Prisioneiros escrita por Mrs Know All


Capítulo 6
Granger você me ama, você se acha Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Eu amei muito os comentários *-* Quero muito mais comentários e recomendações (Sonhar mais um sonho impossível...)
Sim, estou postando beeem antes do que eu disse que postaria. Quem é o culpado? Meu pai, vou viajar amanhã ás 4h da manhã, então não sei quando vou chegar e segunda, terça e quarta tenho trabalhos e mais trabalhos para apresentar. O resultado disso. Eu postando em pleno o sábado.

Podem pular de animação, ou não. Esse é o meu capítulo preferido até agora, estou tão in love com ele espero que gostem.



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Capítulo 5 - Granger você me ama, você se acha Malfoy


– Hermione você ia beijar o Malfoy? – repetiu Luna Lovegood com seus óculos característicos, a loira estava usando um sapato de cada, seus cabelos loiros e cacheados compridos já passavam do seu quadril, usava um suéter vermelho vinho e uma calça azul florida, uma combinação um tanto diversa.

– Luna?! Claro que não! – Hermione corou totalmente levantando-se com certa dificuldade e Draco se encostou na parede com um riso nos lábios esperando para ver como a castanha sairia daquela situação.

– Parecia... Vocês estavam fazendo o que pessoas quando vão se beijar fazem... Bem, você sabe. Fechando os olhos, se aproximando com cara de ansiedade, coração palpitando. – Luna falou com uma voz despreocupada, seus olhos transmitiam a inocência costumeira da Corvina.

– Eu odeio o Malfoy! – ela apontou para a algema. – Isso só se soltará quando isso não for verdade. Eu jamais beijaria uma doninha desprezível como essa.

Draco franziu o cenho fingindo-se insultado, já ia lembrar a Granger que ela já havia beijado ele naquela mesma manhã, porém desistiu e aceitou apenas continuar observando aquela castanha envergonhada e nervosa explicando a situação a Luna Lovegood. Colocou o risinho torto enquanto continuava a olhar a cena à sua frente.


– Eu estou presa Luna, não queria estar perto dele – falou Hermione ajeitando os cabelos tentando se acalmar a cada vez ficando mais vermelha e sem graça.

– Ah, ok! Até mais tarde – disse Luna, se afastando com um sorriso sonhador no rosto como se estivesse com os pensamentos bem longe dali.

– Belas amizades. – caçoou Draco se afastando da parede.

– Não enche. – falou Hermione, puxando o garoto pelo corrente o levando-o para fora do castelo.

A lua já estava alta no céu, o tempo passava voando para eles. Era um luar estrelado para aqueles que o apreciavam, alguns alunos adentravam o castelo, pois estava se aproximando do toque de recolher e este ano a Copa das Casas estava a todo o vapor e ninguém queria perder nem um ponto.

Hermione não parava nunca de andar, Draco já estava de saco cheio. Os dois estavam perto do lago quando o garoto se revoltou e parou de andar.


– Anda logo Malfoy. – disse Hermione rispidamente.

– Aonde você vai Granger? – perguntou o loiro, não dando sinal nenhum de que andaria mais.

– Só quero ver o Hagrid. – falou a menina encarando o loiro.

– O que você quer fazer na cabana de Hagrid uma hora dessas? – perguntou Draco erguendo a sobrancelha esquerda com um olhar de questionamento.

– Só quero ir para longe... – a voz da castanha falhou, os olhos começavam a encher de lágrimas.

O jardim já estava deserto, o vento frio balançava as folhas das árvores provocando alguns ruídos. Ao fundo Nick Quase–Sem–Cabeça passava pelos corredores conversando com alguns alunos do segundo ano da Lufa–Lufa. A grande juba castanha balançava com o vento forte, provavelmente viria uma chuva por ali.

– Só quero ir para longe... – ela repetiu, dessa vez sendo interrompida por um soluço. – Só quero ir para longe de você. – ela disse deixando a primeira lágrima cair.

Draco travou, nunca fora muito bom consolando alguém, na verdade, nunca precisou consolar alguém, na escola seus amigos mais próximos não eram chegados a procurar afetos ou contar dificuldades intimas, o orgulho falava por si só, afinal além de serem meninos eles eram Sonserinos. Em casa, quando Narcisa começava a chorar por causa da falta de seu marido e por raiva de Draco, o loiro fingia não perceber a dor da mãe e ia para outro cômodo. Porém ali não havia para onde fugir e nem como fugir, eles estavam presos, Draco teria que superar seus bloqueios emocionais e resolver aquilo.

– Granger... – ele a chamou, mas já era tarde, as lágrimas já estavam jorrando dos olhos das meninas. – Por favor, Granger. Não chore, por favor, não chora.

