Prisioneiros escrita por Mrs Know All


Capítulo 9
Sra. Sabe-Tudo


Notas iniciais do capítulo

OMG, OMG, OMG! GANHEI UMA RECOMENDAÇÃO! Quase tive um mini heart attack quando vi a recomendação da Josie Ramos, a primeira de Prisoneiros. Surtei. E por causa dela, estou postando mais cedo. Esse capítulo é todo em homenagem a ela.
Então aqui está um trato, cada recomendação, postarei praticamente imediatamente, assim quem sabe eu ganho mais. -nnn
Mas...
Eu estou triste, os comentários estão diminuindo, pessoas que comentaram antes, não voltaram a comentar, porque isso? Não gostaram do capítulo anterior? Comentem o porque de não terem comentado o outro. Obrigada. De nada.
Quero agradecer aos comentários grandes que recebi, amo responder comentários grandes ♥
Beijocas da Nanda e nos vemos lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/487467/chapter/9

Capítulo 8 – Sra. Sabe-Tudo

Hogwarts acordava lentamente o sol já estava forte no céu quando os primeiros bruxos começaram a despertar e procurar os seus afazeres. No quarto dos Monitores Chefes não foi diferente, embora o aconchego trazido pelos cobertores da cama fosse mais agradável do que aquele dia quente de verão Hermione Granger abriu os olhos, logo os fechando novamente por causa do impacto provocado pela claridade do quarto. Ao abri-los novamente percebeu que o lado direito da cama estava vazio. Talvez tudo aquilo fosse um sonho, ela não estava realmente pressa com Draco Malfoy. Talvez ela não tivesse beijado o Malfoy. Talvez a Guerra nem houvesse acabado.

– Bom dia Sra. Sabe-Tudo. – a voz aveludada de Draco Malfoy pronunciou as palavras lentamente fazendo com que ela saísse dos seus devaneios, percebendo que a realidade era mesmo a realidade.

Hermione esfregou os olhos, só então se levantando de verdade, ela usava vestes brancas substituindo o pijama estampado de livros que Draco lhe infernizara para trocar, nos primeiros dias juntos. A sua frente estava posta uma bela mesa com os mais diferentes tipos de pratos, desde a frutas à tortas de amora, preferidas de garota. Na cabeceira da mesa, sentado tomando seu próprio café da manhã, estava Draco Malfoy, os seus olhos azuis acinzentados pareciam conter um brilho diferente e o sorriso tão raro enchia-lhe o rosto.

– De onde veio isso tudo? – Hermione perguntou estranhando a aparição de tanta comida, afinal na maioria das vezes, eles se contentam com os restos trazidos por Gina Weasley do que sobrava do Salão Principal, e a garota poderia garantir que não era muito.

– Achei que estaria com fome. – ele deu de ombros bebendo mais um pouco de Suco de Abóbora sem tirar os olhos da garota, questionando a si mesmo como Hermione passaria a agir a partir de agora.

O estômago de Hermione roncou assim que o loiro terminou a frase fazendo o loiro rir deixando a garota sem graça.

– Acertou em cheio. – a Grifinória respondeu sentando-se para comer e levantando as duas mãos, sinalizando que estava se rendendo.

Depois de terminarem de comer e se arrumarem, os dois saíram apressados para a aula de Trato de Criaturas Mágicas partilhada com a Grifinória, Hagrid, o atual professor, falaria sobre criaturas raras como os unicórnios, não por alta periculosidade mas porque devem ser tratados com muito respeito.

Ao chegarem ao grupo de alunos no jardim a aula já havia começado, todos os alunos estavam sentados no chão assistindo as palavras de Hagrid.

– Devido às propriedades mágicas de seu sangue e pêlo, o unicórnio é um animal extremamente orgulhoso e desconfiado, devendo ser tratado com extremo respeito, o que torna sua captura difícil. – Hagrid fala olhando para Draco e Hermione lembrando-os a terrível lembrança que Draco e Harry partilharam durante o primeiro ano, onde viram Voldemort bebendo sangue de um unicórnio através do Profº Quirrell para sobreviver. Episódio o qual Draco fugiu com medo ao ver aquela cena tão brutal.

