O Grande Idiota que Amo escrita por Dabella


Capítulo 26
Eu te perdoo


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeeeeeeee, eu sei q o nyah saiu do ar e tudo, mas pq os reviews cairam??? Vai ver é pq eu caguei a fic né ¬¬'
enfim, quero agradecer aos que comentarammmmmm *.* e é a vcs e por vcs que eu posto =D
Boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/48841/chapter/26

 

CAPITULO 26 - Eu te perdoo

Não podia mais faltar aula, tinha que acordar pra vida. Afinal eu tinha que passar de ano. Estava atrasada e tudo que eu procurava sumia de vista.

-Cadê minha pulseira? –perguntei olhando entre as cobertas. Ela havia caído enquanto eu dormia e eu não podia perdê-la, ela era muito importante pra mim.

Sabe quando você procura uma coisa e essa coisa some e você se irrita por não achá-la e sabe que quando você não quiser mais procurá-la ela vai aparecer na sua vista com uma luz florescente? É eu sabia que isso aconteceria, mas eu queria a pulseira agora e eu não ia desistir enquanto não a achasse.

-Pulseirinha linda do meu core, cadê tu? –eu já estava irritada, a qualquer momento sentia que minha cabeça explodiria e olha que eu nem estava de TPM, não que eu saiba, TPM pode significar também “ treinada para matar”, algo mais coerente pra aquela tensão que estava presente naquele pequeno cômodo, chamado de quarto.

Havia achado a benedita, ela estava entre as plumas felpudas preta do tapete em formato de coração, mas isso me resultou em um big atraso. Definitivamente eu não podia perder aula.

Peguei minha mochila a jogando nas costas e saindo rumo à saída [irônico não?!]. No momento eu não pensava em nada, porque a única coisa que meus pés davam conta era de andar mais rápido e isso ocupava minha mente.

Aí vocês perguntam: “pede uma carona do seu pai”. Boa idéia, mas eu ouviria o caminho inteiro: “Falta dois dias e ainda se atrasa”, melhor evitar sermão, eu já não estava muito boa de temperamento e não queria ficar sem mesada.

Com certeza absoluta, não era uma boa idéia encontrar Kevin na entrada da escola. Parecia que ele esperava alguém e o portão estava quase fechando, retificando, o portão havia acabado de se fechar. Puta que pariu, eu mereço uma coisa dessas, eu mereço as duas coisas no caso: perder o primeiro horário e ficar com Kevin na diretoria até que chegasse o segundo horário.

RESPIRA REBECA.

Eu tinha que falar com ele, jogar meu charme e fazê-lo entender que ele não podia viver sem mim, esse era meu plano. Mas eu estava sem cabeça pra isso, eu estava sem cabeça pra nada, então era melhor ele não falar comigo hoje e mais especificamente agora...

-Rebeca, eu estava te esperando.

Será que ele é surdo???Que parte do “não falar comigo” ele não entendeu???u.u’ Eu disse que era melhor ele não falar comigo, você não disse Rebeca, você pensou. Ah claro, agora eu to ficando maluca, conversando com minha própria consciência. O.O

Não respondi, quando eu estava com raiva ou nervosa eu preferia ficar calada, isso era bom pra eu não explodir e xingar desde a quinta geração dele que nem tinha culpa de ele existir.

-Eu to falando com você. –ele mais uma vez olhou pra mim e eu me rendi aos seus olhos.

-Oi Kevin. –disse me dirigindo ao portão da secretaria e ele colado aos meus pés.

-Você não vai desistir daquela idéia maluca? –ele tava me alfinetando então não reclama depois.

-Que idéia maluca? –me fingi de boa e ingênua, coisa que eu definitivamente, não sou.

-A parte que você quer fazer da nossa relação um conto de fadas.

-Ah, essa idéia maluca. –eu ironizei e parei em frente à porta de vidro da secretaria, antes de entrar por ela. –Eu não vivo de contos de fadas Kevin. –eu disse com uma voz meio grave e pausada bem perto dele, sua pupila tremeu, devia ser pelo fato de eu morder o meu lábio inferior. –Eu vivo de vida real. –falei bem perto do seu ouvido e sentir seu tecido epitelial se eriçar e quando ele ia falar algo eu entrei na secretaria.

