam surtindo efeitos. Só naquele momento que me toquei que eu não conseguia ler a mente dela. Exatamente como acontecia com a mente de Bella. Eva, no entanto, parecia ser imune a qualquer influência externa, pois os poderes de Jasper foram repelidos como se não fossem nada.

Os olhos vermelhos encontraram os de Nessie mais uma vez e a minha filha fez a última coisa que eu esperava. Corou. Suas bochechas assumiram uma coloração avermelhada devido à quantidade de sangue concentrada. Olhei para a direção de Eva, a tempo de ver Damon e o outro vampiro abaixarem a cabeça dela rapidamente e torcerem seu pescoço com força. Fechei os olhos boquiaberto. Um estrondo de ossos se partindo pode ser ouvido por nós, enquanto os humanos continuavam comendo como se nada estivesse acontecendo.

Alice tampou a boca com a mão, em choque. Fiz menção de me levantar, mas Emmett me censurou, segurando meu braço com força. Damon apoiou Eva em seus braços, de uma forma que quem os visse de fora, não notaria que o corpo de Eva estava mole e sem vida. Eles saíram rapidamente, com os demais em seu encalço.

Ficamos todos incrédulos com o que havíamos acabado de assistir. Decidimos ir pra casa logo após o acontecido, precisávamos falar com Carlisle o mais rápido possível.


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