Hermione se jogou contra o ombro de Draco, este parou novamente sem saber o que devia fazer naquela situação. Afinal quando alguém chora devemos balançar ela ou contar uma piada? Draco nunca fora muito bom com piadas ainda mais sob pressão. Decidiu balançar Hermione, o que só fez com que ela chorasse mais.

– Como faz isso parar? – estava ficando desesperado, “Isso só acontece comigo”, resmungou e passou os braços ao redor da menina enquanto o choro aumentava molhando as vestes do Sonserino, entre uma lágrima e outra aparecia um soluço.

A tentativa de abraço de Malfoy em Granger estava extremamente desconfortável para ambos.

– Granger, pare de chorar. Por Merlin, porque você não para de chorar? – Draco disse, o tom da sua voz diminuindo. – Pare, por favor, só pare. – Os olhos de Draco começaram de se encher de água involuntariamente. – Pare. Só. Pare.

Draco começou a chorar junto com Granger. Quem visse aquela cena ficaria dividido entre chorar com eles ou rir deles. O abraço desconfortável e apertado por causa das algemas e ambos chorando e soluçando no meio do jardim a noite. Não era uma cena que se vê todo dia.

– Malfoy? – Hermione perguntou entre um soluço e outro. – Você está chorando?

– Eu acho que sim. – Hermione afastou um pouco o abraço, diminuindo o choro e enxugando as lágrimas com a mão livre.

Draco se debulhava em lágrimas, os olhos do menino começavam a ficar inchados. Hermione conseguiu controlar o próprio choro, puxando Draco para um canto sentando com o menino no chão.

– Malfoy, pare de chorar. – ela disse rindo dele.

– Eu não consigo parar. – ele disse chorando mais.

Hermione começou a gargalhar, estava sentada de pernas cruzadas, colocou a cabeça de Draco no seu colo, enquanto o menino chorava mais.

– Pare, Draco! Você já conseguiu me fazer parar de chorar. – Hermione começou a gargalhar, colocando a mão sobre a barriga que doía de tanto rir.

O Sonserino estava prestes a repetir que não conseguia, quando uma onda de alegria o invadiu fazendo com que ele trocasse as lágrimas pelos risos. Levantou a cabeça do colo da Grifinória, olhando para a menina rindo e ria mais ainda. A gargalhada aumentava cada vez mais.

– Draco. – ela começou, mas não conseguiu parar, por causa do riso descontrolado. – São as algemas. – ela complementou, seus olhos começavam a lacrimejar de tanto rir. – Nossas emoções, são compartilhadas e aumentadas. – terminando de falar Hermione deitou-se no chão, apertando mais a barriga que doía cada vez mais.

– Já notei. – Draco deitou ao lado da menina, mordendo o lábio tentando controlar o riso.

v Se um portador da algema morre o outro também morre, se um sente dor o outro também sente dor, se um chora o outro também chora, etc.

O vento aumentou, fazendo com que as vestes dos dois fossem levantadas até o umbigo. Ao perceber a situação, fez com que eles gargalhassem mais ainda. Draco não conseguia parar de encarar as vestes intimas de Hermione.

– Droga Granger. Para de ser tão gostosa. – ele falou ainda rindo, sem conseguir se conter.

– Eu te odeio Malfoy. – ela disse ficando vermelha e puxando as vestes ainda sem conseguir parar de rir.

Eles começaram a rolar sobre a grama parecendo que estavam sobre efeitos de drogas ilícitas quando as primeiras gotas de água começaram a cair sobre eles. Hermione e Draco se ajudaram para que pudessem levantar, começaram a correr na chuva, mas antes que chegassem a um lugar coberto já estavam encharcados, ainda continuavam rindo de uma piada infinita.

Draco balançou sua cabeça para enxugar-se molhando mais Hermione que por sua vez apenas empurrou o ombro do loiro.

– Srta. Granger e Sr. Malfoy. – uma voz surgiu atrás deles, fazendo com que dois se virassem dando de cara com a vice-diretora Minerva McGonagall pela segunda vez aqueles dias. – Vocês acham que os banheiros se limpam sozinhos? Ou pretendem limpa-los brincando na chuva?

Hermione e Draco se entreolharam. E começaram a rir fazendo com que Minerva ficasse confusa, nunca nenhum aluna tinha rido da cara dela enquanto ela estava dando sermão.

– Parem de rir imediatamente. Se não quiserem que eu tire o resto dos pontos das duas casas. – o efeito foi imediato, Draco e Hermione se calaram. – Obrigada. Agora sigam-me, quero mostrar-lhes uma coisa.

