Khaos - Terra escrita por Gato Cinza


Capítulo 12
Treinamento suspenso


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem



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– Bell – sussurrou

– ao menos se lembrou de nos trazer de volta – disse ela abrindo os olhos

– quase que não faço isso, entrei em pânico.

– devia ter aberto uma porta

– estavam trancadas

– imaginasse uma chave

– nem pensei nisso aquele labirinto me causa pânico, elas me assustam.

– atormentar é trabalho delas se mantivesse o foco em mim teria me achado

– elas gritavam e você é todas elas

– sou, mas devia tê-las ignorado e ali quem importava era uma só

– não consegui completar outra tarefa – reclamou

– mais que isso – disse Bell sorrindo enquanto se levantava – conseguiu manter duas copias em lugares diferentes e fazendo coisas diferentes sem muitos erros. Conseguiu passar em meu teste concentração.

Ela desapareceu, despertou.

– como foi desta vez? – perguntou David se levantando da cama

– bem e a G?

– saiu, precisava ver outras pessoas não aguenta ficar muito tempo sem ter muito que fazer e me deixou de babá.

...

Ficaram em San Diego por não saberem para onde ir, Bell a cada dia que passava tornava o treinamento do Gael mais tortuoso, como manda-lo se multiplicar em 10 e deixar cinco deles na mente dela e cinco na mente dele fazendo coisas impossível como criar um centauro unicórnio alado com raciocínio lógico que deveria vencer um jogo de xadrez feito com estrelas e fantasmas ou atirar serras elétricas uns nos outros tentando erguer á tempo um escudo que os impedisse de serem destruídos.

Se diverte com isso né? – perguntou David uma tarde quando Gael saiu irritado do treinamento por ela tê-lo trancado em uma caixa de vidro e tirar o ar.

– ele é forte, só não aprendeu a se controlar ainda – respondeu ela sorrindo – e sim me divirto em tortura-lo.

Uma semana em San Diego e já sabiam muitas coisas a respeito de Ilmar e Melodi, Gael estava cada vez mais forte e resistente ás torturas de Bell. David e G saiam juntos durante as sessões de treinamento, conversavam e as vezes G o ensinava a usar arco e flecha.

...

Bell e Gael estavam no deserto novamente separados por um abismo. De um lado ele estava sentado tomando água de coco do outro ela estava sentada na beira do abismo balançando os pés o olhando.

– desistiu? – gritou ele com um sorriso

Bell se levantou caindo no abismo. Gael se levantou assustado e fechou os olhos.

– quer parar de ficar pulando em precipícios? – perguntou a Bell que ele fez aparecer ao seu lado

– sabia que me salvaria que tem lá embaixo?

– nada, é um abismo sem fim.

– tem que levar para algum lugar, afinal tudo de certa forma tem um fim, não tem?

– deve ter – disse ele olhando para o abismo

– depois me diz o que tem lá – disse ela empurrando ele no precipício. Gael apavorou-se e despertou.

– ficou louca? – estavam novamente no quarto, G e David deviam ter saído já que não correram para ver o porquê Gael gritava desta vez – por que me empurrou?

– devia ter voltado para meu lado, ter voado ou coisa assim – respondeu indiferente.

– por que não disse o que queria?

– por que você devia ter lido meus pensamentos, é para isso que torno sua vida cada vez mais complicada, para que aprenda a ler mentes.

– não quero mais, desisto dessa porcaria e quero que fique longe de minha cabeça – reclamou zangado.

– vai desistir só por que é incapaz de se concentrar?

– como vou me concentrar se você esta sempre tentando me matar?

– se continuar assim bem que consigo você é fraco e francamente ensinar uma pedra é mais fácil que tentar ensinar á um moleque covarde, medroso e fraco.

– CALE-SE – gritou perdendo o controle... Então mais uma vez não era ele, ele era Bella de 12 anos em um galpão de ginástica olhando para as suas colegas que pulavam e giravam em cavaletes e barras de ferro suspensos. Salte mais alto... Mantenha o pulso firme... Não tenha medo de quebrar a perna tenha medo de não pousar com suavidade e elegância gritava o treinador um russo grosseiro que estava sempre parecendo que teria um AVC Isabela por que está ai parada mexa-se é Iwbell coisa estúpida pensava ela correndo e saltando em uma barra, aquilo era tão fácil que merecia ser lixada em praça publica por trapaça.

– Bella – disse o treinador se aproximando dela após o treino – quero falar com você

– senhor, a mãe de Raquel me levara para casa tenho que ir ou perco minha carona.