-Você quer me enlouquecer? –ele disse baixo se encostando à parede do meu lado.

-Eu prometo tentar. –pisquei marota e fui conversar com um amigo meu que eu havia achado ali, eu estava fugindo dele [eu sou louca e isso é fato].

-Ei Marcos. –ele me beijou no rosto.

-Ei Becca. –ele me chamava assim.

-Rebeca agente ainda conversava. –Kevin havia me puxado pelo braço se mordendo de ciúmes e conseqüentemente eu havia deixado Marcos só ali.

-Não querido, eu havia parado de conversar com você, então me de licença.

-Mas eu não. –ele não me deixou ir.

-Olha aqui Kevin –eu tentava controlar meu tom de voz – Acho que você não tem nada pra me falar, porque ao que eu me lembre você ainda não me merece.

-Você vai insistir nessa babaquice?

-Você ainda vai insistir em mim? – arqueei uma sobrancelha.

-Eu não sou esse tipo de cara Rebeca, você sabe.

-Não, eu não sei de nada. Mas você vai ter que ser esse tipo de cara, pra ter esse tipo de mulher. -nisso eu voltei a conversar com o menino e Kevin não ousou mais falar comigo, apenas passava a mão pelo cabelo impaciente.

**

Estava andando pelos corredores do colégio a procura da Jessy, ela havia dito que ia comprar nosso lanche, mas sumiu de vista e eu não estava em condições de ficar parada em um lugar esperando prontamente por sua chegada.

Fui puxada pra uma sala escura. Deja vu? Eu definitivamente não entendia ele, uma hora ele diz que vai desistir de mim , outra hora me puxava pra uma sala escura, pelo amor do meu bem estar alguém me explica qual é desse cara?

-Okay. Chega! –ele disse e sua voz era tremula, eu havia desabado, toda aquela postura de “eu sou fria” havia se esvaziado do meu corpo.

-Chega do quê? –perguntei confusa.

-Você é mais cabeça dura do que eu. –ele havia sorrido e eu ainda amava aquele sorriso cafajeste [eu não tenho amor próprio, fato]. Estávamos muito perto e a sala estava escura, eu apenas respirava pesadamente tentando encontrar ar puro aos meus pulmões. –Eu sou louco por você Rebeca, louco. Eu não consigo ficar longe de você, será que não da pra vê? –era isso que eu queria ouvir???? *-* NÃO! ¬¬’ Não era isso, então por favor tente manter algo que se chama lucidez.

-Não parece Kevin, o que me parece é que você prefere valorizar seu orgulho do que ficar perto de mim.

-Não é questão de orgulho, eu nasci assim e eu não vou mudar, não tem como.

-Errado, você quer ser assim. –seu olhar era vazio e eu tentava continuar falando firme tão perto dele.

-Volta pra mim. –meu mundo havia desmoronado, ele beijava minha face, meu pescoço, o meu lóbulo... Pelo jeito ia ser mais difícil do que eu pensava.

Seus lábios encontraram o meu e ele apenas os beijava delicadamente. Eu estava quase cedendo aos seus encantos. Eu queria ele mais do que tudo naquele momento. Eu cedi por um momento e nesse momento eu beijava toda a extremidade do seu pescoço, face, lóbulo... Tudo que meus lábios podiam deliciar naquele momento. Eu o desejava, algo em mim gritava chamando por ele, mas algo ali também gritava esperando que eu fizesse alguma coisa, algo que pudesse fazê-lo entender que amar é viver.

Senti sua boca sugar toda a minha razão, ela saboreava o gosto da minha pele e o gosto da minha lucidez. Sua boca me tirava do serio, me fazia voar ainda firme no chão. Eu sentia algo por dentro, algo pegando fogo em mim. Sentia um frio na barriga, uma sensação prazerosa.

