O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora amores. Ahh e como voces vão perceber eu vou pular no tempo, o que é bem comum no que eu escrevo, pq eu fico tão ansiosa pra escrever algumas partes que acabo fazendo isso, mas no fim acaba funcionando. Enfim, se acostumem com esses "pulos" na história pq não vão ser incomuns. Espero que gostem da história.



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~~~~~~~~~~~ duas semanas depois ~~~~~~~~~~~

Finalmente a tortura acabou e as férias de julho começaram, minhas férias foram um pouco monótonas. Minha rotina de todo dia era bem básica, acordar 12 horas, almoçar, tomar banho, ir para o computador, sair e ler um pouquinho, voltar pro computador, ficar até duas ou três da manhã, ir dormir. De vez em quando eu saia com o resto da galera, ou o Pedro vinha na minha casa.

As meninas estavam tentando tratar o Pedro bem, já os meninos, estavam um pouco resistentes e eles continuavam tentando me fazer romper com o Pedro. Todos eles, menos o Art que parecia fazer questão de mostrar que pra ele eu podia morrer e ele nem ia ligar. Faziam um tempinho que eu não via os meninos, por isso mesmo no meio das férias combinamos de ir no shopping assistir alguma coisa, todos juntos. Ou seja, Art e Pedro na mesma sala, mas deixei quieto.

Me arrumei bem devagar e quando finalmente terminei desci para esperar o Rodolfo ir me pegar. Cheguei no shopping só a Nanda e e nós tinhamos chegado, compramos nossos ingressos e ficamos esperando o resto da galera. Quando todo mundo chegou eu tive uma surpresa, porque não tinham só nove pessoas, e sim 10. E adivinha por quê? O Art tinha trazido uma "amiga".

Só que eu sabia que eu reconhecia ela de algum lugar, e percebi que o Pedro também, quando eu vi não lembrei de cara, só quando o Art me apresentou e disse o nome dela eu liguei uma coisa a outra:

Art:– Gente, essa aqui é a Priscilla, minha... - Ele demorou um pouco para encontrar a palavra certa e fez isso olhando diretamente para mim. - namorada. - Ele sorriu.

Ele nos apresentou para ela e eu lembrei que aquela era a vadia que estava conversando com o Pedro há meses atrás quando eu escutei ele dizer que não tinha me esquecido. Me subiu uma raiva enorme quando eu percebi que era ela, mas fiquei calada porque eu já tinha feito merda demais com relação ao Art e se ele estava com ela é porque ele sabia o que estava fazendo. Quando todo mundo comprou os ingressos, fomos em uma loja de conveniência e compramos um monte de bomboms e depois pipoca e refrigerante na lanchonete do cinema.

Dez minutos antes da sessão começar fomos para a sala. Sentou: Pedro e eu, a Ju e o Kaio, o Luc e a Van (estranho), o Art e a Priscilla e por último a Nanda e o Rodolfo. Quando o filme começou já tinha ido metade da minha pipoca u_u.

No meio do filme a Ju me cutucou, justamente na parte assustadora do filme e eu quase morri do coração. Virei para ela pronta para esculhambar, mas ela apontou para a Van e o Luc que estavam se beijando loucamente. Sussurrei:

Manu:– Vão pra um quarto.

Eles pararam o beijo e o Luc mandou eu calar a boca. Só ri baixinho e continuei a ver o filme. Quando acabou ficamos charlando e fomos em várias lojas experimentar as coisas e não comprar nada. Cheguei em casa era quase onze horas.

Na última semana de férias viajei com os meus pais para João Pessoa o que ajudou a esquecer um pouquinho só os problemas. As férias terminaram e a tortura recomeçou. Eu ia ter que encarar o Art todos os dias feliz. Mas eu ainda tinha uma pequena esperança que ele ignorasse tudo que aconteceu e agisse normalmente comigo. Mas essas esperanças, como eu posso dizer? Foram estraçalhadas, dizimadas, acabadas, destruídas quando eu cheguei no colégio, todo mundo já tinha chegado e quando eu cheguei foi aquela besteirada de matar saudades e tal, todo mundo veio me abraçar, menos ele que só me deu um "oi" seco.

Bem diferente da recepção do Pedro que foi como se nós nos víssemos há décadas, sendo que a gente se viu duas semanas antes. Ás vezes ele era grudento, mas fazer o quê, eu voltei com ele tinha que aguentar. A aula começou e graças a Deus metade da aula foi o pessoal contando sobre as férias e tudo mais. E isso foi em todas as aulas. Quando tocou para o intervalo eu desci para a nossa mesa na cantina com a Nanda e o Rodolfo. O Pedro passou o intervalo com os amigos dele. O Art como sempre fez questão de falar só o indispensável para mim.

Voltei para a sala pior do que eu saí. Quando a aula acabou, o Pedro foi me deixar em casa, como sempre. Como não tinha tarefa eu fui ler um pouco e depois fui para o computador. E como a minha vida é uma porcaria cheia de coincidências, assim que eu abri tinha uma foto no facebook do Art dele e da piranha mor com a legenda: "Te amarei até depois do fim". Depois de ver aquilo perdi totalmente o ânimo de ficar no computador, saí e fui alimentar meu vício de jogar vídeo game. O que só piorou minha situação porque eu lembrei das várias vezes que eu jogue vídeo game com ele, pior me lembrou do nosso quase beijo no dia que eu quebrei a perna.

