O Grande Idiota que Amo escrita por Dabella


Capítulo 25
Um outro ponto de vista


Notas iniciais do capítulo

genteeeeeeeeeeeee, resolvi postar mesmo o cap anterior n ter atingido o numero de review padrao
obrigada a todosssssssss os reviewsssss, saibam q eu leio todos e fico super ansiosa qndo posto o cap, espero sempre a opiniao, critica e sugestao de quem ler, ou seja, COMENTEM

* obg Carolzynha pela recomendação fiquei super feliz *.*

Boa leitura ...



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UM OUTRO PONTO DE VISTA

 

CAPITULO 25

Chegamos ao sanatório e fomos em direção a recepção.

-Boa tarde, posso ajudá-los?

-Boa tarde. –sorri-Viemos visitar Alice Thompson.

-Tem uma hora ainda de visita. –ela havia checado a ficha de Alice no computador.

-Thompson? –perguntou o loiro a mim e eu o ignorei.

-Acompanhe eles a Alice Thompson, Marcos. –era um enfermeiro alto, mulato e de cabelos crespos.

-Acompanhem-me. –disse ele a nós e o seguimos.

Fomos levados aquele mesmo pátio que estava mais mutuado do que da outra vez, dessa vez havia gente vestida normalmente e os pacientes também estavam vestidos com roupas comuns.

O enfermeiro nos levava a um ponto mais específico, parecia que já havia enxergado Alice. Eu ainda não a tinha visto, vai ver deveria ser pelo fato de ela estar com outra roupa.

-Alice Thompson? –o enfermeiro chamou uma menina pequena e de aparência angelical que apenas sorriu quando havia me visto. Ela estava com um vestido azul celeste rodado um pouco acima dos joelhos. Seu cabelo estava todo amarrado em um rabo de cavalo e seus olhos estavam tão azuis quanto um pedaço do céu.

-REBECA!!! – disse Alice com toda aquela euforia de sempre. Era como se sua alegria não se acabasse ou apenas exalava do seu corpo quando estava feliz. O fato é que Alice me passava uma tranqüilidade e uma alegria que eu não sabia de onde vinha.

Às vezes me sentia a pessoa mais egocêntrica do universo, quando me deixava ficar triste por exemplo.  Eu não tinha motivos pra isso, Alice tinha e ainda sim era feliz e deixava os que estavam em sua volta mais leve e com um sorriso bobo na cara.

-Pequena! –disse entre seu abraço.

-Pequena eu? Falou a gigante. –ela se separou de mim e olhou pro meu lado.

-Max! –ela exibiu um sorriso mais gigante ainda e mais lindo que eu já havia visto nos seus lábios.

Max ficou sem entender nada, sua cara era de completo susto e curiosidade. Afinal, como aquela menina sabia seu nome? Ele deveria ter ficado mais confuso ainda quando Alice o abraçou de uma forma tão acolhedora e verdadeira como se o conhecesse há um século e ainda mais, como se o amasse há um século.

-Oi. –ele disse sem graça e sem jeito, mas retribuindo o abraço como se gostasse de recebê-lo.

-Você é do jeito que eu imaginava. –ela disse se separando dele um pouco constrangida e com as bochechas levemente coradas.

A cara do loiro estava com um grande ponto de interrogação e eu estava um pouco surpresa, admito.

-Deixa eu me apresentar, Alice Thompson. –ela estendeu a mão direita.

-Max Sullivan, prazer. Thompson? –ele mais uma vez perguntou pra mim.

-Alice é irmã de Kevin. –disse por fim e sua cara ficou mais confusa do que antes.

-Ã?

-Depois eu te explico a historia toda.

-É um pouco longa. –disse Alice. –Que bom que veio me ver Rê, aqui estava tão monótono e um verdadeiro tédio com T maiúsculo.

-Eu imagino. Estava com saudades sua.

-Eu também, precisamos conversar. –ela disse séria.

-Sim. –olhei pro lado e Max disse:

-Vou beber uma água enquanto isso.

-Obrigada! –eu disse.

Sentamos na grama mesmo, Alice havia estendido uma toalha e tinha ingredientes para um pequenique.

-O que aconteceu no dia da festa?

-Kevin não te contou?

-Contou, mas Kevin viu de um ponto de vista, o dele. O dele não explica muitas coisas, ele está confuso e com raiva.

-Confuso?

-Sim, porque vocês estavam tão bem e duma hora pra outra você saiu correndo no dia da festa, segundo ele.

-E por que raiva?

