Greycity- Elementis Magi escrita por Selaya


Capítulo 8
Shake that!


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo bem animado pra vocês :D Ficou longo mas estou tentando escrever mais detalhadamente. O nome da música que citei é Lightning- The Wanted.



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Thalia POV’S:

Aquele homem tinha uma aparência assustadora e olhava-me de forma sobrenatural, como se visse em mim algo diferente do que via nos demais. Era óbvio, eu tinha fogo em minhas mãos. Thomas começou a dar largos passos a frente com um sorriso amarelado na boca.

— Pobre garota... É uma boba mesmo. Entregou-se a minha armadilha como um patinho. Subestimei-me ao pensar que Thalia, grande filha de Ed poderia deixar-se de ser enganada... – resmungou o outro enquanto mantinha uma varinha de aproximados 18 centímetros.

— Cara, eu nunca soube que nós usávamos varinhas... Também quero uma junto de uma capa legal, aí podemos virar Hermione e Dumbledore. – resmunguei

O homem nervoso murmurou umas palavras estranhas, talvez latim ou alemão... Ele brandava e as repetia rapidamente, deixando-me confusa. Até que eu estava no chão, sem sentir mais minhas pernas.

— ISSO É GOLPE SUJO! Ótimo, um mago manipulador, que lindo. – rosnei.

— Não somente um mago manipulador cara Thalia, como também um mago negro.

Mantive-me sem palavras. Os magos negros já não haviam sido ex...tintos? Pela seita, é óbvio... Mas se ele era mesmo um deles, já não havia chance de virar o jogo. Ou havia, parcialmente. Uma coisa que eu sabia fazer e talvez, soubesse muito bem: usar meu sarcasmo. Dei uma longa gargalhada e girei a cabeça.

— Um mago negro? Você? Não exagere, se você fosse mesmo um ser tão poderoso não teria de me imobilizar, lutaria comigo sem nem precisar ficar cantando essa musiquinha das Spice Girls. Travaria uma luta por sobrevivência com espadas. Isso, espadas. Agora você é fraco, prefere as coisas fáceis, como derrubar uma linda garotinha, grande mago você é, qual seu crime por tornar-se um mago negro? Roubou um pirulito de criança? HAHA! – exclamei forçando uma risada, mas muito, muito exagerada.

— Como ousa brincar comigo... Eu sou o melhor mago deste mundo, jamais fui derrotado... Com exceção de umas duas ou três pessoas. – disse o rapaz seguindo de outras palavras estranhas que fizeram-me levantar.

Bom, uma dessas pessoas tinha de ser da seita. E o que eles fariam? Bem eles eram líderes, poderiam fazer o que quisessem. Mas eu era possuidora do fogo, eu também deveria fazer alguma coisa que preste.

— Eu e você. No fim do mês. Espadas, sabres ou floretes. – desafiei.

— Por que? Eu poderia acabar com você neste momento. Lhe dar mais uma chance e perder meu tempo, jovem Thalia? Tempo é dinheiro... – disse o homem de cabeça baixa.

— Porque se tu ganhar, não precisará me matar. Eu entrarei pro seu time, eu vou jogar o seu jogo. Agora se eu ganhar, deixará Greycity. – provoquei dando um sorriso, como se estivesse tranquila. Mas a verdade é que eu não sabia usar espadas, mas elas eram melhores do que morrer depois de duas palavras e tal.

— Thalia... Eu aceito seu desafio. Só tente não ser morta antes... Porque muitos querem isto. – murmurou o outro sumindo entre as sombras.

Corri para ver Lizabel. Sua pulsação estava fraca. O que eu deveria fazer? Bom, ensinaram isso na aula de biologia... Mas eu estava muito ocupada olhando para Isaac. Droga! Peguei meu celular para teclar para um táxi, mas não tinha créditos e eles não recebiam chamadas a cobrar. É, eu iria precisar de uma ambulância, mas como eu iria explicar? Não importava. Disquei o número.

Depois de vinte minutos agonizantes, eles chegaram. Não pude ir junto da ambulância pois era menor e não tinha parentesco com ambas. Mas me levaram á delegacia para prestar depoimento.