Acabei desistindo e indo assistir séries. Desci só para jantar e depois voltei para o quarto. Fiquei assistindo até meia noite e fui dormir. Acordei morrendo de sono no dia seguinte, tomei banho, vesti o uniforme, uma calça jeans, um Nike branco e prendi o cabelo em um rabo de cavalo. Desci para tomar café e fui andando mesmo para o colégio. Cheguei e só o Art tinha chegado, sentei do lado dele e fico aquele silêncio chato, que tava virando normal para a gente, Até que eu o quebrei:

Manu:– Ai meu Deus, eu não aguento mais isso Arthur, não aguento mais essa barreira que surgiu entre nós dois. Isso. – Fiz um gesto com as mãos apontando para nós dois. – não parece nem um pouco com o que a gente era antes, entende? A gente mal se fala agora, tu parece que faz questão de me ignorar. Eu sei que eu fui uma imbecil contigo, mas...

Art:– O quê? O que a gente era antes? Deixa eu ver, eu era um brinquedinho para ti, um menino para tu se divertir, eu juro que eu pensei que tu era diferente do resto, sabe? Eu pensei que tu também gostasse de mim, pensei que tu tinha sofrido de verdade assim como eu. Mas eu acho que esse tempo todo tu fingiu que sofreu para todo mundo ser teu capacho.

Manu:– É isso que tu pensa de mim? Que eu sou uma falsa? Que eu fingi tudo até hoje?

Art:– Pense o que quiser só sei que eu me enganei contigo, me enganei muito.

Manu:– Hm, só te digo que tu tá muito enganado quanto a mim. Eu fui realmente muito idiota, mas não pelo motivo que tu pensa. - Falei prestes a deixar as lágrimas escaparem.

Graças a Deus consegui segurar o choro e conservar minha dignidade. Fui para o banheiro e lá sim, desabei, desabei ate o sinal tocar... E depois também, acabei tendo que perder as três primeiras aulas, sorte que o wi-fi tava pegando. Quando tocou para o intervalo eu sai como se nada tivesse acontecido, todo mundo perguntou onde eu tava e só disse que tinha matado aula. Lanchamos e ficamos conversando, vi que o Art ficou me encarado, mas preferi ignorar.

Tocou para o fim do intervalo e voltamos para a sala, prestei atenção nas aulas já que tinha perdido as primeiras. Quando finalmente a aula acabou fui para casa sozinha, não estava a fim de esperar o Pedro. Almocei e subi para o meu quarto, atualizei minhas redes sociais e fiquei charlando até 16 horas. Desci para comer e vi pela janela que a piranha mor estava na porta da casa do Art, me subiu uma raiva, mas me controlei e fui comer meu sanduíche. Sabia que se ficasse ali iria ficar imaginando o que eles estavam fazendo e seria pior.

Tirei a havaianas que eu estava usando, calcei um Vans, peguei meu skate e deixei um bilhete para a minha mãe avisando que eu tinha ido para a pista. Tranquei tudo e saí e bem na hora a vadia também saiu, porém não me viu. Fui para a pista assim mesmo, por sorte o Vini tava lá, assim que me viu ele veio falar comigo:

Vini:– Ué, lembrou dos amigos da pista?

Manu:– Chato. - Dei língua para e ele e rimos.

Vini:– Faz tempo que não vem aqui princesa.

Manu:– Falta de tempo e preguiça. - Dei de ombros.

Vini:– Hm, mas então, soube que tu voltou com o Pedro.

Manu:– Voltei. - Falei envergonhada.

Vini:– Tu deve saber o que está fazendo.

Manu:– Sei, eu acho. - Dei de ombros.

Vini:– Mas bora tirar as teias do skate.

Manu:– Bora. - Sorri.

Fomos para a pista em si e ficamos andando até umas 19 horas lá, quando eu cansei ele me levou para uma barraquinha de cachorro quente e eu comi dois, sim sou gulosa. Eu estava no meio do segundo quando eu pensei ter visto alguém, não tinha certeza então preferi confirmar com o Vini:

Manu:– Vini?

Vini:– Oi, gatinha?

Manu:– Quem é aquela menina ali se agarrando com o Gustavo? - Apontei para os dois se agarrando.

Vini:– Ah. - Ele fez cara de nojo. - É uma piriguete que vive aqui na pista sendo queixada pelos meninos e ficando com todos eles.

Manu:– Ah saquei, mas como é o nome dela?

Vini:– Priscilla Dominnick, uma coisa assim.

Quando ele disse o nome dela eu engasguei com o cachorro quente. Se aquela era a Priscilla do Art e eu tinha certeza que era, porque é muita coincidência duas pessoas morarem na mesma cidade, serem parecidas e terem o mesmo nome, então ela estava traindo o Art, de novo.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que voces acham que a Manu vai fazer com ela?



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