Eles seguiram a professora até o quinto andar, entre o Salão Comunal da Corvinal e o banheiro dos monitores. O corredor estava vazio, então Sra. McGonagall afastou um pouco a capa preta que carregava amarrada no seu pescoço e retirou de um bolso escondido um par de chaves e um papel escrito “Grope”, o pequeno gigante meio-irmão de Hagrid que viveu na floresta no quinto ano deles. Depois, Dumbledore deu um jeito de mudá-lo para as montanhas onde passaria a viver mais feliz.

– Esse será o quarto de vocês, por enquanto. Peço que tomem cuidado. – ela disse usando a chave para abrir o quarto e depois entregando a chave e o papel para Hermione. – Outra coisa, Dumbledore pede desculpas, mas teve que fazer uma visita urgente ao Ministério e só estará aqui na semana que vem.

Minerva se afastou deixando com que os dois adentrassem os cômodos, olhando para os lados a procura de algum aluno fora da cama e quebrando o toque de recolher, após se segurar que não havia ninguém, entrou fechando a porta.

O quarto era basicamente constituído de madeira, levando a Hermione a lembrar de nunca esquecer uma vela acessa por ali. Do lado direito do quarto havia um armário de madeira nas cores da Sonserina, ao lado duas cadeiras e uma mesa de mogno, por cima dessa estavam os livros de Hermione e de Draco separado em pilhas diferentes. Do lado esquerdo havia o mesmo armário só que nas cores da Grifinória, preso na maçaneta estava o xale amarelo e vermelho que Hermione havia esquecido de usar naquele dia. O quarto possuía o mesmo efeito do Salão Principal, como se houvesse um vidro no teto fazendo com que mostrasse o clima na fora. As gotas pingavam forte sobre o teto dando um último toque no quarto.

Na frente dos dois havia uma cama de casal, embaixo da cama encontrava-se a mala dos bruxos. Ao ver a cama de casal Minerva corou um pouco e desviou o olhar, aquela não era uma situação comum nem para o mundo bruxo.

– Estão liberados da detenção. Por hoje. – ela enfatizou a última frase. – Mas amanhã ajudarão a Madame Prince a organizar alguns livros. Sem magia. Boa noite e não quebrem as regras. – Dizendo isso ela saiu dando privacidade aos dois.

Hermione e Draco se encararam novamente ao perceberem a cama de casal. Hermione desviou o olhar olhando para o chão sentindo o sangue subir para as bochechas.

– Então...

– Então... – Hermione levantou a cabeça, só então percebendo que ainda estavam molhados. Eles se encararam novamente, dessa vez mantendo o olhar.

– Temos que conviver assim. – Draco disse, suspirando e sentando-se na cama sendo acompanhado por Hermione.

– Eu sugiro um acordo de paz. – Hermione depois de alguns segundos.

– Um acordo de indiferença. – melhorou Malfoy. – Não precisaremos nos dar bem, mas também não vamos brigar.

– De acordo? – perguntou Granger estendendo a mão para o loiro.

– De acordo. – apertaram a mão, fechando o acordo.

Aquele acordo poderia parecer impossível para qualquer um que soubesse da história deles. Qualquer um que soubesse que Hermione e Draco haviam brigado em lados opostos na Guerra das Guerras contra Voldemort afirmaria que aquilo não daria certo.

Após se enxugarem e vestirem roupas limpas, Hermione conjurou uma maçã e algumas tortas e sentaram-se para poder comer. Granger estava comendo um pedaço de torta de amora amarga quando Draco interrompeu seu jantar.

– Nós devemos manter algum tipo de limite. – ele começou. – Não físico... Quer dizer também... Na verdade, deveríamos ter regras.

Hermione corou, não fazia uma semana que estava presa a Draco e já estivera perto, “fisicamente” falando, várias vezes, isso era constrangedor.

– Metade da semana andamos com meus amigos e na outra metade com os seus. – Hermione falou mordendo mais um pedaço de torta antes de continuar. – Eles não amaram isso, mas... Desculpa, esqueci do trato de paz.

Draco deu de ombros.

– Eu durmo de cueca e não abrirei mão disso por você. – ele disse fazendo Hermione engasgar com o pedaço de torta, fazendo Draco se divertir da situação.

– Não dormiremos de conchinha. – ela disse após se recuperar do susto. – Outra coisa, quem acordar primeiro terá que acordar o outro com educação. – Draco lembrou-se do episódio de hoje pela manhã o jeito como acordara a castanha e deu um sorriso cínico.

– Mais alguma coisa? – Draco deu uma mordida na maçã se divertindo com aquela situação constrangedora.

– Nunca mais me olhe tomando banho. – ela disse entredentes. – Ou corto sua garganta. – apontou-lhe a varinha. – Quero fazer um pedido especial. – foi abaixando o tom de voz, Draco levantou a sobrancelha e acenou para que ela continuasse. – Quero continuar ficando com alguém...