— [...] Elizabeth me ligou para ajuda-lá e mandar a polícia para o local, mas preferi ir sozinha, não havia tempo a perder. Ela me deu o endereço e eu fui, junto de meu amigo. Ao chegar no bairro, pedi para que ficasse ali pois poderia ser perigoso, ele estava perto de uma farmácia. Entrei no local sem dificuldades,e encontrei Liz desmaiada junto de Elizabeth. Ele riu e deixou-as no chão, fugindo rapidamente, provavelmente achando que ambas estariam mortas. – expliquei.

— Dona Thalia, isto é muito confuso. Este amigo... É amigo mesmo? Quer dizer, é mais perigoso ficar neste bairro pobre do que entrar, talvez... E não havia ninguém na farmácia. Você ao menos viu o rosto do homem? Ou sabe os motivos de ele querer matar ambas?

— Sim, é amigo! Oras, prefiro que ele fique no bairro pobre do que na frente de um assassino. Provavelmente ele foi embora ué, como você disse é muito perigoso... Eu não o vi senhor, ele usava um capuz verde. Também não sei os motivos, porém Elizabeth tem um problema com alcoól e drogas, e Liz é muito bonita... Talvez... – murmurei pensando em uma desculpa.

— Chega disso. Vou leva-lá para casa. Já não vê que esta sofreu demais por hoje? –murmurou Edmund aborrecido.

O policial gordinho assentiu. Papai passou um ombro em minha volta e fomos para casa com seu Chevrolet Prisma, muito silencioso até ele começar a falar.

— Você sabe quem é ele, não sabe? Ele quer... Ele quer que você se junte a ele. Assim como fez com sua mãe. Ele é um destruídor... Você... Ele disse a você que, bem, a seita... – guaguejou.

— Thomas. Líder do lado negro. Sim... O quê? Seita? Disso eu não estou sabendo. Eh, digamos que teremos uma batalha... No fim do mês. – disse levando uma mecha negra para trás da orelha, até que papai freou.

— MAS COMO? Uma batalha Thalia, uma batalha? Ele é um dos magos mais poderosos do mundo e você desafiou-o? Céus, eu luto todos os dias para que não lhe perca e você faz isto! Ele matou sua mãe Thalia. Eu nunca lhe contei. Mas ele disse palavras irreconhecíveis até que ela já não conseguia respirar mais. Asfixiada. Sem uma marca em seu pescoço. E ele vai matar você também! – brandou raivoso, batendo a mão no volante.

— Nada de poderes... Espadas, pai. Você só não acredita em mim. Nunca acreditou. Diz a todos que sou uma filha exemplar, que tem orgulho de mim, mas isto como humana. Talvez você preferisse que eu nascesse uma tola, porque sabe que quando eu chegar, se chegar, na convenção irei morrer. Mas parte da culpa será sua! Você jamais me conta nada! Você nunca me treinou, só quando Toby veio me atacar e já acha que está ótimo. Mas não está pai! E se você não vai me treinar... Conheço alguém que vai. Mesmo que eu saia da linha certa... – murmurei com lágrimas rolando em meu rosto, saindo do carro e correndo para casa. Entrei em meu quarto, pronta para bater a porta e gritar como uma adolescente mimada faz, mas surpreendi-me com Isaac deitado na cama, no topo dos sonhos. Sorri, esperando que quando ele acordasse me desse um sermão. Tirei meus sapatos e coloquei uma camisola de seda e deitei-me ao seu lado, olhando seu cabelo enrolado e com cheiro extremamente bom. Então adormeci.

Finalmente sexta feira! O despertador tocando ao meu lado e eu ainda de olhos fechados. Abri vagamente, procurando Isaac, mas ele não estava mais lá. Fiz um bico e desativei a música que tocava. Meu cabelo estava horrível e uma maquiagem que mal tirei, borrada. Fui ao guarda-roupa pegar meu roupão, mas fiquei surpresa com o acastanhado sentado ali, com semblante perturbado.

— Você realmente tem belas pernas, mas isto não vai fazer com que eu lhe desculpe. – disse ele fechando a cara.

Fiz uma carranca. Estava pronta para gritar, mas lembrei-me que meu pai estava aqui.

— ISAAC! Quem te deu a permissão de ficar me olhando? Há quanto tempo acordou? Posso saber por quê ainda não foi embora? E pare de olhar pra elas! – murmurei muito rapidamente.