Sua mão percorria meu corpo, sua boca estava contida em meu colo por cima da blusa fina de uniforme que estava quase indo pelos ares. Sua mão firme e rígida contornava minha cintura e por dentro da blusa ganhava vida. Ele contornava minha costa nua e toda a extremidade do sutiã que podia e tinha espaço pra isso. Ele colou mais ainda seu corpo no meu e eu sentir a textura do seu corpo definido estava sendo o fim de toda aquela postura precavida. No movimento bem perto do meu o seu corpo ganhava vida e eu sentia o calor do seu corpo firme e sentia que a situação estava quente. Kevin ia me enlouquecer e fazer-me perder todo aquele jogo que jogava com ele.

Eu não queria que fosse assim, eu queria ouvir que era amada pelo cara que eu amo. Quem não quer algo assim pra vida que atire a primeira pedra. Eu queria ser dele quando tivesse certeza, quando ouvisse da boca dele que era amada. Eu queria ser amada...

-Eu não posso Kevin... Por mais que eu queira. –disse entre fôlego, entre respiração pesada, entre beijo e caricias. Era difícil me desprender do calor de nossos corpos, da tensão do ambiente. Mas eu saí, sai deixando ele pra trás, sai andando rápido a procura de um lugar que me trouxesse o que eu havia deixado naquela sala, o meu juízo.

 

**

Passaram uns dias e Kevin não tomou nenhuma atitude em relação a nós. Ele parecia que havia desistido de mim e eu estava me afogando em profunda desolação. Parecia que agora eu ia ter que conviver sem ele na minha vida.

Kevin sempre parecia distante agora, não ousava falar comigo e nem me olhava sequer. Aquilo era terrível, aquela indiferença estava acabando comigo e eu estava quase me arrependendo de ter tomado a decisão de esperar Kevin tomar uma decisão.

Mas de uma coisa eu tinha certeza, eu não ia dar pra trás. Eu não ia voltar com ele sem que ele provasse o que realmente sente. Eu estava disposta a sofrer, mas amar é isso, é você se dispor de toda sua proteção, é você ficar vulnerável nas mãos da outra pessoa e confiar nela pra te fazer feliz, caso contrário, era sofrer por amor.

Pra mim era como se eu estivesse jogando na loteria. Eu não tinha a mínima noção sequer do que Kevin estava pensando ou se ele ia ou não falar aquilo que eu queria ouvir. E por mais que Alice jurasse de pé junto que ele me amava, eu não tinha mais certeza de nada, estava até perdendo a certeza de que amar alguém valesse à pena. Remexi a cabeça tentado afastar a asneira que havia acabado de passar pela minha mente.

Amar é viver Rebeca... Pensei comigo mesma enquanto apreciava a brisa fria tocar em minha face na sacada do meu quarto.

Era tarde da noite e eu não tinha sono, parecia que tudo invadia minha mente, ele invadia tudo que eu pensava. Aquele sorriso, aquele que eu amo me tirava à lucidez dentro da minha própria consciência. Aqueles olhos faziam eu me afogar na minha própria fantasia. Agora eu sabia o que era gostar tanto de alguém e isso era ficar totalmente dependente daquela pessoa. Eu era totalmente dependente das atitudes dele pra minha felicidade.

Mas é aquela questão. Sofrer é uma escolha e eu estava disposta a esquecer tudo, tudo que um dia pensei, sonhei ou ouvir da boca dele, esquecer toda a nossa historia, aquela que começou com brigas [e tem até hoje, detalhes], esquecer tudo se ele continuasse agindo de tal maneira. Eu estava disposta a esquecer o “nós”.

Uma coisa eu estava disposta, NÃO SOFRER POR HOMEM ALGUM.

Mas eu não podia negar que eu queria Kevin, que meu corpo gritava por ele e que tudo em mim ansiava pelo toque de sua mão...

**

Eu estava surpresa, nervosa e não sabia o que fazer. Jessy havia me ligado aos prantos me chamando ao hospital Santa Casa. Ela não disse o que havia acontecido, mas deixou bem claro que estava tudo bem com ela. Eu estava pirando, é nessas horas que tudo passa pela sua cabeça, você imagina mil e uma coisas que tenham acontecido.