Draco desviou sua atenção de Hagrid abaixando o olhar, observando a grama verde do jardim, seu rosto parecia um pouco mais pálido do que de costume. Hermione não notara a mudança do garoto, apenas continuou a rabiscar a folha do pergaminho com anotações sobre a aula.

– Evita o contato com qualquer humano, até mesmo com bruxos, preferindo apenas o contato com bruxas. Quando filhotes, são absolutamente dourados e mais fáceis de localizar que os adultos, só ficando branco-puro quando atingem a idade adulta. Dizem que o sangue possui a capacidade de manter uma pessoa a beira da morte viva, mas sua morte é algo terrível. Por ser um animal puro e indefeso a morte de um unicórnio amaldiçoa seu sangue, tornando quem o bebe uma pessoa condenada a uma semivida, uma vida amaldiçoada.

Alguns murmurinhos rodam os alunos do sétimo ano, várias das histórias de fatos da vida do Lord Voldemort saíram a público após sua derrota.

– Draco você está bem? – Hermione perguntou, só então percebendo que o garoto começava a ficar mais pálido aumentando as olheiras roxas e os lábios perdendo o pouco sangue que ali tinha.

A mão pálida de Hermione subiu entre as cabeças de tantas pessoas chamando a atenção de Hagrid para ela.

– Sim Srta. Granger? – Hagrid deu-lhe autorização para falar.

– Draco está passando mal, posso levá-lo até a Ala Hospitalar? – só depois que terminou de falar que notou que o chamara pelo primeiro nome, xingando-se mentalmente ao perceber que todos ao seu redor haviam notado a gafe e no jantar já estariam comentando.

Harry e Rony se entreolharam, o ruivo fechando a cara como se a castanha houvesse xingado a sua própria mãe.

– Claro, Herm... Srta. Granger. – Hagrid falou rapidamente passando a mão sobre as longas barbas marrons voltando a atenção para outra mão levantada, respondendo as dúvidas geradas sobre os unicórnios.

– É verdade, que o Lord das Trevas só sobreviveu por causa do sangue de unicórnio? – a pergunta gerou mais balburdia, porém a castanha e o loiro já estavam se distanciando e não conseguiram ouvir a repercussão causada por conta daquela pergunta.

Já estavam chegando na Ala Hospitalar, Draco sendo praticamente carregado por Hermione, quando ele simplesmente deixou-se cair no chão, fazendo a castanha dar um grito por causa do susto tomado.

– Draco?! – ela ajoelhou-se ao seu lado tentando entender o que estava acontecendo com o Sonserino. As pálpebras deste estavam semicerradas dando-lhe uma aparência de desmaio. – O que aconteceu, você está bem? Draco! Fale alguma coisa.

Ela aproximou o rosto do nariz do garoto tentando checar a respiração, mas sendo pega de surpresa por lábios frios encostando-se nos seus fazendo um arrepio percorrer a sua coluna e a garota se assustasse recuando.

– MALFOY! O que é isso? – a castanha corou ainda confusa.

– Nós dois fugindo da aula, ainda não percebeu? – o garoto se levantou correndo puxando Hermione pelo braço abrindo um Armário de Vassouras próximo dali entrando com ela. A Grifinória fez menção de que falaria algo, mas o loiro colocou um dedo sobre seus lábios fazendo-a silenciar. Alguns segundos depois, a voz de Filch conversando com Madame Nora pode ser percebida.

Só quando os passos já não conseguiam ser ouvidos por eles, Draco retirou o dedo dos lábios da menina a deixando falar.