— Não preciso dela, já olhei e vou continuar olhando. Acordei um pouco depois de você chegar, fiquei mexendo no seu cabelo e sai da cama, então sentei-me aqui. Não fui embora porque quero explicações. – disse tranquilamente.

Peguei meu roupão e cobri-me, sentando no outro lado do sofá, ainda fazendo uma careta. Não precisava lhe dar explicação nenhuma, então arqueei a sobrancelha e cruzei as pernas, desafiando-o.

— Thalia... Eu não entendo. As pessoas sempre me julgam á primeira vista, dizem que sou um cara metido, vulgar, que sempre teve tudo que quis. Essas mesmas pessoas não sabem que eu daria todo o meu dinheiro para ter meus pais aqui. Eu poderia espalhar para a escola inteira que meus pais moram em Londres porque minha mãe precisa se tratar no fisioterapeuta, mas eu não quero que elas tenham pena de mim. Sabe, eu perdi meu carrinho, era edição limitada e eu estava correndo para esfregar na cara do Jay, voltei para procurar ele, e achei-o no meio da avenida, soltei-me da mão dela e corri para pegar. Quando ela me viu, ela correu e me empurrou para a calçada. Atropelaram ela. Eu só tinha 7 anos, mas tinha que a proteger e não fiz isto.

Já esnobei, já roubei por prazer, já ri de amigos meus, tanto como já peguei as namoradas de alguns deles. Mas quando vi você... Não vou dizer que mudei, porque eu não mudei totalmente. Mas tu tinha um olhar decidido, diferente e eu ouvi tu perguntando de mim para o loiro. Pensei que ele tivesse falado alguma coisa ruim de mim, porque sempre falam e interrompi, fui falar contigo, que foi bem grossa aliás. E isso não é normal. Vamos dizer que gosto um pouco de tu. Não a amo, pois é impossível em uma semana. Mas gosto.Então... Eu só quero te proteger. Mas você evita isso, é independente demais. Isso deveria me afastar, mas me aproxima. Dois polos diferentes se atraem, e isso é tudo tão louco. Eu só queria... Queria que eu te ajudasse, que fizesse alguma coisa por você, entende? Então não tente se afastar, é tudo que eu peço. Não por pena, mas por que... Porque tu sente algo por mim, eu não sei o que, mas sente, só não tente negar. – murmurou o outro tranquilo, rodando uma chave.

Eu simplesmente não sabia o que falar. Gaguejei até que consegui falar alguma coisa.

— Isaac, eu não vou ter dó de você. Todos temos histórias tristes, eu tenho histórias tristes, minha mãe não está mais aqui. Se eu tô aqui, não é por pena. Só acho que devemos... ter calma. E se tu quer fazer algo por mim... Vá para o colégio. Espalhe para todo mundo sobre a festa. Minha suspensão acaba segunda-feira, mas eu quero comemorar. Quero comemorar que Liz está viva. Mandei Chris fazer uns cartazes, mas você tem uma grande lábia. Você pode convence-lós? Bom... quem sabe não tenha uma recompensa? – sorri branco, tentando evitar pensar no rubor concentrado em minhas têmporas.

— Eu adoro recompensas, dona Thalia. Serei um ótimo manipulador. Mas devo chamar todos, até os alunos da faculdade? – perguntou malicioso.

— Todos adoramos. Mas é claro, principalmente Miriã e seu parceiro! E Isaac... Desculpa, viu? Mas quando eu pedir alguma coisa, por favor, tente obedecer. – disse deitando novamente na cama.

— Tentarei, mon chéri.- ele disse piscando e selando um beijo em minha fronte, saindo pela janelas. Se os vizinhos vissem isso... um dia sobe um loiro, no outro desce um acastanhado.

Continuei a pensar. Se Miriã e Toby aparecessem talvez eu pudesse ganhar deles novamente. Como ganho, eles me treinariam, me falariam tudo. Interessante... Essa festa seria mesmo genial. Enquanto Liz e os convidados divertem-se lá embaixo, uma luta ocorreria aqui em cima. Talvez brincar com fogo seja extremamente legal... E eu precisava preparar tudo.

Arrumei-me rapidamente, com um shorts jeans, uma regata branca e uma sapatilha negra. Desci as escadas em talvez, segundos, e lá estava Edmund.

