Capitulo 4 - Entrando em Confusão com o Malfoy

Hermione empurrou a carteira e sentou no colo de Draco, antes que ambos desistissem da ideia, Draco não perdeu tempo e colocou as mãos nos cabelos da garota. Se aproximou então a beijou, selvagemente e ao mesmo tempo carinhoso. A mão de Draco desceu para a as coxas de Hermione e ele começou a apertá-las com vontade. A mão de Hermione estava na cabeça de Draco, fazendo o beijá-la ainda mais. Draco já estava se animando. Hermione já havia sentindo, mas não estava ligando, o beijo estava muito bom. As algemas continuavam firmes nos seus pulsos, por sinal um beijo não quebraria esse encanto. Mas alguém os interrompeu.

Eles pararam e se ajeitaram quando perceberam que Snape os encarava. Eles fitaram a mesa, com as bochechas completamente coradas.

– Acho que sala de aula não é lugar para isso, não acham? – Ele usou um tom de voz de repreensão. – Dumbledore me mandou aqui para analisar as algemas.

Eles não responderam, estava óbvio que havia sido uma pergunta retórica. Snape revirou os olhos e pediu para que esticassem os pulsos, passou alguns minutos mexendo nas algemas, depois pegou a própria varinha e tentou alguns feitiços sem produzir efeito nenhum.

– Sr. Zabini e Srta. Parkinson após a aula quero os dois na minha sala. – sua voz saiu mais irritada do que de costume, Severo odiava ter que punir alunos da sua casa, talvez Pansy e Blaise tivessem sorte, afinal não seriam tão castigados por aquilo.

Blaise e Pansy se entreolharam, a garota tinha um olhar desesperado ao perceber isso Blaise aproximou-se de Pansy sussurrando algo no seu ouvido fazendo com que a garota relaxasse mais um pouco.

Após a saída de Severo logo Sra. McGonagall retornou a sua aula, a senhora possuía um olhar de preocupação, aquilo não significava boa coisa. Porém o restante da aula havia se passado normalmente afinal a grande polêmica já havia sido gerada. Todos em Hogwarts se perguntavam como piores inimigos conseguiriam sobreviver juntos. Assim que a aula acabou todos saíram da sala, Draco e Hermione haviam sido os últimos a saírem da sala, por que Draco teve que esperar a Hermione guardar todo seu material, o que parecia que estava demorando uma eternidade, até a professora havia saído da sala, só que antes pedindo que ambos dessem uma passada na sala de Dumbledore ao final do dia.

Assim que saíram da sala de aula, Draco e Hermione veem Pansy do lado de fora encostada na parede por sinal estava esperando pelos dois, seus cabelos curtos desviados pareciam mais bagunçados do que de costume, a garota não perdia seu olhar de arrogância e astucia, não tratava–se de uma menina bela.

– O que faz aqui? – Perguntou Draco ao notar que Hermione tinha razão, o beijo realmente tinha causado um efeito na Sonserina.

– O que foi aquilo ali dentro?! – Ela ignorou a pergunta de Draco e o olhando de uma forma descrente.

– Que foi? Não gostou? – Perguntou Hermione tentando provocar Pansy aos extremos. “Como alguém pode gostar do Malfoy?”

– Cale-se sangue-ruim! Não falei com você insignificante. – Hermione fez cara de insulto, parecia ser praga todo mundo lhe ofender.

– Solte-nos e isso não irá acontecer novamente. – Disse Draco sendo direto e objetivo.

Pansy parou observando os dois a sua frente, eles não pareciam um casal havia ali uma tensão visível por qualquer um, eles se odiavam mais do que tudo, o nojo era explicito. “Eles acham que vou ceder tão fácil.” pensou antes de responder a Draco, que sorria imaginando a resposta sendo a que ele esperava.

– Não. – Ela respondeu, fazendo com que o sorriso de Draco desaparecer do seu rosto. – Vocês não iram me enganar. Você irá pagar Draco por tudo que me fez. – Ela completou indo embora.

– Droga! – exclamou Draco jogando sua cabeça contra a parede.

– Eu podia jurar que ia dar certo. – Disse Hermione as lágrimas brotavam dos olhos dela.

– O pior de tudo, tive que beijar essa sangue-ruim, nada tira esse gosto horrendo da minha boca. – Draco falava praticamente esquecendo da presença de Hermione ao seu lado.

Hermione nada disse e puxou a mão presa à algema, fazendo com que Draco caísse no chão.

– Sangue-ruim desmiolada, para com essa mania de ficar me puxando! – Draco mandou se levantando do chão.

Hermione deu outro puxão e ele novamente caiu.

– Aprenda a falar direito comigo e eu paro.

– Não sou obrigado a isso, garota irritante.