Peguei minha bolsa e joguei sobre o ombro e sai de casa apresada e totalmente nervosa. Peguei um taxi e fui parar no hospital, eram 3 horas da tarde e tava um Sol de lascar na grande FLoripa.

Turistas indo à praia em plena terça feira. Esse é o típico mês de dezembro, bem movimentado e os pobres alunos moradores da bela cidade estavam se matando pra passar de ano e aproveitar o verão. É eu tava correndo contra a correnteza pra ir bem na escola ¬¬.

Cheguei ao hospital e fui direto pra recepção, lá encontrei JEssy que correu e me abraçou. Quem morreu??? O.O Agora eu estava com medo.

-O que está acontecendo criatura? –eu estava um “pouco” nervosa.

-O Alec... – an?

O que o Alec estava fazendo em um hospital? Ou será que ele fez mal a alguém?

-O que aconteceu com ele? –ela estava aos prantos e eu estava ficando cada vez mais preocupada com aquela situação.

-Não sei bem, eu estava conversando com ele e ele teve um piripaque, a mãe dele o trouxe direto pra cá e sei lá, eu to com medo.

-Você não sabe o que ele tem? –segurei nos ombros dela para que ela me olhasse.

-Não, mas não é coisa simples. –ela sentou se desmoronando no sofá.

-Tenta manter a calma. –disse em vão sentando ao lado dela.

-A mãe dele pediu pra eu te ligar.

-An? – wtf?

-Não sei pra que também. –ela segurou a face com as mãos.

 -Calma vai ficar tudo bem. – na verdade eu nem sabia o que estava acontecendo, então era bom pelo menos mentalizar algo calmo e pacifico, não tão calmo, fica assustador demais, tipo... Morte. Sacudi a cabeça tentando afastar aquele pensamento negro. –Vai ficar tudo bem... –suspirei comigo mesma.

-Rebeca? –perguntou uma senhora de meia idade, um pouco desgastada pelo tempo, magra e totalmente pálida. Seu cabelo mal amarrado em um rabo de cavalo, a aparentava nem um pouco preocupada com sua aparência e sim com seu bem estar que não estava nada bem naquele momento.

-Eu mesma. –me levantei e Jessy se levantou comigo.

-Precisamos conversar. –ela disse e eu e Jessy a acompanhamos parando em frente uma porta de uma sala qualquer ao meu vê.

-Ele já pode receber visitas? –perguntou a morena àquela senhora.

-Sim, mas antes eu preciso conversar com ela. –seus olhos caíram sobre mim e eu fiquei pasma.

-Sim. –assenti com a cabeça.

-Olha, meu filho vai querer conversar com você, ousa ele, fique atenta ao que ele perguntar, responda com cautela e, por favor, o compreenda.

-Sim. –a mulher estava com os olhos marejados, então eu apenas assenti tentando consolá-la.

Nisso ela abriu a porta e eu e Jessy entramos deparando com um outro Alec, um totalmente diferente daquele doutra hora. Seu semblante estava mudado, sua estrutura física também tinha diferença, ele estava mais magro em pouco tempo, estava parecendo cansado, exausto... Sem forças.

Eu me senti um peixe fora d’água, não sabia o que falar o que dizer ou onde me posicionar em um quarto que era todo branco e nada pacifico pra alguém que estava em um tremendo caos.

-Rebeca e Jessy. –ele disse baixo e se ali não estivesse em um silencio profundo eu não entenderia nem uma palavra da sua boca sem cor e ressecada. O braço direito dele estava ligado a um tubo por onde ele tomava soro.

-Sim. –disse Jessy bem perto dele segurando sua mão. Agora eu via que ela gostava dele e ele parecia gostar dela, só que eu não sabia até onde ia esse sentimento e se era de amizade ou algo mais serio e comprometedor.

-Rebeca. –ele disse mais uma vez e foi quando eu notei que não havia me movido nem um décimo do lugar onde eu estava, dei uns passos me aproximando da maca onde ele estava depositado.

