[Luna]

–Vai me conte logo o seu preciso plano, senhorita poderosa. - ele debochava de mim.

–Então, senhor sabe tudo. O plano é o seguinte, o príncipe Loki foi seriamente ferido durante a batalha que houve, eu fui até ele assim que pode e o coloquei em um quarto que há em um lugar secreto do castelo no subsolo, criei uma cópia de loki e a fiz morrer...

–Espera espera espera, está me dizendo que trancou nosso príncipe ferido em um lugar secreto do castelo e criou uma cópia dele para que pensassem que ele está morto quando na verdade não está?

–Isso mesmo.

–Mas aonde eu entro nessa história?

–Eu não posso deixar que eles me vejam, como você é um guarda do palácio, você pode muito bem entrar e sair sem que levantem suspeitas contra você.

–E como você espera que eu traga o príncipe para você sem que eles o vejam?

–Eu aplicarei invisibilidade em mim mesma e o ajudarei com isso, a parte do castelo que tem a entrada não é movimentada, irei junto com você para caso alguém apareça eu transformarei Loki em uma garotinha, ai então é só você inventar algo.

–E por que eu faria isso tudo ?

–Por que ele é seu príncipe, e como guarda você deve sempre zelar pelo o seu bem.

–Quem me garante que você não irá fazer algum mal a ele?

–Se eu quisesse teria feito quando o encontrei no chão se afogando com seu próprio sangue.

Ele então concordou em me ajudar, finalmente! Aguente firme Loki, assim que possível eu irei te buscar.

[Bucky]

Escutei passos, parecia que alguém estava correndo, rapidamente segui o som dos passos, vi um vulto de alguém entrando no laboratório de Benner, parecia ser Kyra, mas o que ela estaria fazendo a esta hora aqui??! Chegando na sala me deparei com Kyra segurando sua mão que por sinal estava com um corte feio.

–O que diabos você está fazendo garota!? - A fúria subiu pelo meu corpo, eu estava com raiva, mas raiva de que afinal? Era só uma garota qual quer, talvez eu estivesse com raiva dela estar machucada, mas por que eu me importo com isso? Eu não deveria me incomodar, deveria parar de me importar com coisas idiotas. Não é a primeira vez que me pego pensando nela, ela não tem nada de especial, mas seu jeito meigo, timido e inocente de ser é tão diferente do meu que chega a me atrair. Não posso me deixar levar por isso, meu dever aqui é protegê-la e não ficar pensando nela.

–M-me desculpe, eu só estava...

–Estava fazendo oque??? Em!? Não minta pra mim, se você se atrever a mentir pra mim eu vou ter que dar uma lição em você. - me aproximei dela em quanto ela recuava, ao bater as costas na parede ficou me olhando assustava, com medo de que eu fizesse algo.

Olhei para sua mão e vi que ainda sangrava.

–Vem... temos que parar esse sangramento. - a puxei pelo braço para que ela se sentasse em uma cadeira, peguei um kit de primeiros socorros e fui até ela. - Comece a explicar. Desde o começo.

–Prometa que não vai brigar comigo?

–Prometo, agora conte.

–Lavinnea matou meu pai, e.. eu não quero que fique só por isso, eu quero vingá-lo, não quero que ele tenha morrido em vão, e também... quero ajudar quando ela vier atras de mim quero aprender a me defender, deixar de ser essa pessoa frágil que sou!

–E como isso justifica o corte em sua mão?

–Bom... eu estava treinando minha magia, e consegui quebrar algumas garrafas mas quando fui ajuntar os cacos de vidro acabei me cortando com um deles.

Ela não demonstrou estar mentindo, se mentiu então esta fazendo jus ao jeito de seu pai (Deus da Trapaça). O que eu devo fazer agora? Tentar pará-la? Isso não funcionaria, teimosa do jeito que é ela faria qual quer coisa para continuar treinando. No fundo eu sabia que ela estava certa.

–É isso mesmo que você quer? Vingar seu pai?