Aquilo fez com que Draco desse um pulo de tão surpreso.

Você está ficando com alguém? – ele perguntou com as bochechas rosadas abaixando o olhar para encarar Hermione nos olhos fazendo com que os cabelos loiros caíssem de modo bagunçado sobre a testa.

– Trato de paz. – respondeu Granger semicerrando os olhos. – Estou ficando com Miguel Corner a algum tempo, ele é uma ótima pessoa, inteligente, muito gentil... Epa! Eu não preciso dar satisfações para você!

– Acho que precisa, afinal quem vai estar do seu lado quando sua língua estiver na boca dele, será eu. – o rosto de Hermione ficou vermelho quase passando para um roxo. Draco suspirou e por fim cedeu. – Tudo bem, mas essa regra irá valer para os dois. Não importa a quantidade de pessoas.

“Tão convencido, como se ele ficasse com muitas garotas.” Pensou Hermione, dando de ombros, aceitando a condição de Draco e bocejando em seguida.

– Por favor, eu preciso de descanso. Não dormi direito noite passada. – disse Draco piscando sarcasticamente para Hermione comendo o último pedaço de maçã e levantando-se da cadeira.

– Tem mais uma coisa que precisamos falar. – pigarreou Hermione, mantendo os olhos fixos para baixo. – Sobre quando você tiver que...

– Quando o que? – perguntou Draco, pois Hermione havia descido o tom de forma que ele não escutou o que ela falou.

– Quando você tiver que se aliviar... – ela repetiu ainda mais baixo.

– O que?

– Quando você tiver que fazer aquilo que os meninos fazem... – explicou falando mais baixo.

– Quando eu tiver que fazer o que?!

– QUANDO VOCÊ TIVER QUE SE MASTURBAR! – Hermione gritou olhando para Draco, ficando totalmente vermelha e descendo os olhos novamente, fazendo Draco rir.

– O que tem?

– Seja discreto. – ela pediu. – Por favor, vamos dormir estou muito cansada, não dormi direito ontem à noite. – ela mudou de assunto, imitando a voz dele.

A Grifinória se levantou da cadeira, amarrando cabelo em um coque no alto da cabeça. Draco começou a tirar a camisa e a calça na frente de Hermione.

– O que você está fazendo? – a menina perguntou.

– Granger estamos presos, em algum momento você me verá assim. – ele disse dando de ombros e complementando. – Quem sabe quando você estiver fazendo aquilo que as meninas fazem, você não pensa nesse corpinho lindo... – ele ironizou fazendo ela ficar mais envergonhada do que já estava.

Hermione o empurrou lhe dando o dedo do meio e pulou na cama, só então embaixo do edredom colocou seu pijama.

– Porque você está se escondendo? – ele disse puxando o edredom, só então percebendo que o pijama da garota tinha estampa de livros. – Granger você deve ter sérios problemas.

– Meu único problema é você. – Logo complementando em seguida. – Esse é o único que poderia usar na sua frente.

A menina revirou os olhos, só então olhando para Draco, já que ele estava em pé ao lado da cama e ela deitada sem poder tomar distância por conta das mãos presas pelas algemas. O cabelo de Draco caía sobre sua testa, a pele branca pálida fazia um contraste contra o fundo em tons de marrom que compunha o quarto, a barriga definida por qual muitas meninas suspiravam por ver. Sem conter o olhar, ela enfim olhou para a cuecas boxer apertada do Sonserino, esta era preta sem muitos detalhes. Hermione parou seu olhar por ali por algum tempo, levando Draco a perceber para onde ela olhava.

– Você me ama Granger.

– Você se acha Malfoy.

Draco subiu na cama e Hermione se afastou, ambos olhavam para o teto de estrelas por algum tempo. Até que Hermione estralou os dedos fazendo as luzes apagarem. Draco continuou a olhar o teto, depois de um tempo fitou a castanha, esta tinha os olhos fechados, fingindo que estava dormindo. Nenhum ali conseguiria dormir direito aquela noite. Não se dorme bem quando está se dormindo com o inimigo.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Estão in love também? Espero que sim awn awn
Eu escrevo histórias originais também, quem quiser só olhar no meu perfil.

O que acharam do "Tratado de paz" entre eles, vai dar certo ou não?
Qual a parte que você mais gostou do capítulo?
Espero que deixe isso tudo explicadinho nos comentários aí embaixo. SEM COMENTÁRIOS = SEM CAPÍTULOS rs
Esse capítulo vai para a "MarieGrangerPotterWeasley" (nome grande ein), mas ela me deixou tão animada com os comentários que me fez postar mais rápido.