– Malfoy, você está pedindo para, além de ser puxado, levar um chute, não é? – Ela ameaçou.

Draco se levantou, puxou a mão presa à algema, o que fez com que, dessa vez, Hermione caísse.

– Acho que é você quem quer levar um chute. – Disse Draco.

Hermione se levantou.

– Você é um idiota!

– E você é uma sangue-ruim... Existe xingamento pior que esse? – Ele riu de si.

Ela amarrou a cara e não disse nada, fazendo com que Draco risse mais um pouco.

Os dois se afastaram da sala ambos carrancudos, nem se olhavam embora isso fosse muito difícil para quem está preso por algemas. A próxima aula seria de Feitiços para ambos. Ambos um caminho longo e uma tentativa improvável de segurar os próprios livros com apenas uma mão, já que a outra estava presa, eles finalmente chegaram a sala de Feitiços.

Assim que chegaram à sala de Feitiços, Draco e Hermione logo viram uma cadeira enfeitiçada que possuía dois lugares à direita do professor. Draco se recusará a sentar lá, mas Hermione o puxou o que fez com que ele acabasse cedendo e se sentou.

– Essa será a cadeira de vocês enquanto estiverem passando por esse incidente. – Filius Flitwick falou de cima da mesa, por causa da sua estatura.

– Depois vou me matar. – Disse Draco, com a cabeça apoiada na mão que não está algemada.

– Faça esse favor à humanidade. – Disse Hermione.

Draco riu.

– Não vou me matar, não quero fazer você sofrer. – Disse Draco ainda rindo.

Hermione riu.

– É, irei sofrer muito tendo que arrastar o seu cadáver por ai, você não é leve sabia? – Hermione continuou rindo, não uma risada de diversão, apenas prazer por tornar a vida do Sonserino um inferno.

– Você não sabe como me sinto quando tento te arrastar.

– Você nunca me arrastou...

– Exatamente por esse fato. Já pensou em fazer uma dieta?

Hermione olhou irritada para Malfoy e bateu na cabeça de Draco com a mão livre.

– Me chama de gorda de novo e você não irá ver o sol no dia seguinte.

– Então faça uma dieta.

Hermione se segurou para não bater nele de novo, e não o bateu. Depois de alguns minutos mais alunos aparecem, sonserinos, grifinórios, corvinos e lufanos, riam com que Pansy e Blaise fizeram, alguns outros alunos não achavam graça, como Harry e Rony, que sentiam pena da amiga.

Minutos depois de todos os alunos terem entrado, o professor inicia sua aula, algumas partes da aula tiveram que ler o capitulo quinze do livro, com a aula restante foi aula prática, Hermione ficou meio confusa na hora de fazer os feitiços, por ela usar a varinha na mão direita a qual estava presa com a algema, mas conseguiu, Draco fez os mesmos movimentos com a mão esquerda o que ela fez com a mão direita o que a ajudou a executar os feitiços. Talvez Malfoy tivesse feito isso para ajudá-la ou então só para mostrar suas habilidades de ambidestro. Enquanto Hermione arrumava seus objetos, todos os alunos e o professor já haviam saído da sala, parecia que viraria um hábito eles serem os últimos a saírem.

– Obrigada. – Hermione agradeceu quando já havia guardado todo o material.

– Hã? Que? – Draco ficou confuso por ter ficado distraído olhando pra porta.

– Obrigada por ter me ajudado nos feitiços.

– Ah, claro, tudo bem. – Ele sorriu sem graça.

Eles saíram da sala e foram para o Salão Principal, enquanto iam eles pensavam aonde iriam se sentar, na mesa da Grifinória ou na mesa da Sonserina ou haveria uma mesa especial para que eles se sentassem assim como na sala de aula. Quando eles conseguiram chegarem ao Salão Comunal eles pararam bem no meio do salão indecisos para qual das mesas deveriam ir. Na mesa da Grifinória Rony e Harry esticavam suas mãos chamando Hermione para sentar com eles. Já na mesa da Sonserina os amigos mais próximos de Draco apenas o encarava esperando uma ação.

Hermione puxou Draco para a Mesa da Grifinória e esse por sua fez a puxou para a mesa da Sonserina fazendo com que os dois caíssem em cima um do outro. Outro hábito que estava se tornando comum entre os dois.

– Saia de cima de mim sangue-ruim! – gritou Draco ofegante empurrando a garota – Você é muito gorda!

– Não me chame de gorda! – retrucou Hermione

– Você vai fazer o que? – perguntou Draco erguendo uma sobrancelha – Gorda mesmo!

– Malfoy cale essa boca! – falou Hermione atraindo o olhar de todos que estavam sentados próximos deles.

