Little Hell escrita por Diana


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá!!!
Sinto muito pela demora.
Bom, nesse capítulo, nossos casais parecem começar a se acertar... :P
Capítulo betado pela Srta With! Brigadão!!

No mais, boa leitura!



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Capítulo 12

Piper odiou o silêncio incômodo. Reyna parecia tensa demais. A garota tentou se aproximar e conseguir outro beijo, mas Reyna se afastou um pouco. Piper a olhou um pouco chateada e segurou firme o pulso da morena.

– O que está havendo? – Os olhos caleidoscópicos exigiam uma resposta e focaram os negros com determinação. Reyna engoliu seco e suspirou, desviando o olhar.

– É só que... – A morena procurava pelas palavras, em vão. O tempo parecia se esticar e Piper cada vez mais impaciente. Reyna voltou a encarar os olhos caleidoscópicos. – Eu não costumo me deitar com alguém assim... De cara.

– Eu não te forcei. – Piper diz rispidamente e rola pra fora da cama. Como se tivessem vontade própria os olhos de Reyna captaram cada movimento do corpo bonito e esguio e a morena se pegou ruborizando e tentando controlar suas ações.

– Eu não disse isso. – Reyna aproveitou para se levantar também e começou a procurar pelas suas roupas, incerta do que dizer.

– Você é idiota, Arellano. – A voz de Piper soava quase triste, enquanto se vestia de costas para a morena.

– Me desculpe, Piper, eu... – A morena percebeu que seu coração falhava algumas batidas quando notou o tom magoado da voz da garota. – Eu só não sou boa com esse tipo de situação.

– Tudo bem. – A garota vestia uma blusa branca qualquer e um short azul. Reyna não conseguia parar de olhá-la, o que fez Piper reprimir um sorriso. – O que foi?

– Nada. – A morena desviou o olhar, tímida, e voltou a sua tarefa de se vestir. Piper pareceu vislumbrar algo.

– Vire-se. – Piper pediu e Reyna pareceu não entender enquanto a olhava confusa. Piper se aproximou e a pediu novamente. – Vire-se.

Reyna deu de ombros e fez conforme o requisitado. Meio sem jeito, ela se pôs de costas para a garota, já imaginando o que teria atraído seu olhar. Suavemente, os dedos da garota percorreram seu caminho no lado direito das costas de Reyna.

– Posso? – Piper perguntou fazendo menção aos cabelos negros e Reyna assentiu timidamente. O hálito doce da garota batia em suas costas e a proximidade com o corpo quente começava a lhe causar arrepios.

Piper segurou os fios negros e os jogou por cima do ombro esquerdo, maravilhada com a figura em preto e branco desenhada nas costas de Reyna. Um leão rugindo, mostrando sua bravura, parecia querer saltar pra fora da pele da morena e atacar quem quer que fosse. Era magnífico. Sem mais conter seus impulsos, a garota enlaça a cintura da outra e deposita um beijo suave na tatuagem, sentindo Reyna estremecer um pouco.

Piper se deixa ficar lá. Ela quase poderia dormir ali, escorada às costas fortes de Reyna, sentindo o coração da morena batendo tão forte que chegava a reverberar nas costas. Era uma música bonita, Piper pensou e fechou os olhos.

– Tem algum significado para você? – Reyna demorou um tempo para entender a pergunta. Em partes porque a voz de Piper estava sonolenta, em partes porque ela estava tentando entender o que estava acontecendo ali.

– O leão? – Reyna perguntou querendo ter certeza.

– O leão, idiota. – Piper sorriu.

– Coragem, liderança. Fiz na minha adolescência. – Reyna respondeu, sentindo as mãos de Piper aumentarem o aperto em sua cintura.

A garota se pôs nas pontas dos pés para tentar chegar à altura da morena, e deixou um beijo em seu pescoço, acompanhado de uma mordida leve. Reyna não aguentou mais. Num gesto rápido, ela se vira e se vê de frente para os olhos caleidoscópicos. Nenhum segundo é desperdiçado. Bruscamente os lábios das garotas se encontram e Reyna deixa um gemido morrer na garganta ao sentir a língua atrevida de Piper buscar passagem.

Reyna se deixa ser guiada. Calmamente, os passos de Piper as levam de volta para a cama da adolescente. Reyna ignora a voz irritante em sua mente que a manda se afastar. Ela não conseguiria. Não mais. O gosto de Piper era viciante.