-Porque no momento seguinte você estava nos braços de outros no lugar que ele tanto ama, no lugar que era seu e dele. Ele ficou revoltado por você ter levado Max ao lugar que só era de vocês dois, o térreo. –me senti levemente culpada, não tinha pensado naquele ponto, só havia pensado no meu como sempre.

-Eu não levei Max lá e eu não estava nos braços dele como se dar a entender. Max foi um ombro amigo na hora que eu precisava.

-Eu sei Rebeca... Eu quero que você me conte o que realmente aconteceu, tudo foi um grande mal entendido.

-Tudo bem. –respirei o ar puro tomando energia pra contar mais uma vez aquele fato.

-To curiosa. –aquilo me soou irônico, a curiosa da historia era eu.

-Calma Beth. No dia da festa eu ele quase fizemos aquilo...

-Quase transaram.  –ela completou.

-Sim, só que quando ele me perguntou se eu estava preparada eu disse que o amava.

-E o que ele disse? –ela ficou curiosa.

-Ele não te contou isso?

-Não. Só contou  que você saiu correndo que nem uma doida e ele não sabia o porque. Eu devo imaginar porque que isso aconteceu.

-Então, ele não disse nada e isso provocou uma avalanche de repulsão em mim.

-Nada?

-Nada, a não ser o “obrigado”.

-Eu já imaginava isso.

-Como assim?

-Olha Rebeca, Kevin não vai dizer que te ama assim, é tudo uma preparação do ínicio e se ele chegar a falar, é porque você realmente é mais importante do que qualquer coisa pra ele, mas importante do que o seu próprio orgulho.

-Não entendi... Ele não me ama?

-Se ele te ama? Ele é doido por você. Amar é uma coisa, da fé desse amor é outra. Como eu te explico... Ele te ama, mas não sabe desse amor. Tem medo desse amor, então acha que nunca vai amar alguém, mesmo amando. Ou seja, não vai dizer que te ama tão facilmente. Entende?

-Não muito.

-Kevin é um único traumatizado da historia. E olha que eu que to aqui nessa clinica. –ela sorriu fraco. –Quando nosso pai morreu e disse que amava Kevin, Kevin não respondeu nada. Aquilo marcou ele de uma forma que ele acha que nunca vai amar alguém, porque na ultima hora ele de certa forma achou que não amou nosso pai e estar disposto a não “amar” mais ninguém.

-E como eu fico, como nós ficamos? –tudo estava conturbado e confuso.

-Kevin veste uma carapuça de “eu sou frio” pra se defender de tudo e de todos, mas além de tudo pra se proteger dele mesmo e do que ele um dia pode sentir. Ele não quer ficar vulnerável a nada e nem a ninguém e nem aos seus próprios sentimentos. Dá um tempo pra ele.

-Eu disse que só volto com ele se ele provar que me merece.

-Ótimo! Ele não vai conseguir ficar longe de você, você é a vida dele agora Rebeca.

-E você também.

-Sim, mas eu sou irmã, você é a mulher dele. É diferente não?! –ela riu.

-Um pouco.

-Olha, ele vai dar alguns surtos de personalidade. –ela sorriu mais uma vez.

-Como assim?

-Tipo, ele não vai querer aceitar que te ama de inicio e isso pode resulta em um “eu não te amo, então “não vou provar nada”, ou “espere isso sentada”, algo assim . Mas é pura arma de defesa, não leve pro lado pessoal.

-Acho que ele já deu esses surtos, mas ele é bipolar e isso é fato.

-Sim. –ela baixou a cabeça.

-Que foi? Foi alguma coisa que eu disse?

-Não, claro que não. –ela disse prontamente.

-Então o que foi?

–Eu não quis dizer pro Kevin, mas eu acho que posso confiar em você. Eu preciso desabafar, to sufocando...

-Claro.

-Às vezes eu acho quer sou um estorvo na vida de todos.

-Não, claro que não Alice. Você nos deixa feliz, de estorvo você não tem nada.

-Hm... Só de ta aqui Rebeca. Sou um estorvo para eu mesma. Queria sair, correr livremente, aspirar o ar salpicado com sal. Queria deitar na grama e sentir o adormecer do Sol. Queria viver as coisas simples com uma intensidade indefinida. Eu queria ser livre... Livre como a gaivota do céu, como o beija-flor. Livre pra voar, ao encontro do nada, encontrando tudo que eu sempre quis. Livre, apenas livre e assim feliz. –seus olhos estavam perdidos no céu azul, eles estavam inundados em lagrimas, como um oceano em água. Eu havia me emocionado também e as lagrimas lutavam pra não cair na minha face.

-Eu não tenho o que falar.

