Khaos - Terra escrita por Gato Cinza


Capítulo 11
Treinando um telepata




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No dia seguinte Bell e Gael explicaram o que houve para G e David.

– fiquei presa na minha mente quando Gael despertou, ele me bloqueou ao invés de nos levar de volta para o deserto quando não vi saída me escondi no único lugar que eu conhecia dentro da mente dele, na minha mente.

– fiquei apavorado quando não consegui acorda-la, nada de tudo o que fiz resolveu ai tentei entrar na mente dela e fiquei preso em um labirinto cheio de espelhos com imagens dela que falavam sem parar, estava achando que ia ficar louco quando uma delas resolveu me ajudar e me mandou para onde ela estava. Então a tirei de lá e acordei.

– mais que isso Gael, você conseguiu entrar e sair de minha cabeça sem ficar louco, aquele labirinto é uma armadilha um erro seu e teria ficado preso lá.

–pode prender alguém em sua mente?

– posso G, quem passa pelo meu escudo de aço cai dentro de um labirinto quase impossível de sair. Gael aquele lugar é pior do que você viu os espelhos podem captar seus piores medos e transformarem em realidade.

– como pode ter criado um lugar daqueles?

– criando, é seguro para mim e eu controlo como quero e o modo que quero é que elas sejam livres para fazer qualquer coisa contra qualquer coisa que possa me fazer mal.

– como pode controlar?

– apenas controlo David, assim como controlo meu corpo para regenerar ou o metal para fazer o que eu quero. Quanto a você Gael descanse que mais tarde teremos mais.

– mais? Você quase morreu ontem

– ainda posso ouvir seus pensamentos ou esta desistindo de aprender?

...

Estavam novamente no deserto

– não tive tempo para arrumar isto aqui, acho que...

– mantenha assim gosto daqui – disse Bell se sentando na areia fria – sente-se vou tentar outra coisa

Gael se sentou tantos lugares lindos que ele criou e ela foi gostar logo de um deserto de areia fria e céu alaranjado onde o sol e a lua nunca brilhavam

– Gael, quero que aconteça o que acontecer nos trará para cá, se cairmos ou se morrermos, se eu ou você desaparecermos é para cá que nos trará, não desperte e nem entre em desespero apenas pense em nós dois sentados aqui que onde estivermos voltaremos para cá. Entendeu?

– entendi

– quero que volte para minha mente

– mas...

– estará comigo, já conhece o caminho do labirinto se concentre e vá para lá.

Primeiro ele só ouviu o tic-tac incomodo, depois os espelhos que estavam vazios uma porta se formou em um espelho a sua frente ele empurrou, a porta se dissolveu ao seu toque e ele entrou em um jardim coberto por um imenso e verde tapete de grama. Viu um lago de carpas próximo á um circulo de areia que formava um curioso desenho riscado o monte de areia era circundado por pedras de tamanho médio brancas e escuras posicionadas de modo aleatório e desleixado. Formando um corredor que ele seguiu havia de ambos os lados cerejeiras com pequenos brotos de folhas, suas flores rosadas e brancas formavam um tapete do inicio ao fim do corredor. Quando chegou ao fim do corredor de cerejeira viu um grande ipê roxo cheio de flores, debaixo dele três garotas pulavam corda, Iwbell.

– oi?!

– se atrasou por quê? – perguntou a Iwbell de roxo soltando a corda

– se perdeu? – perguntou indiferente a Bell de cinza

– não, eu estava apenas observando o outro jardim.

– devia ver na primavera é incrivelmente encantador – falou a Bell de roxo

– ou no verão quando o lago das carpas seca e elas saem voando – falou a Bell de cinza indo até ele flutuando.

– os peixes voam?

– é claro que não, ela esta zombando de você o lago nunca seca e as carpas nunca morrem ou crescem – falou a Bell de roxo.

– qual de vocês é a Iwbell lá de fora?

– somos todas uma só, mas não se prenda aos detalhes – disse a Bell de roxo

– mas também não os ignore por completo – falou a Bell de cinza – guarde os detalhes para você usar quando chegar a hora certa vamos começar seu treinamento?

– já não começamos?

– claro que não – respondeu a Bell de roxo – entrar aqui com acesso permitido é mais fácil que ler a mente de alguém.

– que querem que eu faça?

– crie um clone igual a você em todos os mínimos detalhes físicos e emocionais – falou a Bell de cinza

– como farei isso?

– pense, imagine, invente tem todo o tempo que quiser e o jardim á sua disposição.

– quando terminar me chame.

Estou na cabeça de uma louca – pensou

– um bom motivo para fazer o que mandamos e não nos ofender – falou a Bell de preto o fitando pela primeira vez desde que chegou, passou por ele e foi para o outro jardim.

– aqui pode ser um erro fatal nos ofender, boa sorte – disse a Bell de roxo correndo para alcançar as outras duas que estavam na metade do corredor de cerejeira.

