À Sombra da Justiça escrita por BadWolf


Capítulo 28
Virando a Mesa


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que estejam recuperados a respeito do último capítulo para algo surpreendente...

Nossa fanfic está em reta final, mas ainda há algumas coisas para serem definidas.


Em especial, o desfecho do nosso tenaz e intrometido Inspetor, Edmund Reid...
(Não sei se vocês sentiram falta dele, confesso que adorei escrever suas alfinetadas contra o Holmes, rs)

Depois dos próximos acontecimentos, eu vou ficar meio chateada com ele. Acho que vocês também. Ainda tô pensando se vale a pena dar um final legal pra ele.

Boa leitura!



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Delegacia de Whitechapel, Divisão H

Lemon Street. Londres, Inglaterra. 18 de Junho de 1894.



Edmund Reid estava assentado em sua mesa. Olhava para o relógio, que lhe dizia ser três e cinco da tarde. Ele estava esperando uma visita. Informal, aparentemente. Informal dependendo do rumo que aquela conversa teria, ou então, ele faria a prisão mais memorável de sua carreira. Esse fato lhe fazia sorrir. Ele sentia-se parabenizando a si mesmo por sua capacidade de ter reunido todos os pontos, de ter transcendido a todos. De fato, a Scotland Yard perdia um talento com a insistência em não dar-lhe o cargo de Detetive Inspetor-Chefe por causa do caso mal-sucedido com o Estripador. Mas ele duvidava que a resistência permaneceria depois do que ele poderia fazer naquela tarde. Afinal, ninguém jamais poderia imaginar o que ele descobriu. E seria prazeroso lançar isso diante justamente dele, a pessoa mais arrogante e insuportavelmente competente que o inspetor tivera o desprezar de conhecer.

–Mr. Reid, Mr. Holmes acaba de chegar.

O inspetor voltou seus olhos azuis do papel para o jovem guarda.

–Peça que entre. – disse.

Bem na hora, Detetive Consultor... Veremos o seu papel se inverter.

Holmes apresentou-se prontamente à Delegacia. Estranhou uma espécie de sorriso malicioso no rosto de Reid, que foi ocultado pelo inspetor rapidamente – mas o suficiente para que ele notasse. Aquela parecia ser uma visita normal, talvez para elucidar algum ponto do caso de Esther.

–Ainda faz-se necessário algum depoimento, inspetor? Pensei que já tivesse dito tudo que sei sobre o lamentável ocorrido com Mrs. Sigerson.

–Sim, Mr. Holmes, juridicamente está tudo certo, mas há algo que, digamos, localiza-se fora deste caso, mas não totalmente fora da esfera criminal.

Holmes franziu uma sobrancelha.

–Os Yarders nunca foram bons em parecer dúbios, inspetor. Agradeceria se o senhor me poupasse disso e fosse direto ao ponto.

Reid deixou escapar, outra vez, o sorriso malicioso.

–Sigerson. – proferiu o nome com certo deboche. – Um sobrenome exótico, não? Siger's Son... Ouvi dizer que era norueguês...

–Possivelmente. – disse Holmes, tentando escapar daquela conversa. – Mas eu não entendo aonde o senhor...

–Como foi mesmo que Hans te chamou naquele beco, Mr. Holmes? “Sigerson”, não é? Meus ouvidos são bem sensíveis a nomes estranhos, e eu me recordo deles sempre que ouço. Ele ficou registrado aqui... – disse Reid, apontando para sua própria cabeça. – Porque algo me disse que eu poderia usar.

–O nosso cérebro é um porão onde guardamos memórias e processos em geral, e é recomendável apenas guardar o que é útil. Sinto dizer, inspetor, que o senhor não está fazendo bom uso dele.

O inspetor se desviava da estratégia de Holmes.

