Prisioneiros escrita por Mrs Know All


Capítulo 8
Você sempre será o Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos 41 acompanhamentos, amo cada um de vocês igualitariamente, mas os fantasmas e tem muitos, poderiam se comunicar sabia? Eu agradeceria.
Os comentários no último capítulo me deixaram muito feliz, embora eu goste (ame) comentários grandes, fiquei muito feliz com todos que comentaram ♥
Espero que gostem desse capítulo, nos vemos lá embaixo.



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Capítulo 7 – Você sempre será o Malfoy.

Hermione e Draco estavam sentados na Biblioteca fazendo um pergaminho de duas mil linhas que fora pedido no dia anterior por Snape [N/A: Snape não morreu, não sei porque eu não matei ele que nem a J.K., mas enfim, ele está vivo]. Por conta de ser verão as janelas mais altas estavam abertas para diminuir a temperatura, porém o calor continuava intenso fazendo com que os alunos puxassem as mangas das vestes negras tentando refrescar.

Hermione estava de frente para Draco fazendo a atividade quando este esticou a manga direta das vestes deixando à mostra a Marca Negra um pouco apagada em seu braço pálido.

– Não tem medo? – Hermione questionou automaticamente sem pensar, tocando a pele dele sobre a tatuagem, a cada toque ela ficava mais escura sobre o local, o contato fez com que os dedos dela formigassem como uma forma de “expulsar” a mão da garota dali.

Draco foi pego de surpreso, Hermione não era muito dada a toques, não tinha certeza se aquilo era exclusividade do Sonserino ou era para qualquer um.

– De que? – Ele respondeu fazendo menção a recuar o braço, mas a castanha estava o segurando este com firmeza enquanto sustentava o olhar com os olhos acinzentados de Malfoy.

– Dela voltar a... – Ela diminuiu o tom de voz antes de terminar a frase, olhando para os lados conferindo se ninguém os ouvia. – Bem, você sabe. Voltar a arder...

– Hermione. – Ele chamou-a pelo nome fazendo a garota franzir a testa. – Granger. – Ele entornou os lábios corrigindo-se ao perceber a reação dela. – De todas as coisas que tenho medo que possam acontecer, essa não é uma delas.

A Grifinória não entendeu o que ele disse, mas não quis perguntar, Draco parecia estar conversando mais consigo mesmo do que com ela. Retirando a mão do seu antebraço sem antes tocar mais uma vez ela voltou a atenção para o seu pergaminho ainda incompleto, não voltando a tocar naquele assunto.

Já se passaram duas semanas desde o começo do ano letivo, os murmurinhos sobre Hermione e Draco havia diminuído, pois estavam voltados ao Torneio de Quadribol onde a Sonserina estava em último lugar, o que não acontecia a sete anos. A equipe da Sonserina tinha tido um grande desfalque, a perda do seu apanhador Draco Malfoy. Lucian Bale tomara o lugar do loiro, mas não estava conseguindo “dar conta do recado”.

Draco e Hermione não conversavam muito sobre eles mesmos, pareciam zumbis que andavam lado a lado sem trocar nenhuma palavra.

Às vésperas do aniversário de Hermione a menina estava tomando banho, enquanto Draco fazia uma atividade de Transfiguração.

– Granger onde está aquela atividade da McGonagall?! – ele gritou sem entrar no banheiro.

– Deve estar dentro do livro História da Magia! – ela respondeu por trás do som do chuveiro.

Draco viu uma pilha de livros a sua frente, Hermione vivia rodeada por eles, o que a garota tinha dito era o último da pilha, ele tentou retirá-lo sem pegar os de cima fazendo com que toda a pilha caísse no chão.

– Droga. – ele falou baixinho para evitar que Granger escutasse, ela surtaria se visse seus livros esparramados e amassados por todo o chão.

– Que barulho foi esse Draco? – a voz da garota saiu meio na defensiva do banheiro ainda com o chuveiro ligado.

– Nada! – o loiro gritou de volta para evitar uma briga.

Sentando-se ao lado da pilha Draco começou a arrumar a pilha do jeito que Hermione tinha deixado. Levantou-se tirando a poeira das vestes quando notou que um pedaço de pergaminho rasgado havia sido grudado embaixo do seu pé, pegou este, reconhecendo a letra desenhada e organizada sendo a da Granger, leu.

Eu poderia escrever uma história sobre isso. Um livro enorme com setecentas páginas com palavras miúdas impressas contando a tragédia que é estar viva agora. É uma condição, eu sei. Não estar morrendo, mas em contra partida não estar vivendo. Às vezes eu só queria poder fazer algo a respeito porque a sensação de estar presa [...] e de não encontrar nenhuma brechinha pra sair, é dolorosa.

