Khaos - Terra escrita por Gato Cinza
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura
Bell acordou estava entre David e Lírio, ambos dormiam G dirigia o conversível e conversava com Gael ouviam um cd de ópera clássica.
–... E ai saímos da Europa – dizia Gael, Bell o olhou para o painel do carro e a musica parou.
– Onde estamos? – perguntou ela se aproximando dos dois.
– Na estrada a caminho de Lion, você esta bem? – perguntou Gael a olhando
– Estou que foi que aconteceu?
Gael explicou o que aconteceu a ela.
– E por que estão indo para Lion?
– Por que foi o primeiro lugar em que pensamos quando saímos as presas de Paris.
– Pare em Durox – Bell falou olhando para frente.
Depois de uns minutos G chegou a uma placa de direções e seguiu para a cidade de Deurox.
– Por que esta cidade? – perguntou Lírio os olhando de cenho franzido.
– Por que o trem que sai de Paris passa por aqui e segue para Suíça. E é para onde eu vou.
– Vai para a Suíça sozinha? E se os Gert’ns te pegarem?
– Não vão me pegar a menos que eu queira ser pega e não vou sozinha, não vou né David?
– Claro que não, eu vou com você – respondeu David perguntando para ela em pensamento – que tem na Suíça?
– Nós também vamos – respondeu G se encostando em uma barra de ferro na estação de trem.
– Nós?
– Nós, eu e você Gael e pelos acontecimentos de ontem a noite acho mais seguro que venha também Lírio.
Lírio os olhou e concordou. Embora insistisse em não sair da França e no fato de saber se defender muito bem como Gael havia visto. Mas ele a convenceu pelo fato de terem sido atacados e seguidos por dois Gert’ns apenas.
– Da Suíça vamos para a Rússia
– Rússia? Por que vamos para lá, é frio e radioativo – disse Lírio se sentando na barra onde G se apoiava.
– E o único lugar que eu conheço onde pode existir um portal para casa.
– Tem um portal para Vytrel na Rússia? – perguntou Lírio surpresa e curiosa, escorregando da barra.
– Espero que sim
– Somente um mago pode abrir um portal desses – Lírio a olhava de modo cético enquanto sentava-se novamente.
– A tecnologia humana é o mais perto de magia que podemos chegar aqui.
– Como pode existir um portal para Vytrel na Rússia? – perguntou G olhando para as mãos.
– Martin estava trabalhando com alguns cientistas para criar o portal semelhante ao que usamos para vir para terra.
– Quem é Martin? – perguntou Lírio
– O meu guardião, Paklian.
– Seu guardião confidenciou nosso planeta nas mãos de cientistas?
– Sim e não são quaisquer cientistas, são físicos nucleares, engenheiros químicos, especialistas em robótica e astrônomos que acreditam em ufologia – ela respondeu e se virou para G – da ultima vez que os vi já haviam conseguido recriar um protótipo perfeito que permitia que eles transportassem animais pequenos á curta distancia e isso faz dois anos.
– E se eles desistiram nos últimos dois anos?
– Não desistiram, Lírio.
– Como pode ter certeza disso?
– São cientistas, eles nunca desistem.
– Por que não disse isso antes? – perguntou Gael agitado – podemos ir para casa.
– Eu disse talvez, pode ser que a maquina nos mande para outro ponto da terra apenas ou até mesmo para outro planeta e não contei antes por que os planos de Martin era que todos voltassem juntos – ela baixou a voz e a cabeça – infelizmente isso não será possível.
– Por que não? – perguntou Lírio
Bell sorriu e saiu de perto deles foi David quem respondeu delicadamente.
– Por que Martin e os outros estão mortos.
...
– A Rússia é muito fria –comentou Lírio entrando em uma loja de roupas – nunca estive lá, mas eu já vi em filmes e sempre tem neve.