-Sabe... Eu tentei me conformar com tudo, aceitar minha realidade de vida, ser disposta a agulhas e tratamentos que nunca acabam, tratamentos que me esgotam a cada sessão. Mas tem algo dentro de mim que anseia por tudo que eu não tenho, e por mais que eu tente aceitar, ele esta aqui, relutando contra minha própria vontade. –ela bateu no coração. –O desejo de liberdade.

-...

-Eu estou feliz aqui, aqui é o melhor lugar pra mim e pra todos. Pra que complicar a vida do Kevin mais do que ela já é?!

-Você é tudo pra ele.

-Mas o melhor pra ele é que eu fique aqui.

-Ele não acha isso...

-Eu acho isso Rebeca. E é por isso que tento ser feliz aqui, porque eu aqui, é melhor pra ele. Mas às vezes eu queria ser normal aponto de ser feliz, como qualquer outra pessoa. E pode viver como toda a irmã vive do lado irmão e ter amigos pra sair sem ter nada o que fazer.

-Você vai no show de talentos.

-Vou?! –ela perguntou confusa.

-Agora vai. –sorri. –Ele ta chegando é daqui a alguns dias, e mesmo que eu e o seu irmão não voltamos, eu dou um jeito de te tirar daqui.

-E como isso vai fazer isso?

-Aí já é outra historia. –sorri sapeca e ela também.

-Mas é contra as regras.

-Se você obedecer todas as regras você perde toda a diversão. –pisquei marota.

-Obrigada! –ela me abraçou e eu a abracei, aquela pequena era como se fosse minha irmã e eu me sentia na obrigação de fazê-la feliz.

-De nada.

-Posso falar com o Max um tempinho? –ela me perguntou quando havíamos nos separado.

-Pode claro. Mas o que você vai falar com ele? –perguntei curiosa.

-Segredo. –ela beijou os dedos. – Brincadeira, depois te conto. –ela riu. –Curiosa.

-Okay. –olhei pra trás e ele nos observava com um olhar indefinido, o chamei com o dedo indicador e ele veio em nossa direção.

-Podemos conversar? –perguntou a pequena a ele.

-Nós? –ele perguntou confuso.

-Sim, nós. –ela exibiu um sorriso tão lindo que foi impossível ele dizer não e então eu me retirei dali deixando os dois a sós. Fui pensar no que ela havia me dito.

Sabe quando você conhece uma pessoa e tem tanta afinidade que ela se torna tão importante pra você mesmo em pouco tempo? E a amizade que vocês construíram em tão pouco tempo supre necessidades de anos? Então... Eu e Alice éramos mais do que amigas, éramos almas confidentes que desabafam no desalento. (N/B: Minha amiga ta inspirada!) Amigas, irmãs. Nunca tive uma irmã, mas naqueles últimos dias havia sido presenteada com uma amiga/cunhada/irmã.

Aquilo que ela me disse sobre Kevin me chocou de novo, mas o que mais havia me chocado naquela tarde foi o que ela me havia dito sobre ela. Tudo que ela me disse sobre ele eu já sabia no fundo do meu íntimo, mas o que ela havia desabafado comigo, isso era novo.

O que ela havia me dito, sobre o seu desejo de liberdade, havia me chocado de uma forma que eu pude enxergar que não é só eu que vivo no mundo e, que essas milhares de pessoas que vivem nele também, às vezes sofrem... Sofrem por dentro. Mais uma vez eu vi que não tinha direito de reclamar da vida, dizer que ela é injusta ou algo do gênero. Talvez o mundo seja injusto, mas a vida nunca será. A vida é muito além pra ser insignificante. A vida é vida. Sacou?

A grande verdade da minha vida é que eu aprendia com ela e acreditava que estavam me tornando alguém melhor. Um dia já fui mimada em certo ponto, egoísta, egocêntrica, impulsiva talvez. Acho que todas as pessoas têm um pouco disso na vida.

Mimadas, quando achamos que o mundo é cor de rosa e que não há preto e branco. Mas o mundo, a vida, as pessoas, são muito mais do que aquilo que vimos. Elas vivem, lutam, vencem pra ter o que querem e ganham aquilo que merecem.

Egoístas, quando só pensamos no nosso próprio umbigo. Quando queremos tudo pra nós, apenas nos vendo em um mundo onde não estamos só. Quando reclamamos da vida, das pessoas e não enxergamos que o problema não é com a vida, e sim conosco e da forma que vivemos.

Egocêntricas, quando nos fazemos vítimas e vemos os outros como vilões. Não há mocinhos nem vilões, há pessoas que são mocinhas e vilões de si próprias. Pessoas que fazem escolhas e muitas vezes erram tentando acertar e acertam porque um dia já erraram. Não estou generalizando, estou falando de pessoas normais perante a sociedade.