E, quando caíram na cama, Reyna se assustou ao perceber que ela queria ficar lá pra sempre trocando beijos com Piper. Lábios exigentes da adolescente mordiscaram seu pescoço e Reyna se perguntou se Piper tinha a intenção de marcá-la. Timidamente, a morena devolveu a gentileza e sentiu o sangue em suas veias se esquentar ao ouvir o gemido que saiu da boca de Piper.

Olhos negros novamente se encontraram com os caleidoscópicos e Reyna pôde ler desejo e, mais uma vez, se perguntou quando ela estivera naquela situação pela última vez. Piper abraçou Reyna com força e levou seus lábios até o ouvido da mais velha, depositando um pedido nada comedido:

– Transe comigo. – As palavras soavam duras e necessitadas. Reyna não teve como negá-las.

Suas mãos se desviaram para a barra da blusa que Piper usava enquanto só agora ela parecia se dar conta da própria nudez. Quando a peça já estava no meio do caminho, as garotas foram obrigadas a se separarem ao ouvirem barulho na casa. Uma voz masculina e agradável percorreu os cômodos. Tristan havia chegado.

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Annabeth estava parada à porta do ginásio destinado ao treino de wrestiling. Não era um local muito grande, mas abrigava bem a equipe do colégio. A loira olhava o relógio a todo instante, como se pudesse obter uma resposta dos ponteiros. Por fim, ela decidiu entrar, os olhos cinzentos já captando a figura alta.

Clarisse mal desviara o olhar quando ela entrou e Annabeth sorriu. A morena estava tão concentrada em seu treino que praticamente esquecera o mundo lá fora. A loira sentiu seu coração se acelerar dentro do peito e se repreendeu. Ela só tinha ido lá agradecer pela carona, nada mais.

Entretanto, era praticamente impossível não notar a disposição e força de Clarisse. Annabeth sabia que ela tinha uma competição em breve, por isso aproveitava cada momento que podia para treinar. A morena a todo instante erguia e derrubava um saco de pancadas, montando e desmontando-o, como se fosse sua adversária. Annabeth decidiu se manifestar, se sentindo incomodada com a movimentação de Clarisse. Wrestiling era bem insinuador às vezes.

– Clarisse! – A loira meio que gritou finalmente conseguindo a atenção da outra. A expressão fechada logo se suavizou um pouco.

– Chase. – A morena veio correndo em sua direção. Annabeth notou a camiseta vermelha encharcada de suor praticamente colada ao corpo musculoso e desviou o olhar. – O que quer? Não posso deixar meu corpo esfriar. – A morena disse, mas Annabeth percebeu que não usava um tom agressivo.

– Vim te agradecer por me deixar em casa ontem. – Annabeth respondeu e Clarisse lhe ofereceu um olhar que a loira não conseguiu decifrar.

– Sem problemas. – A outra deu de ombros. – Você ficou encrencada com sua mãe depois?

– Um pouco. – Annabeth fez uma careta. – Mas expliquei pra ela que Percy me deixou lá e você se ofereceu.

– Não sei qual de nós dois é pior pra sua mãe. O garoto lerdo da natação ou eu, que dispenso apresentações. – Annabeth riu diante da provocação e deu um soco de leve no braço de Clarisse.

– Então, como está indo a preparação para a competição? – A loira indicou a área de treino e Clarisse acompanhou seu olhar.

– Tudo bem até agora. Estou treinando um pouco mais leve até o dia para evitar qualquer problema.

– Leve? – A loira perguntou incrédula. – Desculpe, mas se não me engano, aquele saco ali pesa o quê? Umas 220 libras? – Clarisse sorriu, claramente envaidecida.

– Leve, Chase. – Clarisse a encarou um pouco sem jeito. – Sinto muito, mas tenho que voltar. Meu corpo está esfriando aqui.

– Ah, claro. Desculpe por te atrapalhar. – Annabeth ruborizou ao perceber que a última frase de Clarisse poderia carregar um duplo sentido. – Até mais. – A loira já se dirigia para a saída quando Clarisse gritou pra ela.

– Não quer treinar comigo? – Annabeth parou a uns dois passos da porta, sem ter certeza do que ouvia.

– O quê?

– É. Daqui a pouco tenho que voltar para as aulas e eu preciso de um parceiro de treino para alguns movimentos e posições. – Mesmo contra todos seus instintos, Annabeth assente.

– O que tenho que fazer? – A loira pergunta. Ela não participava muito das lutas ou dos outros esportes que eram praticados no colégio.

– Primeiro, tire seus tênis. – A morena sorriu enquanto voltava para a área de treino e Annabeth suspirou, sabendo que talvez não seria uma boa ideia ter concordado.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Telefones? kkkk
Beijão!