O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Digamos que teve uma emoçãozinha the leves kkkkkkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/486863/chapter/3

Depois dessa conversa mega séria conversamos sobre coisas mais descontraídas, a Ju e o Lucas chegaram, logo depois o Art e a Nanda por último. Ficamos conversando bobagens até tocar. O professor de História passou um trabalho em grupo para cinco pessoas. Nosso grupo ficou: Eu, o Rodolfo, a Nanda, o Art e a Marcela, uma conhecida nossa. Ficou combinado que a gente se encontraria na casa do Art no dia seguinte para fazer o trabalho.

Finalmente tocou para o intervalo e nós descemos todos juntos. A Nanda pediu só um salgado, a Ju um milk shake, o Rodolfo e o Lucas não quiseram nada, o Art pediu um Doritos e um Nescau e eu pedi uma empada (minha paixão) e uma Coca. Ficamos só jogando conversa fora até tocar.

Quando acabou a aula eu fui com o Art para casa, a mãe dele me deu uma carona, eu só liguei para o meu pai para avisar. Cheguei em casa, nem troquei de roupa, fui direto almoçar, depois do almoço tomei banho e vesti uma roupa simples. Fiz minhas atividades e fui pro PC só charlar.

Quando deu mais ou menos umas 17h minha mãe me chamou na sala, dizendo que tinha gente querendo falar comigo no telefone. Eu atendi de boa:

Manu:– Alô.

xXx:– Fala priminha.

Manu:– Ai meu Deus, o que foi Gabriel? - Falei bem ignorante

Gabriel:– Olha o tom se não eu nem digo por que eu liguei.

Manu:– Como se isso importasse.

Gabriel:– Ah importa sim.

Manu:– Fala logo moleque. - Gritei.

Gabriel:– Só se pedir com carinho.

Manu:– Ah velho, vai tomar no cu. - Desliguei na cara dele.

Na hora eu nem me importei em saber o que ele tinha para me falar. Nem me importei, até o outro dia... A mãe do Art veio pedir pro meu pai dar uma carona pra ele já que ela e o marido iam sair mais tarde. Meu pai aceitou de cara. Assim que nós chegamos, fomos direto para o pátio. E foi aí que eu comecei a imaginar o que o Gabriel queria me falar no dia anterior.

Assim que eu vi aquilo paralisei na hora, o Art até perguntou se eu tava passando mal:

Art:– Manu, tu tá bem? Quer que eu chame alguém pra te ajudar?

Manu:– Eu... eu estou... bem.

Art:– Não parece.

Manu:– Eu estou bem, sério, só não vamos pro pátio.

Art:– O quê tem lá no pátio? - Ele olhou para lá.

Manu:– Nada.

Art:– É o Gabriel? Eu pensei que tu não tinha "medo" dele.

Manu:– Não é medo, nem é dele.

Art:– O quê? Calma, vamos sentar ali. - Ele apontou pra uns bancos que tinha lá perto.

A gente sentou e ele voltou a perguntar:

Art:– Tem certeza que tu tá bem?

Manu:– Tenho.

Art:– Olha, eu tô vendo que tu não tá bem, não precisa me dizer o motivo nem nada, só me diz se eu posso te ajudar.

Não sei o porquê, mas quando ele disse aquilo eu confiei nele mais que nunca, mesmo conhecendo ele só há três dias. Acho que naquele momento eu confiei nele mais do que eu confiava nos meus amigos de anos. E justamente por causa daquilo eu resolvi contar tudo para ele. Quando eu finalmente terminei, ele passou alguns minutos em silêncio, tentando assimilar tudo, eu acho, e finalmente falou:

Art:– Por quê? Por que ele fez isso contigo? E por que isso te deixou mal agora?

Manu:– Até hoje eu tento entender, acho que simples baladas não são motivos para fazer isso, mas eu nunca sei quando se tratam de garotos e eu lembrei disso exatamente agora porque o Gabriel ligou pra mim ontem dizendo que tinha uma coisa pra me contar eu não quis escutar, mas... - Deixei a frase pairando no ar durante alguns segundo.

E finalmente tomei coragem para expor minha dúvida:

Art:– Então... Por isso tu ficou daquele jeito no pátio?

Manu:– É, mas claro que... - Eu fui interrompida no meio da frase.

Rodolfo:– MANUUUUU!

Manu:– O quê foi? - Eu virei assustada para ele.

Rodolfo:– Eu devo estar ficando louco, mas... Eu acho que eu vi ELE no pátio.

O Art olhou pra mim e acenou com a cabeça. Provavelmente pra confirmar que eu estava certa.

Manu:– Eu ainda tinha esperança de estar louca.

Rodolfo:– Então... Ele tá mesmo aqui?

Manu:– Ou isso, ou nós dois estamos malucos.

Rodolfo:– Então... O que tu quer fazer?

Manu:– Enfrentar ele de cabeça erguida. - Suspirei e levantei.

Na mesma hora o Lucas chegou e assim como o Rodolfo perguntou se era quem ele estava pensando e eu confirmei, ele e o Rodolfo me olharam com o mesmo olhar de pena. E o que me surpreendeu foi que o Art não estava me olhando com pena, pra falar a verdade ele estava me olhando com certo ar de admiração. Na hora eu não percebi, mas depois eu vi que era mesmo admiração.

Rodolfo:– Manu, tu quer mesmo ir pra lá?

Manu:– Se não for agora, uma hora eu vou ter que encarar ele, quanto mais cedo, melhor. Vamos? -Perguntei a todos eles.

Eles:– Vamos.

Eu saí andando, com o Art do meu lado direito e o Rodolfo e o Lucas do outro lado. Senti-me naqueles filmes de ensino médio, quando aqueles grupinhos estão abalando no pátio. Quando eu estava a uns 20 metros deles, ele se virou pra mim. E eu tive certeza, era ele, no fundo eu ainda tinha uma esperança que fosse só alguém parecido com ele, mas não. Era ele, era o AR.

Eu fingi que nem notei ele e continuei andando com os meninos me acompanhando e todos olhando feio pra ele. Fomos pro lugar que a gente sempre se senta. Quando eu passei por ele, soltei a respiração, eu estava segurando o ar desde que eu saí dos bancos onde eu estava com os meninos.

Eu estava muito tensa, mas tentei relaxar, sem muito sucesso. Só que para piorar tudo, ele veio falar comigo:

xXx:– Oi. - Ele falou pra ninguém específico, mas olhando pra mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *-* Beijos de luz amores :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O garoto novo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.