Não foi muito difícil criar uma copia, seu único incomodo foi o tic-tac, mas tentou ignora-lo e foi só imaginar um clone que ele se formou a sua frente depois o mandou ser exatamente igual a ele e o clone respondeu a ele como se fosse ele mesmo falando sozinho. Sorriu com sua obra

– Iwbell – chamou elas vieram pelo corredor falando sobre uma nova extensão do jardim que teriam que criar, quando viram o clone e Gael lado a lado pararam observando-os.

– este é o real – disse a Bell de roxo flutuando para o lado do clone as outras olharam de perto e a corrigiram

– esse é o falso, Gabriel é este ele parece menos confortável com a situação – disse a Bell cinza apontando para o verdadeiro – agora como devo chamar você? – perguntou ao clone.

– Gabriel

– pois bem Gabriel escolha uma de nos – disse a Bell de roxo

– escolho você – disse ele a olhando

– péssima ideia – disse ela sorrindo – quantos anos tem?

– 17 completos

– que altura?

– 1, 68 cm

– mude a cor de seu cabelo para roxo

O clone olhou para os outros, Gael olhou para as outras duas Bell que nem lhe prestavam atenção.

– como faço isso?

– como eu – disse ela mudando os cabelos pretos para roxo igual a blusa que usava – se concentrando no que quer e tornando seu pensamento real.

Ele fechou os olhos e respirou, os cabelos dos dois Gabriel se tornaram roxo.

– bom, mas mandei-o trocar a cor do cabelo e não você – disse olhando para o verdadeiro irritada – vamos tentar mais uma vez, concentre-se e você não me meta Gael.

– vamos deixa-los com isso, venham – disse a Bell de cinza, passaram pelo corredor de cerejeira que na metade do caminho se tornou em um corredor de paredes, teto e piso branco, no fim do corredor havia outra porta dentro havia uma sala branca com uma janela aberta por onde entrava uma brisa suave que fazia as cortinas esvoaçarem.

– crie outro clone.

– outro?

– claro aquele esta ocupado crie outro as condições são as mesmas – desta vez foi ainda mais rápido criar outra copia de si mesmo quando terminou a Bell de cinza falou para o clone – escolha uma de nós.

– ela – disse olhando para a Bell de preto

– como queira, pode mudar a cor daquela cortina?

Ele olhou para a cortina – que cor?

– escolha uma cor qualquer e mude

–venha comigo – disse a Bell de cinza voltando ao corredor, Gael a seguiu aquilo era fácil criar clones que ficavam mudando cores das coisas. Ela empurrou a parede a frente que se dissolveu e entraram em um lugar familiar para Gael, espelhos refletiam sua imagem e a de Bell cinza o chão era branco e o teto feito de bilhões de estrelas brilhantes no céu negro, labirinto.

– não se assuste apenas me encontre – disse e saiu correndo no labirinto, ele foi atrás, mas a perdeu com facilidade, encontra-la ali seria demorado principalmente por ela conhecer o lugar, correu dando voltas e voltas parou para descansar, detestava labirintos para variar um criado para ser uma armadilha. Se ao menos conhecesse aquele lugar depois de um tempo parado começou a ouvir o tic-tac irritante, precisava saber o porquê ela tinha um relógio na cabeça. Se esticou um pouco e fechou os olhos, onde ela estava?

Viu o jardim do ipê onde a Bell de roxo pedia para que o clone de cabelos roxos e roupas de cores berrantes mudasse a cor das flores de ipê para amarelo. Viu a Bell de preto em uma sala recém-mobiliada o explicando como queria a forma do sofá azul em que estavam sentados ficasse. Viu ele no labirinto de espelhos sendo observado por vários pares de olhos curiosos, abriu os olhos e todas as Bell dos espelhos retornaram.

– sabe que isso é trapaça?

– não interfira

– cale a boca ele esta roubando

– não esta não

– encontre-me foi o que dissemos

– ele deve acha-la sem que use seus poderes

– ele deve acha-la e só, não faz diferença como ele faça isso.

Aquelas garotas o perturbavam – CALEM-SE – gritou

– como ousa gritar comigo? – falaram todas juntas

A Bell ao lado dele esticou o braço para fora do espelho e o puxou para dentro. Gael entrou em um lugar onde todas as pessoas andavam onde deveria ser o teto do lugar, isso não o assustaria se elas tivessem rosto e se tudo não tivesse vários tons diferentes de vermelho, correu para ver se achava a saída e se descobriu em outro labirinto só que este era de corredores cheios de portas trancadas, quando chegou a um bloco sem saída tentou voltar e percebeu que o labirinto ali mudava de posição, pois agora tinha outras direções, entrou em um corredor e ficou preso, repetiu o mesmo erro varias vezes até que se desesperou e socou uma parede xingando sem parar.

Ao fazer isso uma reação em cadeia começou tudo a partir de onde ele socou comoçou a se dissolver, ele correu tentando abrir todas as portas que conseguia e entrou em um corredor longo quando chegou no fim do corredor se virou para encarar a escuridão que devorava as paredes vermelhas e as pessoas sem rosto que andavam de cabeça para baixo, fechou os olhos e pensou no único lugar que ele sabia que não se dissolveria ao seu toque, o deserto.

Abriu os olhos, Bell estava em sua frente sentada como se meditasse seu rosto parecia calmo e sereno, será que estava ali mesmo?


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