Greycity- Elementis Magi escrita por Selaya


Capítulo 6
Desespero e situações inesperadas


Notas iniciais do capítulo

Oie, acho que esse daqui ficou melhor. Espero que gostem. Aos poucos a história vai se desenrolando XD



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POV’S THALIA

Embora talvez eu estivesse um pouco bêbada, ainda tinha um pouco de lucidez para perceber o quão ruim isso era. Eu estava a ponto de explodir ao ouvir essa notícia, pois estas palavras doíam mais do que um corte e mais nada me importava se não achar Lizabel. Involuntariamente, as lágrimas rolavam por meu rosto porque eu sabia que ela estava em perigo e sabia que a culpa era minha. Saí gritando o nome da loira e todas aquelas pessoas que há minutos atrás erão extremamente legais por serem diferentes, estavam me causando ânsia por saber que um deles poderia ter sequestrado Liz. Eu gritava e soluçava a ponto de me acharem apenas uma garota fraca e maluca por aí.

— Está na hora de ir para casa, Thalia. –exclamou Chris com o semblante caído.

— Só que eu não vou! Liz pode estar em qualquer lugar no momento, e eu preciso acha-lá! - disse empurrando o loiro e correndo para o sanitário feminino. Observei um pontinho loiro entrando no banheiro e me meti entre a porta. Mas não era ela. Pedi desculpas e sai correndo dali, não havia tempo a perder. Trombei-me com Isaac.

— Preciso acha-lá. Você... poderia, hum... – comecei a gaguejar, rídiculo define.

— Venha... – disse guiando-me para fora dali, com Chris logo atrás. Ele subiu em uma moto pratinada com alguns logos de motoqueiro, e dali tirou dois capacetes sendo um negro e um avermelhado. — Pode subir morena. – disse olhando para o loiro com um sorriso de canto.

— E eu? Você mal a conhece, eu deveria ir! – resmungou o outro. Eu não sabia o que fazer, Edmund sempre me mostrara vídeos de acidentes com motocicletas para traumatizar-me o suficiente para começar a tremer antes de sentar ali.

— Ok, eu vou. Chris, procure pela vizinhança, veja se... Ela voltou para casa, não sei. Vamos Isaac. – disse com firmeza, abotoando o capacete vermelho e subindo na moto.

— Posso não conhecer, mas eu conheço essa morena aqui. E tudo que ela precisar eu vou ajudar, se possível. Não tenha medo morena, segure firme, bem assim, nenhum acidente vai ocorrer se tu segurar bem firme. – disse o outro movimentando minhas mãos para sua cintura, mesmo que elas ainda estivessem frouxas, percebi também sua gargalhada para Chris, como “eu venci” e tal.

O loiro bufou e assobiou para um táxi, ao menos dando um “boa sorte”, e Isaac também não esperou: deu partida numa velocidade bem alta, para mim pelo menos. Segurei com todas as forças possíveis a partir daí, e o acastanhado não reclamou. Fiquei bem atenta para ouvir gritos ou vê-la perambulando pela rua, mas nada. Fomos para o lado contrário e nada que indicasse sua presença, até chegar num escuro beco. Vi uma criança ali com uma bolsa negra, a que Liz levara pra escola. Exclamei para Isaac parar.

— Ei garotinha, você sabe... Bem, essa bolsa é de nossa amiga. Ela é loira, tem olhos bem azuis e lábios grandes sabe? Ela é muito bonita, parece a Cinderela. – exclamou Isaac.

Ao ver a garota de pele bronzeada balançar a cabeça negativamente bufou, e deixou-se escapar uma lágrima, porque doía, sua última esperança ser acabada.

— É óbvio que você a viu. Diga, não iremos fazer nada. Agora se você não contar... Chamaremos a polícia. – ameacei, mesmo que mentira, o que piorou a situação pois a garota abriu um berreiro.

