Prisioneiros escrita por Mrs Know All


Capítulo 10
Um anjo sem asas


Notas iniciais do capítulo

OK! CALMEM! NÃO ME MATEM! Deixa eu explicar primeiro.
Eu postei quarta, aí beleza veio o feriado, eu ia postar terça. Mas como viajei no feriadão meu pai esqueceu da data da internet, então acabei ficando sem internet. Paguei ela, mas esperar 24h e tal, sabem né? Então estou postando usando o celular como roteador, me agradeçam, pois sou uma escritora muito boazinha com vocês.
Espero ser recompensada com comentários lindos, recomendações e opiniões e teorias.
OUTRA COISA.
Eu comecei a escrever outra história, espero que deem uma olhadinha nela.

Espero que gostem do capítulo, logo irão perceber que trata-se de um flashback.
Beijos, Nanda. Nos vemos lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/487467/chapter/10

Capítulo 9 – Um anjo sem asas

A chuva forte batia com força contra a vidraça da janela, o vento aumentava cada vez mais parecia que aquela era a chegada de um tornado no Castelo. O inverno chegava rigorosamente aquele ano a previsão do tempo bruxa já antecipava temperaturas menores que zero, fazendo com que em todos os cantos do Castelo as pessoas se reunissem em grupinhos ao redor da ladeira para tomar um chocolate quente e conversar.

Pansy saía das masmorras deixando o Salão Comunal da Sonserina, a garota sabia que Draco não estaria ali, sabia exatamente onde o garoto estava. O cabelo espetado partido no meio típico da garota estava mais bagunçado do que de costume como não tivesse sido arrumado durante uma semana, as vestes amassadas e sujas, os olhos verdes pareciam aflitos, mas traziam um pouco de esperança, as bochechas volumosas fazia com que a feição da garota lembrasse um pitbull mal humorado.

Assim que a Sonserina chegou à frente da porta onde deveria ser a entrada para a Sala Precisa, passou três vezes pela mesma mentalizando em Draco Malfoy, assim que as portas sugiram ela entrou.

A Sala Precisa estava lotada de pilhas de objetos perdidos ou escondidos, que haviam sido afastados para os cantos, no centro da Sala havia alguns sofás, e até mesmo algumas camas foram colocados todos decorados nas cores da Sonserina. De frente para o sofá um armário escuro trabalhado em mogno um pouco quebrado ficava.

Draco estava deitado sobre a cama, sem os sapatos e o peitoral descoberto, sua testa estava franzida como se estivesse sofrendo durante o sonho, os cabelos loiros estavam despenteados caindo sobre a testa do garoto estava mais magro do que de costume, as olheiras mesmo enquanto dormia se mantinham abaixo dos olhos. Já no sofá, também dormindo, estava uma quartanista da Corvinal apenas com roupas intimas. Pansy revirou os olhos acordando a menina com um chute e pedindo silêncio enquanto praticamente a expulsava dali.

Pansy se encostou da cama subindo pelo lado oposto de onde Draco estava deitado roçando a mão sobre o peitoral do menino o acordando.

– Que tal uma segunda rodada? – a voz aguda da Sonserina encheu o ambiente fazendo Draco se assustar recuando por conta da proximidade do rosto de pitbull.

– Saí daqui Pansy já tive o que precisava hoje. – o garoto revirou os olhos apenas sentando-se na cama afastando a mão da garota de si com rispidez.

A menina fingiu que não ouviu o que ele havia lhe dito, esticou novamente sua mão segurando o rosto do loiro com esta enquanto a outra retirava toda sua roupa ficando despida na frente do garoto.

– Tem certeza? – os olhos verdes ansiavam pela atenção do Sonserino. O rosto de Draco manteve inflexível que parecia fazer parte de uma estátua de mármore, não mostrava emoções e nem sentimentos ainda irritado por ter sido acordado sem permissão. Parkinson puxou a mão do menino colocando sobre o seio dela e colando sua boca sobre a de Draco.

O menino empurrou a garota sobre a cama com brutalidade mordendo os lábios desta sem ligar se a estava machucando ou não, logo já estava totalmente despido assim como a Sonserina e deixou-se ser levado pela menina para alimentar o próprio prazer e para fazer com que ela parasse de lhe incomodar, conhecia Pansy ela conseguia ser uma bela sanguessuga quando estava atrás de alguma coisa.

Assim que os gemidos terminaram e Draco sentiu-se satisfeito saiu de cima de Pansy, que ainda não parecia totalmente contente com a relação.

– Ainda não cheguei lá Draquinho, vamos mais um pouco. – A menina sussurrou no ouvido do Sonserino se humilhando como sempre ajeitando os fios de cabelos que ainda estavam desalinhados.

– Não Pansy. Tenho que me lembrar as que não pagam são as que dão mais trabalho. – ele meneou a cabeça começando a se vestir pronto para fugir da garota quando a mão gelada e magra de Pansy agarra seu pulso.

– Draco precisamos conversar. – ela fala vestindo apenas uma calcinha, ficando de quatro sobre a cama para poder segurar o pulso do garoto, sem pudor nenhum dos ultrajes feitos por Malfoy ou pelos mal tratos recebidos.