–Será que não estou, Mr. Holmes? Porque parece que estou diante de um reconhecido caso de falsificação de documentos e falsidade ideológica, no mínimo. Mas o que é mais intrigante é encontrar uma mulher casada com esse sobrenome tão exótico... Sigerson... Tomei a liberdade e pedi uma busca no Departamento de Identidades da Grã-Bretanha, e esse sobrenome não existe. Apareceu pela primeira vez, em 1894, nos documentos de uma Igreja Anglicana localizada em Sussex, onde foi registrado o casamento de... – Reid puxou de uma pasta um documento. – John Sigerson, norueguês, nascido em 8 de Fevereiro de 1850, e Sophie Evans, francesa, nascida em 15 de Julho de 1865... E há também outra coisa: puxei a relação das testemunhas, e percebi que são todos funcionários do Ministério das Relações Exteriores... Não é aonde o seu irmão trabalha?

Holmes permaneceu em silêncio. Reid continuou, sentindo-se vitorioso.

. -Tive uma conversinha com Hans, que depois de umas cervejas contou-me mais sobre esse John Sigerson. Lutador de boxe, violinista... Acredita que encontrei até mesmo registros de certo John Sigerson em pesquisas de Química na Universidade de Montpellier, na França? Não eram estas as suas habilidades, Mr. Holmes?

Holmes parecia completamente sério, mas indisposto a revelar a verdade.

–Mas agora, falaremos da moça. Sophie Sigerson, née Evans... Professora secundarista em um Colégio de Meninas de Londres... Agora professora em uma Universidade... Parece que a vida dela antes de 1892 não existia... Da mesma maneira que esse John Sigerson... Será que posso assumir que são dois casos de falsificação de documentos?

–Por quê não me diz logo aonde o senhor quer chegar, inspetor? – disse Holmes, não gostando da perspectiva de ver Esther ser investigada.

Reid parecia ainda mais satisfeito, com a sensação de que estava conseguindo deixar Holmes encurralado como um coelho. Além de provar que era inteligente.

–Eu sei que você, Sherlock Holmes, é uma farsa. Toda aquela imagem pintada pelo Dr. Watson é uma grande farsa. Misógino, desprezador do belo sexo, honesto... Uma grande mentira. Você mantém um casamento secreto.

Holmes suspirava, tentando provoca-lo.

–Prove, senhor inspetor. Porque tudo isso não passa de provas circunstanciais misturadas a um bom delírio de um policial que jamais conseguiu prender um assassino em série e quer descontar em pessoas bem-sucedidas.

–Não tente me provocar, Mr. Holmes. Eu já entendi sua tática. O fato é que, verdade ou mentira, isso não fará bem a sua imagem, se divulgado.

–Eu não me importo com a minha imagem, inspetor. Apenas faço o meu trabalho, e Watson os narra para o Strand. Não estou preocupado com isso. Como o senhor é testemunha, sofro todo tipo de boato a meu respeito. Esse só será mais um.

–Que tipo de arma você usa, Mr. Holmes? – perguntou Reid, ignorando seus apelos.

–Colt n° 15. Aceita projéteis de .38, se é isso que quer saber.

Os olhos de Reid se arregalaram, mas o inspetor voltou ao seu ar presunçoso. – Podemos presumir, então, que está o tempo todo carregando a arma que matou Jeffrey Carlston Holmes com o senhor, Mr. Holmes...

Holmes o interrompeu com um gesto: estendeu seus dois punhos, virados, com o olhar irônico, deixando Reid em estado de pura ira por isso.

–Prenda-me, inspetor. Por falsidade ideológica, homicídio, o que preferir. Faça isto e eu garanto que será o seu último ato como detetive inspetor da Scotland Yard.

Deixando um furioso Reid bufando, Holmes levantou-se, pegando o seu chapéu.

–Foi o que eu pensei. Adeus, caro inspetor.

Mas embora estivesse furioso com o gesto arrogante e petulante do detetive, o inspetor Reid continuou, no momento em que Holmes já estava com a mão na maçaneta da porta.

–Mas e quanto à moça, Mr. Holmes? Deixará que ela caia no falatório de viver um casamento secreto com o mais convicto solteirão de Londres? O que acha que dirão disso, quando vir à tona?

Holmes suspirou, virando-se de volta a Reid.

–O que o senhor quer com tudo isso, inspetor? Trazer mais dor a ela?