– Você está louco? Perder aula? De onde você tirou essa ideia? Como pretende passar nos N.I.E.M's desse jeito? Porque você fez isso, está louco? Vamos voltar imediatamente para a aula. – a voz irritante da Hermione Sabe-Tudo voltava a aparecer fazendo com que Draco revirasse os olhos e respirasse fundo para não sacudi-la.

– Claro que não, será muito pior se voltarmos. – ele respondeu quando ela finalmente se acalmou e parou de gritar. – Como você acha que eu poderia fazer isso no meio daquela aula?

Ele aproveitou do aperto provocado pelo pequeno tamanho do Armário de Vassouras e a colocou contra a parede, roçando os lábios nos delas, enquanto suas mãos se colocavam sobre o quadril dela puxando-os para si mesmo. Hermione suspirou esperando os lábios deles se tocassem, deixando de lado os motivos por estar gritando com o loiro, mas Draco simplesmente os pousou sobre o pescoço dela descoberto o mordiscando descendo para a clavícula a enchendo de beijos. Hermione ficou sem ação ele estava testando todo o seu autocontrole, que era muito, mas todo seu corpo dizia que Draco era confiável que poderia entregar-se a ele naquele momento, que naqueles braços estaria segura, naqueles braços não havia mais guerra, mais mortes, naqueles braços só haveria paz. Sua mente a alertava que era arriscado, ele era um ex-Comensal, tentara matar seus amigos várias vezes. Quando Bellatrix a torturava ele estava lá, apenas a olhando, nunca levantou um dedo para o que fora feito de errado.

As mãos de Draco passeavam pelas curvas de Hermione Granger levando todas as fracas resistências de Hermione embora.

“Ele era um comensal! Ele tentou matar... Ele é mal... Ele... Ele só é um garoto.”. Nenhum pensamento parecia ter lógica, a única coisa que tinha lógica era os lábios, agora quentes, deixando uma trilha de fogo no pescoço da Grifinória.

“Sei que isso era o certo para você e que você foi educado assim, mas isso não vai mudar o que você fez. Assim como você passar milhões de anos ao meu lado não mudará o fato do que você fez para com a Pansy. Você pode mudar, se arrepender, mas não mudará o que você fez. Então, para mim você sempre será o Malfoy.” Aquelas eram as palavras dela, porque aquilo parecia tão difícil de acreditar agora? Tudo o que ele havia feito parecia estar sendo dissolvido.

Era como se estivessem mexendo na mente de Hermione.

"Às vezes, é preciso parar de nadar contra a corrente e ver no que vai dar."

Ela empurrou Draco para a parede oposta à que eles estavam, os motivos para ela se manter afastada dele haviam “evaporado” ela só conseguia pensar na boca de Draco, na língua de Draco, no hálito de Draco, o cabelo de Draco, os olhos de Draco, em Draco.

Hermione o beijou com força, segurando os fios curtos do cabelo do menino, esquecendo-se totalmente da necessidade de ambos de respirar. Obrigando os lábios já inchados de Draco a darem passagem para a própria língua, num misto de hortelã que a fazia suspirar. Os dedos que estavam entrelaçados no cabelo de Draco, puxaram o mesmo numa necessidade urgente enquanto a outra mão invadia suas vestes tocando o peitoral definido que antigamente era magricela. Draco não perdeu tempo, puxou mais Hermione para si, diminuindo o espaço entre ambos e tateando com as mãos em busca de mais, sempre mais.

– Draco... – Hermione sussurrou ofegante o nome dele encarando os olhos azuis acinzentados, ali não havia a arrogância e a superioridade já tão conhecida dos Malfoy, ali surgia uma coisa nova, o desejo. O desejo pelo indesejável.

Malfoy estava a espera que ela lhe desse a autorização para que ambos saíssem dali para seu quarto, onde poderiam continuar.

– Precisamos voltar para a aula. – ela disse se afastando do garoto arrumando as vestes e recuperando o seu autocontrole enquanto empurrava Draco para fora do armário de vassouras.