Luanara (autora desconhecida trouxa)”

O garoto se assustou ao ver a porta do banheiro se fechar e Hermione surgir na sua frente, como um reflexo amassou o pergaminho e colocou no bolso das vestes.

– O que houve? Parece que viu fantasma. – a garota caçoou terminando de enxugar a juba marrom e jogando a toalha molhada contra o loiro que desviou fazendo essa acertar um vaso quebrando.

– Você quebra tudo Granger. – retirando a varinha do bolso e apontando para o vaso quebrado no chão. – Vaso reparo!

– Ainda bem que temos o grandioso Draco Malfoy para consertar tudo. – ironizou fazendo uma pequena reverência para o garoto, puxando-o pela algema esticada. – Vem, Todo-Poderoso, temos rondas a serem feitas.

*****

Hermione já estava sem fôlego, não conseguia respirar pelo nariz a boca estava aberta em forma de “O”, a respiração estava descompassada e o coração parecia que a qualquer momento entraria em pane, a testa já estava ensopada de suor enquanto tentava acompanhar o ritmo de Malfoy, suas pernas não pareciam prontas para aquele tipo de coisa como se fossem feitas de gelatinas, pronta para desabar a qualquer momento.

– Malfoy! – ela gritou usando toda a força que lhe restava, mas o menino não respondeu. – Pare de correr, imediatamente.

A menina não esperava que o loiro realmente parasse, fazendo com que ela trombasse com ele, fazendo os dois caírem no chão.

– Sua maldita doninha saltitante! – ela ajeitou as próprias vestes tirando a grama que cobria alguns lugares, afinal eles estavam no jardim bem depois do toque de recolher. – O que lhe deu para correr assim do nada?

– Porque você me chama de Malfoy? – ele devolveu a pergunta para ela como se não tivesse a ouvido. – Eu tenho nome, esqueceu? Meu nome é Draco. D–R–A–C–O! – soletrou para ela.

– Não adianta Malfoy. – ela disse como se fosse óbvio até mesmo para alguém como ele. – Não consigo. Você sempre será o Malfoy que me atormentou desde o primeiro ano, o Malfoy que me fez sentir ódio de verdade por alguém no terceiro ano, o Malfoy que recebeu meu primeiro soco. Seu nariz nunca será o mesmo. – ela disse apontando para o nariz do menino. – Malfoy eu sei o que você fez de ruim. Você sempre será esse Malfoy para mim.

A menina não parecia fragilizada ou triste por aquilo parecia algo tão encravado em Hermione que não doía e não incomodava. A garota lembrou-se do que havia acontecido na Torre das Gárgulas.

– Quer dizer. – ela completou. – Sei que isso era o certo para você e que você foi educado assim, mas isso não vai mudar o que você fez. Assim como você passar milhões de anos ao meu lado não mudará o fato do que você fez para com a Pansy. Você pode mudar, se arrepender, mas não mudará o que você fez. Então, para mim você sempre será o Malfoy.

Draco ouvira tudo em silêncio, não discordava da menina, sabia de que cada palavra que a garota pronunciava era composta de uma sinceridade que só ela conseguiria transparecer desse jeito.

– Hermione. – Ele chamou-a mesmo sabendo que ela estava em sua frente, como se precisasse de ouvir o nome dela para saber que ela estava ali. – Sei que você já conhece o Malfoy, sei que não poderei mudar isso ou tudo que já lhe fiz passar. Mas quero que você conheça o Draco, um Draco que nem eu conheço, um Draco que eu quero ter a oportunidade de conhecer. – dizendo isso ele rapidamente avançou na direção de Hermione e deu-lhe um selinho, sorrindo quando ela não se afastou, a menina parecia estar bebendo daquela sensação estranha, mas correspondeu aos lábios do garoto quando ele a beijou com força.

Ele colocou a mão na nuca dela e a puxou pra perto a abraçando com força para que ela não fugisse nunca dele. Ela era uma parte dele, não lembrava como era a vida antes de Hermione Granger.

O beijo terminou do nada assim como começou, logo Draco já estava em pé puxando a castanha e correndo em direção do castelo, já se passava da meia-noite.

– Pare com essa mania de correr! – Hermione arfou atrás de Draco, tentando acompanha-lo novamente.

Draco novamente parou, mas Hermione estava mais atenta desviando um segundo antes de bater contra o garoto.

– Senhora Majestade Granger. – ele disse se curvando como se fosse beijar os pés dela, mas em vez disso a jogou no seu ombro como um saco correndo para o castelo. – Já disse que você deveria fazer uma dieta?