– eu ligo para seu pai e o mando vir te buscar

– sim senhor, que eu fiz? – perguntou sondando a mente dele.

– tchau Bela – disseram as ultimas garotas que saiam os deixando a sós. Voltou-se para o treinador.

– vou ligar para seu pai, recomece a treinar que já te chamo.

Saltava de uma barra na outra era bom ter algo para fazer quando seu pai estava trabalhando e Yuri na escola.

– Bella venha em minha sala agora – gritou o treinador ela deu um salto e aterrissou com suavidade no chão de carvalho polido bem distante dos colchões de proteção.

– sim Senhor – disse entrando na sala dele um lugar com cheiro de mofo.

– sente-se – ela sentou, ele se manteve em pé atrás dela – sabe Bella, você esta entre as melhores alunas que já treinei e elas são muitas quero que você esteja entre as melhores do mundo daqui a alguns anos, mas para isso você terá que treinar muito e para que eu faça isso terá um preço.

– não temos dinheiro treino aqui por que a escola...

– eu sei, eu sei, mas não quero dinheiro existem outros meios de pagar um acordo financeiro – ele estava com as mãos nos ombros dela, Bell entrou na mente dele viu exatamente o que ele queria e se levantou o encarando ele afastou a cadeira e a prendeu na mesa apertando o braço dela e sussurrando em seu ouvido – vai ser bom para você, te ensinarei coisas que te tornarão uma mulher e...

Um escudo de metal o repeliu para longe, Bell estava na cama ofegante.

– Bell eu...

– você prometeu – gritou ela saindo do quarto correndo, Gael foi atrás. Ela corria rápido estava no fim da escada e quando chegou na rua ela já havia sumido David e G vinham vindo da rua.

– viram Bell?

– não que houve?

– nada eu tenho que acha-la – disse e saiu pelas ruas a procurando. Ao anoitecer voltou ao albergue.

– ela apareceu?

– não, que aconteceu? – perguntou David

– nada, se ela voltar me acorde – caiu na cama cansado, a tarde toda e nem sinal dela. Quando acordou na manha seguinte se preocupou ao saber que David havia saído para procura-la ela não havia voltado. Passou o dia tentando acha-la.

– que houve? – perguntou quando ela e David voltaram a tarde discutindo sobre a tese de viagem no espaço e tempo.

– é melhor deixa-la quieta – disse David – a encontrei hoje de manhã, mas se recusou a voltar para cá, caminhamos pela cidade e almoçamos no cais em um bar onde ela começou com essa conversa de viagem no tempo.

Bell não falava com Gael sequer o olhava, falava menos possível com G e David, basicamente resmungava quando eles falavam algo. Os treinos de Gael foram cancelados embora não fosse isso que o perturbava e sim o que tinha visto dentro da mente dela. Queria poder conversar com ela, mas era impossível sua mente estava inacessível. Os dias se passaram e o humor de David para com ela tinha mudado de sensato para furioso, talvez ele fosse embora a qualquer segundo se não lhe viesse G na cabeça a cada momento que pensava em ir embora, quanto a G ela não se importava com o mal humor de Bell, Gael e ela se recusavam a falar sobre o que devia ter acontecido e com exceção de como aquilo podia afetar o desenvolvimento dos poderes de Gael o assunto não lhe dizia respeito.

...

– Gael você consegue reproduzir o que sentiu quando entrou em minha mente e canalizar a energia exata daquele instante? – perguntou Bell de repente enquanto os quatro caminhavam pela praia.

G, Gael e David vinham a alguns metros dela conversando sobre coisas que ouviam aqui e ali sobre Melodi e o farol enquanto Bell caminhava olhando para as poucas estrelas visíveis no céu, quando ela parou e foi até Gael fazendo a pergunta mais estranha que ele poderia ouvir. Nada de “sinto muito” ou “como você esta” ou “me desculpe pela crise de silencio nos últimos nove dias”.

– que? Perguntou meio confuso.

– o que você sentia quando entrou na minha cabeça da ultima vez?

– raiva você estava gritando e me ofendendo

– consegue reproduzir a raiva?

– pra que isso Bell? – perguntou David sem conter um tom se censura na voz.

– simples – disse ela o olhando – se ele concentrar a raiva que sentiu naquele dia e canalizar em um único pensamento ele poderia nos dizer onde esta a Liriel

– impossível, mesmo que eu conseguisse refazer aquela energia eu nunca vi essa Liriel.

– Eu sinto a energia dela, posso concentrar nessa energia enquanto você tenta transforma-la em uma imagem em tempo real.

– não vai dar certo eu...

