Prisioneiros escrita por Mrs Know All


Capítulo 15
Obliviate


Notas iniciais do capítulo

Ei, ei, ei
Capítulo surpresa, isso mesmo. Estou com um tempinho a mais e resolvi matar a curiosidade de vocês.
Achei o capítulo bem fofinho, mas NÃO REVISEI ELE. Então errinhos, me avisem.
Não esqueçam de darem uma olhada nas outras histórias que eu escrevo, elas estão bem paradinhas, são original e tal, quem gostar já sabe.

Beijos e até lá embaixo.



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Capítulo 14 – Obliviate

A tensão entre os dois se estabeleceu, o olhar duro de Hermione encarava os olhos azuis de Draco que pareciam opacos pela pouca luz produzida pela pequena chama que vinha da tocha caída no chão.

A gargalhada de Hermione encheu o espaço da pequena varanda, Draco deu um passo para trás, segurando a varinha com firmeza.

– Muito inteligente Draco, mas sei que não foi você, afinal estamos amarrados um no outro. O que me leva a outra pergunta, porque defendeu o Rony? – Hermione finalmente fez 1+1 = 2. Draco deu um sorriso torto como se aquilo tudo não passasse de uma brincadeira. Hermione levantou a varinha em direção ao rosto pálido de Draco.

– Porque você o mataria antes que o garoto pudesse provar que ele era inocente. Já é fácil convencer a todos da minha mudança somente com a minha fama de assassino, imagina se a minha namorada fosse condenada a ir para Azbakan por matar seu melhor amigo? – Ele disse abaixando a mão com a varinha em sinal de paz à Hermione. – E também porque eu sou um ótimo Legilimens, não que o Weasley assustado como estava iria ser um ótimo Oclumente. A única coisa que Ronald Weasley é culpado é de se apaixonar pela garota mais inteligente de Hogwarts.

Hermione estancou, só então percebendo o que estava fazendo, ela atacara Ronald e estava pronta para enfeitiçar Draco, o que estava acontecendo com a castanha ultimamente?

– Oh Draco... – Hermione soltou a varinha tapando o rosto com as mãos envergonhada de si mesma, as lágrimas começavam a encher os seus olhos. – Desculpe, eu só...

Draco a puxou pelo antebraço abraçando a garota, apoiando seu queixo sobre a cabeça da mente e agradecendo mentalmente a Merlin pela Grifinória ter voltado ao normal, algo estava acontecendo à Hermione e ele precisava descobrir o que era.

Draco deu um grito de dor ao perceber que Hermione lhe dera um murro no braço.

– O que você quis dizer com sua namorada?! – O rosto da castanha estava corado e cheio de vida. – Desde de quando eu sou sua namorada Malfoy?

– Desde quando eu decidi que seria. – Draco puxou ela novamente pelo braço, a beijando com força a Grifinória que se debatia nos seus braços querendo se afastar, só que o hálito de hortelã de Draco a deixava completamente tonta.

– Droga Hermione. – Draco gemeu de dor, a castanha mordera seu lábio inferior e sorria para o loiro o zombando.

– Quem mandou não pedir autorização antes?

– Eu posso te beijar? – Draco perguntou dando um passo em direção a Grifinória, esta então recuou mais um passo.

– Não. – Hermione recuou mais um passo se afastando de Draco que andava em sua direção, mas se deparou com a gárgula que declarava ser o fim do caminho.

– Por isso eu nunca peço permissão. – Draco a agarrou novamente a pressionando na parede.

No começo Hermione ameaçou afastar Draco de si, porém o beijo dele era totalmente refrescante, como se cada parte do corpo da castanha precisasse daquilo a cada segundo, a língua do loiro explorava cada parte da boca da Grifinória, as mãos do Sonserino passeavam pelo pescoço de Hermione deixando uma trilha de fogo por onde tocava. Quase inconscientemente a mão de Hermione segurou a nuca de Draco e a outra a cintura do mesmo. O corpo de Draco estava frio ao contrário do de Hermione que aquecia a cada segundo. Os lábios de Malfoy desceram da boca de Hermione para o pescoço da mesma provocando arrepios.

Draco parou de beijá-la do nada, fazendo com que Hermione ficasse com cara de criança que perdeu seu doce.

– O que estava dizendo sobre pedir permissão? – Draco riu dando mais um beijo nela e depois puxando a garota pelo braço para fora do esconderijo dos dois, já estava tarde e como Hermione tinha dito uma noite sem luar não era uma boa noite.

******

Hogwarts acordava novamente, mais uma segunda-feira comum, alunos de todas as casas correndo de um lado para o outro para não se atrasarem para as primeiras aulas do dia, o Salão Principal cheio muita gente conversando e comendo, um dia comum para todos de Hogwarts, menos para um.