Hermione o xingou baixinho dando risada. Ela havia beijado Draco Malfoy e isso não parecia ser um problema como deveria. Não tinha sido ruim, muito pelo contrário, o hálito de hortelã de Draco a deixava estonteada, mesmo assim aquilo era estranho, afinal eles dormiam, literalmente, juntos, jamais passara pela cabeça da Grifinória se envolver com seu inimigo.

A garota estava tão entretida em pensamentos que nem percebeu que já estavam na frente do quarto.

– Hora de descer da carruagem Majestade Granger. – o Sonserino disse já soltando ela no chão, fazendo ela se desequilibrar batendo na porta que estava encostada, fazendo com que esta abrisse. Os pés da garota tropeçaram no pequeno degrau fazendo com que ela pendesse para trás puxando as vestes de Draco para não cair, embora apenas conseguiu levar os dois a caírem dentro do quarto onde as luzes se ligaram de repente e aproximadamente dez pessoas apareceram do nada gritando.

– SURPRESA! – mal terminaram de falar e já estavam rindo da posição embaraçosa dos dois.

– Granger, Granger. Você deve parar de fazer isso, as pessoas podem pensar certas coisas. – Draco riu mostrando os todos os dentes brancos perfeitamente alinhados enquanto levantava-se ajudando a castanha.

– Feliz aniversário Hermione! – gritaram Harry e Gina ao mesmo tempo passando por Draco para abraçarem a amiga que ainda estava estática sem entender aquilo tudo.

– Meu aniversário só é amanhã. – ela disse após abraçar os amigos.

– Você era mais inteligente, antes de andar com o Malfoy. – perturbou Rony, eles não paravam de irritar ou odiarem Draco. – Hoje já é amanhã.

Naquele quarto estavam Harry Potter, Gina e Ronald Weasley, Dino Thomas, Neville Longbottom, Simas Finnigann, Luna Lovegood e Romilda Vane, todos amigos de Hermione.

Hermione olhou para os amigos com os olhos marejados.

– Vocês estão quebrando o toque de recolher, terei que dar detenção para a todos. – todos riram e puxaram a garota para a mesa onde havia sido posta uma verdadeira travessa de comidas onde no centro estava um bolo nas cores da Grifinória, um pouco mal decorado escrito “À inteligente, Hermione Granger”.


Já era por volta das duas da manhã quando todos voltaram aos seus Salões Comunais, Draco havia passado a “festa” inteira sentado em uma poltrona um pouco afastado dos amigos da Grifinória para dar-lhes um pouco de espaço ou pelo menos o máximo de espaço que era possível haver entre eles.

– Até logo Gina. Obrigada novamente, não precisava. – despediu-se da última pessoa fechando a porta do quarto, suspirando cansada, o sorriso não desgrudava do rosto sentia saudades de ter mais tempos com seus amigos, ou pelo menos quando não estava sendo sempre vigiada por Draco Malfoy, mas aquela era a sua condição no momento e era algo que tinha que aceitar.

Draco a encarava em silêncio da poltrona. Hermione havia mudado muito com o passar do tempo, ganhara curvas, a voz irritante com uma arrogância de “saber tudo” havia amenizado um pouco, mas em alguns momentos aparecia, os seus pensamentos tornavam-se um livro fechado que poucos estudiosos conseguiriam entender e aquilo parecia intrigar Draco. Naquela noite, ela havia dito que não conseguiria esquecer jamais tudo que ruim que ele havia feito, mas ainda assim o beijou daquela forte sem nem mesmo tentar evitar ou afastá-lo. Hermione Granger era um quebra-cabeça que nem ela mesma conseguiria resolver.

– Draco? – a voz da garota o vez voltar para a realidade. – Obrigada.

O menino juntou as sobrancelhas em forma interrogativa.

– Gina me contou que a ideia da surpresa foi sua. – ela explicou. – Estava precisando disso.

A menina já estava virando-se quando a mão de Draco segurou-lhe o pulso a fazendo voltar a encará-lo.

– Posso lhe perguntar uma coisa?

– Claro.

– Porque mesmo sabendo de tudo que eu já fiz, com você, com a Pansy e com todos, porque você correspondeu ao meu beijo?

A menina parou um pouco antes de responder.

– Às vezes, é preciso parar de nadar contra a corrente e ver no que vai dar. – Hermione deu de ombros como se achasse uma solução mais fácil. – Ou vai ver eu sou louca.

Sim, ela era louca.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? ♥ Não gostaram? Deixem um comentário dizendo "tim tim por tim tim" do que acharam.
Gostaram da surpresa do Draco? Acham que ele está aprontando alguma coisa? O que aconteceu com a Mione? Quero teses e teorias a mil
Não ouse sair sem fazer isso. (Me sentindo A poderosa) -nnn
Lembrando que quantos mais os comentários me deixam feliz, melhor sairá o próximo capítulo.