– Você é muito santa Granger. – Malfoy suspirou as palavras lutando consigo mesmo para continuar andando e não puxar a castanha de volta para aquele Armário de Vassouras.

Hermione fechou a cara puxando o loiro pelos corredores do castelo, a aula já estava próximo de acabar e Malfoy tinha razão seria pior se eles voltassem, ainda de mau gosto a garota entortou os lábios e pegou uma das escadas que daria para o quinto andar em direção ao próprio quarto, ficando corada ao pensar no que havia acontecido no Armário de Vassouras e para onde eles estavam indo agora.

Grope. – a garota anunciou adentrando no quarto acompanhada de Draco.

– Hermione. – o loiro chamou fechando a porta. – Desculpe por fazer você perder o restante da aula, mas eu não vou me desculpar pelo que eu...

– Cale a boca e olhe isso aqui. – Hermione o interrompeu de maneira ríspida fazendo o garoto calar a boca e notar um pergaminho preto estranho meio amarrotado sobre as mãos de Hermione.

“Sangue-Ruim,

Dizem que você é a Sabe-Tudo de Hogwarts se você quiser se ver livre, acerte essa.

A partir da morte ficam mais fortes

Na escuridão eles não estarão

Pois se não, a escuridão hão de findar

Se não quiser se queimar nele não tocará

Se quiser sua cura, ele você terá que encontrar.

Rosier B. “

Draco terminou de ler em silêncio, só então encarando a castanha que relia o papel tentando entendê-lo.

– Isto está falando o que eu acho que está falando? – Draco questionou ainda descrente. Aquele alguém estava querendo ajudá-los a encontrar a saída das algemas? Quem era? Porque queria aquilo? O que ele ganharia com aquilo? E se ele sabia como ajudá-los porque fazer aqueles enigmas? Todas essas perguntas passaram pela mente de Hermione.

– Quem deixou isso aqui? – Hermione se levantou de repente puxando Draco revistando o quarto em busca de alguma pisca de quem era o responsável por deixar aquele bilhete ali, não havia nada, tudo estava no lugar que os dois haviam deixado quando saíram. – E quem é Rosier? Isso faz algum sentido para você Draco?

Draco apenas meneou com a cabeça negando.

– Você acha que devemos seguir o bilhete? – o garoto perguntou inseguro, não sabia se gostaria de se ver “livre” da Granger, pelo menos, não agora.

– É a nossa única opção.

Draco apenas afirmou com a cabeça sem saber o que responder e nem com vontade suficiente para responder algo.

Um vaso, que no dia anterior Hermione o havia quebrado lançando uma toalha, caiu no chão quebrando-se do nada, fazendo com que Hermione pulasse de susto e abraçasse Draco como forma de proteção.

– Calma Sra. Sabe-Tudo. Só foi o vento... – começou a acariciar a juba castanha da menina que se encolhia contra o seu peitoral com os olhos fechados, tentando fazer si mesma acreditar que não havia nada lá fora, nenhum perigo, nenhum mal. Draco curvou-se contra a cabeça da menina afastando-a um pouco para beijar-lhe a testa enquanto encarava-lhe o nada, repetindo mentalmente “Está tudo bem, está tudo bem...”

Mas naquele momento nada estava bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acham? De quem é o bilhete? Qual a resposta para o enigma? O que acontecerá com Draco e Hermione? O que acharão do lance no Armário de Vassouras? Draco passou dos limites? Quero saber de tudo.
Não esqueçam de deixar o que estão gostando ou não na história, quero ouvir teorias sobre o que pode ou não acontecer nos próximos capítulos.
UMA NOVIDADE.
O próximo capítulo é um extra com surpresas para vocês, mas só postarei com comentários lindos, detalhados e que me façam suspirar.
Beijocas da Tia Nanda e não esqueçam que são os comentários que me fazem ficar feliz em escrever. Indiquem pra titia, pra mamãe, da amiga e pro vovô. qq



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prisioneiros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.