–Não. De forma alguma.

–Então, seja claro. – ordenou Holmes. – Aonde esta maldita conversa está nos levando?

–Há algo que do Estripador que sei que está em seu poder.

Holmes suspirou. – Chantagem, então.

–Eu soube que você esteve no East End, utilizando-se de meu distintivo roubado para obter informações, mas saiba que esta foi a última vez que eu permiti que o senhor atrapalhasse as minhas investigações. Norah me revelou que entregou um diário a Sophie Sigerson, tencionando uma tradução. Fiz uma busca no apartamento e não mais o encontrei, nem mesmo Mrs. Sigerson soube me informar de seu paradeiro. Agora que sei de sua relação com a mulher, eu gostaria que me devolvesse o Diário de Carlston Holmes, porque eu sei que ela mentiu e que ele só pode estar em sua posse.

–O que lhe faz pensar que o diário era de Carlston Holmes? O depoimento de James Stewart?

O inspetor confirmou com a cabeça, sem entender. Holmes sorriu.

–Se o senhor tiver paciência, inspetor Reid, poderá esperar por uns trinta minutos, que eu trarei o Diário. Deixarei você lê-lo e tirar suas próprias conclusões.

–Não mesmo. Não vou deixar você sair daqui livremente. Eu vou com você.

Holmes rolou os olhos, impaciente. – Que seja, inspetor.



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Foram os trinta minutos mais demorados de toda a vida de Reid. Dentro do cabriolé, os dois ocupantes pareciam em um silêncio mordaz.

–Então, o senhor é mesmo casado? – perguntou Reid, com zombaria. – Esperava ouvir uma negativa, eu confesso.

–Não há o que negar diante da obviedade de tantos fatos, Mr. Reid, muito embora sua teoria fosse parecer louca em um tribunal e facilmente desmentida caso divulgada na imprensa. Faço isso apenas por Mrs. Sigerson.

–É assim que você a chama? Mrs. Sigerson?

–Não, mas acredito que o conhecimento de como eu a chamo intimamente não está incluído em nossas negociações. Só estou fazendo isso porque quero poupá-la de mais esse desgaste, e também porque não me custa nada devolver esse diário. A propósito, o que o senhor faria se eu não lhe entregasse? Contaria tudo à imprensa?

–À imprensa eu não sei, mas com toda a certeza ao Dr. Watson.

–E o que lhe faz acreditar que Dr. Watson não sabe?

Reid sorriu. – Ele ainda é seu amigo. Ou acha que não chegou ao meu conhecimento que Mrs. Sigerson antes de se casar com este suposto “John Sigerson” foi noiva de seu melhor amigo?

Holmes bufou.

–Sinto dizer, Mr. Holmes, mas um dia ele terá de saber e esse será o fim de sua amizade e parceria. A incrível dupla, Sherlock Holmes e Dr. Watson, separados porque se apaixonaram pela mesma mulher... É, ninguém está imune a isso.

–O senhor realmente rastreou os meus passos nestes últimos meses? Pensei que estaria ocupado tentando salvar o seu casamento...

Reid suspirou forte. – Norah irá embora para a América. Não quer mais saber de mim. Parece que a família está providenciando um casamento dela com um primo de lá. Foi o que ela me contou, em nosso último encontro.

–Pena, Reid. Meus pêsames por seu casamento. Embora eu não pense que a moça tenha feito um mau negócio tomando essa decisão. – alfinetou Holmes.

–Sabe, eu fico pensando cá, com meus botões... Que tipo de mulher se sujeitaria a viver um casamento secreto? Pior: com alguém como... Você? – Reid começou a rir, deixando Holmes desconcertado.

–Gostaria de entender, sr. Inspetor, qual é o seu real problema com a minha pessoa... Por que tomas tal juízo de mim?

–“Por que tomas tal juízo de mim?” – disse Reid, numa voz afetada. – Ora, mas basta ver suas maneiras, Mr. Holmes! Irritantemente afeminado...

–O QUÊ?! – indignou-se Holmes, com o rosto vermelho em fúria.