Draco e Hermione acordaram cedo, na verdade Draco levantara cedo e arrastara Granger para fora da cama. Ambos foram para o Salão Comunal da Grifinória para conversar com Ronald Weasley.

– Rony. – Hermione chamou o ruivo que estava de costas para a garota conversando com Simas e Dino, os dois saíram quando perceberam a presença dos monitores-chefes.

Quando Ronald virou e percebeu que se tratava de Hermione o garoto deu um pulo para trás encolhendo-se com medo da amiga.

– H-Hermione... – Ele gaguejou dando mais um passo para trás.

– Eu não vou lhe azarar Ronald. – A castanha revirou os olhos, enquanto Draco sorria de canto de olho, provavelmente invadindo os pensamentos de Rony e vendo o que o ruivo imaginava que Hermione faria com ele. – Só queria pedir desculpas por ontem, eu não estava pensando direito, sabe como é, estou naqueles dias... – O rosto de Hermione se avermelhou, assim como o de Ronald que suspirava relaxando. – Mas jamais de siga novamente. – Ela apontou o dedo indicador livre pela algema para Rony, que assentiu engolindo em seco.

Draco se sentia um pouco deslocado no antro dos Grifinórios, a maior parte deles lhe lançavam olhares de raiva e ódio, uma parte bem pequena o ignora e uma parte um tanto destacável, maioria feminina, olhava para ele com olhos cobiçosos e apaixonados. Essa última parte assustava Draco, pois no meio das meninas existia um menino do primeiro ano. Draco desviou a sua atenção do redor e voltou em Hermione.

– Onde está o Harry? Ele já devia ter acordado. – Hermione perguntou, depois de fazer uma checagem rápida ao seu redor e não encontrando nenhum bruxo moreno de cabelos desgrenhados e cicatriz em forma de raio.

– Mione, hoje é dia 31 de outubro. – Ronald falou baixinho. Draco não entendia a razão daquela data ser tão importante para o Trio de Ouro.

– Onde ele está? – Hermione falou, lembrando-se de algo que guardou soemnte para ela.

– No lago. – Assim que o ruivo terminou de falar Hermione agarrou Draco pelo braço sem importar-se se eles iriam se atrasar para a aula de Transfiguração e correu em direção ao Lago.

Não demorou muito para que a castanha encontrasse o Eleito, ele era o único próximo ao Lago àquela hora, todos estavam no Salão Principal ou indo para as suas respectivas aulas.

Harry estava de cabeça baixa bem próximo da borda do lago, o moreno tinha algo nas mãos que não era possível dizer exatamente o que se tratava. Draco manteve um pouco afastado de Hermione, não importava o motivo que o dia 31 trazia, o loiro sabia que era algo pessoal e que eles não gostariam de ter um intruso no meio.

– Oi. – Hermione cumprimentou o amigo, sentando-se ao lado dele, Draco ficou sentado a dois metros de distância, o máximo que as correntes de afastavam, graças ao feitiço de Dumbledore.

– Oi Mione. – Harry respondeu levantando a cabeça para olhar para a amiga enquanto pegava uma pedrinha caída próxima a eles e jogava contra o Lago. – O que está fazendo aqui? Tem aula.

– Harry, eu estou exatamente onde devo estar. – Harry inclinou a cabeça a apoiando esta sobre o ombro de Hermione.

– Obrigada, eu não sei o que faria sem você para me apoiar Mione. – Harry suspirou enquanto fechava os olhos e aproveitava um momento “a sós” com a castanha, sentia tanta falta de Hermione, estavam tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

Um silêncio tranquilo se estabeleceu entre eles, isso era uma das coisas que eles mais gostavam entre si, sem falar nada um apoiava o outro mais do que grandes faladores, aquilo era uma magia muito rara de ser encontrada tanto no mundo bruxo como no mundo trouxa: amizade verdadeira.

– Você sabe que onde eles estiverem sentem muito orgulho de ti não é Harry? – Hermione quebrou o silêncio acariciando o dorso da mão de Harry que estava fechada.

– Eles deveriam estar aqui. – Harry respondeu baixinho abrindo a mão em que Hermione estava fazendo carinho, dentro da mão de Harry estava uma foto dele pequeno com os pais, Hermione lembrava daquela foto, Hagrid dera para Harry no final do primeiro ano deles em Hogwarts.

– Eu sei Harry. Você tem o direito de estar de luto hoje, afinal é o dia da morte deles. Mas acredito que eles não gostariam que você sofresse por isso. – A Grifinória falou baixinho, ela respeitava a dor do amigo, dia 31 de outubro sempre foi uma data difícil para Harry Potter. – Mas lembre-se que aqueles que nos amam nunca nos abandonam de verdade.

