Khaos - Terra escrita por Gato Cinza


Capítulo 16
Segredos roubados


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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– David e G?! – disse Victor se aproximando do grupo de sentou para tomar café da manhã. Os dois responderam.

– Bela foi até Moscou com Nicolai e pediu para que vocês não preocupem ela liga assim que possível.

– Foi embora e nos deixou aqui? – disse Lírio abraçando o namorado

– Não erva venenosa, se fosse ela não teria avisado teria simplesmente ido.

Victor saiu reclamando em russo, Gael entrou na mente do garoto ele pensava se Lírio era idiota mesmo ou se estava tentando arrumar confusão com ele a achava mais bela que qualquer mulher que já tinha visto ou imaginado porem era mais irritante com suas perguntas idiotas que qualquer pessoa que ele já tivesse conhecido em sua vida. Bell o pagaria caro por desaparecer e trazer uma idiota irritante para incomoda-lo.

Com Bell fora não tinham muito que fazerem G e David conversavam com Victor ou com alguns moradores que conseguia entende-los ou simplesmente dormiam até terem algo para fazer de útil. Lírio e Gael andavam pela cidade olhando os lugares ou ficavam se agarrando pelos cantos da pensão. Quatro dias depois Bell ligou para eles.

– David, eu terei que ficar aqui por mais uma semana, cuidem-se bem – foi tudo o que ela disse.

...

Gael estava sentado próximo a lareira olhando as pessoas conversarem, invadia a mente delas para saber de que falavam e nunca era nada que lhe interessasse. Até que captou um pensamento irritado de Yuri que não entendia o porquê os pais dele estavam abrigando aquele grupo só por que a fedelha abusada da Bela havia pedido, ela e o pai se metiam em confusão e ela refugiava aquele grupinho de americanos vadios na casa dele.

Gael seguiu a mente dele que foi para sala de TV onde assistiam o noticiário, quando chegou lá a mente dele começou a absorver informações e parou de pensar de forma lógica, mas Gael não saiu da mente dele apenas se concentrou mais um pouco e começou a olhar suas lembranças, quando notou estava olhando uma garota de cabelos pretos presos em uma trança balançando em um balanço sem parar, Bela estava com nove anos e era a menina mais linda que ele já tinha visto ela se balançava sem colocar os pés no chão e não se deixava ser empurrada, ria quando o balanço parecia parar no alto e descer rangendo os cabos velhos e enferrujados do brinquedo.

– Tomara que caia e quebre o pescoço – gritou ele

Ela parou o balanço, pegou um pedaço de madeira e gritou que arrancaria a cabeça dele e começou a persegui-lo correram sem parar até que ele viu Martin e foi se esconder atrás dele, Bela o olhava irritada e o ameaçava enquanto Martin os olhava rindo.

– Apanhando de uma menina, Yuri?

– Esse covarde só briga com garotinhas pai, tem medo de enfrentar um homem.

– Desde quando você é homem, burrinha?

A provocação dele á deixava mais irritada ele ria escondido atrás de Martin até que ele pegou a filha nos braços e a jogou para cima a mandando parar de caçar briga com garotos e ir tomar banho.

Gael foi retirado de sua sonda por G que o chamava curiosa pelo sorriso que ele tinha estampado no rosto.

– Que foi? – perguntou para ela confuso e piscando os olhos

– Em que estava pensando?

– Mamãe, estava me lembrando dela – ele se curvou para G – se lembra de quando tive aquela febre que ela me levou para o hospital?

– Claro você correu pelo hospital inteiro quando viu a agulha da seringa e mamãe começou a rir tanto que os médicos e enfermeiros foram contagiados pelos risos.

– Tomei a injeção por que fui curioso demais para parar e olhar o porquê dos risos.

Riram das lembranças

– Sinto falta dela

– Eu também, queria poder ter aproveitado mais a presença dela quanto tive tempo – comentou Gael.

Depois do jantar naquela noite buscou pelas lembranças na mente de Yuri enquanto ele assistia a um filme. Ele e Bell estavam discutindo sobre um jogo de futebol em que ela havia trapaceado no caminho de casa, ele a chamou de ladra trapaceira e perguntou se o pai dela quem havia a ensinado a roubar daquele jeito ela se virou para ele com os olhos violetas e o dedo erguido para ele.

– Fale sobre meu pai mais uma vez e juro pelos filhos de Surkan que te transformo em uma estatua de aço com um coração pulsante. Depois correu para dentro da casa chorando, não se falaram por vários dias.

Gael procurou por outra lembrança deles. Ela havia chegado em casa dormindo nos braços de Martin depois de ter passado uma tarde toda no distrito policial os cabelos caídos para trás e a os braços pendurados para baixo. Estava ansioso para saber o que havia acontecido com ela todos comentavam em vozes baixas pelos cantos que Martin havia matado o treinador dela e que ela estava o protegendo da policia se recusando em dizer o que tinha acontecido.

Gael procurou outra coisa a respeito disso na mente dele, tudo que ele sabia era isso. Depois viu outra lembrança dela, pouco antes dela e o pai desaparecerem, ela estava ensinando inglês para Victor ele segurava um dicionário enquanto ela repetia as pronuncias correta das palavras. Aquilo era um tanto incomodo antes de seus pais adotivos adotarem Victor ele era a única companhia de Bela fora o pai e Sonia. Ele os olhou por um tempo e tomou o dicionário de Victor.