-Oi. –disse com voz baixa e um pouco constrangida.

-Me perdoa ? –seus olhos estavam inundados em lagrimas e aquilo havia me pegado de surpresa. Respondi com o silencio, eu não sabia o que responder, não sabia se estava pronta pra perdoá-lo e não sabia se ele falaria aquilo e sobre aquilo. Foi quando aquela cena invadiu minha mente e eu entrei em um “pause” interno.

FALSH BACK ON

- MÃE. – ele gritou e ninguém respondeu. O silêncio era perturbador.

Acho que ela não está, vamos?

- Espera mais um pouco. – ele parou na minha frente.

- Vamos nos atrasar pra seção.

Ele me beijou eu correspondi, afinal ele era lindo e beijava bem. Me separei dele e disse.

- Vamos.

- Tem coisa muito mais interessante aqui do que uma seção de filme, mas se você quiser ver uns filmes um pouco mais animados.

- Do quê você esta falando? – ele me olhou mais uma vez da cabeça aos pés e aquilo me deu nojo. O que ele estava pensando em fazer?

- Vou te explicar melhor. – ele beijava meu pescoço e passava a mão pela minhas pernas. O empurrei.

- Pára com isso Alec. – déjà vu???

Só que ele não parava, ele me beijava mais ferozmente e me prendia ao seu corpo com força. Ele estava me agarrando contra a minha vontade. Mordi a boca dele e ele se separou de mim imediatamente.

- VADIA. – vi que a boca dele sangrava. – Você vai me pagar por isso. – ele limpou a boca com a língua e me puxou, só que dessa vez o seu braço me machucava. Ele me agarrou com força e tentava invadir a minha boca com sua língua, eu resistia na integra. Ele me jogou no sofá e prendeu meu braço em cima da minha cabeça e com a outra mão ele explorava meu corpo.

Estava com medo. O desespero fez meus olhos se desmancharem em lágrimas, eu não queria ficar com ele e ele queria me ESTUPRAR.

- SOCORRO. – gritei.

- Pode gritar em vão, ninguém vai te ouvir, não tem ninguém em casa e os vizinhos estão viajando.

Aquilo me desesperou ainda mais e eu estava com mais nojo dele ainda. Ele levantou meu vestido e revelou minha langerie rosa. Sua mão percorria meus seios e minha cintura. Eu estava com um short por baixo.

Eu podia ter escutado o Kevin, ele não era tão idiota quanto eu pensava, o IDIOTA era o ALEC.

Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. Eu não acreditava que ele estava fazendo aquilo comigo. EU QUERIA MORRER.

Ele passou a língua pelo meu rosto e disse em meu ouvido:

- Eu sei que você está gostando.

Eu gritava mais, mas ninguém me ouvia, ninguém aparecia. Eu queria acordar e descobrir que tudo era um pesadelo. Mas aquilo era tão real e repugnante aponto de eu querer a morte.

Ele beijava minha barriga e meus braços ainda estavam preso acima da minha cabeça. Ele se deleitava de cada parte do meu corpo. Como se quisesse deixar o principal por último.

Eu ainda era virgem...

FLASH BACK OFF

-Eu fui um idiota, Rebeca. Me perdoa, é só isso que te peço. Eu não quero morrer hoje ou amanha com isso me acusando e me corroendo. Eu necessito do teu perdão.

-Eu... Eu não sei o que falar...

-Há um tempo, uns seis meses pra ser mais exato, –ele dizia pausadamente-  eu conheci uma mulher. Ela era linda e mais velha que eu. Devia ter uns 27 ou 28 anos, mas era perfeita. Loira, olhos claros e dotada de um corpo perfeito, ela me lembra você... –ele olhou pra Jessy e ela estava apenas escutando sem reação nenhuma- Ela jogou umas indiretas pra mim e me chamou pra sair. Aquilo pra um menino de 17 anos era ganhar na loteria, eu de imediato aceitei. Fomos ao bar, bebemos e em seguida ao motel. Eu não era mais virgem, mas mesmo assim aquilo era novo, afinal eu estava com uma mulher mais experiente e com uma beleza descomunal.