Ela era a única ainda com dinheiro já que carregava seu cartão de credito na bolsa, os convenceu de comprar roupas para todos. Bell não comprou nada para ela, gostava de calçar o tênis e vestir a calça jeans com que fugira do sanatório, a regata preta que G dera a ela e o casaco de moletinho que ela pegara na casa de David quando saiam de Seattle. David carregava uma mochila com roupas e só comprou toca, luva e um casaco mais grosso. G e Gael também carregavam mochilas com roupas então compraram apenas o mesmo que David. Lírio comprou para ela varias roupas.
– Que saudável para minha cabeça fazer compras – Lírio ainda desfilava as roupas que comprara. O próximo trem para Rússia só sairia dois dias depois
Bell estava brincando com sua kunai quando Lírio sentou ao lado dela, á olhando.
– Isso é uma arma ninja não é?
– É sim
– Gosto de filmes de ninjas, você sabe lutar kung fu?
– Não, você sabe?
– Não, eu comecei a fazer aulas de pakour, mas desisti.
– Fiz aula de ginástica olímpica enquanto estive na Rússia, mas fui obrigada a parar.
– Mesmo? Eu assisti as olimpíadas uma vez era incrível ver os saltos deles, por que você parou?
– O treinador morreu e a academia foi fechada.
– Ah! Você acha que conseguiremos voltar para casa?
– Acho que se não tentarmos nunca saberemos.
– Que resposta evasiva – disse Gael olhando para elas – custa dizer que não acredita, mas que sente tanta falta dos russos que vai usar a possibili... – ele não terminou, pois Bell lançou a kunai nele fazendo parar a centímetros do olho esquerdo dele.
– Quantas vezes vou ter que dizer para ficar longe de minha cabeça? – perguntou Bell se levantando furiosa.
Ela saiu do quarto, quando bateu a porta, a kunai caiu e Gael se levantou indo atrás dela, á alcançou na porta David a segurava perguntando o que havia acontecido.
– Bell eu... – ela se virou para Gael se soltando de David
– Fique longe de mim seu mentiroso – ela o empurrou e foi para as escadas
– Bell espere – gritou ele com a mão estendida para ela, não queria que se repetisse o que aconteceu em San Diego e ela não falasse mais com ele. Bell foi presa pelos pés por algo que ela não via e caiu batendo o rosto no chão. Ela se virou para ele. Finalmente. Gael vinha cambaleando até ela.
– Me solta Gabriel.
– Não estou fazendo nada – disse ele parando
Bell olhou para o extintor na parede e o soltou fazendo passar por cima da cabeça de Gael que se abaixou rapidamente, David, G e Lírio estavam na porta os olhando. Ela sentiu as pernas livres e se levantou ao mesmo tempo em que ele se levantava.
– Tentou me acertar com o extintor – gritou ele zangado.
Bell se dobrou sentindo se socada na barriga olhou para ele mandando o extintor que flutuava ao seu lado para cima dele. Gael desviou do objeto olhando fixo para o extintor que voltou para ela, Bell parou o extintor e os dois olhavam fixo para ele um tentando empurrar para o outro Bell com magnetismo e ele com a força da mente. O esforço deles foi tanto que o extintor explodiu lançando pedaços para todos os lados.
– Está sangrando – disse Bell com um sorriso apontando o nariz descendo em seguida à escada cantando. David foi atrás de Bell enquanto G e Lírio ajudavam Gael que cambaleava zonzo pelo esforço. Fique longe de minha mente e não fale mais comigo ou juro que te mato enquanto dorme ouviu Bell dizer quando virou a costa para eles e descia a escada.
As semanas seguintes foram de longa viagem Bell não falava com Gael que por sua vez estava a cada dia mais próximo de Lírio, descobriram varias coisas em comum e quando passaram pela Alemanha ele a pediu em namoro. Gael precisava seguir seu treinamento e para isso entrava nas mentes das pessoas que ele via, movia objetos com a mente e passava horas conversando com Lírio por telepatia, ela havia alugado uma cabine separada para que tivessem privacidade o que para os outros não fazia diferença já que G, Bell e David passavam o tempo falando sobre suas vidas antes de se conhecerem, aventuras, problemas, preferências e hábitos, se divertiam com as historias uns dos outros.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!