– Devolva o livro – pediu ela com calma

– Só se me der um beijo – ela estava com 14 anos e era mais bonita que as garotas de sua idade – sabe ontem foi meu aniversario e você não me deu presente algum.

– E nem vou gastar dinheiro com você agora me de o livro.

– Quer o livro? Tem que me dar algo em troca.

– Que tal um desafio? Se eu vencer, me dá o livro se eu perder te dou o beijo e você me dá o livro.

– Mas assim você terá o livro perdendo ou ganhando

– E você terá o beijo, a menos que queira um dicionário bilíngue de presente de 17 anos.

– Aceito o desafio, qual é?

Ela se levantou e foi até ele, tinham mesma altura seus olhos eram negros e brilhantes e sua boca delicada a beijaria antes que ela notasse naquela distancia.

– Se você curvar-se perante mim eu ganho se não eu perco.

Estava pedindo para ser beijada nunca se curvaria a ela sorriu e segurou o rosto dela, tinha a pele suave e delicada se aproximou para beija-la quando sentiu uma dor lacerante entre as pernas e se curvou.

– Felizmente existe mais de uma maneira de fazer um homem se curvar á uma mulher – disse ela pegando o livro e devolvendo para Victor.

Gael saiu da cabeça dele sorrindo e foi dormir, esquecera de que havia combinado se encontrar com Lírio antes de se deitar, pensava se Sonia saberia o que aconteceu entre Bell e o treinador. Será que Martin havia mesmo matado o treinador? Ele adormeceu pensando no que sabia do caso, ela protegia a própria mente, mas não poderia proteger a mente dos outros descobriria o que ela não o deixara ver em San Diego.

Primeiro ouviu o discurso zangado de Lírio sobre relacionamentos e depois de um exagerado pedido de desculpas forçado foi procurar a mente de Sonia. Foi mais difícil achar a lembrança certa já que ela não parava de pensar em varias coisas diferentes ao mesmo tempo o que o desconcentrava.

Viu-se no lugar dela era fim de tarde quando ligaram da delegacia e ela foi ver o que havia acontecido com Bela. Ela estava sentada riscando um pedaço de papel, desenhava o detetive dos homicídios que a interrogara com um par de olhos a mais e orelhas minúsculas. O delegado explicou á Sonia o que havia acontecido.

Segundo Bela o treinador tentou abusar dela e ela o matou sem querer, o problema em acreditar vinha do fato de que: se ela estava na frente dele era impossível ela ter socado um troféu de bronze na cabeça dele, o troféu era pequeno e pesava cerca de 10 quilos a força empregada para mata-lo em um único golpe não poderia sair das mãos de uma garota de 12 anos que pesava 49 quilos até por que um adulto forte teria que usar toda sua força e soca-lo mais de uma vez para causar um traumatismo craniano, mesmo tendo sido um golpe de sorte e força anormal seria impossível que fosse ela já que ela era um pouco pequena para acerta-lo onde fora acertado.

Ela foi interrogada novamente na presença dela que era a adulta responsável na ausência do pai. Os policias insistiam em perguntar se não havia entrado outra pessoa ali, talvez alguém que tivesse a ouvido gritar ou quem sabe alguém que fora á buscar. Ela olhou para o delegado e virou a cabeça para o lado.

– Eu não gritei então não podia ninguém ter me ouvido. Quem vai lá são apenas as mães buscar as filhas e todas as alunas já havia saído e se sugere que foi Martin quem matou ele saiba que é impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo ele como vocês já verificaram estava em moscou e deve chegar aqui logo para explicar a vocês que eu matei o treinador Prestos por acidente e que a culpa foi toda dele em mexer comigo.

Sem duvida o argumento dela era lógico, quando Martin chegou ela repetiu todo o mesmo relato, respondendo as perguntas com cada vez menos paciência. Quando saiu entregou o desenho feito á lápis para o delegado na parte de baixo desenho se lia irritante a mania humana de ver coisas onde não existem e ouvir menos a verdade que é dita. Acharam por um tempo que era Martin quem matara o treinado até descobrir que realmente ela estava onde dissera estar e que ninguém entrara no ginásio desde que as alunas saíram até a chegada da policia, pelo menos não nas entradas ou saídas possíveis. E o caso foi arquivado por falta de provas.

Gael saiu da mente de Sonia exausto e foi para o playground da pensão, ficou sentado no balanço pensando em tudo o que vira claro que era possível ela ter matado o treinador com os poderes que tinha. Mais tarde naquele dia buscou na memória de Yuri saber como Bell se comportou após o acontecimento, por uns dias ela ficou silenciosa só falava com Martin, Sonia e Victor que estava se adaptando a família adotiva, depois de algumas semanas descera para o quintal onde brincava com Victor e após um longo tempo evitando as pessoas ou as olhando como se fosse ataca-las começou a ir para moscou com o pai de onde voltava cada vez mais estranha falando sobre portais e tecnologia.

Gael optou por manter em segredo o que descobrira até por que se Bell descobrisse que ele havia entrado na mente de outra pessoa para olhar a vida dela seria capaz de mata-lo


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