–Talvez porque essa moça goste de estar acompanhado o tempo todo de moças, ou...

Reid não conseguiu terminar a frase. Recebeu, para sua consternação, um soco direto de Holmes. Sentindo o maxilar, o inspetor revidou, dando um soco, mas Holmes o deteve.

–Se me chamar de efeminado outra vez, inspetor... Prometo que não respondo por mim! – disse Holmes.

–Os fatos falam por si só! Se não fosse tão discreto, eu poderia prendê-lo por práticas sodomitas e manda-lo fazer trabalhos forçados. Quem sabe assim não viraria homem...

Holmes não aguentou as provocações, e deu mais um soco, mas desta vez Reid o deteve, e ambos permaneceram se atracando. Holmes estrangulando Reid, que quase roxo, estava perto de desmaiar.

–Peça desculpas! Peça! – exigia Holmes. – “Desculpe-me, Mr. Holmes, não sei porquê eu disse tamanho absurdo”, ou eu prestarei queixas por difamação!

O inspetor negativava. Ao perceber que ele estava em vias de desmaiar, Holmes o soltou. O inspetor ficou tentando se recompor, respirando profundamente, depois de ficar com o ar privado por um tempo.

–Não vai pedir desculpas? - perguntou Holmes, furioso.

–Bons argumentos... Resolvem-se... em ringues... Não, não vou...

Holmes bufou. – Não estamos em um ringue, seu idiota. Estamos em um maldito cabriolé.

–Sua sorte. Eu já venci três vezes o Campeonato de Boxe da Scotland Yard... – disse Reid, enquanto se arrumava.

–E eu luto no Clube Bloody Lion.

Reid ergueu uma sobrancelha. – Você? Franzino desse jeito? Não aguentaria uma luta naquele clube de selvagens!

–Oh, mas eu luto. Conhece o Bloody Lion, não? Lutadores de rua, em sua maioria estivadores, assassinos de aluguel... Local praticamente sem lei, sem regras de combate... Na última vez que lutei lá, venci Bob Mackenzie...

–Aquele irlandês de dois metros de altura? – Reid estava descrente. – Duvido muito... Ele usaria alguém como você para palitar os dentes...

–Eu o nocauteei. E não foi a primeira vez. Era uma revanche. Dele.

Reid parecia ainda não acreditar. Holmes fez uma lista.

–Red Johnson, Morrison Strauss, Leo Burney, Chuck Travis, Eric Dalton, Nigel Island... Hm… Quem mais eu já nocauteei mesmo? Ah, Joe The Brave e Big Arnold. Não costumo contar as vitórias, só os nocautes.

–E-Eu vou me informar melhor.

Ele está mentindo, só pode.

–Ainda tem certeza de que vai optar por um ringue, inspetor? Porque há um engarrafamento até minha casa por conta da obra na Principal Street e ainda temos tempo de resolver nossas diferenças de maneira civilizada.

Reid bufou.

–Ainda acredito que esse casamento é de fachada...

–Um casamento secreto e de fachada? Francamente, inspetor... Suas teorias estão perdendo por completo o mínimo da lógica.

–Ora Holmes, agora falando francamente: você divide apartamento há anos com um homem solteiro, se diz enojado ao sexo feminino...

–Ah, ah! – negou Holmes. – Eu jamais usei a palavra “enojado” para referir minha posição quanto ao sexo feminino...

Mas Reid o ignorou. -... Não é casado, jamais se teve conhecimento algum de seu relacionamento com mulher alguma, e você vem me dizer que esse casamento não é de aparências? – perguntava Reid, num tom divertido, porém sem soar ofensivo. – Mas ora, isso é...

–Ela estava grávida, Reid. – Holmes o interrompeu, por fim.

Houve um silêncio desconfortável no cabriolé.

Estava? – foi a única palavra que Reid pôde usar. Holmes confirmou com a cabeça, tentando esconder sua tristeza.

Claro. O estupro a fez abortar. Oh, pobre homem, e eu aqui tirando más conclusões a seu respeito...