– Obrigada Mione. Eu nunca estive sozinho por causa de você, mesmo quando o Rony foi embora você nunca desistiu de mim. – Harry foi se aproximando da Grifinória como se fosse beijá-la, qualquer um que assistisse aquela cena ao longe acreditaria que eles estavam prestes a se beijarem. Ao fundo Draco franzia o cenho ao perceber a aproximação exagerada de Harry. Porém os lábios de Harry Potter tinham outro destino: o ouvido de Hermione. – E avise ao Malfoy que se ele não cuidar bem de você eu termino de quebrar a cara de doninha dele, o que você começou no terceiro ano. – Harry sussurrou para Hermione sorrindo.

O espectador silencioso atrás deles relaxou o cenho quando viu Hermione afastar assustada ao perceber o que Harry queria dizer com aquilo. A castanha abriu a boca exasperada questionando o amigo com o olhar.

– Eu sou seu amigo Hermione, é claro que eu percebi. – Harry sorriu antes de completar ainda em tom baixo. – E também, porque a Luna contou que viu vocês dois quase se beijando. Eu posso não ser uma Hermione Granger da vida, mas sei fazer dois mais dois.

Hermione abaixou o olhar seu rosto tingiu-se de vermelho, fazendo o sorriso de Harry aumentar.

– Ei. – Harry chamou a atenção da menina, enquanto puxava o queixo da mesma para que esta o olhasse. – Eu respeito sua decisão, mesmo preferindo o Krum à ele. Você tem um jeito diferente de ver a beleza nos outros, até mesmo, quando a própria pessoa não a enxerga, não bem como, mas você sempre ver o melhor lado das pessoas. Uma vez Lupin disse isso sobre a minha mãe, você tem o mesmo dom que ela. – Harry não conseguiu encarar à amiga ao seu lado, preferindo desviar o olhar para o Lago, ainda tinha um pouco de orvalho na grama e estava um pouco nublado, mas o frio não chegava a incomodar. – Você fez isso comigo Hermione quando todos achavam que eu estava enlouquecendo e agora é a vez do Malfoy. Eu confio em você, mesmo quando todos acham que você está ficando louca, assim como você fez comigo.

As lágrimas pesadas caíam sobre as bochechas de Hermione, a garota abraçou Harry com força, deixando o menino sem jeito. Não havia palavras a serem ditas ali, era algo que nenhuma palavra do mundo conseguiria descrever.

– Pare de chorar Hermione, vão acabar pensando que alguém morreu. – Harry brincou, os olhos verdes brilhavam de alegria, ele sabia que aonde quer que seus pais estivessem eles tinham orgulho das escolhas feitas por ele. – Você tem que ir para aula Hermione, já está atrasada.

– E você? – Hermione perguntou se levantando para ir embora.

– Tem mais uma coisa que preciso fazer antes de ir.

A castanha assentiu com a cabeça enquanto ia em direção ao castelo, sem olhar para trás, enxugando o restante das lágrimas que molhavam o seu rosto. Draco entregou a menina um lenço bordado nas cores da Sonserina com um pequeno emblema da família Malfoy no canto.

Harry esperou até Hermione ter se afastado o suficiente do Lago para retirar do bolso uma pequena pedra em formato de losango. Centauros encontraram a preciosa pedra da ressurreição e devolveram à Harry Potter após a Guerra Final com medo de cair em mãos perversas. Ele girou três vezes a pedra e logo apareceram seus pais a sua frente. Não eram realmente os pais dele, e sim a forma semi-corpórea deles.

– Eu sinto falta de vocês. – Harry falou baixinho para eles. Lílian estava emocionada os seus olhos demonstravam todo o carinho que ela sentia pelo filho, ela fez menção de dizer algo para ele, mas ele apenas meneou a cabeça pedindo que não. – Só queria dizer adeus, sei que sempre estarão comigo no meu coração. Amo vocês. – Antes que desistisse Harry pegou a varinha e acenando para o chão, fazendo surgir um buraco no tamanho ideal para a pedra, não era possível ver o fundo do buraco, mas de certo era bastante fundo.

Harry olhou pela última vez para a imagem de seus pais, deixando uma lágrima solitária cair enquanto abria a mão onde a pedra estava, deixando-a cair no buraco. Imediatamente a imagem de seus pais desapareceram.

Ele suspirou novamente antes de apontar a varinha para a própria cabeça sussurrando.

Obliviate.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ou não? Porque? O que acharam do final? E a cena entre a Hermione e o Harry (achei muito fofo)? A Hermione voltou ao normal nesse capítulo?
Enfim, quero COMENTÁRIOS GIGANTES, sabe o porque? postei antes de uma semana, eu mereço, claro que mereço ou não.

Quero comentários, RECOMENDAÇÕES, favoritos, etc. [indiretas]
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Estarei esperando ansiosa o comentário de vocês.

Beijocas da Tia Nanda