— Mister Edmund, sua filha Thalia pede permissão para fazer uma festa em homenagem a vossa amiga, Lizabel. Por favor, responda-a, e de preferência com um sim, já que o senhor só sabe falar não. – murmurou com a mão na fronte, como um soldado.

— Exagero... Vai ficar com raiva de mim por quanto tempo? E mister Edmund, diz que a festa pode ocorrer, se não tiver bebidas e drogas que adolescentes costumam usar.

— Mister Edmund, terá pessoas de maior, e eles vão querer bebidas! E também petiscos, e tem que ter uma iluminação e tal... Princesa Thalia pede cartão de crédito! – disse batendo o pé.

O mais velho só bufou e entregou o cartão com cuidado murmurando “olha o limite” que fiz questão de ignorar, saindo para o mercado.

Comprei algumas decorações, tudo muito neon e alguns fogos de artifício também. Bebidas, petiscos já prontos e docinhos. Cheguei em casa já arrumando tudo, afinal daqui a pouco começariam a chegar convidados. Por sorte meu pai me ajudou, até receber uma ligação misteriosa e ter de sumir novamente.

Subi e tomei um banho demorado, lavei meu cabelo e coloquei até uns bobes na ponta para que ficassem enrolados. Coloquei um vestido preto quatro dedos acima do joelho, um salto alto branco com lacinho, e fiz uma maquiagem utilizando batom vermelho, delineador e blush. Esperei a noite descer, até que tudo estava pronto. E então a campainha tocou, e vi que era Chris e seu time, já que agora ele fazia parte dos atletas que estavam acompanhados das líderes de torcida. Depois chegaram as patricinhas, os manos, o grupinho do rock, até chegar Liz junto de Isaac. Todos batemos palmas para ela. Mas não pararam de chegar pessoas, menos quem eu desejava: os alunos da faculdade.

A festa estava cheia, e muitos começaram a sair para o jardim, que graças a meu pai, também estava arrumado de um modo “brilhante”. Vê-los ali fora me ocorreu que talvez Miriã e Toby quisessem fazer uma surpresa... Janelas, como não pensei nisso? Ah, eu teria de ir para o andar de cima? Poxa, aqui estava tão animado. E essa música, céus, era a minha música. Comecei a cantar enquanto subia as escadas, aumentando o tom na parte do “I don’t care, i love it!” e até arriscava uns passos. Me ofereceram um cigarro e eu dei uma baforada, bom, ainda estou tossindo. Senti-me ser puxada e já estava preparada para dar uma cotovelada em Miriã ou seu namoradinho. Mas era só Isaac.

— Fumar é muito feio mocinha. E aliás... Seus amiguinhos de faculdade irão vir, mas demoraram porque eles tem jogo de lacrosse. Não sei porque os convidou, são chatos para dedéu. Mas está na hora da minha recompensa, não é? – disse sorrindo de canto.

Olhei assustada para Isaac. Ficar com ele agora? Céus eu deveria estar com cheiro de fumaça! Tinha de haver alguma desculpa... Mas e se eu não quisesse uma desculpa? Aproximei-me do outro e olhei em seus olhos absolutamente azuis. Dei um sorriso e envolvi meus braços em seu pescoço. Fui depositando beijos do seu maxilar até as têmporas. Parei em seu ouvido onde depositei uma mordida e sussurrei: “I love it” até que já estavamos próximos demais para sentir sua respiração. Pousei meu nariz junto do seu e olhei o mais profundo possível em seus olhos. Até que por fim, selei nossos lábios num beijo profundo e carinhoso, onde eu mexia em seu cabelo encaracolado com meu indicador e ele segurava firmemente minha cintura. A sensação foi indescrítivel e só paramos quando já haviam roubado praticamente todo o ar de nossos pulmões. Mas não era a hora de acabar.

Ele me empurrou para um armário onde meu pai guardava seus paletós, verifiquei se a porta estava bem trancada. Tudo muito apertado mas isso não importava.

Somos apenas você, eu e os casacos no quarto dos fundos

Aprendendo o tipo de coisa que não se ensina em escolas

Agora que você está aqui, eu sinto o medo

Com tudo, fica tão claro”

Nós beijamos novamente. Mas dessa vez, vorazmente. Ele abocanhava meu pescoço e brincava puxando meu cabelo. Viciante, no mínimo.