– A sangue-ruim é gorda! Super mega hiper ultra Gorda! – cantarolou Draco.

Hermione ficou vermelha e pegou um pedaço de coxa de frango que estava na mesa da Corvinal onde todos a assistiam rindo e murmurando e jogou em Draco. O loiro se precipitou e pulou no chão fazendo novamente Hermione e ele caírem.

– GRANGER! MALFOY! – uma voz irada ecoou atrás deles, era a própria Minerva vermelha de raiva e fuzilando os dois com os olhos e por sinal havia uma coxa frango assado na sua cabeça – DETENÇÃO HOJE! VOCÊS IRÃO LAVAR OS BANHEIROS SEM MAGIA!

– Mas... Foi... O frango - Draco começou mas foi interrompido pela Professora McGonagall com os olhos brilhando de raiva.

– SEM MAS, SENHOR MALFOY! 50 PONTOS A MENOS PARA AS DUAS CASAS! - e dizendo isso ela saiu jogando o frango.

Draco bufou enquanto se levantava e não se deu o trabalho de ajudar Hermione. A castanha se levantou e ajeitou as vestes quando viu se aproximar deles, Harry e Rony.

– Queremos falar com você Hermione... – começou Harry ficando envergonhado.

– A sós. - completou Rony.

– Vai lá tira o meu braço fora! Do jeito que o meu dia tá bom! - Draco gritou ficando vermelho pela exaltação.

– Não seria uma má ideia... – Rony pareceu olhar pro nada.

– Meninos, por favor. – interferiu Hermione, ela olhou para Draco e voltou-se para os meninos - Na verdade é uma boa ideia...

– Não toquem nele! – uma voz masculina surgiu atrás de Draco e Hermione.

Os quatro bruxos se viraram e deram de cara com Daniel e Edward ambos de braços cruzados e caras fechadas. Na mesma hora apareceu atrás de Harry e Rony Neville Longbotton e Dino Thomas.

– Vão encarar? - perguntou Daniel sorrindo, a fama dele não era boa, procurava qualquer coisa para criar uma briga quase foi expulso por estar envolvido num sumiço de um aluno do primeiro ano, só não o foi porque suas notas eram boas.

– Isso não vai acabar bem. – murmurou Hermione.

Assim que ela acabou de falar apareceram Gina Weasley, Luke Devil junto de Carly Santander aumentando aquela rodinha.

– É, realmente isso não vai acabar bem. – confirmou Draco.

– Vocês ainda vão tocar no Draco? - perguntou Gaby erguendo o queixo em um tom desafiador.

– Vamos e por quem estiver na frente. – disse Harry sacando a varinha.

Nem houve tempo para Hermione gritar para Harry que aquilo era uma extrema burrice. Pois o que se procedeu foram vários feitiços sendo lançados de um lado a outro, feitiços como: Trava-Lingua, Pretificus Totalis e muitos outros. Draco puxou Hermione enquanto os outros estavam mais ocupados na confusão. Eles foram saindo da confusão, com muita dificuldade.

– Venha! – disse Draco puxando Hermione pela cintura para a porta do Salão Principal.

– Mas... – começou Hermione olhando para as luzes saindo das varinhas, aqueles eram seus amigos fazendo mais uma burrada.

– Você quer levar outra detenção? – perguntou Draco firme – Não se preocupe eles vão ficar bem. Olha lá Snape!

Os dois saíram correndo do Salão Principal, demoraram a parar de correr, mas assim que se afastaram estavam ambos ofegantes. Hermione e Draco estavam ofegantes e andando em um corredor deserto. Hermione tropeçou no pé de uma estátua e caiu no chão, Draco caiu sobre o corpo de Mione. Rapidamente ele saiu de cima do corpo e ajudou Hermione a se sentar. Draco tirou uma mecha do cabelo de Hermione que estava nos olhos da garota.

– Você está bem? – essa frase saiu em um sussurro, ele estava muito próximo de Hermione, não havia notado que ela era tão bonita.
Hermione não conseguiu responder, ficou admirando o rosto de Draco, “Como alguém tão bonito poderia ser tão mau?” esse era um mistério que nem a inteligente Hermione Granger conseguiria resolver. O garoto colocou uma de suas mãos no rosto de Hermione e inclinou ela seu corpo para beija-lo. Ambos já estavam com os olhos fechados, esperando o momento mágico, quando seus lábios se tocassem. Hermione já sentia o hálito do loiro em seu rosto, tinha um cheiro delicioso de hortelã. Draco sentia a respiração ofegante de Hermione, e seu delicioso perfume cítrico. Mas como se o destino não quisessem que eles ficassem juntos, Luna apareceu no corredor.

– Hermione, você ia beijar o Malfoy?

Fim do Capitulo 4