– Bell esta certa Gael, se você conseguir se concentrar o suficiente pode acha-la através da memória que Bell tem da energia dela – disse G

– mas isso é...

– por favor, Gael tente, eu não aguento mais ficar nesta cidade se for forçada a aguentar mais sorrisos simpáticos vou ter um ataque de psicose – falou a irmã dele jogando os braços para o ar.

– vou tentar, mas não me pressionem – Gael passou a noite tentando encontrar um meio termo entre o repentino acesso de Bell em falar com ele como fazia antes e tentar sentir raiva, mas era difícil por algum motivo estava feliz em ter Bell dizendo á ele o que e como fazer, mas isso ainda não significava que estava tudo bem. Mas tudo o conseguiu era se sentir um inútil de cabeça grande e pesada.

esta com uma cara péssima – disse Bell a ele na manha seguinte quando saia do banheiro.

– você também estaria se passasse a noite tentando sentir raiva e a única coisa que conseguisse fosse uma terrível dor de cabeça

Vai sair?

– vou comprar alguma coisa para fazer minha cabeça parar de doer, volte a dormir ainda é cedo.

Gabriel! – o chamou com delicadeza

– oi? – perguntou se virando para ela

Liriel esta sozinha em um planeta alienígena onde é alvo fácil para os Gert’ns, se não a acharmos logo a perderemos também, não quero sentir outra morte e você é único quem pode no momento ajuda-la, por favor, não desista.

– farei o impossível para ajuda-la – disse e saiu.

– impressão minha ou ele estava falando com você? – perguntou David olhando para ela

– estava

– sua boca estava fechada?

– estava – disse ela sorrindo para ele.

...

– acho que já sei o que tenho que fazer – disse Gael se juntando a eles na praia, estava se tornando um habito caminharem na areia após o jantar – eu só preciso tentar, se não der certo a culpa não será minha.

– não culpe as pessoas pelos seus fracassos – falou Bell séria – vamos tentar.

Ele colocou as duas mãos nas mãos de Bell e fecharam os olhos. Estavam em lugar nenhum... Bell não via absolutamente nada.

Tem alguém ai?– Perguntou cuidadosa

Eu - respondeu Gael segurando a mão dela

Consegue enxergar algo?

Sim, aquela luz ali em frente.

Eu não enxergo nada

Venha – disse Gael dando um passo e sendo puxado de volta – Bell vamos.

Estou presa não consigo me mexer Gael – respondeu ela nervosa

Acalme-se tente dar um passo

Não consigo sequer sinto meu corpo

Vamos sair daqui então

Não... Podemos não conseguir mais uma vez, você pode ver aqui eu não vá ver o que tem lá e volte.

Se aquilo fosse mais um teste idiota dela de seu treinamento a mataria, soltou a mão de Bell e foi até a luz, quanto mais perto chegava mais atraído pela estranha e quente energia se sentia, olhou para trás uma fraca luz emanava de Bell envolta pela escuridão pensou em dar a volta e sair dali, mas aquela energia o atraia e ele a seguiu. Estava em uma rua três crianças passaram correndo por ele, ergueu a cabeça e a sua frete estava o centro daquela energia magnética uma garota de uns 17 anos, loira de cabelos longos olhos marcados por uma maquilagem suave e um sorriso encantador, ficou a olhando em cada detalhe visível era a garota mais linda que ele já vira em sua vida, nem mesmo as estrelas de cinema eram dignas de tal beleza. Sentiu algo o puxando, uma voz o chamava longe e fraca recusou a sair dali, então se sentiu sugado para fora daquela visão. Abriu os olhos um pouco irritado á sua frente Bell o olhou abriu a boca, cambaleou e caiu em seus braços.

Se ajoelhou com ela nos braços, era mais leve que aparentava G e David correram para ajuda-la.

– Bell... de novo não... Bell

Ela abriu os olhos – onde ela esta? – sussurrou antes de desmaiar

–por que ela desmaiou e você não? – perguntou David

– não sei – sei lá, respondeu é claro que sabia o por que, ele queria ver a garota por mais tempo obrigando Bell manter-se concentrada na energia dela consumindo suas forças – ela esta em Paris – sussurrou mais para Bell que para os outros dois.


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Notas finais do capítulo

ESTOU INDO PARA UM LUGAR NO FIM DO MUNDO ONDE CONEXÃO COM INTERNET É TÃO IMPOSSÍVEL QUANTO A EXISTÊNCIA DE ÁGUA NA SUPERFÍCIE SOLAR

ATÉ A VOLTA BEIJOS E IMPACIÊNCIA A TODOS