Impulsivos quando agimos pelo momento e assim perdemos o melhor da vida. Impulsivos quando queremos dar vitoria a nossa razão e assim nos tornamos infelizes.

A inteligência às vezes nos torna mais burros. O mundo precisa de pessoas mais sábias.

**

Havíamos nos despedido da pequena e estávamos no táxi rumo ao prédio. Estava um silêncio tranqüilo que apenas era o momento de grande barulho interno. Eu ainda pensava, pensava e pensava. Tudo estava conturbado, mas minha mente ficava mais clara a cada minuto de silencio externo.

-Eu não entendo... –suspirou Max.

-O que você não entende? –eu perguntei devido a sua cara de incoformação.

-Como alguém como o Kevin pode ter uma irmã como Alice... –ele olhava pra fora do carro pela janela molhada pelo sereno da noite. Já estava escuro.

-Kevin não é como você pensa e como um dia eu pensei Max. E se Alice é esse amor de pessoa, é porque foi amada por ele.

-Seria a única explicação... Mas ainda não entendo.

-O que vocês conversaram?

-Pouco o suficiente pra me deixar confuso...

-Hm... Quer falar sobre isso? –ele ainda olha a janela.

-Ela disse que sonhou comigo, que sonhava com nos dois e que tinha uma ligação forte que fazia que ela sempre pensasse em mim, mesmo nunca me conhecendo. Disse que quando Kevin falava de mim com ela, ciúmes que ele sentia, ela só imaginava como eu poderia ser.

-Alice sabia de muitas coisas sobre todo mundo. E você, como reagiu a ela?

-Bom... Eu confesso que fiquei balançado quando a vi, ela é um anjo... Uma boneca.

-Ela é. – pensei mais uma vez no que ela havia me dito.

-Eu fiquei confuso, sentimentos conturbados. Agora não sei o que fazer.

-Agora eu não entendi mais nada. Do que você está falando? –perguntei intrigante e curiosa.

-Quando eu por minhas idéias nos lugares eu te falo, você vai ser a primeira pessoa a saber.

-Obrigada. –sorri e me apoiei em seu ombro, estava cansada, fato. –E ela te contou porque estava lá ou porque ninguém sabe que Kevin tem uma irmã?

-Não e eu também não perguntei.

-Por quê?

 -Seria invadir a privacidade dele, eu não sabia nada sobre ele, ninguém sabe nada sobre Kevin e eu estava lá, com a irmã dele, não é justo eu saber uma coisa só dele, invadir a vida dele de tal forma. Saber algo que ele provavelmente não quer que eu saiba.

-É... –disse adormecendo nos braços do loiro e ele afagando meu cabelo com sua mão.

Max via que Kevin era mais humano do que ele um dia pensou e eu via que Kevin me fazia falta, como um dia nunca pensei que faria.

CONTINUA...

Brenna Dabella

 


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Notas finais do capítulo

Gente, a maioria acha o Kevin um idiota, mas sinceramente eu acho q a Becca ta agindo de forma imatura, mas enfim, ela é uma adolescente e esta aprendendo com a vida e a viver. Isso acontece conosco sempre qndo nem percebemos, fazemos escolhas e falamos coisas movidos pela situação, achamos q estamos certo qndo estamos completamente errados.

Como eu disse e repto, a fic tem historia, vcs vao entender e ver no final dela
A fic ganhou mais uns caps e talvez chegue aos 30 REview's p ajudar uma autora gente , plixxxxxxxxxxxxx
O prox cap ta mais movimentado, entrando na parte ação desse ponto de vista da fic.

TRAILER ON

—Você não vai desistir daquela idéia maluca? –ele tava me alfinetando então não reclama depois.
—Que idéia maluca? –me fingi de boa e ingênua, coisa que eu não sou.
—A parte que você quer fazer da nossa relação um conto de fadas.
—Ah, essa idéia maluca. –eu ironizei e parei em frente à porta de vidro da secretaria, antes de entrar por ela. –Eu não vivo de contos de fadas Kevin. –eu disse com uma voz meio grave e pausada bem perto dele, sua pupila tremeu, devia ser pelo fato de eu morder o meu lábio inferior. –Eu vivo de vida real. –falei bem perto do seu ouvido e sentir seu tecido epitelial se eriçar e quando ele ia falar algo eu entrei na secretaria.

**
—Eu sou louco por você Rebeca, louco. Eu não consigo ficar longe de você, será que não da pra vê?

TRAILER OFF

COMENTEMMMMMMMMMM plix
até o prox cap , beijin e me liguem