— Mas o quê? Thalia, estou mudando de opinião sobre ter cinco filhos com você, que maldade! Olha menininha, não chore, ela é a bruxa má... Mas eu sou um príncipe, não sou? Pode me contar...

OLHA, o rubor subiu minhas têmporas por vergonha e ira. Liz era a Cinderela e eu a bruxa? Sempre fui considerada por meu pai, a Branca de Neve. E cinco filhos? Oras...

— Ela estava se mexendo mas não muito e um homem com capuz verde carregava ela... Ela deixou a bolsa no chão e eu peguei, quando fui olhar eles tinham sumido... – exclamou a pequena.

Tentei raciocinar: se ela estava se mexendo estava viva.E esse homem devia ter pegado algum outro beco para que a pequena não visse. Estava na hora de ir.

— Vamos senhor príncipe, a bruxa aqui ainda quer encontrar a Cinderela. – bufou andando. — Aliás, fique aí. Eu sei fazer feitiços, posso me virar. – bem, uma parte ele estava certo. Mas a palavra “mago” era mais legal do que “bruxa”.

Eu corri em direção a qualquer beco próximo, percorri deixando todos para trás, mendigos que chamavam por meu nome, ratos de esgoto, baratas. Encontrei um lugar que poderia ser usado em uma cena de crime. Que foi? Tenho que pensar igual um criminoso. O lugar parecia uma fábrica abandonada e era bem sinistro. Adentrei, sem muito esforço, pois o lugar era deserto então podia derreter o cadeado.

Externamente, podia até ser considerado uma fábrica. Internamente, a coisa era feia. Tentei manter silêncio para quem quer que estivesse lá não me percebesse. Mas naquele lugar havia tanto pó que comecei a espirrar. Imediatamente, um homem de capuz surgiu e tive de me esconder atrás dos caixotes.

— Quem está aí? Para o seu bem, renda-se. Dómine, in vero. – vociferou o outro.

Não havia porque ter medo. Eu tinha um elemento ao meu favor. Mostrei-me e observei o rosto do outro contorcido em fúria.

— Oush, velhote. Acha que eu tenho medo de você? Solte Lizabel, onde ela está? – disse tentando parecer firme. Eu não via seu rosto, mas sua mão com pele enrugada denunciava sua idade avançada.

— Garota tola... É cega também? Ela está dormindo, como a bela adormecida. Dei uma erva para ela, não vai mata-lá. – apontou para a parede onde um pontinho loiro estava pendurada pelos braços e presas por fios conectados a uma máquina. — Se continuar aqui, interferindo meu trabalho, terei de dar um choque nela... Alta tensão. Vai tornar seus batimentos mais fracos do que já estão.

— Quem é você e o que quer com a minha amiga? – rosnei, wow, eu estava me sentindo um tigre. Rawrrr

— Eu sou Thomas e sua amiga é especial... Saia daqui agora. – ameaçou com uma grande metralhadora.

— Eu vou, mas estarei com a polícia assim que voltar, seu, seu ELEFANTE! – o motivo do elefante era porque ele aparentava ser mais forte do que era. Mas minhas pernas não se mexiam, porque eu não queria sair dali. Queria atear fogo nesse velho. Mas a regra era clara: nada de magia na frente de... Ele atirou. Senti uma dor e soube que era a hora de ver a luz, fechei os olhos, mas ela não apareceu. Abri os olhos e me vi com a cabeça grudada no chão e olhos atentos e azuis por cima de mim, como um escudo. Isaac.

— No três, corremos. – afirmou ofegante.

— Não tenho capacidade para isso, minhas pernas bambeam. – senti-me fraca e entortei a boca.

— Eu faço o papel delas para você e... TRÊS! Isaac correu me levando em seu colo, colocou-me em sua moto e dirigiu o mais rápido possível.

— Você é vidente ou algo do tipo? Existem muitos becos por aqui. Isaac, conte tudo.