– Eu já disse que não estou com paciência para você! – ele puxou o próprio braço fazendo Pansy cair no chão aos pés dele.

– Draco... – a menina diminuiu o tom de voz e as lágrimas já enchiam o seu rosto. – Por favor, Draco.

Ele já estava andando em direção a saída totalmente vestido e o rosto na frieza já conhecida quando o grito da Sonserina o deteve.

– EU ESTOU GRÁVIDA DRACO! – a menina estava deitada sobre o chão frio, as lágrimas enchendo o rosto desta.

Draco virou-se lentamente sobre os calcanhares o rosto de uma maneira inflexível com uma das sobrancelhas arqueada, o rosto transpirava arrogância e superioridade como se qualquer um ao seu redor não merecesse a sua presença no ambiente. Os únicos sons que podiam ser ouvidos eram os guinchos em forma de choro soltos por Pansy Parkinson e os passos de Draco sobre o assoalho.

O loiro abaixou-se próximo a Pansy levantando o rosto da mesma com a varinha, a outra mão passou sobre a barriga da garota que já podia sentir mais rígida. O toque do garoto fez um sorriso tímido surgir nos lábios de Pansy, uma gota de esperança.

– Procure o pai. – Ele a empurrou para longe sem se importar com a gravidez. Dizendo as palavras numa frieza tão grande que fez com que a Sonserina chorasse mais ainda, tentando se controlar para formar uma frase audível.

– É... Ele... – Um soluço cortou a frase, ela teve que forçar a si mesma para terminá-la. – É seu, o filho é seu.

A gargalhada dada por Draco Malfoy faria qualquer um que visse estremecer, a gargalhada fora tão alta que mal se podia escutar os granidos e soluços de Pansy aos pés de Malfoy. Após bons minutos de risada com menino ajeitou o próprio cabelo que estava caído sobre a testa.

– Como se um Malfoy fosse ser concebido num ventre de uma bruxa fraca, frágil, feia e burra como você Parkinson. – Outra chuva de gargalhadas encheram o ambiente fazendo a menina se encolher no chão. – Mas, nada que uma Avada Kedrava não resolva.

O raio verde saindo da ponta da varinha de Draco foi direto para o ventre da garota, o feitiço mal pode ser ouvido, pois o grito que a Sonserina deu poderia ser ouvido em qualquer lugar do castelo de tão alto, a menina começou a se contorcer sobre o chão gritando de dor, uma poça de sangue se formou abaixo dela. Draco deu um sorrisinho torto e deu as costas saindo da sala deixando Pansy ensanguentada e com um filho morto no ventre para trás.


*****


Pansy gritou, enrolada sobre os cobertores, o rosto todo tomado por suor, os olhos ainda fechados sonhando enquanto gritava e se encolhia revivendo a dor de novo, de novo e de novo como toda noite. Zabini subiu correndo as escadas para o dormitório feminino, as outras garotas da Sonserina nem se deram o trabalho de se levantar aquela gritaria já era costumeira. Toda noite era a mesma coisa, gritos, passos de um Zabini preocupado, choro.

O menino sacudiu Pansy que estava em prantos fazendo a garota acordar.

– Não, não! Não faça isso! Não mate o meu anjo sem asas!

– Pansy sou eu! Blaise, estou aqui! Está tudo bem. – o negro a abraçou segurando-a firmemente sobre o colo tentando fazer ela perceber que era só um sonho. – Só foi aquele sonho, só foi um sonho.

– Ele o matou! Ele matou meu filho! – a menina soluçava forte enquanto agarrava os ombros de Zabini provavelmente deixando marcas das suas unhas sob a pele do garoto. O menino não se importava pela dor provocada, só queria poder tirar aquela experiência terrível vivida por Pansy, o assassinato do seu filho ainda no útero pelo próprio pai: Draco Malfoy. Só de pensar naquilo o Sonserino cerrou os dentes, Draco teria que pagar, ele iria pagar por fazer Pansy passar por aquilo, por fazer ela acordar em prantos todas as noites com a mesma recordação, ele pagaria por tudo que ele fez contra a Sonserina.

– Não chore Pansy, está tudo bem amor. Estou aqui com você. – ele a abraçou mais, beijando-lhe a testa. – Não sairei daqui, não se preocupe.

Zabini cumpriu a sua promessa manteve-se ao lado de Pansy até esta dormir, após ela estar dormindo tranquilamente ele a colocou embaixo das cobertas selando o lábio dos dois saindo do dormitório feminino e indo para o Salão Comunal da Sonserina onde dormiria no sofá caso Pansy tivesse aquele pesadelo novamente.

Zabini foi acordado pelos colegas que já desciam dos dormitórios indo tomar o café da manhã, Pansy ainda não havia acordado o que deu tempo para o garoto tomar um banho relaxante e vestir um par de vestes limpas. Quando ele desceu para o Salão Comunal da Sonserina, Pansy estava sentada em uma das poltronas lendo as notícias no Profeta Diário, falava algo sobre a punição sofrida pelos Comensais que sobreviveram, no caso apenas Lúcio Malfoy, já que Narcisa e Draco Malfoy pegaram uma pena mais leve por Narcisa ter mentido para o Lord das Trevas sobre a morte de Harry Potter.