–Por favor, não me dê consolo. Acredito que você é a última pessoa a quem eu gostaria de receber.

–Por que então, um casamento imerso a tanto segredo, Mr. Holmes? Porque deixar que outros como eu pensem algo equivocado a seu respeito? Eu confesso que não entendo...

–Se eu lhe perguntasse o quanto você seria capaz de abdicar apenas para manter Norah em segurança, o que você me diria?

–Todos os meus recursos. Até o impossível. – disse Reid, convicto.

–Pois bem. Proteção é a chave de tudo. Não, Reid. Eu sou um civil, não um policial. Minha profissão tem riscos e eu não quero envolve-la nisto. No meu último grande caso, do Professor Moriarty, eu coloquei a vida de todos ao meu redor em perigo. Meu amigo e parceiro, minha senhoria. Mesmo a de meu irmão foi ameaçada pelo Professor. O que eu puder fazer para deixa-la fora disso, a salvo das implicações de minha profissão, eu farei.

O inspetor parecia refletir.

–Você não conseguiu mantê-la a salvo, mesmo assim. Afinal de contas, ela foi... Estuprada.

A palavra doía a Holmes, e Reid percebeu sua dor. Ele dissera isso de propósito, para ver qual seria sua reação confrontando-o com algo doloroso. O semblante quebrado de Holmes, ainda que momentaneamente, lhe fez confirmar toda a verdade do casamento.

–Não. – disse Holmes. – Mas quem é que está a salvo por completo? Mas garanto que sendo Mrs. Holmes, ela estará em pior condição.

Reid pensou melhor. Depois de instantes em silêncio, ele disse.

–Obrigado.

Holmes ergueu uma sobrancelha, em descrença.

–A minutos atrás, você me desafiou a uma luta e agora me diz “obrigado”?

–Por compartilhar todo o seu segredo com um completo estranho. Pior: um estranho que você detesta.

–Não gratuitamente. Você levou a isto. Enfim, faço isto porque posso confiar em você, além de saber de sua incapacidade de conduzir isso adiante em um tribunal sem fracassar. – disse Holmes, num tom arrogante. – Fora que não estou chateado com a chantagem. Creio que eu faria algo semelhante, em sua situação, embora eu lamente dizer que o que descobrirá esta tarde poderia ser descoberto, se você fosse mais atento a homicídios comuns que acontecem em Whitechapel.

Reid franziu uma testa, sem entender. Deixou a questão sem resposta, pois já estavam perto de Baker Street.


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Notas finais do capítulo

Alguém sentiu-se vingado por Holmes finalmente reagir às provocações de Reid?
Dessa vez o inspetor foi longe demais, rsrs Casamento de fachada, Reid?! E secreto?! Realmente, não faz sentido.

E você, Reid, tá parecendo desapontado demais em saber que Holmes não é um invertido... Quem muito persegue acaba amando.. #FaloNada

Brinks, ele gosta da Norah, é dela que eu tenho pena mesmo. Acho que um suposto final feliz seria a infelicidade, por ficar com um cara tão bronco (embora eu admita que ele foi bem inteligente em descobrir a farsa do Sigerson, uma salva de palmas pra ele) Será mais por causa disso que o Holmes irá entregar o diário. Talvez porque ele mereça saber a verdade.

Lembrem-se das palavras do rabino: a história verdadeira de Jack pode trazer consequências devastadoras. Se Holmes se viu nesse dilema, veremos agora como reagirá o tenaz inspetor Reid. Será capaz de causar a destruição de milhares de judeus em nome do sucesso?

(E para quem não sabe, o caso de Jack na época encontrou um obstáculo assim. Uma pista foi destruída porque mencionava os judeus como culpados, e a polícia temia na época que isso causasse represálias a todos os judeus. Inclusive, judeus foram suspeitos do crime, porque Whitechapel tinha muitos deles. Os judeus são perseguidos desde bem antes do Holocausto, infelizmente)

Bom, quem ainda está com vontade de dar uma saraivada no Reid, pode despejar sua raivinha na caixinha de baixo. Obrigada por acompanharem.






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