— É óbvio que sou. Vi eu me casando com uma morena de belas pernas alvas e então procurei você por todo canto e te achei aqui, ué. – zombou revirando os olhos. — Você fala alto demais, branca de neve, e ele também. Só que ninguém fala assim com minha princesa.

Senti-me corar. Ok, ele achava minha perna bela? Então porque ele riu? Afê... Não é hora de pensar nisso. Sentia-me desesperada ao lembrar de Lizabel acorrentada por aqueles fios, como uma tortura. D-e-s-e-s-p-e-r-o, era a palavra certa, mesmo que isso não fosse ajudar em nada no problema. Em pouco tempo, chegamos a vizinhança e corri para Chris que estava parado, sentando na beira da estrada.

— Temos novidades, e não é das boas. – disse contando-lhe a história toda.

— Precisamos contar para a mãe... – exclamou o loiro, sendo interrompido por mim. — Não Chris. Ela não é uma mãe, ela é um monstro. Elizabeth não vai ligar, ela trocaria sua filha por uma bebida de marca. – disse séria, mas também agonizada.

— Mas ainda é a mãe dela. Se preferirem eu conto. – ofereceu o acastanhado,

— Ela nem te conhece. Eu vou falar. – rosnou o outro. Leão definia Chris, ele queria ser um líder, o rei.

Nós três batemos na porta da casa simples e colorida com alguns desenhos feitos por Liz e por mim e aquilo foi uma coisa simples que já me deram vontade de chorar. Então ela atendeu.

— Pirralhos fedorentos... O que foi dessa vez? – perguntou a loira, soprando a fumaça para o meu rosto.

— Elizabeth, você é um lixo de pessoa. Mas, enfim... A Liz sumiu. É isso, estamos desesperados e ela sumiu. – optou por não contar sobre a parte do velho do capuz. A loura ficou boqueaberta e pois-se a chorar.

— Eu sou um lixo... Lizabel. Leonard, eu perdi nossa filha! – gritou a outra. E eu senti o cheiro de bebida.

— Vamos... Precisamos voltar para lá. – exclamou Isaac guiando-me.

Liguei para a polícia e registrei o caso. Desta vez, pegamos um táxi e ficamos esperando a polícia na frente da fábrica, observando qualquer movimento. O velho saiu uma vez para fora e nos avistou, correndo novamente para dentro. Ninguém sairia dali.

A polícia chegou e disseram para nós mantermos longe. Mas é óbvio que eu não iria. Segui eles, e disse para Isaac e Chris ficarem ali.

— Se você for, eu vou. Tenho que proteger minha morena. – exclamou o acastanhado, provocando. Isaac era a única pessoa que eu não conseguia conselhar com um animal.

— Se vocês vão, eu também vou. Tenho que proteger minha boyzinho. – rosnou o leão, ops Chris.

— Vão só vocês dois. Oh Alex Pettyfer dois, por favor, fique no carro, não queremos chamar atenção. – disse o policial afrodescendente.

— Eu não sou parecido com o Alex Pettyfer. E você não vai dizer nada? – murmurou Chris nervoso para o policial gorduchinho que comia uma rosquinha.

— Você é igualzinho a ele. Vamos gente? Quero passar na Pizza Maker ainda. – disse por fim, batendo a palma da mão para o açúcar do doce sair.

Eles entraram primeiro, com revólveres na mão, e Isaac logo depois e por fim eu, miúda e protegida. Eles pararam bruscamente e abriram a boca.

— Senhora... Não tem nada aqui. Literalmente nada. – murmurou o policial olhando aquele vasto espaço vazio. Nada de caixas, máquinas, nem de Liz. Mesmo vigiando, ele encontrou alguma forma de sair... O misterioso homem de capuz verde.

FIM POV’S THALIA.


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Notas finais do capítulo

Pra mim, nada é mais certeiro do que o Chris como o Alex Pettyfer, logo quando pensei nele, surgiu isso :D Espero que tenham gostado desse capítulo, porque o outro ficou horrível .-.



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