– Está tudo bem Pan? – Zabini perguntou franzindo a testa ao notar quão havia sido a notícia de capa do Prometa Diário.

– Melhor do que nunca. – a menina ficou nas pontas do pé de imediato para dar um beijo na bochecha de Zabini, quem a visse daquele jeito nunca pensaria que estava sofrendo daquele jeito na madrugada anterior.

Blaise abraçou a cintura da namorada conhecia Pansy sabia que ela não estava tão bem quanto deixava transparecer, ela ainda sofria muito com aquilo. Ele foi carregando a garota saindo das masmorras em direção ao Salão Principal para poderem comer antes da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas todos os alunos estavam focando nos NIEM’s, que ocorreriam esse ano, além da Taça das Casas onde a Grifinória estava na frente da Sonserina por uma vantagem de 300 pontos.

A maioria dos alunos já estavam comendo quando os Sonserinos adentraram o Salão se posicionando na ponta da mesa da Sonserina, mantendo-se afastados dos Sonserinos que conversavam animadamente sobre os assuntos do dia-a-dia. Embora a escola houvesse reaberto a quantidade de alunos da Sonserina que voltaram foi muito pouco em comparação com as outras casas, muito deles com medo da repressão por terem apoiado Voldemort e outros por terem morrido na Guerra.

– Já fazem quase dois meses Blaise. – Pansy sussurrou para o garoto sem tirar o olho da mesa da Grifinória onde uma castanha e um loiro davam risadas por alguma piada contada por Gina Weasley. – Ela disse que isso o faria sofrer, até agora eu não vejo isso. – a voz da garota saiu quase como um sussurro.

Blaise assentiu, passando as mãos sobre as costas da namorada acariciando enquanto sussurrava de volta.

Ela disse que precisaríamos ter calma Pansy. – o garoto seguiu o olhar de Pansy para a mesa da Grifinória. – Ele irá pagar tudo que lhe fez.

– Espero que pague. – Pansy desviou o olhar da cena alegre a sua frente pondo o olhar no prato vazio a sua frente, pousando uma das mãos sobre o próprio ventre. – Era meu filho Blaise, meu filho.

– Eu sei Pan, eu sei. – ele beijou a cabeça da menina tentando tirar aqueles pensamentos da sua consciência, mas sabia que era inevitável aquele trauma ele não desejaria nem para o seu pior inimigo. – Teremos muitos outros para substituir aquele.

Pansy empurrou o garoto com rispidez se levantando como se houvesse sido chicoteada.

– Nada irá substituí-lo! – as lágrimas enchiam o rosto da garota chamando atenção de alguns alunos de outras casas, dentre eles um loiro com olhos azuis-acinzentados. Pansy virou para encarar Draco fechando o rosto bruscamente fazendo Draco parar de sorrir para qualquer coisa que havia sido dita por Hermione ou Gina e desviasse o olhar com vergonha de si mesmo.

– Pansy, por favor, sente-se. – Blaise implorou, as mudanças de humor da Sonserina ainda conseguiam lhe pegar de surpresa mesmo depois de tanto tempo, o emocional da garota havia sido totalmente destruído após o evento de dois anos atrás, talvez ela nunca se recuperasse daquilo, mesmo com visitas periódicas a um psicólogo bruxo, que não parecia produzir efeito nenhum sobre a menina.

Pansy suspirou cansada e deixou-se ser puxada para os braços de Zabini, deixando-se ser aconchegada por este. Zabini havia sido uma das melhores coisas que já havia lhe acontecido, ele a tratava com dignidade coisa que era rara entre os Sonserinos e mesmo após saber de todo o histórico sujo e humilhante da vida de Pansy Parkinson ele aceitou ficar ao seu lado e protege-la mesmo se isso significasse vingar-se de Draco Malfoy a todo custo, o que acharam que havia sido conseguido quando prenderam ele com Hermione Granger nas Algemas do Amor. Draco havia sido “acolhido” por alguns Grifinórios não preconceituosos e até mesmo por Hermione e aquilo deixava Pansy possessa, ele não podia ser feliz, não depois de acabar com qualquer felicidade que a garota poderia vim a ter na sua vida.

– Não se preocupe Pan, ela não irá falhar. Ela fará ele pagar e eu a ajudarei nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida.

Ele a abraçou, sem desviar o olhar de Draco Malfoy, ele pagaria de um jeito ou de outro, aquela era uma promessa que Blaise não deixaria de cumprir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acharam do Draco bad? Vocês acham que ele mereceu o que a Pansy fez? A Pansy e o Blaise juntos são bonitinhos? Ou forçados? Me respondam isso tudo nos comentários que irão mandar e nas recomendações se não for pedir demais.
O combinado continua o mesmo: Se houver uma recomendação eu posto praticamente imediatamente.
Espero que gostem, continuem lendo e comentando.
Até o próximo capítulo.