“Me viciei em você logo na primeira vez que nos encontramos

Sem controle como uma descarga elétrica

É, a sua pele, seu toque, o beijo

A adrenalina é demais, lá vai

Quando os seus lábios tocam os meus

É o beijo da vida

Eu sei, sei que pode ser assustador

Podemos também estar brincando com raios”

Tentei recuperar o fôlego, mas tudo estava tão quente. Então meu celular tocou. Tive de mandar Isaac parar de brincar para que pudesse atender. Suspirei tentando manter a voz firme, mas a outra linha falou mais rápido.

— Thalia! Você sumiu da festa, onde tu está? Acho que vai dar rolo, sabe quem chegou? Miriã e Toby! Chris não quer deixa-lós entrar e eles estão furiosos! – murmurou nervosa.

Desliguei o telefone e arrumei meu vestido, saindo dali sem muitas explicações para Isaac. Arrumei meu cabelo que estava totalmente despenteado e coloquei-o para os lados para disfarçar a vermelhidão de meu pescoço. Murmurei “Eles chegaram” e corri para a escadaria.

— Chris, eu convidei-os! Por favor, entrem e desculpem! – disse com a respiração descompassada.

— Desculpamos sim, fofa. Mas eu quero uma pinã colada! E você me dê esse chocolate, céus isso é bom. Parece sorvete! – disse Miriã apontando para a bandeja do outro e roubando um mousse, senti o odor de álcool de sua boca. Ela não estava em jogo nenhum, estava num bar. As coisas seriam mais fáceis do que pensava.

— Acompanhem-me até o quarto. Tem algumas plumas e outras bebidas que só os maiores podem provar. – disse sorrindo.

Miriã correu e Toby andou atrás calmo, desconfiado. Ambos entraram no quarto e viram uma sacola acima da cama. A morena praticamente pulou nela e quando abaixou-se para ver o cachorro no chão, dei uma cotovelada nela. Seu namorado percebeu e mandou uma esfera gelada muito, mas muito rápida. Por segundos atingiria a mim. Mas não atingiu. Apenas fez com que ele engolisse uma pastilha... bem, que o deixaria bem paradinho, ele caiu na cama.

Tranquei a porta e amarrei-os com uma corda. Miriã não atrapalharia e Toby teria de falar.

— Eu quero saber tudo. Quero saber quem quer me matar, o que vocês querem comigo, o que a seita tem a ver com tudo, o clã dos magos negros... Me explique ou ela terá queimaduras bem graves. – ameacei.

— Você ainda não sabe... Edmund, tolo. A seita é o núcleo. Ela vai te matar, antes mesmo da convenção. Nós não queremos nada, só alertar. Se eu fosse você, entraria para o lado negro, eles são os únicos que podem te salvar, Thalia. Este é o caminho de todos os luminosos que querem sobreviver, quem não escolhe-o, morre. A seita é injusta, não é Thalia? Então junte-se a eles, junte-se a nós. – murmurou o outro com dificuldade por causa do paralisante.

— Luminosos? O que é isso? Jamais juntarei-me aquele que matou minha mãe e muito menos a vocês... – gritei confusa.

— Vocês não... Miriã não é igual a nós. Ela é uma fraca, só possui um elemento... Você é igual a mim, e se juntar-se ao lado negro... Quem sabe, juntos... Nós matamos ela. Sei que me deseja, todas desejam. – disse o outro rindo.

— Um elemento? Todos possuem só um elemento! E eu jamais ficaria com você! Eu prefiro morrer com honra.

— Se todos possuem só um elemento... Por quê conseguiu manter-se em pé mesmo depois de eu lhe atacar com gelo? Gelo e fogo... Duas partes de nós. É Thalia, grandes surpresas virão por aí. Junte-se a nós ou morra.

Não aguentei ouvir mais nada. Fechei os olhos e fiz uma esfera celestial para acabar com aquele cara. Joguei-a e surpreendi-me ao abrir os olhos e perceber que o rosto dele estava congelado.

FIM POV'S THALIA


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Notas finais do capítulo

Bom, a partir dos próximos capítulos o bicho vai pegar XD Se tu leu até aqui, parabéns porque esse foi o capítulo mais longo! Hue... Digamos que a luta iria ser nesse capítulo, mas adiei porque quero suspense u.u



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