Um dia, um sentimento, um amor, uma eu. escrita por EmilyNolan


Capítulo 12
Capitulo 12: Odio por alguém do passado




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Sabado e Domingo, como resumir dois dias que só de me lembrar me dão odio? Sabe, eu odeio ser pressionada a ir a um lugar, e pior odeio ir em um lugar onde as pessoas apenas fingem gostar de mim, e pior ainda, lugares que me ligam com meu passado.

Bem, vou te contar a “brilhante ideia” da minha mãe, ela do nada chega e diz: “Vamos todos passar o fim-de-semana na casa da Tia Sonia”.

Aqui em casa as coisas funcionam assim, do nada, baixa um espirito em todo mundo e decidem sair para ir ao fim do mundo, e eu odeio isso mais do que odeio acordar cedo no fim-de-semana que para mim, foi feito para ler, dormir, e ficar de preguiça o tempo todo, mas não, tem que inventar de ficar indo dormir na casa dos outros sem nem avisar antes.

E sabe o que é pior que isso? Quando não me deixam levar meus livros! Entendam, meus livros são meus filhos, ficando sem um deles que seja eu me sinto carente, solitaria, não sei, eu sinto uma ligação com cada personagem, e as historias deles fazem com que eu me sinta forte, sinta que algo realmente valha a pena, e eu me esqueço da minha dor e passo a tomar a deles, é como se não houvesse diferença entre o mundo deles e o meu.

Nesse caso, eu queria levar meu precioso livro, capitães da Areia, claro, não era meu, era da Bianca, eu peguei emprestado... Mas ainda assim queria Le-lo, principalmente porque teria prova sobre ele na terça, mas quem disse que minha mãe deixou?Ela veio com aquele papo furado que eu tenho que ser socialvel, tenho que fazer amizade, falar com minha prima Ana, que é o cão, ela morre de inveja de mim desde que me conheço por gente, e a inveja dela vai desde a minha aparencia, até o que eu me tornei, ela queria ser eu, foda-se o que aconteceu com ela, eu não estava nem ligando, toda vez que a gente se encontrava ela se aproveitava de alguma situação para me humilhar, ou infernizar publicamente usando algo do meu passado, do qual ela infelizmente fazia parte.

Eu juro que se eu pudesse, matava qualquer vestigio, lembrança, local, ou pessoa que tivesse relação com meu passado, mas se não fosse por ele, eu não seria quem eu sou, e por mais dificil que algumas coisas sejam, eu gosto de quem eu me tornei.

Eu coloquei meu vestido preto favorito, e meu cinto vermelho que combinava com o vestido e uma sapatilha branca, e quando todos já estavam prontos nos partimos.

Chegando lá estavam todos de sorrisos nos rostos, a maioria eram falsos, mas tudo bem, fomos bem recebidos e minha mãe ficou conversando com todo mundo, enquanto meu pai e meu irmão jogavam um jogo no psvita do meu pai,já eu infelizmente havia ficado no quarto da Ana, mas eu dei um jeito em tudo, eu coloquei trancas naquilo que realmente importava, e dessa vez, eu estava pronta para qualquer gracinha dela, eu estava pronta para perder o controle e falar poucas e boas que eu já deveria ter falado, mas por sorte, ela resolveu ficar na casa do namorado durante todo o sabado, até a manha de domingo.

Os homens da familia começaram a jogar baralho e futebol de botão durante a tarde enquanto minha mãe e algumas mulheres ficavam cozinhando, lavando louça, fofocando e por ai vai, mas não eu, eu como sempre comecei a desfocar nas ultimas paginas que havia lido do meu livro e comecei a fazer um resumo de tudo o que eu ja sabia, só para minha memoria guardar melhor a historia.

Chegou à parte da noite e todos nos reunimos para jantar, e naquele momento eu agradecia a Ana não estar ali, porque parece uma maldição, sempre os adultos começam a falar da gente na mesa, de tudo o que aconteceu com a gente, e isso eu odiava, era como um momento em que eu tinha vontade de pegar a faca de cortar o frango e arremesar na parede pegar de volta e disser que o proximo que falar alguma coisa iria ficar na mesma situação que a parede.

Mas eu apenas ficava queita e fingia sorrir, os ouvir rindo e comendo como porcos, e como se houvesse alguma coisa pela qual eles poderiam ser felizes, terminei de comer e fui ao quarto, me deitei no meu colchão no chão até ver o Renan entrar, ele veio até mim e pediu que eu contasse a historia dos deuses chefões, que era como ele chamava os três grandes deuses da mitologia grega, Zeus, Hades e Poseidon, eu contei até ele começar a ter sono e minha mãe ir busca-lo e depois não vi mais nada.

Eu estava em um lugar que parecia um parque, porém eu estava em uma parte que não tinha nada, apenas o brilho das estrelas naquela noite escura, eu estava com um vestido branco deitada na grama, e de repente um homem vestindo uma calça jeans e uma camisa social preta se deitou do meu lado e disse:

–Porque as valoriza tanto?

–Não valorizo apenas admiro-Disse vendo a pele estramamente branca dele.

–Cuidado menina, as estrelhas já fizeram muitos homens e mulheres se perderem em seu brilho - Ele disse com sua face aparentando medo, e ao mesmo tempo parecendo não ter sentimento nenhum.

–E me diga, eu já não estou perdida? – Eu perguntei para ele que deu um meio sorriso e moveu sua mão por entre as estrelas.

Acordei com uma das pessoas mais destetaveis olhando para mim, Ana havia chegado, eu fingi não ver ela e fui ao banheiro me arrumar e desci indo tomar café da manhã.

Ela veio atrás e quando eu estava colocando meu suco no copo ela esbarrou em mim, e disse:

–A Larissinha, nunca vai deixar de ser desastrada não é? –Ela perguntou sorrindo.

–No dia em que você deixar de ser mentirosa e invejosa talvez, mas por enquanto, eu vou apenas me retirar – Eu disse deixando ela de boca aberta na cozinha e fui tomar meu café.

Terminando eu fui até o quarto da minha mãe falando que ia para a casa da minha vo, que eu não queria estar ali só para começar, minha mãe gritou comigo durante meia hora, mas depois do meu pai falar que também já estava cansado daquele lugar decidimos então, voltar para casa, e quando voltamos minha mãe me fez arrumar a casa todinha, mas para mim, aquilo era um sonho.

Terminei o dia conversando com alguns grupos do Whatsapp como era de costume e lendo minhas fanfics favoritas.


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