–Sim. - essa era a ultima coisa que eu precisava saber, ela disse sim e não demonstrou fraqueza alguma em sua voz. - Você... vai contar pro Tony? - disse fazendo biquinho.

–Não eu não vou. - sorri de lado.

–Não? - ela parecia não acreditar em minhas palavras.

–Não. - ri de leve – Vou dixar que continue treinando, mas com uma condição!

–Qual?

–Terá que me deixar ajudá-la, eu estou aqui para protegê-la e vou continuar fazendo isso com você treinando ou não. Vou participar de todos os seus treinos e vou tentar ajudá-la com isso. Só não quero que se machuque.

–Sério? Obrigada, obrigada mesmo! - Ela pulou de sua cadeira me abraçando. Seu abraço era quente e seus pequenos braços contornavam meu pescoço me trazendo mais para perto, fazia tanto tempo que não recebia um abraço, que havia me esquecido de como é bom ter alguém por per... espere, por que estou pensando nisso! Que raiva! Eu não quero me apegar a ela, não mesmo! Mas por mais que eu tente não consigo ser ruim com ela, isso me da raiva. O que essa garota esta fazendo comigo!

Terminei de enfaixar sua mão e a acompanhei até seu quarto.

–Boa noite. - disse firme.

–Durma bem. - Disse sorrindo, ficou na ponta dos pés e me deu um pequeno selinho, seus lábios eram tão macios. Quando ela me olhou estava corada, não resisti, a puxei para dentro do quarto a erguendo do chão a fazendo rodear minha cintura com suas pernas, segurei seu rosto e beijei sua boca sem a menor delicadeza. Seus lábios macios, o gosto de sua boca era doce, era viciante!

Tão bom, eu não queria parar, queria mais, precisava de mais! Ainda beijava sua boca ferozmente, mas precisava de ar, assim como ela, parando o beijo desci meus lábios até seu pescoço, beijei, chupei forte, queria deixar minha marca nela, mostrar que ela é minha. Ela solou um pequeno gemido em quanto mordia o lábio, meu deus o que eu estava pensando quando fiz isso. Não, não, não! Eu não deveria ter feito isso, voltando a realidade a coloquei no chão, me afastei, ela estava corada e ofegante, e me olhava como se não quisesse que eu parasse. Eu não queria parar, sinceramente não queria, seu gosto é inebriante e eu não vou esquecer a macies de seus lábios nos meus tão cedo.

Desculpe, eu não devia... - sai do quarto antes que eu acabasse por voltar a beijá-la e se isso acontecesse com certeza eu não iria parar por ai.

[Luna]

–Vamos ande logo, não tenho o dia todo!

–Vê se para de reclamar, não é você que teve um corte na perna.

–Não fui eu também que recebeu cura e passei uma semana inteira na cama com um corte já cicatrizado. Anda, vamos!

E assim nos dirigimos até o palácio, já era tarde e todos já deviam estar dormindo. Apliquei um feitiço que poderia me deixar invisivel por um curto período de tempo, sim isso era possível, mas era magia negra, poucos tinham acesso a ela. Tinhamos que ser rápidos, Lamont me seguia pelos corredores do palácio como se nada tivesse acontecendo, ao menos ele sabia disfarçar bem.

–É aqui, sussurrei para que somente ele me ouvisse.

Pressionando uma das pedras da enorme parede logo se abriu uma estreita porta.

–Vamos, é por aqui. - sussurrei novamente.

Ele me seguia calado.

–Chegamos, ele está aqui, tenha cuidado seus ferimentos ainda não estão totalmente curados.

Pegando Loki, Lamont e eu voltamos a passagem e a fechamos. Poucos são os que sabem dessa passagem, e os poucos que sabem não a usam ou já a esqueceram. Loki estava desacordado o que dificultava tudo. Andávamos as pressas até a saida do palácio...

–Lamont! - ouvi uma voz masculina o chamar...

[Continua]