-Por que você esta me contando isso? –eu perguntei.

-Escute. –ele disse. - Tivemos uma noite em tanto, transamos varias e varias vezes, mas não valeu a pena em nada. Eu peguei o telefone dela achando que ela estava interessada em mim, mas ela sumiu, do dia pra noite e eu não tive nenhuma noticias sua. Não me importei tanto, afinal eu não a amava e pensava comigo que aquela noite prazerosa já fora um ganho. Engano meu. Uns meses depois eu apresentei sintomas, de uma DST incurável.

-Aonde você quer chegar? –perguntou Jessy.

-Eu tenho AIDS. –ele disse por fim.

-O que? –ela disse exasperada.

-Quando descobri entrei em pânico, fiquei com raiva daquela mulher, um ódio mortal. Tomei nojo de todas as mulheres e estava transtornado. Saí, bebi, me embriaguei, chegava bêbado em casa e deixava minha mãe doente e gasta de preocupação. Só que aquele ódio apenas se acumulava em mim e eu queria me vingar dela. Só que como? Eu não sabia nada sobre ela, a não ser sobre sua aparência que não saia da minha cabeça. Foi quando um dia na escola eu reparei mais em você Rebeca, vi que você parecia muito com ela, linda, loira e dotada de um corpo perfeito. Eu queria me vingar, passar aquele vírus pra aquela vadia mesmo ela já tendo, mas já que não tinha ela, eu queria me vingar em alguém e você foi à pessoa mais próxima que eu achei e que me lembrava muito ela.

O silencio tomou o lugar mais uma vez e eu não sabia o que responder. Raiva,nojo, angustia, medo, sem reação... Eu sentia varias coisas e não sabia exatamente o que era e eu nada respondi.

-Por isso que eu não queria ficar com você Jessy, não que eu não te ame, você é a pessoa mais importante pra mim e eu só tenho você e minha mãe. Só que eu não sou homem pra você, então eu sou grato pela sua amizade e me conformo com ela. – a morena chorava compulsivamente e nada respondeu. –Me perdoa Rebeca, pelo amor de Deus, eu estou arrependido.

Mil e uma coisas passavam pela minha mente, a raiva, o ódio, compreensão e pena... Ele errou, certo. Mas eu não devia continuar com isso, alimentar sua culpa e fazê-lo sofrer, isso me atrasaria e eu ainda ficaria com aquela cena em mente, sempre me causando nojo.

Pensei em tudo que havia ouvido, lembrei de Alice, do que ela havia me dito, tudo e um pouco mais me obrigava a pensar, se fosse há um tempo, eu não o perdoaria, mas agora eu via tudo de uma outra forma, de um novo ângulo.

-Eu te perdôo Alec. –foi o que eu disse, um pouco emocionada admito.

-Me abraça? –ele perguntou meio na defensiva, não sabendo o que eu responderia. Eu apenas o abracei.

Era bom esquecer aquela cena, aquela historia, aquele fato. Era bom fazer de tudo um bom começo, uma nova historia...

-Obrigado. –ele disse por fim, antes de ser abraçado por Jessy.

Eu havia perdoado ele e disposta a esquecer todo o passado e viver de um novo futuro.

Talvez seu erro não tenha perdão, mas ele estava arrependido e eu podia ver isso em seus olhos.

E quem vive de passado é museu e eu queria viver de coisas novas e coisas que me fizessem feliz e aquilo só me faria sofrer.

Continua...

Brenna Dabella


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fic em reta finalllllllllllllllllllllll
Esse cap é o fechamento da parte do Alec, agora, daki p frente é só Re e KEvin E alice tbm né, ah e o MAx ta sem par né , hmm n percam os proximos caps huhu'
O que eu tenho a dizer é : "kevin é um fofo". VCs vao saber pq qndo eu postar os proximos
Comentem, qnto mais reviews maiores serao os caps,
n é chantagem, é inspiração
beijaooooooooooooooooo
comentemmmmmmmmmmmmmmmmmmm ;*